Luciano Muito bem, mais um Líder Cast, dessa vez aqui eu estou com um sujeito importante. Já es tive nessa situação aqui ao contrário, com ele me apresentando, ele me entrevistando, foi muito legal e a gente conversou bastante aí nos últimos meses e eu fiquei toureando para ver se eu conseguia trazê-lo. Deu certo a agenda agora, então nós estamos aqui para um papo que promete ser muito interessante. Vamos às três perguntas mais difíceis do programa, está preparado?
Sandro Eu estou preparadíssimo.
Luciano Muito bem, eu quero saber o seu nome, a sua idade e o que é que você faz?
Sandro Luciano, meu nome é Sandro Magaldi, eu tenho 45 anos e atualmente eu sou CEO de um projeto do meusucesso.com.
Luciano meusucesso.com…
Sandro Nosso sucesso.
Luciano Meu Deus do céu cara, pretensão e água benta não fazem mal para ninguém, né?
Sandro Diria o seguinte, Luciano, esse projeto, ele vem com uma grande ambição, que é contribuir com o sucesso das pessoas, e o que está por traz disso é justamente o que nos impulsiona.
Luciano Pois é.
Sandro O que torna esse lance tão legal.
Luciano Pois é, tesão de fazer que fica evidente. Sandro, a tua história é interessante, você veio de umas áreas, teve algumas empresas muito interessantes, conta para a gente um pouquinho, a tua formação, de onde é que você vem, o que é que você fez.
Sandro Rapidamente, Luciano, você sabe, eu tenho uma história, eu sempre me intitulo como vendedor, eu comecei a atuar profissionalmente com 18 anos, como vendedor, eu vendia amendoim na periferia de São Paulo, amendoim, pirulito para depósitos atacadistas, meu tio era representante comercial, me convidou, naquela época foi justamente quando meu pai faleceu, então vamos embora, queria fazer faculdade, tinha que pagar e comecei a fazer…
Luciano Que idade você tinha?
Sandro … 18.
Luciano 18 anos
Sandro … tinha acabado de entrar na faculdade, enfim, sou minha família é uma família de classe média baixa, que perdeu tudo, aquela história nada diferente do que muitos dos nossos ouvintes, muitos de nós. Eu comecei a trabalhar e eu tomei gosto pela coisa, por vendas, então eu sou um apaixonado por vendas. Depois disso surgiu a oportunidade, eu ingressei na Folha de São Paulo, vendendo anúncio, então eu comecei a vender os classificados da Folha de São Paulo, naquela época, classificados de empregos, os cadernos de empregos eram grandes fomentadores, uma das principais receitas do jornal eram anúncios classificados de empregos.
Luciano Eu fui um que mergulhei muito naqueles, quando fui procurar aqui em São Paulo, quando comecei minha carreira, aliás o emprego, no qual eu fiquei 26 anos na minha vida encontrei num anúncio de jornal, foi um anúncio: procura-se desenhista de catálogo, nem o nome da empresa tinha, porque era fechado o anúncio…
Sandro Fechado.
Luciano … e eu respondi, 26 anos.
Sandro Luciano, para você ter uma noção, quando eu comecei nisso, esse mercado já não era tão grande quanto antes, mas mesmo não sendo tão grande, os cadernos de classificados de emprego tinham 50, 60 páginas, você pode imaginar isso? Então, enfim, mas entrei lá como contato publicitário vendendo anúncios de empregos, então visitava as consultorias de RH para vender anúncios, felizmente teve ali uma trajetória muito legal, conheci pessoas incríveis, depois de 2 anos eu já era supervisor e fui até gerente, passei por vários cadernos, eu trabalhei 9 anos na Folha de São Paulo.
Luciano Você se formou em que?
Sandro Publicidade.
Luciano Publicidade.
Sandro Publicidade na UNIP.
Luciano Quer dizer: e você entrou em vendas porque quis e ficou porque quis, não é porque…
Sandro Vamos lá, eu não sei se eu entrei porque quis, agora, eu fiquei porque quis, porque depois que eu, cara, eu sou fascinado por vendas, até hoje eu sou, tanto que eu escrevi um livro, depois de toda essa trajetória, eu fiz muita coisa, porque eu sou realmente, eu creio que, pensando bem, depois você vai ficando velho, você vai olhando para trás, é o liga pontos do Steve Jobs, né Luciano, você começa a construir. Eu acho que eu gosto tanto de vendas porque ele está por trás de uma vocação que eu acredito que eu tenho, um desejo, um chamamento pessoal que é o chamamento em criar valor para as pessoas, porque o vendedor cria valor para as pessoas.
Luciano Isso que eu ia te perguntar, quando começa a conversar com vendedor é perigoso, os caras são é jogo duro, essa questão que eu fico imaginando aqui o seguinte, esse tesão pela venda, ele vem de onde, quanto desse tesão é a certeza que você está contribuindo para resolver um problema da pessoa ou a certeza que você é fodão e que você é tão bom que você consegue vender o produto que você se dispôs? Quanto é cada coisa?
