Imagine a cena. Um time de basquete de garotos pobres, negros e latinos, acostumados a ouvir que o talento nas quadras seria seu passaporte para sair da miséria. Eles estão invictos, jogando bem, sonhando alto. Mas um dia chegam para treinar e encontram o ginásio fechado a cadeado.
O treinador, Ken Carter, não aparece com uma bola de basquete, mas com boletins escolares nas mãos. As notas estão abaixo do mínimo. E ele dá o recado: sem estudar, não tem jogo.
Essa cena está no filme Coach Carter, um drama esportivo de 2005 dirigido por Thomas Carter e estrelado por Samuel L. Jackson no papel do treinador Ken Carter. O filme é baseado em uma história real ocorrida em 1999, quando Carter, ao assumir o time de basquete da Richmond High School, na Califórnia, surpreendeu a comunidade ao priorizar as notas dos jogadores em sala de aula acima das vitórias nas quadras.
Os meninos se revoltam, os pais reclamam, a cidade inteira pressiona. Afinal, quem é que liga para as notas se o que importa é vencer no campeonato? Mas Carter insiste: a disciplina dos estudos vem antes da glória do placar. Ele sabia que, sem educação, a vitória na quadra seria apenas ilusão passageira.
Essa cena é mais do que um drama esportivo. É um lembrete poderoso: talento pode abrir portas, mas só o conhecimento mantém as portas abertas. E é exatamente esse o ponto que precisamos discutir quando olhamos para o Brasil, para Singapura, para a Coreia do Sul…
Olha, aqueles 7 x 1 contra a Alemanha na Copa foi só um jogo. A verdadeira goleada acontece todo dia, quando nossas crianças saem da escola sem aprender o básico. E nesse placar vergonhoso, o Brasil perde de goleada para o mundo.
Bom dia, boa tarde, boa noite, este é o Café Brasil e eu sou o Luciano Pires. Posso entrar?
Há algo profundamente hipócrita em insistir que o Brasil é “país do futuro” quando, geração após geração, negamos às crianças o mínimo de educação que qualquer país minimamente sério oferece. Eu vi um gráfico que é uma bofetada visual: cruza PIB per capita e desempenho em matemática no PISA, mostrando que, em geral, países mais ricos têm melhores notas — mas que as exceções são as lições mais duras.
O Brasil, claro, aparece no canto inferior: renda limitada, desempenho educacional pífio. Isso não é só vergonha num ranking; é condenação ao fosso do atraso.
Eu vou trazer alguns dados aqui que ajudam a calibrar a gravidade da coisa:
- No PISA 2022, o Brasil alcançou 379 pontos em matemática, contra média de 489 da OCDE. Instituto Ayrton Senna+1
- Em leitura, 413 pontos (média OCDE: 487). Instituto Ayrton Senna+1
- Em ciências, 424 pontos (OCDE: 500). Instituto Ayrton Senna
- Metade dos estudantes brasileiros terminaram o ensino médio com baixo desempenho em leitura (abaixo do nível 2) — entre países da OCDE, esse percentual é de 26 %. Serviços e Informações do Brasil
- Em matemática e ciências, mais da metade não atingiram o nível mínimo de proficiência (baixo desempenho) no Brasil. Sindeducação+1
- Outro indicador nacional: o IDEB (Indicador de Desenvolvimento da Educação Básica). Para 2023, o Brasil estabelece notas médias de 6,0 nos anos iniciais, 5,0 nos anos finais do fundamental e apenas 4,3 no ensino médio. Wikipédia
- Ainda assim, esses 4,3 mal cobre o básico, longe de preparar para a complexidade do século XXI.
Olha, esses números não são abstrações não: são jovens que saem da escola incapazes de interpretar gráficos, de resolver problemas, de pensar criticamente. Uma nação que massifica a ignorância.
Pesquisas adicionais reforçam: mesmo com aumento dos gastos por aluno, muitos colégios não melhoram desempenho — há escolas altamente eficientes, mas a grande massa patina. Meu Artigo Brasil Escola+1
Na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), sabe-se que escolas federais performam sistematicamente melhor que estaduais ou municipais — o efeito “rede federal” aparece de forma consistente. arXiv
Também se observa que desigualdades socioeconômicas explicam boa parte da variação de desempenho entre grupos étnicos no Brasil — não é genética cara, é contexto. arXiv
Por fim, fruto desse quadro educacional frágil, o Brasil amarga um ranking de produtividade deprimente: em 2025, ocupa a 78ª posição entre 131 países. Exame
Nada disso é casual não: educação fraca produz mão de obra sem preparo, inovação rarefeita e estagnação econômica crônica.
