Seu primeiro e único disco, Marina de la Riva, foi não só muito bem recebido pelo público, mas foi bem recebi bem pela crítica. Por este primeiro álbum, conquistou o prêmio APCA de revelação feminina (categoria música popular) e foi indicada ao prêmio Tim de Música para disco de língua estrangeira (categoria especial).
Marina nasceu no Rio de Janeiro. Apesar disso, viveu toda a sua infância e adolescência em Baixa Grande da Leopoldina, distrito de Campos dos Goytacazes, cidade do interior fluminense.
Sua ligação com Cuba não se restringe a uma mera questão de gosto musical: seu pai é cubano, exilado no Brasil; a mãe é de Araguari, Minas Gerais). O pai e os avós paternos de Marina foram para Miami quando da Revolução Cubana, em 1959. Como fugiram sem nada, contaram com a ajuda de amigos para refazerem a vida. Contudo, a fortuna não lhes foi complacente, e na época da colheita, chuvas devastaram toda a safra. Tal fato obrigou o avô a vender sua usina. Restava-lhe seguir para o Brasil (1964), onde possuía terras no interior do Estado do Rio de Janeiro, compradas quando ainda morava em Cuba.
Na casa da artista, sempre houve cantoria: a sua família – além dos pais e irmãos, também tios e avós se reunia frequentemente para formar rodas de música, geralmente música cubana: “Na minha casa, a música era uma placenta que transferia alimento intelectual e emocional. Ouvíamos canções cubanas como forma de estancar uma dor “. Seu pai, ainda em Cuba, mostrava grande apreço pela música brasileira (em especial, pela cantora Maysa), embora gostasse mesmo de cantar árias de óperas, operetas e canções tradicionais de sua terra natal.
Apesar da grande ligação com a música, Marina demorou a seguir esta carreira profissionalmente. Antes de se apresentar na noite paulista, criou búfalos e formou-se em Direito. No entanto, a cantora confessa que, durante as aulas, estava geralmente pensando em música: “Sempre fui apaixonada por música( ). Meu sonho não era ser cantora, mas viver embrulhada em música, imersa em música, ser música”. A certeza de que seria cantora só veio quando, num show do Grammy Latino de 2004, em Los Angeles, se emocionou ao assistir Bebo Valdés tocar piano.
Curiosamente, apesar de seu CD ser fundamentalmente marcado pela música de Cuba, Marina começou cantando Jazz na noite, tendo integrado por dois anos o grupo Alta Fidelidade, banda que faz nu jazz eletrônico. Revela a cantora que o cancioneiro cubano se restringia à “varanda de casa” (talvez, segundo a própria, não cantasse a música cubana porque era algo muito íntimo, que não era para ser mostrado “fora de casa”), apesar de, no final dos shows, a cantora ceder a pedidos de amigos e, assim, cantar boleros.
A cantora já participou de shows com a Orquestra Imperial, Andreas Kisser, Davi Moraes, Michael Franti (no Festival Power to the Peaceful), Nina Becker, Flávio Venturini (show “Conexão Latina”) e com Clara Moreno e Maria Rita (no Baile de Gala da Vogue, em 2008).
http://www.marinadelariva.com.br
Marina de La Riva
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