Sandro Eu acho, a sua questão ela tem fundamento sim, no final do dia, não é nada diferente do que qualquer outra ocupação, eu creio que depende basicamente da visão, dos valores do cara, eu creio que como em qualquer outra profissão, você tem aquele que estar ali sabendo que de repente está com um produto inadequado, está ludibriando o cliente, está dando nó em pingo d’água, esse cara, talvez o grande prazer dele seja esse, de ser o gostoso, puxa tenho uma lábia boa e tal, por outro lado, o que eu percebo e é onde eu sempre motivei, o que eu vejo milhares de pessoas que eu interajo toda hora, é o cara que cria valor e mais do que isso, Luciano, o cara que tem sustentabilidade na profissão, que cresce, é o cara que se relaciona com uma empresa e com o negócio que ele se identifica, que ele realmente tem certeza que está criando valor para o outro e encara isso de uma forma séria, não foram poucas vezes que eu declinei de vender alguma coisa, algum produto que seja crível, mas para um cliente não ia entregar valor para ele, não foram poucas vendas que eu declinei, tenho certeza que qualquer vendedor muito bom, tem várias histórias, falo pô Luciano, isso daqui não é para você, vamos conversar daqui a pouco e aí o que acontece? O vendedor que não age dessa forma, num curto prazo ele está fadado ao fracasso, sobretudo hoje em dia. Hoje em dia a informação é muito fluida, as informações vão e voltam, esse cara perde a credibilidade ele perdeu tudo. Por outro lado, o cara que entende que esse é um valor importante para ele, ele consegue crescer, modestamente eu acho que eu cresci baseado nisso, porque você pensar um cara que vendia lá amendoim confeitado na periferia de São Paulo e crescer depois da Folha, me unir a uma startup, depois fui trabalhar na HSM como diretor comercial, também trabalhei durante 9 anos, interagi com os maiores pensadores de gestão do mundo, quer dizer, alguma coisa de repente, alguma coisa existe na sua essência que me ajudou a galgar esse caminho todo, a criar a reputação, criar valor para todo mundo.
Luciano Você é um cara que almoçava com Tom Peters…
Sandro Pô, olha, vou te falar, eu almocei com o Jack Welch, já almocei com… ó, o meu livro de vendas, que tem uma história, eu sempre gostei muito de estudar…
Luciano E como chama o livro?
Sandro … eu tenho dois livros, o de vendas chama “Vendas 3.0”, eu lancei ele já faz… quanto tempo faz? Acho que faz uns 7, 8 anos e no meu livro de vendas, os dois livros que eu lancei, tem o “Vendas 3.0” e o “Movidos por Ideias”, que eu lancei com o Salib, com o José Salib Neto, fundador da HSM. Nos dois vendas, mas sobretudo no primeiro, foi o primeirão, eu tenho endorsement lá, a chancela do Philip Kotler, o Kotler escreve na capa do meu livro, esse é um livro que qualquer um deveria ler, enfim.
Luciano E agora você veio parar no LíderCast, como a vida dá volta…
Sandro Como a gente evolui! Nada é por acaso, por isso que eu falo do liga pontos do Steve Jobs, como a gente evolui.
Luciano Que delícia. Mas vamos lá! E você então na Folha de São Paulo, você estava lá como vendedor de classificados e tudo mais, depois você falou que você foi para uma startup…
Sandro Aí eu fui para uma startup, foi uma experiência rápida de dois anos e meio, uma startup do mercado imobiliário, na época do boom da internet, você deve lembrar bem…
Luciano Sim… sua ou você foi contratado?
Sandro Não, eu fui contratado, eu fui…
Luciano Também em vendas.
Sandro … também em vendas, minha função básica era colocar o negócio em pé, era adquirir imóveis para alimentar o banco de dados, daquele negócio, porque na Folha de São Paulo eu acabei na Folha de São Paulo como gerente do caderno imobiliário, que na época era o principal caderno dos classificados.
Luciano Como é que foi? Tinha uma equipe com você lá?
Sandro Sim.
Luciano Você entrou na Folha como?
Sandro Eu entrei como vendedor, contato publicitário.
Luciano Com que idade?
Sandro Com 18, 19… 21
Luciano 21 anos.
Sandro Veja bem, Luciano, eu entrei na Folha com 21, não 20 anos, 21 incompletos e com 22 e meio, 23 anos eu já tinha equipe, eu já tinha sido promovido a supervisor e tal.
Luciano Quer dizer, você é um garoto, 21 anos, isso chega a ser até impensável hoje em dia, com a cabeça da molecada que eu vejo hoje em dia, imaginar um garoto de 21 anos assumindo uma equipe numa empresa…
Sandro Com 22 e meio, 23.
Luciano …com 22… mesmo assim é um…
Sandro Dá para você pensar isso? Eu falo isso toda hora.
Luciano … é um moleque, um garoto. Num determinado momento você está numa equipe, todos iguais a você, aquela baita molecada, evidentemente caras mais velhos que você…
Sandro A maioria era mais velha.
Luciano E alguém te chama e fala, moço, a partir da amanhã você é o chefe desses caras, você vai para a casa com a cabeça a milhão pensando, o que eu faço amanhã cedo, eu boto uma gravata, que livro que eu vou ler hoje a noite, para quem eu peço socorro? Foi assim ou você já estava com a cabeça preparada?