“Olá mundo café Brasil bom dia boa tarde boa noite. Aqui quem fala é Thiago de Porto Alegre.
Acabei de ouvir o episódio 992 sobre ansiedade e cara muito muito obrigado por compartilhar toda essa experiência, todo esse conhecimento consolidado, contextualizando e depois numa frase no final e para mim foi uma uma paulada pela qual agradeço, bateu bateu forte mesmo, que é a ansiedade se encolhe quando a vida começa a caber na agenda.
Cara durante a pandemia eu comecei a ocupar a cabeça de todas as formas possíveis e imagináveis incluindo isolamento social eu comecei a estudar feito louco me matriculei num monte de cursos e a pandemia passou e a ansiedade ficou.
E eu tô tentando desacelerar. E é um esforço solitário, eu fiz alguns investimentos. Preciso terminar o que comecei para não sofrer do efeito Zeigarnik que aprendi contigo também Luciano. E montei um cronograma para a terminar até o fim do ano, tá puxado, mas nessa minha fase atual da vida eu dou conta.
E cara, obrigado, obrigado, porque é um esforço solitário. E agora eu senti, tipo, tem alguém que já passou por isso na linha de chegada me puxando, né? E esse alguém é representado por ti, Luciano.
Obrigadão aí por mais uma vez compartilhar a vossa experiência conosco, vida longa ao Mundo Café Brasil inteiro, né? E tamo junto, né?
Já sou membro, sou membro do Mundo Café Brasil, já participo da Confraria, eu participo bastante aí, sigo sempre o teu conteúdo e o nível de qualidade é excepcional.
Muito obrigado, Luciano. Muito obrigado a todos aí do Mundo Café Brasil. Abraços!”
Grande Thiago, a ansiedade é mesmo uma fera, cara: quando a gente enche a agenda para se proteger, ela se esconde; quando o ritmo cai, ela aparece. O segredo não é só ocupar não, mas dar sentido ao que ocupa. Terminar o que começou, organizar a vida e colocar propósito nas tarefas é um caminho poderoso. E como você fez certinho ao se tornar nosso assinante, você não está num esforço solitário: tem uma turma inteira caminhando junto contigo. Seguimos juntos, meu caro! Grande abraço, tchê!
Cara, você já pensou em ter um negócio funcionando 24 horas por dia, hein? Uma adega autônoma que você instala no condomínio sem precisar de funcionários, entregando vinhos top na temperatura ideal? E o melhor, tudo controlado pelo celular, com margem de 80% por venda.
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Se tudo parece tão sombrio, é preciso também buscar os lampejos que nos dizem: é possível. É nelas que mora a esperança.
O El País já chamou nossa rede federal de “ilha de excelência” no caos educacional brasileiro — escolas federais se destacam nos resultados do PISA quando comparadas às redes estaduais e municipais. El País Brasil Isso sugere que estrutura, financiamento, autonomia e valorização podem fazer diferença significativa — se forem de fato aplicadas.
Em 2020, no meio da barafunda de reformas e disputas políticas, o Ministério da Educação, sob comando de Abraham Weintraub, lançou o Tempo de Aprender. À primeira vista, mais um programa com nome bonito. Mas esse tinha uma pretensão clara: atacar de frente o calcanhar de Aquiles da nossa educação — a alfabetização. O diagnóstico era cruel: crianças avançando de série sem aprender a ler e escrever, professores sobrecarregados, redes públicas sem rumo. A promessa era simples: dar às escolas públicas brasileiras um conjunto de ferramentas práticas para que as crianças do 1º e 2º ano do fundamental aprendessem de fato a decifrar palavras, escrever frases, compreender textos.
A Secretaria de Alfabetização do MEC organizou o programa em quatro grandes frentes. Primeiro, a formação contínua de professores e gestores, porque não basta encher salas de aula sem dar a quem ensina preparo, autonomia e suporte. Depois, o apoio pedagógico, que incluiu a presença de assistentes de alfabetização dentro das turmas, ajudando a dar atenção a quem ficava para trás. Também houve investimento em material didático reformulado, recursos digitais e diagnósticos constantes para acompanhar cada aluno. Por fim, a valorização de quem faz o trabalho acontecer: incentivos e reconhecimento aos professores e diretores que entregam resultado real.
