Café Brasil 223 – Sobre relevância e perspectivas

Na teoria cognitiva, “perspectiva” é a escolha de uma referência a partir da qual procedemos à decodificação de uma experiência. Na perspectiva de um patologista, por exemplo, uma úlcera é uma maravilha… É disso que o programa da semana tratará, partindo de dois casos famosos: o da Geysi Arruda e o do Boris Casoy, que a internet transformou em grandes escândalos, para discutir a priorização de nossas relevâncias.

Na trilha sonora, Carlos Zens, Marcio Greyk, Rita Lee, Banda Mantiqueira, Nana Caymmi com Erasmo Carlos, Helena Meirelles e A Cor do Som. Tá bom ou quer mais? Apresentação de Luciano Pires.

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Bom dia, boa tarde, boa noite! Tá começando mais um Café Brasil, o seu programinha semanal que quer mexer com sua cabecinha. Tá bom, vai. O seu cabeção. E tocar umas musiquinhas … Hoje vamos tratar do que é importante. Vamos falar de relevância! O que é relevante pra mim, será que é pra você?

Pra começar, uma adaptação de uma frase do escritor estadunidense Austin O´Malley:

Sob o ponto de vista de um patologista, uma úlcera é uma maravilha…

E é nesse clima de festa de Escadaria de Pedro Raimundo com Carlos Zens, lá de Natal, que a gente vai prosseguir o programa,

vendo quem foi o leitor que ganhou o prêmio da semana, pois publicou um comentário sobre o podcast lá no portal Café Brasil? O prêmio desta vez é um exemplar do livro ISCAS CULINÁRIAS, escrito por Minás Kuyumjiam Neto.

O texto premiado foi este, publicado no podcast 221, O Contador de Histórias: “Já ouvi todos os podcasts do Café Brasil e me entretenho muito no meu trabalho. É como se recebesse um brainstorm de vida cada vez que eu ouço. Achei este ultimo post muito rico com uma trilha excelente, atrevida no ponto.”

Sabe quem ganhou? Foi o ouvinte Fábio Augusto. E ganhou sabe por quê? Porque ele escreveu um comentário. E você? Vai ficar aí de boca aberta? Participe, na semana que vem tem mais um prêmio.www.portalcafebrasil.com.br

Dois acontecimentos interessantes marcaram a passagem de 2009 para 2010: aquele caso de Geysi Arruda, a garota que foi à escola com um micro vestido e quase foi linchada. O outro caso foi o comentário que o jornalista Boris Casoy fez sobre os lixeiros, que foi ao ar sem que ele percebesse.

O mundo caiu sobre Geysi (que se deu muito bem) e sobre o Boris, por motivos diferentes.

Bem, já escrevi sobre esses assuntos em meu site. Se você quiser ler, vá até o Google e dê uma procurada por Os Neocaretas e o outro texto: Eribertos e Francenildos.

O que me interessa agora é refletir sobre a forma como esses assuntos ganharam relevância nacional.

Veja só: o caso da Geysi ficou restrito aos alunos que testemunharam o bafafá na escola. Só explodiu cerca de um mês depois do incidente, quando os vídeos foram parar no Youtube depois da denúncia feita por um blog.

O caso do Boris também. Embora o comentário tenha ido ao ar em rede nacional, está quase inaudível e durante a vinheta do noticiário que ele apresenta. Pouca gente viu e quem viu não ouviu direito. Mas alguém gravou e colocou no Youtube, legendado. E pronto. Um milhão e meio de visitas ao vídeo em uma semana.

Nenhum daqueles dois casos tomaria proporção nacional, sem a internet. Nenhum causaria comoção sem os vídeos no Youtube.

E quem é que produziu os vídeos? O da Geysi foram estudantes filmando com o celular. O do Boris foi alguém que capturou da televisão, com cuidados mínimos. Custo de produção dos vídeos? Zero. Qualidade de produção? Nenhuma. Investimento em divulgação? Nenhum. Custo de distribuição? Zero.

No novo mundo em que vivemos qualquer um, sem gastar nada, pode provocar um impacto imenso na sociedade. Basta capturar conteúdo relevante. O restante a internet se encarrega de fazer. Sem custo e imediatamente.