Sandro Na real, Luciano, eu, de novo, se você me perguntar, seu que eu fui fazendo as coisas, se você me perguntar, você planejou isso? Se eu te falar que eu planejei não é verdade, eu fui fazendo as coisas, como eu te falei, eu venho de uma origem de classe média baixa, quer dizer, a gente não tinha nada, quando eu assumi, então cara, sabe qual era o meu negócio, Luciano? Era fazer, irmão…
Luciano O que vier é lucro.
Sandro … cara, vou te falar uma coisa que eu falo sempre, eu não quero aparecer pretensioso, mas só para tangibilizar, quanto custa uma empada? 2 paus…
Luciano Sei lá quanto é hoje.
Sandro … 3 reais?
Luciano 4, 5…
Sandro … meu amigo, deixa eu te falar, eu não comia, eu comia uma empada uma vez por semana porque não tinha dinheiro para comer empada, fiquei tão aficionado por empada que hoje eu passo naquela Rancho da Empada eu como 6, 7, 8… ficou na minha cabeça aquilo.
Luciano Se for aquela de Romeu e Julieta eu como…
Sandro Eu como duas doces e cinco salgadas, enfim, então, amigo, numa situação como essa ou vai ou vai, eu resolvi ir, muito influenciado talvez pela minha mãe, pela minha avó, eu resolvi ir. Então amigo, surgiu lá uma oportunidade para ser supervisor, eu resolvi participar desse processo seletivo, tem uma história interessante ai que de novo vale a pena só como uma referência: felizmente, como eu comecei a atuar com vendas eu peguei o jeito da coisa, eu estava indo muito bem, tanto que eu me lembro que a minha família mora em Santos, lá no apartamento da minha avó era tudo prêmio, vídeo cassete, televisão, tudo que eu tinha ganho como prêmio e tinha uma premiação na Folha de São Paulo, uma premiação anual e o grande presente dessa premiação era um carro 0, aí, Luciano, você vai lembrar disso, porque os jovens não vão lembrar, hoje ter um carro 0, paga aí 300 mil reais compra um carro, você lembra o que é ter um carro 0 em 93?
Luciano Meu Deus do céu.
Sandro Só tinha o Fiat Uno, você lembra disso? Ter um carro 0, eu não sei qual seria o referencial e aí eu liderando a campanha toda…
Luciano Era quase como ter um telefone…
Sandro … não sei nem o que era mais difícil…
Luciano … porque em 93, pelo amor de Deus…
Sandro … eu não sei nem o que era mais difícil, é que o carro 0 tinha começado a surgir a possibilidade de você ter um carro 0, então era tudo, eu tinha um Fusca 72, então você imagina. E aí eu comecei a liderar essa campanha, aí surgiu a oportunidade de ser promovido, era um recrutamento interno, eu participei do processo e aí eu usei isso como trunfo, falei eu estou tão no barato de ser promovido a supervisor que eu abro mão do meu prêmio, que eu vou ganhar o carro, eu abro mão do carro para ser supervisor, isso, creio que ganhou pontos, no décimo primeiro mês da campanha eu fui promovido, no décimo segundo mês acabava a campanha e eu perdi o carro, eu me recordo muito bem no dia do anúncio da premiação, eu estava com a minha gerente, a pessoa que controlava isso ligou para ela e falou, Nelise, o Sandro não está participando mesmo? Ela falou, não, não está. Por quê? Porque se não ele ia ganhar, ou seja, eu abri mão de um carro 0, num carro 0 que como eu disse, não dá para trazer proporção para hoje, não dá, porque era outra realidade, porque eu queria muito aquilo, aí você fala, Sandro, por que você queria muito aquilo? Eu tinha que fazer, eu não sei porque eu queria muito aquilo, eu vou conseguir, vou construir, não sei, eu tinha que fazer.
Luciano Se arrepende da troca que você fez.
Sandro Mas de jeito nenhum, aliás eu vou te falar, ao longo da minha vida toda eu fiz várias trocas como essa, até porque pode parecer um pouco falso, hipócrita, mas eu nunca fui mobilizado, sempre precisei muito do dinheiro mas nunca fui mobilizado pelo dinheiro, eu nunca trabalhei para ele, ele que trabalhou para mim, então eu tinha certeza que eu ia tirar aquela diferença assim, não insisti e foi o que aconteceu, porque rapidamente eu fui promovido e depois de um ano eu fui promovido de novo e fui para cima, quer dizer, eu acho que isso empiricamente, de novo, se você falar assim, pô, você pensou mentira, não pensei, empiricamente eu tinha claro para mim que a grande pegada, a grande levada já construiu alguma coisa sustentável que ia vem dez carros na frente, eu sempre brinco com aquela história, não é que eu estou atrás do pote de ouro, não é que eu vou atrás do pote de ouro no fim do arco íris, eu vou atrás do arco íris e tropeço no pote de ouro, quer dizer, o dinheiro acontece, ele é consequência desse resultado. Do trabalho…
Luciano Mas aí você chega lá no dia seguinte e os olhares mudaram…
Sandro Mudaram…
Luciano … durante a noite você se transformou num lobisomem, você que até então era um cara tão legal como todos os outros, você entra por aquela porta e não é mais um cara legal, agora você é um lobisomem e você começa a olhar aqueles olhares, você sabe que quando você chegar perto o papo parou, aquela pessoa que vinha fazer uma confidência para você não vem mais…
Sandro Não te convida para o almoço.
Luciano … e você tem 22 anos, e aí, como é que lida com isso?