Pode soar abstrato, mas a coisa saiu do papel. Em Juazeiro do Norte, no Ceará, por exemplo, assistentes de alfabetização passaram a dividir a sala com os professores, cuidando das crianças que estavam com mais dificuldade. Em pouco tempo, professores e diretores perceberam que aquele reforço extra fazia diferença: alunos antes esquecidos começaram a acompanhar melhor. O MEC, por sua vez, conduziu avaliações nacionais e os números mostraram ganhos concretos: em escolas vulneráveis, alunos do 2º ano tiveram 22% mais chance de se tornarem leitores fluentes. Em leitura, estudantes participantes tiveram desempenho até 47 pontos acima dos colegas que não estavam no programa. Em escrita, no 1º ano, os ganhos chegavam a 65 pontos de diferença.
E não foi uma experiência isolada não: mais de 5 mil municípios e 22 estados aderiram ao programa. Um esforço nacional que, se bem aplicado, poderia virar a chave de um problema que nos assombra há décadas. É a prova de que, quando existe método, apoio e monitoramento, resultados aparecem — mesmo em condições adversas.
Mas, como sempre, não faltam críticas. Há quem diga que o programa dá ênfase demais a métodos fonéticos e “engessa” a alfabetização. Outros apontam que professores podem acabar apenas “performando para as metas”, mais preocupados em mostrar números do que em ensinar de fato. A adesão voluntária também limita o alcance: muitos municípios ainda não implementaram. E a lentidão na aplicação local, com diagnósticos demorados e repasses que não chegam, faz com que os resultados fiquem aquém do que poderiam ser.
Esse tipo de ação pontual, com foco, metodologia apoiada em evidências e monitoramento, funciona como uma ilha de produtividade.
O Tempo de Aprender mostra que existe um caminho. Mas como toda política pública no Brasil, vive no fio da navalha: pode virar política de Estado, ou pode ser engolido pela próxima eleição. O risco é que fique restrito a algumas ilhas de eficiência, enquanto a maioria das escolas segue produzindo analfabetos funcionais em escala industrial.
Contigo aprendi
Armando Manzanero
Contigo aprendí
Que existen nuevas y mejores emociones
Contigo aprendí
A conocer un mundo nuevo de ilusiones
Aprendí
Que la semana tiene más de siete días
A hacer mayores mis contadas alegrías
Y a ser dichoso, yo contigo lo aprendí
Contigo aprendí
A ver la luz del otro lado de la luna
Contigo aprendí
Que tu presencia no la cambio por ninguna
Aprendí
Que puede un beso ser más dulce y más profundo
Que puedo irme mañana mismo de este mundo
Las cosas buenas ya contigo las viví
Y contigo aprendí
Que yo nací el día en que te conocí
Contigo aprendi
Contigo aprendi
Que existem novas
E melhores emoções
Contigo aprendi
A conhecer um mundo novo
De ilusões
Aprendi
Que a semana já tem mais
De sete dias
Fazer maiores minhas
Poucas alegrias
E a ser alegre
Eu contigo aprendi
Contigo aprendi
Que existe luz na noite
Mais escura
Contigo aprendi
Que em tudo existe um pouco
De ternura
Aprendi que pode um beijo
Ser mais doce e mais profundo
Que posso ir-me amanhã mesmo deste mundo
As coisas boas, eu contigo já vivi
E contigo aprendi, que eu nasci
No dia em que te conheci
Olha que delícia… você está ouvindo Altemar Dutra Jr, cantando um dos maiores êxitos de seu pai, Altemar Dutra, Contigo Aprendi, bolero de Armando Manzanero.
Essa canção é uma declaração de que, ao lado de alguém, você aprendeu a ver o mundo de forma diferente — a perceber nuances que antes passavam despercebidas. E não é isso que a gente busca quando fala de educação? De desacelerar e dar sentido ao que fazemos? É como se o personagem da música estivesse dizendo: “eu aprendi que existe um outro ritmo, que há coisas que só se descobrem quando se vive com atenção, com entrega”.
E se você é assinante do Café Brasil agora vem o conteúdo extra. Vou contar o que é que Singapura e a Coréia do Sul fizeram para dar um salto na educação. Se você não é assinante, bem, perdeu, né? Mas não fique ansioso, não. Acesse mundocafebrasil.com, escolha um plano, torne-se um assinante.
