Sadi Sousa Leite Cabral (Maceió, 10 de setembro de 1906 – São Paulo, 23 de novembro de 1986) foi um ator e compositor brasileiro.
Ele veio para o sul do país ainda bem jovem e em 1923, já no Rio de Janeiro, começou no teatro, trabalhando em várias comédias. Em 1936 teve a oportunidade de participar do elenco do filme “Bonequinha de Seda”, de Oduvaldo Vianna.
A partir daí, integrou vários elencos de revistas no teatro e entrou para o TBC em 1956 atuando ao lado de Cacilda Becker. Foi pioneiro no rádio, onde introduziu as radionovelas com base em romances e textos teatrais.
Ele nunca foi galã, mas se tornou um ator imprescindível tanto no teatro como no cinema e na TV desde seus primeiros movimentos. No cinema, depois de “Bonequinha de Seda” ele fez trabalhos marcantes em “Inconfidência Mineira”, “A Escrava Isaura”, “O Pecado de Nina”, “Rio 40 graus”, “Mãos Sangrentas”, “Cinco Vezes Favela”, “Lampião, o Rei do Cangaço”, “Chuvas de Verão” e “Perdoa-me por Me Traíres”, entre muitos outros.
Na TV, Sadi Cabral estrearia no início dos anos 50 nos teleteatros da TV Tupi e em telenovelas apenas em 1967 em “Paixão Proibida”, telenovela escrita por Janete Clair para a TV Tupi, mas ganhou projeção nacional ao viver o Seu Pepê na novela “Minha Doce Namorada” na TV Globo na década de 1970. Seu último trabalho na televisão foi em “Maçã do Amor”, novela exibida pela TV Bandeirantes.
Foi como letrista que deixou sua contribuição para a música popular brasileira. Seu grande parceiro foi Custódio Mesquita.
Em 1938, escreveu uma opereta em parceria com Custódio Mesquita: “A Bandeirante”, encenada em outubro do mesmo ano, no Teatro São Pedro, em Porto Alegre, RS.
Em 1940, escreveu letras para composições de Custódio Mesquita, que se tornaram grandes sucessos na voz de Sílvio Caldas: “Mulher” e “Velho realejo”. A primeira é um fox, de letra inspirada, aproveitado como tema em seriado de mesmo nome, produzido pela TV Globo quase 50 anos depois de composto, pelo cantor Emílio Santiago.
Em 1941, compôs, também em parceria de Custódio Mesquita, valsas como “Pião” e “Bonequinha”, gravada por Carlos Galhardo na RCA Victor.
Em 1943, Carmen Costa gravou a valsa “Velho realejo”, em ritmo de samba. Esta valsa foi regravada dois anos depois pelo grupo Anjos do Inferno. Em 1946, teve o choro “Ciúmes”, parceria com David Raw, gravado por Rubens Peniche.
Faleceu aos 80 anos, vitimado por uma parada cardíaca.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sadi_Cabral
http://www.adorocinema.com/atores/sady-cabral/
http://va.mu/EuwZ – Sadi Cabral em Meu cinema brasileiro
Sadi Cabral