Sandro Olha, Luciano…
Luciano Alguém te falou isso?
Sandro Falou…
Luciano Alguém te contou isso? Você tinha um mentor para te dar umas dicas,?
Sandro … eu sempre tive boas referências, isso foi uma grande vantagem da minha vida toda até hoje, eu acredito muito nisso, me cerco muito de boas referências e lá atrás não era diferente. Essa questão específica ficou muito clara e evidente. Agora é óbvio, se pegar um cara lá, um jovenzinho que nunca tinha pensado em dirigir, liderar pessoas, meu amigo, eu acho que eu me prevaleci muito da minha habilidade de vendas e dai eu liderei as pessoas pelo exemplo, porque seguramente, eu vou te falar que durante bons anos eu não tinha a parca ideia do que é ser um líder na acepção da palavra, em dirigir as pessoas, em contribuir com o desenvolvimento pessoal das pessoas, então que aconteceu é como sempre fui um bom vendedor, eu me virei o que? Vendendo e vem comigo e vamos, vamos, vamos, vamos e foi indo, e te digo mais, eu acho que esse processo de consciência sobre a liderança só veio muito depois, viu amigo, eu diria que eu não sei nem precisar quando, mas foi se desenvolvendo…
Luciano É a maturidade…
Sandro … com a maturidade, porque ninguém me explicou esse processo na essência, aliás, fazendo um parêntesis, eu acho que pensando agora com você assim, tem um momento da minha vida que foi o ponto lapidar para entender um pouquinho melhoro exercício da liderança, foi quando eu fui pai, então em 98, com 28 anos, você veja, então falando de 6 anos depois, isso tudo, eu creio que aí que eu comecei a entender de uma forma mais essencial esse processo de liderança…
Luciano São os grandes fatos que contribuem para fazer a mudança. Pode ser uma morte de um ente querido, pode ser um casamento, pode ser uma separação, pode ser o nascimento de um filho, pode ser descobrir uma doença terrível, pode ser uma promoção, pode ser ganhar na loteria, quer dizer, cada evento grande desse contribui com uma mudança e o grande lance, eu até escrevi um artigo desse há algum tempo, é: você não ficara refém desses eventos, esperar um evento desse para provocar mudança, eu não vou esperar acontecer um problema na minha vida para eu mudar, é você conseguir se organizar e falar olha, não dependo desse momento para poder fazer mudança, vou esperar aparecer uma doença terrível para eu emagrecer? Não, espera um pouquinho, deixa eu lidar com essa questão e tentar fazer eu provocar essa mudança.
Sandro … e aí eu, acabamos esquecendo de falar o mais importante, que eu sou um ouvinte do podcast, do Café Brasil, há 4 anos, há um bom tempo. Até hoje eu lembro dos que mais me marcaram e falando em mudança, o recente que eu ouvi quando nós estamos gravando isso é o podcast sobre mudança que você fez, acho que traz esse ensinamento muito claro, como o nosso mindset, ele não privilegia a mudança e aí acontece uma dissonância, porque na nossa sociedade hoje a gente tem que ser dirigido pela mudança, nós somos instados a todo momento para responder rapidamente e você tem que sair da zona de conforto, esse efeito manada, ele é nocivo, eu a todo momento recorro, por exemplo, no podcast que marcou muito para mim é o João Brasileiro, quando você traz a metáfora com a caverna de Platão, até fiz um post sobre esse tema, quer dizer, essa visão de que caminhar bovinamente…
Luciano João Brasileiro médio.
Sandro … João Brasileiro médio…
Luciano Exatamente.
Sandro … recomendo quem não ouviu esse podcast ouvir que ele é, para mim é um marco no portfolio de mensagens do Café Brasil e essa história de caminhar bovinamente atrás do rabo da manada, que é onde você salva o seu único campo de visão, é o rabo do gado que está na sua frente, é o que a gente tem, que de alguma forma ou de outra, nos provocar à mudança. Então, eu creio que numa situação, se você for olhar toda essa minha trajetória lá naquele momento lá atrás, eu tinha que mudar, era o único jeito que eu tinha para sobreviver, eu diria que as coisas vão ficando mais complexas quando você encontra a sua estabilidade e está bacana, secretária, celular, casinha, carro e aí você se acha o gostoso, o melhor cara do mundo e agora esse é o modelo, é aí que é a hora da verdade, aí que você separa o menino do homem, porque até então, amigo, você falava para mim, você pensou? Pensei nada. Tem que fazer inglês? Faz inglês aí. Ah mas você vai trabalhar até as 11:30? Põe inglês, agora pós-graduação? Faz pós-graduação, faz tudo, porque você precisa sair daquela situação, agora, quando você chega no platô é aí que você tem que realmente ter esse insight que você falou…
Luciano Não preciso mais.
Sandro … então bacana, então isso é uma armadilha, armadilha do conformismo, é ai que você tem que achar formas.