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Não é raro encontrar no Brasil municípios ou escolas que “vão na contramão” e entregam resultados expressivos. Por exemplo:
- Redes municipais que apostaram fortemente na formação continuada de professores.
- Projetos de robótica de baixo custo aplicados em física e ciências, usados como estratégia para engajar alunos em ambientes de vulnerabilidade. Um estudo brasileiro mostrava como oficinas de robótica ajudavam a construir conexões entre teoria e prática. arXiv
- Iniciativas de “ilhas interdisciplinares” em regiões remotas da Amazônia, que criaram núcleos de formação para professores com estratégias adaptadas ao contexto. Periódicos FCLAr
Essas ilhas não têm milagre, cara: têm gente — professores motivados, gestores comprometidos, comunidade envolvida, recursos bem usados.
Ver algumas “ilhas de eficiência” na educação — aquelas escolas ou programas que dão certo — é importante. Elas nos mostram que é possível melhorar. Mas se a gente ficar só admirando as exceções, sem transformar isso em regra, vamos continuar na mesma história de sempre: muito discurso bonito e pouco resultado. O desafio real é pegar o que funciona e multiplicar, desmontar o que dá errado e enfrentar de frente os problemas que travam a educação no Brasil.
E aqui estão alguns pontos que não dá mais pra tratar como tabu:
- Valorização e formação de professores
Não adianta apenas pagar salário melhor — isso é básico. Um bom professor precisa de formação contínua, espaço para criar, apoio pedagógico e reconhecimento da sociedade. Pense num jogador de futebol: não basta o clube pagar bem; ele precisa treinar todo dia, ter preparador físico, psicólogo e torcida que respeite o esforço. Com professor é a mesma coisa.
- Boa gestão e responsabilidade clara
Muitas escolas perdem eficiência não porque os alunos não querem aprender, mas porque a gestão é bagunçada: falta material, sobra burocracia e ninguém sabe quem é responsável pelo quê. As redes que dão certo têm uma regra simples: tudo é medido. Resultados são acompanhados, quem acerta recebe incentivo, quem erra precisa corrigir rápido. É como num campeonato: se não houver placar, ninguém sabe quem está ganhando ou perdendo.
- Métodos que funcionam de verdade
Tem muito programa “da moda” em educação que é vendido como solução mágica, mas não funciona. O que precisamos é de métodos testados, com resultados comprovados. Por exemplo, o programa Tempo de Aprender mostrou que escolas vulneráveis conseguem aumentar a chance de alfabetização quando seguem um modelo estruturado. A regra é simples: se funciona, testa de novo; se dá certo, replica em escala.
- Dinheiro bem usado
Educação custa caro, mas jogar dinheiro sem planejamento é inútil. É como encher o tanque de gasolina num carro sem motor. O investimento precisa ser pensado para gerar impacto real, com foco em sustentabilidade e em políticas que sobrevivam a governos diferentes.
- Combater desigualdades
Essas ilhas de eficiência ajudam, mas não resolvem o problema inteiro. Para de fato reduzir o abismo educacional, é preciso olhar para as regiões mais pobres e as populações esquecidas: periferias, comunidades rurais, povos indígenas. Não adianta ter escolas de ponta em bairros ricos e escolas em ruínas no interior. O país só melhora quando todas as crianças têm chance justa de aprender.
- Pensar a longo prazo (que problema pra nós…)
Educação não se resolve em quatro anos de mandato. É um processo de décadas. Quem planta hoje, só colhe daqui a 15 ou 20 anos. Isso exige um pacto nacional, um acordo de Estado e não de partidos. Do contrário, cada governo desmonta o que o outro fez, e continuamos no círculo vicioso da estagnação. Parecee…deixa pra lá, vai…
Em resumo: não adianta ter algumas poucas escolas brilhantes em meio a um mar de mediocridade. O Brasil precisa transformar as exceções em regra. E isso só acontece com professores respeitados, gestão séria, métodos que funcionam, uso inteligente do dinheiro, combate às desigualdades e compromisso de longo prazo. …que puta sonho, cara…
Chegou a hora do nosso merchan. O Café Brasil, você já sabe, é uma produção independente, sem ligação com sites poderosos, com editoras, com milionários, com bilionários. Aqui a gente vive nóis e ocê. A gente depende docê. Sem você a gente não consegue ir muito longe.