Mas a definição de “relevância” – numa sociedade em que Platão perde para a Mulher-Melancia – é relativa.

Hoje em dia tem muito mais a ver com o espetáculo e a ideologização dos discursos do que com qualquer outra coisa.

E a televisão mostrou que precisa desse conteúdo “relevante”. A cada dia mais e mais imagens tecnicamente horrorosas da internet ocupam espaço na televisão. O apuro técnico dá lugar ao conteúdo, desde que seja importante. Desde que seja relevante.

O mais importante é o verdadeiro amor

Quanto sinto em dizer-te
Que me podes desprezar
Logo, logo
Sei que devo deixar-te
Já não posso mais sonhar…

Você fica tão calada
Não sei mais o que fazer
Se te sentes
Por minha culpa, desprezada
Sei que não terei perdão…

Você deve compreender-me
Se eu quis sonhar
Foi você que teve a idéia
De querer-me
E isso eu quero esquecer…

Para que pedir carinho
Que não vale mais
Porque o meu destino
Está tão marcado
Ah! Minha vida, outra vida
Um amor de verdade…

Te asseguro que esta noite
Voltarei para quem amo
Sei também que não é hora
E nem é fácil
Mas perdão te pedirei…

 Ah! Minha vida, outra vida
Um amor de verdade…

Te asseguro que esta noite
Voltarei para quem amo
Sei também que não é hora
E nem é fácil
Mas perdão te pedirei…

Nós sabemos que num instante
Nosso amor se acabou
E compreendes
Que o mais importante
É o verdadeiro amor…

Você deve compreender-me
Se eu quis sonhar
Pois você teve a idéia
De querer-me
E isso eu quero esquecer…

Para que pedir carinho
Que não vale mais
Porque o meu destino
Está tão marcado
Lã Lã Lã Lã Lã…

Olha só…essa embalou a moçadinha nas brincadeiras dançantes dos anos setenta. Sabe quem é? É Marcio Greick, que era uma espécie de Fábio Júnior dos anos setenta… Você ouve, no podcast, O MAIS IMPORTANTE É O VERDADEIRO AMOR, versão que Fernando Adour fez de um sucesso italiano chamado Tanta Voglia di Lei. 

Quanto açúcar, né?

Então vem aquele terremoto do Haiti e morre Zilda Arns. A mesma comunidade (jovem, muito jovem) do Twitter que havia passado dois dias discutindo a morte de Brittany Murphy, uma jovem e obscura atriz de séries e filmes B dos Estados Unidos, ficou repleta de gente dizendo “Zilda quem?”.

De onde concluí o seguinte: a definição de “relevância” – numa sociedade em que Zilda Arns perde para Brittany Murphy, Tom Jobim perde para o Latino, Paulo Autran perde para Marcos Pasquim e Machado de Assis perde para Paulo Coelho – é relativa. A relevância é relativa.

Esse tal de roque enrow

Ela nem vem mais prá casa
Doutor!
Ela odeia meus vestidos
Minha filha é um caso sério
Doutor!
Ela agora está vivendo
Com esse tal de:
Roque Enrow! Roque Enrow!
Roque En!…

Ela não fala comigo
Doutor!
Quando ele está por perto
É um menino tão sabido
Doutor!
Ele quer modificar o mundo
Esse tal de:
Roque Enrow! Roque Enrow!…

Ro! Quem é ele?
Quem é ele?
Esse tal de Roque Enrow!
Uma mosca, um mistério
Uma moda que passou
-Já Passou!
Ele! Quem é ele?
Isso ninguém nunca falou!
Ôh! Ôh!..

Ela não quer ser tratada
Doutor!
E não pensa no futuro
A minha filha tá solteira
Doutor
Ela agora está lá na sala
Com esse tal de:
Roque Enrow! Roque En!