Luciano Você sabe que eu discuti esse tema essa semana com uma pessoa, eu não consigo me lembrar onde foi, acho que foi num jantar, eu estava conversando com as pessoas e estava comentando essa questão dessa busca constante pela atualização, quer dizer, pô eu estou aqui, vou fazer 60 anos, queria ter feito uma pós, eu não consegui fazer a pós, eu não consegui o timing para isso, depois que eu falei pô, agora vou tocar o Café Brasil, aí que piorou a situação, hoje eu não consigo, já estabeleci como meta, eu vou fazer um mestrado… não dá, eu não consigo fazer e isso me criava uma incomodação, porra cara, não estou me atualizando, até bater o sino, foi quando eu fiz a série de meritocracia no Café Brasil, que bateu o sino, que eu falei mas, espera um pouquinho, eu não estou indo na escola estudar mas eu tenho que fazer o Café Brasil toda semana e quando eu pego um tema como meritocracia eu tenho que mergulhar profundamente, eu tenho que estudar o assunto, eu tenho que ver o que todo mundo está falando, eu tenho que fazer uma reflexão sobre a minha própria vida e é um processo que quando eu termino e os quatro programas estão prontos, aquilo é quase que uma tese que eu estou defendendo ali e eu tive que estudar.
Sandro Eu concordo em gênero, número e grau com você. Esse até é um dos elementos, hoje, um dos vetores que mais me mobiliza e motiva, tem a ver com o projeto que eu estou envolvido hoje, nós temos, eu sou assim, nós pensamos juntos, eu fiz mestrado, eu fiz tudo, porque eu gosto de estudar e aos poucos tem se consolidado para mim uma visão, não é recente, nossa geração está acostumada com um modelo de aprendizado formal e acadêmico que é válido, eu devo muito do que eu sou a isso, porém a forma como nós aprendemos hoje, ela é diferente, nós temos que resignificar o que é aprendizado, deixa eu te falar uma coisa, aquela professora que usa o Café Brasil na sua sala de aula, se eu não me engano é escola média, ensino médio, não é?
Luciano Cássia, do Mato Grosso, a Milena Campelo.
Sandro O que ela está fazendo com o Café Brasil? É um objeto de aprendizado, ensina ou não ensina?
Luciano Claro que ensina.
Sandro Tem um filho de um amigo meu, um filho de um filho de um amigo meu, ele está comentando essa história, o menino jovem, sabe tudo sobre a Grécia, sabe onde ele aprendeu sobre a Grécia? Naquele livro do Percy Jackson, sabe aquela obra …
Luciano do Ladrão de Raios, aquela…
Sandro … exatamente, aí você fala assim, mas esse moleque estudou? Não, ele não estudou na escola, ele aprendeu num livro.
Luciano Onde é que você aprendeu mitologia grega?
Sandro Entendeu?
Luciano Monteiro Lobato
Sandro Monteiro Lobato, você entendeu? E agora o que acontece? Só que na nossa época, enciclopédia, livro, pô, eu sou de uma época, eu já escrevi sobre isso, um menino que tinha uma Barsa, ele era rico, na minha época, aquele menino, nossa, ele tem uma Barsa, uma enciclopédia Barsa, hoje você encontra qualquer conteúdo num clic, no seu celular, então assim, nós temos que resignificar o que é aprendizado, porque hoje o modelo de aprendizado ele é muito mais informal, portável, hoje eu vi um papo do Elias Awad que você entrevistou na primeira série do LíderCast, é uma aula que ele deu lá. No meu projeto ele fala “saber tem a ver com sabor” olha que brilhante, tem que ser gostoso, pô, tem que ser gostoso, quer dizer, o que eu aprendo com o Café Brasil eu ouço correndo, eu não estou aprendendo? Sobre produtividade, sobre meritocracia, eu não estou formando massa crítica? Então veja, não cabe aqui nenhuma forma, porque eu sou fruto disso, é desvalorizar o ensino formal, porém é importante a gente notar que os modelos de aprendizado hoje são muito distintos do que no passado, eu recentemente, eu conto essa história, tomei contato com um e-mail que eu recebi que eu sempre dei aula, de uma dessas universidades de primeira linha, fiquei abismado, Luciano, foi em novembro hein, eu estou falando de coisa recente, novembro de 2015, falava assim, era um comunicado aos professores comentando que a partir… e olha, universidade de primeira linha, MBA hein, não estou falando nada, a partir daquele momento estava liberado o uso de notebook na sala de aula e as pessoas, os alunos, poderiam acessar internet, desde que seja conteúdo que estivesse alinhado com o que o professor estava mostrando. Cara, esses caras não estão entendendo patavina, não estão entendendo nada, porque o processo de aprendizado que é um ser que detém o saber lá na frente em um monte de alunos que bovinamente ouvem aquele cara, não existe mais, deixa usar a internet, usa isso a seu favor, a minha tese é que esse é uma escola de medíocres, o cara não consegue prender a atenção, ele fala, ninguém aqui usa… como se não soubesse, está todo mundo lá com celular olhando tudo, amigo…
Luciano Mas sabe que é uma coisa interessante que você está colocando aí que a gente pode olhar sob vários aspectos, eu quando comentei com você, eu estava olhando para um outro lado e você me trouxe uma outra perspectiva, o lado que eu estou olhando é o seguinte: e quando acabar a escola? Quando terminou a escola? Porque até então tem um modelinho ali, eu tenho que ir na aula, eu tenho que sentar, eu tenho que prestar atenção, eu tenho que estudar, eu tenho, porque eu sou obrigado por uma convenção porque se não não vou tirar minha nota, se não não vou tirar o meu diploma, eu tenho que fazer. Um belo dia eu me formo e aí eu não tenho mais, que escolha eu vou fazer com o tempo que eu não tenho na aula, então eu estou trabalhando agora, o que eu faço com a hora vaga? Então alguém vai ouvir um podcast, o povo aprendeu, o que eu estou fazendo? Não vim ouvir o negócio para matar tempo, eu estou correndo e estou aprendendo. Entendeu? O que você está fazendo? Estou ouvindo um podcast, eu consegui, olha a multiplicação que você fez ali, você pegou aquele timing, você está fazendo duas coisas ao mesmo tempo, uma boa para a mente, uma boa para o corpo e essa é uma escolha tua.
