Em comum, todos eram jovens e ligados às artes, principalmente à música. Também coincidia serem cearenses ou viverem no Ceará e ansiarem por mudanças na cena cultural do início dos anos 1970.
Destacavam-se nomes como Ednardo, Raimundo Fagner, Fausto Nilo, Belchior, Augusto Pontes. Essa junção de tanta gente boa ainda não estava batizada. Um locutor de uma rádio paulistana, porém, os anunciou como Pessoal do Ceará. E foi dessa forma que aquela agitação cultural entrou para a história.
O movimento iniciou-se entre estudantes da Universidade Federal do Ceará, então centro das discussões intelectuais de Fortaleza. Os jovens ouviam de forró a bossa nova, Tropicália e Beatles. Essa mistura de influências começou a resultar em sons nunca ouvidos no lugar. Tudo com letras inspiradas, que reproduziam o anseio por mudanças estéticas.
Um dos marcos foi o lançamento, em 1973, do disco Meu Corpo Minha Embalagem Todo Gasto na Viagem, que recebeu como subtítulo Pessoal do Ceará. Nas vozes de Ednardo, Rodger Rogério e Teti, o disco apresentava uma pequena revolução cultural.
Surgiam harmonicamente maracatus, toadas, sertanejos, rocks e canções psicodélicas de vários compositores locais. Nosso trabalho foi todo feito com o mesmo amor e carinho como se tecem os lindos bordados que esta capa estampa, apresentava o texto do disco. A música Terral resumia o movimento: Eu sou do luxo da aldeia / Eu sou do Ceará.
http://va.mu/cS8D – Pessoal do Ceará – Almanaque Brasil
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