Eu procuro estar por dentro
Doutor!
Dessa nova geração
Mas minha filha
Não me leva à sério
Doutor!
Ela fica cheia de mistério
Com esse tal de:
Roque Enrow! Roque Enrow!…

Ro!Quem é ele?
Quem é ele?
Esse tal de Roque Enrow!
Um planeta, um deserto
Uma bomba que estourou
Ele! Quem é ele?
Isso ninguém nunca falou!
Ôh! Ran!…

Ela dança o dia inteiro
Doutor!
E só estuda prá passar
E já fuma com essa idade
Doutor!
Desconfio que não há
Mais cura prá esse tal de:
Roque Enrow!…

Quem?
Roque Enrow!
Roque Enrow!
Roque Enrow!…

Uia… por falar em Paulo Coelho, esse petardo ai ele fez com a Rita Lee. Esse tal de Roque Enrow… Pro rock brasileiro esse som sempre será relevante, não é?

Re-le-vân-cia. A definição de “relevante” é “aquilo que é importante”. Mas nada é relevante “per si”. As coisas tornam-se relevantes, quer ver?

Você certamente conhece aquele cerimonial da tripulação nos aviões antes da decolagem, explicando como é que se usa o cinto de segurança e as máscaras de oxigênio, não é? Quem, como eu, só usa o indicador, o dedo indicador, fica entre incomodado e fascinado com aquele gestual-padrão que usa dois dedos para apontar para as saídas de emergência. Mas só quem viaja pouco de avião (e as crianças) presta muita atenção naquilo. Quem viaja muito já viu tantas vezes que nem repara mais.

Para essas pessoas o cerimonial pré-decolagem não tem mais nenhuma relevância.

Mas agora imagine que o piloto diga pelo sistema de som que as condições meteorológicas estão ruins, mas que ele vai “tentar decolar” mesmo assim… Você tem alguma dúvida de que todo mundo prestará atenção nas instruções da tripulação, mesmo que sejam as mesmas de sempre? Pois é… Mudou o contexto e repentinamente as explicações, às quais quase ninguém ligava, ganham relevância.

Um caixa de banco que atende bem não é relevante, isso é o que se espera dele, é previsível. Mas se todos os outros caixas atenderem mal, aquele que cumpre sua obrigação torna-se relevante. Contexto.

Que tal essa que você está ouvindo no podcast, hein? Esse som maravilhoso é a Banda Mantiqueira. Só quem teve a oportunidade de ouvir essa turma ao vivo sabe a porrada que é esse balanço… Banda Mantiqueira, com TRES NO CHORO, no Café Brasil.

O contexto cria o ambiente, mas quem dá relevância é você. Um saleiro pra mim é relevante na hora do almoço. Pra minha esposa não é. Colocar a camiseta do Timão pra assistir um jogo pela televisão é relevante para meu filho. Para mim, não é. Fazer chapinha antes de sair de casa é relevante para minha filha. Para minha sobrinha, não é.

Relevância depende, portanto, do contexto e dos valores e convicções que determinam as escolhas das pessoas.

Portanto, escolher (conscientemente ou por ignorância) que a morte de Brittany Murphy é mais relevante que a de Zilda Arns não indica que você é uma pessoa boa ou ruim. Mas dá uma pista sobre suas prioridades e visão de mundo. Você é o resultado de suas escolhas, alguém disse um dia.

E se só o que é relevante impacta em nossas ações, então é necessário prestar bastante atenção às coisas às quais escolhemos dar relevância.

Vou contar como eu faço. Periodicamente dou uma paradinha em meus afazeres para rever as coisas que considerei relevantes. Então reflito sobre o que ganhei ou perdi dedicando tempo e recursos a essas escolhas. E então priorizo minhas “relevâncias”.

Não sei se você faz o mesmo conscientemente. Esse tem sido um processo de avaliação e aprendizado extremamente valioso para refinar minha capacidade de julgamento e tomada de decisão.

Aliás, mais que valioso. Relevante.

Uma vez, logo no começo de minha vida profissional, levei um impresso para um cliente aprovar. Era um folheto que mostrava um loteamento numa cidade do litoral de São Paulo. No verso eu havia desenhado um mapa mostrando os caminhos para chegar até a tal cidade. Quando o cliente – um senhor de idade – viu o mapa, ficou fulo! Começou a gritar, dizendo que o mapa não tinha proporções, que uma estrada estava mais curta que a outra, que as cidades não estavam na localização correta, que aquilo estava tudo errado e tinha que ser feito de novo.

