Rogéria Holtz

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Rogeria Holtz

Rogéria Holtz por ela mesma:

Meu pai queria que eu fosse Dentista ou Analista de Sistemas.

Acabei o contrariando e terminei com o diploma de Designer. Ao longo do curso cheguei a trabalhar como desenhista e me lembro perfeitamente de uma entrevista amistosa no meu segundo emprego quando me perguntaram o que eu fazia: “bom, eu preferia Arquitetura, prestei vestibular pra Odonto, entrei em Matemática, cursei Análise de Sistemas, faço Desenho Industrial mas o que quero é Música”.

Eu tinha certeza que o único atrapalhado era o meu pai! Afinal foi ele mesmo quem me presenteou com meu primeiro Di Giorgio aos 10. Ele me via empenhada no violão da minha irmã todas as tardes desde os 7 anos. Até hoje me lembro da minha surpresa ao ver o meu instrumento e da cara de orgulho dele toda vez que tocávamos e cantávamos pra família e amigos.

Sou do interior de São Paulo, Itararé, cidade linda rodeada por rios, pedras e pessoas com conhecimento e bom gosto musical que, graças a Deus, tornaram-se meus amigos. Aos 16 fui parar em Curitiba para estudar, mas de cara conheci um compositor que me colocou no palco do TUC, Teatro Universitário de Curitiba, e diante de músicos maravilhosos. Foi no cursinho também que achei uma parceira de voz e violão, Danni Calixto, e juntas nos batizamos nos bares da vida.

Às vezes tentava fugir dos palcos: faculdade, rádio, televisão (sou locutora e já fui apresentadora de televisão), filhos, mas de alguma maneira a vida insistia em dizer: “sem música não rola!!!!”.

Conheci um mestre do canto vocal, Marcos Leite, no Conservatório de MPB de Curitiba e depois disso foi só alegria. Enquanto era contralto do Vocal Brasileirão fiz meu primeiro show solo no Paiol, gravei meu primeiro cd e me senti pela primeira vez uma cantora profissional.

Ganhei prêmios e troféus, levei meu show pra São Paulo, Santos, Palmas, Paraty , participei do Circuito Cultural do Banco do Brasil, do Rumos do Itaú Cultural e em agosto de 2005 tive a grande oportunidade de viajar pro Nordeste no Projeto Pixinguinha.

Agora tenho a honra de interpretar a obra da minha amiga e grande poeta Alice Ruiz num CD repleto de emoções e poesia, do jeitinho que a vida me leva.

Eu não tenho mais meu pai, mas ainda tenho o velho Di Giorgio que ele me deu e que foi decisivo nos atrapalhos da minha vida.

http://www.myspace.com/rogeriaholtz

http://www.vagalume.com.br/rogeria-holtz/

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