O “Saio” de Dilma e o “Sim” de Cunha

O tempo e a percepção social de parte importante dos políticos brasileiros não são os mesmos da sociedade.

O desespero da presidente por se manter no cargo, como quem se agarra infantilmente a um brinquedo, e a série de negativas do presidente da Câmara, ante outra série de denúncias, são sinais terríveis de um país cuja agenda foi subordinada a de dois moribundos políticos.

O Brasil espera ou anda mais devagar porque não há credibilidade no atual governo.

O que melhor Dilma pode fazer ao país é simplesmente renunciar. Seria uma grandeza de uma mulher que se revela, cada dia que passa, pequena, menor. Os humanos têm limites. Não seria desumano um “dia do Saio” para ela.

E Eduardo Cunha, pra arejar o noticiário e ser útil ao país, admitir com um republicano “Sim” o pedido de impeachment de Hélio Bicudo e Miguel Reale e dar célere andamento ao processo. Isso se quiser adicionar algum fato positivo a sua manchada carreira.

Depois, que considere seu afastamento por escolha própria. Será bem-vindo para ele e para o país.

Ambos vão cair mais dia menos dia.

O Brasil não os suporta mais.

Menos ainda a política e o modus operandi de governar ou se relacionar com o Congresso que representam.

PS.: e o Procurador-geral não fala mais de Renan Calheiros. Curioso, não? Renan foi de oposição estridente a aliado silente do governo com a mesma rapidez com que se renovou o mandato do procurador no Senado e no Planalto.
Pede-se o favor de se investigar essas coincidências para fins de transparência e boa política.