Sandro Aí, amigo, você, de novo eu tenho que recorrer a isso quando você comenta, você comenta que vai para o sítio, leva um monte de livro, fala cara você está trabalhando? Eu estou me divertindo, por quê? E aí de novo é uma questão de visão de mundo, o aprender, o conhecer, essa inquietude perante o conhecimento é algo que eu estimulo em todas as oportunidades que eu tenho, como agora, se a gente tem que ter inquietude perante o novo. Nós temos que buscar o aprendizado a qualquer custo, é um desafio e vou te dar, eu tive um insight desses no meio do ano passado, eu tenho uma filha, a Isa, de 17 anos, vai fazer 17 agora e ela está naquela fase do vestibular e eu fui com ela numa dessas aulas abertas, onde as universidades apresentam já para os seus futuros alunos. Num dado momento a pessoa falou, olha, aqui na faculdade X tem X matérias optativas, ou eletivas, eu não lembro o que ela falou, eletivas. A Isabela me olhou com uma cara de nada, primeira oportunidade que a Isa teve ela falou, pai, o que é optativa, eletiva? O que é isso? Falei, não amor, é o seguinte, na universidade você tem algumas, algumas aulas que não é ninguém que te manda fazer, você escolhe a que você quer, por isso que é optativa ou eletiva, aí ela falou assim, Luciano, eu escolho? Como assim eu vou escolher as aulas? Aí me deu um clic, Luciano, olha como a gente está formando os nossos jovens, para ela era como se você falasse olha, passou um elefante voando aqui agora.
Luciano Caiu no colo dela um treco chamado liberdade ela, de repente percebeu que ela tinha um treco e aí dá um medo do cacete, vamos usar os exemplos de palestra, eu uso numa palestra minha que eu falo o seguinte: todo mundo já subiu em cima de um prédio e chegou na beirada do prédio e olhou para baixo, eu não sei a tua reação quando acontece isso, eu não sei o que acontece com mulher, por exemplo, homem eu sei o que acontece, dá um frio nas bolas que é um negócio terrível, eu chego na beirada lá, me dá um nó e eu fico apavorado, aí eu pergunto para a plateia, bom, que sensação é essa? Quando você chega na beirada e te dá aquele frio, sensação de que? Tem o que? Você está sentindo o que naquela hora? E a plateia responde medo. Claro. Medo do que? De cair. Não senhor, não senhor, o que acontece naquela hora em que você chegou na beirada e te deu frio na barriga é o seguinte, pinta na tua cabeça a seguinte questão: se eu quiser pular eu posso.
Sandro É a minha liberdade.
Luciano E aí dá um pavor fantástico, eu falo, puta o que é que me impede de saltar daqui e acabar com a minha vida? Nada.
Sandro É um livre arbítrio seu.
Luciano Exatamente e aí dá medo, e aí trazendo esse exemplo para o dia a dia da gente, esse cara chegue num lugar: eu tenho que tomar uma escolha…
Sandro Quer ver um outro exemplo…
Luciano … papai não vai dizer para mim… mamãe não está dizendo…
Sandro Luciano, hoje você vai estudar matemática, amanhã não, não tenho mais agenda, não tenho nada.
Luciano … e aí muita gente faz o que nessa hora? Cadê meu chefe, por favor, deixa ele tomar a decisão por mim porque se der uma cagada a culpa não é minha, a culpa é dele e aí eu me livro de ter que tomar minhas escolhas.
Sandro Ele deixa de assumir seu protagonismo.
Luciano Alguém escolheu por ele.
Sandro Quer ver um outro exemplo, hoje eu lidero uma plataforma de conhecimento, nós temos mais de 150 horas de conteúdo, mais de 80 aulas, muito mais, são 140 aulas hoje, muitas vezes uma pessoa chega e manda uma pergunta para mim, Sandro, sou novo aqui na plataforma, por onde eu começo? Que ele está querendo dizer com isso “por onde eu começo”, sabe qual é a minha resposta? Por onde você quiser, não é lindo? O livre arbítrio de escolher por onde você quiser, onde está doendo? Onde está sua dor? Ah eu tenho uma dor assim, vê o estudo de caso lá do Caito Maia, da Chilli Beans, eu preciso aprender fluxo de caixa, vê uma aula de fluxo de caixa. Agora, olha o simbolismo disso, por onde eu começo! Então, nós estamos passando por um momento de inflexão no que se refere ao aprendizado. Para voltar à sua questão, o que eu faço com o tempo livre, que em minha opinião passa por alguns vetores: o primeiro, eu tenho, eu tenho que ter inquietude de aprender sempre, acabou essa negão, acabou a escola? Não acabou nada, você vai aprender sempre, amigão, você tem que estar sempre mordendo, tesão de aprender, de conhecer, você tem que cevar, plantar, tem que ter esse estímulo de aprender sempre. Segundo, você exercitar o seu livre arbítrio, eu aprendo com podcast, eu aprendo fazendo um MBA, eu aprendo fazendo mestrado, eu aprendo lendo um livro, enfim, você é o responsável por todo o conteúdo que você absorve, então eu começo com esse vetor de a inquietude perante o novo, para mim, é um vetor fundamental nessa nova sociedade para tudo, tanto corporativamente quanto para a vida pessoal, a velocidade das mudanças é muito rápida hoje em dia e segundo, você tem que fazer a sua curadoria de conteúdo, instigar a sua curiosidade, eu, por exemplo, sou um ouvinte, adoro podcast, se você pegar o meu tocador de podcast, tem de tudo, tem os meninos do Jovem Nerd, tem um Scicast, tem o Luciano, tem de tudo amigo, por que? Cada hora eu estou a fim de aprender alguma coisa em alguma linha.