O homem ficou uma fera e pela expressão do rosto do pessoal que trabalhava com ele, saquei que a coisa era séria. Já antevendo o prejuízo que eu tomaria se tivesse que fazer a arte e os fotolitos outra vez, arrisquei uma explicação ao indignado, eu disse assim:

– Senhor fulano, este mapa é apenas ilustrativo. É uma cartum. É só uma indicação artística para dar uma idéia de onde fica o loteamento.

O homem soltou um “ah, é artístico? ”, e imediatamente parou de bufar, mudou a carranca para um quase sorriso e aprovou o folheto. E eu, que um segundo atrás estava tomando um esporro, não entendi nada…

Anos mais tarde é que fui compreender o que havia acontecido ali. Mesmo sem querer, eu havia mudado a perspectiva do cliente, fazendo com que ele olhasse o problema sob outro ângulo.

Sacou? Esse seu olhar …

Esse seu olhar

Esse seu olhar
Quando encontra o meu
Fala de umas coisas
Que eu não posso acreditar
Doce é sonhar é pensar que você
Gosta de mim como eu de você
Mas a ilusão
Quando se desfaz
Dói no coração
De quem sonhou, sonhou demais
Ah, se eu pudesse entender
O que dizem os seus olhos
Esse seu olhar
Quando encontra o meu
Fala de umas coisas
Que eu não posso acreditar
Doce é sonhar é pensar que você
Gosta de mim como eu de você
Mas a ilusão
Quando se desfaz
Dói no coração
De quem sonhou, sonhou demais
Ah, se eu pudesse entender
O que dizem os seus olhos
Esse seu olhar
Quando encontra o meu
Fala de umas coisas
Que eu não posso acreditar
Doce é sonhar é pensar que você
Gosta de mim como eu de você
Mas a ilusão
Quando se desfaz
Dói no coração
De quem sonhou, sonhou demais
Ah, se eu pudesse entender
O que dizem os seus olhos

Promessas

Sim, promessas fiz
Fiz projetos sonhei tanta coisa
E agora o coração me diz
Que só em teus braços amor eu posso ser feliz

Eu tenho este amor para dar
O que é que eu vou fazer

Eu tentei esquecer
E prometi
Apagar da minha vida este sonho
E vem o coração e diz
Que só em teus braços amor eu posso ser feliz
Que só em teus braços amor eu posso ser feliz

Oba…outro clássico no Café Brasil, de um jeito que talvez você nunca tenha ouvido. ESTE SEU OLHAR, de Tom Jobim, sendo trucidado pelo Erasmo Carlos. Aí Nana Caymmi entra com PROMESSAS, também do Tom e quase salva a tragédia…

É. Eu fui injusto. A Nana Caymmi salvou a tragédia. Mas, vamos lá.

Na teoria cognitiva, “perspectiva” é a escolha de uma referência a partir da qual procedemos à decodificação de uma experiência. Quer ver como é?

Uma vez ouvi uma história deliciosa sobre uma criança de seis anos que, durante um vôo comercial, corria pelo corredor, batia nas pessoas, fazia barulho, não parava quieta. É uma história que ilustra perfeitamente a questão da perspectiva. Vou reproduzir a história do jeito que o sujeito me contou.

Ao fundo, você está ouvindo MOLEQUINHO MALCRIADO com a grande violeira Helena Meirelles.

– “Os pais do moleque, moderninhos, deixavam o filho livre. O demônio quase derrubou meu laptop e uma xícara de café do sujeito que estava na poltrona ao lado, até que um passageiro perdeu a calma e deu uma descompostura nos pais do garoto. Muito a contragosto os pais prenderam o moleque pelo cinto de segurança na poltrona e o obrigaram a ficar quieto. Pois o diabinho começou a chorar, gritar e espernear. O escândalo que o moleque fazia era pior do que a bagunça pelos corredores, transformando o vôo num inferno. Aumentei o volume do fone de ouvido, mas não adiantou. E então uma moça que estava sentada à minha frente, uma colega minha, chamou a aeromoça e disse alguma coisa. A aeromoça deu um sorriso e foi à cabine do comandante. Curioso, perguntei pra minha colega, o que ela havia dito à comissária, e ela respondeu que havia sugerido que em vez de tentarmos resolver o nosso problema, deveríamos resolver o problema da criança. Minutos depois o co-piloto apareceu no corredor e perguntou para o menino se ele gostaria de pilotar o avião. O diabinho olhou para o pai e para a mãe, sem acreditar no que ouvira. E pronto! Durante quase todo o resto do percurso o garoto ficou na cabine de comando, fingindo que pilotava o avião e ninguém mais ouviu um pio do pentelhinho…“