Este aqui é o episódio 999. Semana que vem vem o número 1000, cara!
E gente precisa que quem gosta da gente, nos ajude a ir para o 2000. Sabe como?
Entrando no: mundocafebrasil.com, escolhendo um plano e se tornando um assinante.
Faz isso, cara! Dá de presente pra nós aí: no milésimo episódio você vai virar um assinante. Já pensou?
O Sal da Terra
Beto Guedes
Anda!
Quero te dizer nenhum segredo
Falo desse chão, da nossa casa
Vem que tá na hora de arrumar
Tempo!
Quero viver mais duzentos anos
Quero não ferir meu semelhante
Nem por isso quero me ferir
Vamos precisar de todo mundo
Pra banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova
Vamos precisar de muito amor
A felicidade mora ao lado
E quem não é tolo pode ver
A paz na Terra, amor
O pé na terra
A paz na Terra, amor
O sal da—
Terra!
És o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro
Tu que és a nave, nossa irmã
Canta!
Leva tua vida em harmonia
E nos alimenta com seus frutos
Tu que és do homem, a maçã
Vamos precisar de todo mundo
Um mais um é sempre mais que dois
Pra melhor juntar as nossas forças
É só repartir melhor o pão
Recriar o paraíso agora
Para merecer quem vem depois
Deixa nascer, o amor
Deixa fluir, o amor
Deixa crescer, o amor
Deixa viver, o amor
O sal da terra
E é assim então, Maria Gadú interpretando Beto Guedes e Ronaldo Bastos em O Sal da Terra, nos leva pra sair assim tomara que inspirados, vai?
O título é uma metáfora poderosa: o sal da terra é aquilo que dá sabor, conserva, impede a corrupção. E Beto Guedes canta como se dissesse: “somos nós, pessoas comuns, que damos sentido à vida em sociedade, que podemos transformar o mundo.”
Quando a gente coloca “O Sal da Terra” num episódio sobre educação e futuro do Brasil, a música funciona como lembrete de que não existe transformação sem todo mundo junto. A educação, para dar certo, não é tarefa só de professor ou de ministro. É de pais, alunos, gestores, comunidade. É de todo mundo.
O gráfico que eu mencionei, e que colocarei no roteiro deste episódio no portalcafebrasil.com.br, cruza PIB e matemática. Ele mostra uma trajetória que muitos países seguiram: riqueza e educação caminhando juntas. Mas ele também nos ensina que não se chega lá por acaso — e que esperar a riqueza chegar para depois educar é condenar-se ao atraso.
O Brasil está perdendo tempo, cara. Cada geração que chega à escola com deficiências é uma escada quebrada que arrastamos para o futuro. Mas as ilhas de produtividade que ainda resistem — redes federais, programas de alfabetização bem desenhados, escolas inovadoras locais — são o retrato do que é possível sim: com vontade, método e persistência.
A grande pergunta não é “se” vamos colocar a educação no centro da estratégia de país — é “quando” e “como”. Temos que exigir que o Brasil vire esse jogo com coragem, clareza e urgência. Senão, a gente vai ficar sempre, no canto inferior do gráfico.
Lembre-se, então: na livrariacafebrasil temos mais de 15 mil títulos muito especiais, para quem quer conteúdo que preste! Vai lá, cara: mundocafebrasil.com.
O Café Brasil é produzido por quatro pessoas. Eu, Luciano Pires, na direção e apresentação, Lalá Moreira na técnica, Ciça Camargo na produção e, é claro, você aí, que completa o ciclo.
De onde veio este programa aqui tem muito mais. E se você gosta do podcast, imagine só uma palestra ao vivo. E eu já tenho mais de mil e duzentas no currículo. Já pensou? Leva pra tua equipe, cara. Conheça os temas que eu abordo no mundocafebrasil.com.
Mande um comentário de voz pelo WhatSapp no 11 96429 4746. E também estamos no Telegram, com o grupo Café Brasil.
Para terminar, uma frase de nosso patrono da educação, Paulo Freire, que explica muito bem a pindaíba na qual estamos enfiados.
“Na verdade, não há eu que se constitua sem um não-eu. Por sua vez, o não-eu constituinte do eu se constitui na constituição do eu constituído. Desta forma, o mundo constituinte da consciência se torna mundo da consciência, um percebido objetivo seu, ao qual se intenciona.”
…meu Deus!!!