Luciano Você está colocando uma coisa interessante que é o seguinte, é essa mudança. Não existe mais aquela hora de falar, muito bem, agora é hora de aprender, onde você está indo? Estou indo ter aula porque agora é minha hora de aprender. Agora não é mais hora de aprender, não tem mais isso, toda hora é hora de aprender, vou dar um exemplo para você que aconteceu essa semana comigo, foi impressionante. Eu recebi um e-mail de um ouvinte, pô adoro o Café Brasil, o cara me dá uma recomendação no meio do caminho para assistir um filme que eu tinha visto quando foi lançado, não assisti o filme mas vi, li a respeito, falei uma hora que eu puder eu vou assistir, acabei que não vi o filme, o filme chama-se “Questão de Tempo”. “Questão de Tempo” é o nome do filme, é um filme inglês, o mesmo cara que fez o “Notting Hill” e o filme conta a história de um menino. Começa com ele garotão, numa família, relação legal que ele tem com o pai dele mas ele é o nerd, ele é o cara feio, então é a história da vida dele, ele se encanta com uma garota e o amor dele com a garota e vai, não vai, então é uma comédia romântica que no fundo, no fundo, é a história da relação dele com o pai dele mas é uma comédia romântica e tudo mais. Terminou o filme eu estava chorando que nem uma adolescente, sozinho na minha sala, com 59 anos e chorando, chorando, chorando, eu fui para o banheiro eu chorei no banheiro, eu não pude nem ir para o quarto, porque minha mulher ia perguntar, o que está acontecendo? Eu estava chorando, chorava, chorava, chorava. Vou repetir, “Questão de Tempo” é o nome do filme. E aí depois eu parei e falei, mas que porra é essa, por que eu estou chorando? Aí eu parei para pensar, então primeiro vem o racional, deixa eu racionalizar, o que aconteceu? Pô, acaba de morrer o David Bowie, eu acabei de fazer um puta programa sobre a morte do David Bowie que me deixou sensível, eu tenho a relação com meu pai, meu pai está com oitenta e cacetada, quase 90 anos, eu vou fazer 60 anos, eu tenho meus filhos que já não são mais pequenininhos, tudo aquilo que eu vi no filme eu já passei por aquilo, juntou isso tudo eu falei, pô a pressão, aí eu chorei, então foi por isso que eu chorei e depois eu parei para pensar de novo e falei, por que eu chorei? Eu chorei porque foi uma puta lição que esse filme me deu e quando você chega no final você vê a parte final do filme, você fala, que puta aula de filosofia e você vai, tudo o que apareceu ali, eu já li em livro, eu já vi em monte de lugar, eu já uso em palestra, eu faço para as pessoas, mas a forma como aquele negócio veio ali, então eu falei, que puta aula, eu não estava assistindo um filme, eu estava aprendendo alguma coisa, aos 59 anos, uma aula de filosofia com um filme.
Sandro E você sabe que você trouxe um elemento, que é outro que eu tenho trabalhado muito, até porque está relacionado ao meu negócio, de novo falando sobre aprendizado, sobre essa mudança no processo de aprendizado que é um tema que me fascina, se você for pegar bem o que acontece hoje, hoje muitos dos mecanismos formais de ensino, de escolas, academias, ainda não entenderam o alcance da comunicação e da era digital, eu traço sempre uma metáfora, você se recorda que quando surgiu a televisão, as primeiras novelas na televisão como eram?
Luciano Eram a rádio…
Sandro Radionovela, o que eles fizeram? Eles pegaram o lance do rádio, colocaram na televisão literalmente, aí foi a Tupi ou a Excelsior, de não me engano, que descobriu, vamos fazer de novo, vamos fazer diferente aqui, vamos fazer uma novela e aí surgiu a novela que virou um fenômeno no Brasil…
Luciano Novela mexicana.
Sandro … que virou um fenômeno, enfim, o que ele fez? Ele pegou e falou, esse meio tem uma linguagem mais adequada, eu costumo dizer que hoje os meus institucionais de educação estão fazendo radionovela na internet, ou seja, pega uma aula, filme a aula e põe na internet, quando na realidade essa aula não foi feita para aquele ambiente, então quando você fala que você aprendeu com o filme, é uma outra tese que eu trabalho muito, a gente tem que se preocupar com forma e conteúdo, ensinar tem que estar relacionado a prazer, se você se recordar, qual é o professor que você mais gostava quando você era moleque, você vai lembrar o cara que te fazia rir, que te divertia, que te apaixonava, que você tinha tesão de ver aquela aula.