Em vez de olhar o problema por nossa perspectiva, aquela moça olhou pela perspectiva do moleque…

Quando mudamos de perspectiva, podemos mudar o mundo.

Quer ver como as coisas mudam conforme a perspectiva? Duas mulheres conversando:

– Como foi sua transa ontem?

1ª – Uma catástrofe! Meu marido chegou do trabalho, jantou em 3 minutos, depois tivemos sexo durante 4 minutos e após 2 minutos, ele já estava dormindo! E sua transa, como foi?

E a segunda mulher diz:

2ª – Foi fantástica! Meu marido chegou em casa levou-me para jantar e depois passeamos a pé durante 1 hora até voltarmos para casa. Após 1 hora de preliminares à luz de velas, fizemos sexo durante 1 hora e, no fim, ainda conversamos durante mais 1 hora!

Agora, os dois maridos conversando sobre a mesma transa:

– Como foi tua trepada ontem?

1º – Foi fantástica! Cheguei em casa e o jantar estava na mesa jantei, dei uma rapidinha e dormi feito pedra! E a sua?

2º – Uma catástrofe! Cheguei em casa e não tinha luz porque esqueci de pagar a última conta. Tive que levar minha mulher para jantar fora. A comida foi uma porcaria e caríssima, tão cara que fiquei sem dinheiro para pagar o táxi de volta. Tivemos que voltar a pé pra casa. Chegamos em casa e como não tinha eletricidade, fomos obrigados a acender velas! Eu estava tão estressado que precisei de 1 hora até que o bicho ficasse no ponto e uma hora até chegar ao clímax. Foi tão irritante que não peguei no sono durante 1 hora, e tive que agüentar o papo furado da minha mulher. Uma catástrofe…

Muito bem, viu só como mudando a perspectiva, mudando a relevância que você dá ás coisas, você pode mudar a forma como você vê o mundo? E quando mudamos o jeito de ver o mundo, mudamos o mundo!

Mudança de estação

Gente bonita tá me vindo
A tentação
De lhes mostrar
Mudança de estação
O rio tá raso
Estrela fraca, sem razão
Vai ver, vai ver
É mudança de estação
Vai ver, vai
É noite de são joão

Eu quis saber aonde fica
O coração
E acabei com uma
Estranha sensação
Vai ver, vai ver
É mudança de estação
Vai ver, vai
É noite de são joão

Gente bonita olha só
Quem vem chegando
Alguém sorrindo
Alguém chorando
E a multidão
Vai ver, vai ver
É mudança de estação
Vai ver, vai
É noite de são joão
Vai ver….

E é assim, ao som de MUDANÇA DE ESTAÇÃO, com a Cor do Som, e letra de ninguém menos que Paulo Leminski, que o Café Brasil das perspectivas vai embora.

Com Lalá Moreira na técnica, Ciça Camargo na produção e eu, Luciano Pires na direção e apresentação.

Estiveram conosco Carlos Zens, Marcio Greyk, Rita Lee, Banda Mantiqueira, Nana Caymmi com Erasmo Carlos, Helena Meirelles e A Cor do Som. Tá bom assim ou quer mais?

Gostou? Quer conhecer gente que vê o mundo sob perspectivas diferentes? Cadastre-se no Café Brasil: www.portalcafebrasil.com.br. E deixe um comentário na página do podcast. Você pode ganhar um presentinho, sabe?

E pra terminar, um provérbio chinês:

“O pessimista reclama do vento, o otimista espera que ele mude, o realista ajusta as velas.”

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