Cafezinho 693 – O mapa do ódio

Cara, eu estou devastado com o assassinato de Charlie Kirk, fundador do Turning Point USA. Charlie era um debatedor brilhante, morto enquanto falava com estudantes numa universidade. Tinha 31 anos, era carismático, incômodo para aqueles que eu chamo de “progreçistas com cedilha” — e virou estatística de uma lista macabra: conservadores sendo caçados.

Em 2012, um militante invadiu o Family Research Council com uma pistola, inspirado pelo “mapa do ódio” da Southern Poverty Law Center (SPLC), uma ferramenta online para identificar e listar grupos que, segundo eles, são “organizações de ódio” nos Estados Unidos.

Em 2017, um voluntário da campanha de Bernie Sanders abriu fogo contra congressistas conservadores num treino de beisebol, quase matando Steve Scalise, líder da maioria republicana na Câmara dos Representantes dos EUA. No mesmo ano, o senador republicano Rand Paul levou uma surra do vizinho. Em 2018, um candidato republicano em Minnesota foi agredido com um soco no rosto. Em 2022, um jovem planejou assassinar o juiz Brett Kavanaugh. Em 2024, Donald Trump escapou por centímetros de uma bala no ouvido — e, meses depois, outro atirador tentou novamente.

Sete episódios. Sete demonstrações de ódio que não cabem no discurso de “tolerância” vendido pela esquerda “progreçista com cedilha”. Isso nos EUA.

Em 2018, no Brasil, Bolsonaro levou uma facada em plena campanha. Na Colômbia, três meses atrás, Miguel Uribe Turbay, jovem senador conservador, foi baleado pelas costas e morreu meses depois. E esta semana, Jeffrey Chiquini, advogado de Bolsonaro, foi expulso da Universidade Feral do Paraná porque ia palestrar para os estudantes de direito da faculdade. Só não foi agredido porque a polícia chegou. Os “progreçistas com cedilha” não podem admitir que alguém manifeste ideias.

Veja o padrão: o inimigo não precisa ser derrotado nas ideias, mas eliminado no corpo. Detalhe: quase todos agressores tinham alguma ligação com a máquina de demonização que transforma adversários, especialmente conservadores, em monstros. Mapas do ódio, manchetes enviesadas, carimbos de “extremista” e “fascista”. A lavagem cerebral diária cria a figura do inimigo a ser eliminado.

A esquerda “progreçista com cedilha” sabe usar bem o truque: plantar a ideia de que certos grupos não são adversários, mas sim perigos existenciais: fascistas e nazistas, extremistas que merecem a eliminação. E quando alguém decide apertar o gatilho, a culpa evapora — “foi um desequilibrado”, “um ato isolado”. Já viu esse filme? Pois é: regimes totalitários sempre começam assim, com a desumanização do outro.

E depois, esses mesmos desumanizadores aparecem de cara limpa, com discurso de amor, democracia e “imagine all the people… living their life in peace…”

Mas o mais curioso é que, historicamente, as balas que saem dos canos viram para a direita, cumprindo a velha farsa da tolerância seletiva, onde  enquanto um lado apanha o outro posa de santo.

Até quando?