Luciano Nunca vai ser pela habilidade técnica do cara…
Sandro Às vezes você até esquece a matéria dele…
Luciano … me apaixonei pelo meu professor de matemática pela capacidade que ele tinha em ensinar matemática, nunca é, nunca é. É porque esse cara me tocou de alguma forma que…
Sandro … de alguma forma, então hoje, educação, e nós temos de procurar isso, que às vezes você fala, pô Sandro eu não tenho saco de estudar, eu não tenho tempo, não é bem isso, tempo é uma questão de prioridade, é alguma coisa está dando mais prazer do que aprender, então procure aquilo que te dá prazer, você aprende, que você vai achar, você vai encontrar…
Luciano Eu escrevi um texto há um tempo dizendo o seguinte: o Big Brother Brasil ensina, escrevi e publiquei, deu um falatório, deu um pau tremendo, porque minha tese era a seguinte, o que é o Big Brother Brasil? Ah a aquela porra daquele programa, aquela falsidade, eu falei bom, tem jeito de olhar, aí eu posso e eu vou assistir o big brother para ver a bunda das mulheres que é uma beleza, tem gente que quer ver os moços “fortão”, quer ver a malhação à noite, quer ver um pegando o outro lá no cafôfo, aquela baixaria, quer ver briga, quer ver pau e tem gente que consegue olhar para aquilo e ver um laboratório de relações humanas. Então, por exemplo, eu vi mais de uma vez, a minha mulher pegando a minha filha e falando, olha só, olha o que essa menina está fazendo, você viu o que ela acabou de dizer aqui, sabe o que vai acontecer? Daqui a pouco vai acontecer assim e o cara ia lá e esse cara vai porque essa menina não pode se comportar assim, você está vendo o que ela fez aqui? E minha filha olhando aquilo e falando, e não é que acontecia aquilo? Então eu falei, olha aqui, está tendo uma aula de comportamento humano com base no Big Brother Brasil que é um lixo, que é uma porcaria, que é uma porrada, bom, depende do teu olho, depende de como, da escolha que você vai fazer, como é que eu quero olhar, então eu posso muito bem desligar meu cérebro e vou ver baixaria, ou eu posso olhar aquilo como, ah mas aquilo é tudo manipulado, não importa, existem relações humanas acontecendo ali e você consegue ver o cara que está enganando, eu consigo assistir um cara mentindo, eu consigo ver manipulação de pessoas ali e aquilo é um laboratório, como é que você vai olhar para aquilo? Você escolhe.
Sandro Você sabe, Luciano, que eu, durante um bom tempo dei aula MBA,eu só parei agora nos últimos dois anos porque estou envolvido com essa startup, não dá para conciliar as agendas, eu sempre disse isso, sobretudo mais recentemente, meu grande desafio não é ensinar nada, é fazer o cara pensar. Você tem que desenvolver massa crítica, então se você gosta do big brother e aquilo está te ensinando alguma coisa. A única recomendação que eu faço é que você justamente exercite o seu arbítrio, primeiro de conhecer o negócio, segundo, de refletir sobre tal negócio, porque eu percebo e a gente percebe isso claramente, a gente tem um risco nessa sociedade moderna, o Zygmunt Bauman fala da modernidade líquida, uma sociedade onde as coisas são muito fluidas, as coisas acontecem muito rápido, os modismos vem e vão, tudo muito rápido, existe o risco da superficialidade e esse talvez seja um dos grandes desafios do Café Brasil, da sua obra, porque às vezes dá muita percepção que as pessoas valorizam o superficial em detrimento daquilo que lhes gera a necessidade de uma reflexão mais profunda. Eu já tenho uma outra visão, eu não subestimo as pessoas, tanto que o projeto de você é um sucesso, na realidade o que sempre coloco é que se você conseguir acessar essas pessoas, ela vai refletir, ela vai ter massa crítica, ela vai criar massa crítica, ela vai buscar ter um pensamento adequado a esse contexto, então a gente tem que buscar fugir da superficialidade, um detox mental, detox, se desintoxica de tudo que não cria valor para você, mas isso daqui? Deixa do lado, quero me divertir, se diverte, tudo bem, então você está falando para se divertir, agora busca pensar, refletir…
Luciano Você ouviu o podcast “Unfollow”?
Sandro Muito bom.
Luciano Desliga daquilo que está ocupando… Mas de novo, nós estamos falando de novo de escolha individual, que é aquela…
Sandro Escolha individual, protagonismo.
Luciano … o que é que eu vou fazer com o meu tempo livre? Então há um tempo designado para o ócio, há um tempo… bom, está legal, ócio, eu estava sentado na minha casa assistindo um filme, isso chama-se lazer e quando chega no final do filme eu estou destruído e tive uma aula fantástica ali, naquilo que deveria ter sido meu momento de lazer, então até a escolha que eu tomo como meu lazer, pode trazer para mim esse conhecimento, oque é? Ler um livro é lazer? É claro que é lazer, mas que livro que eu vou ler? Entendeu? A hora que eu faço essa escolha do que eu vou ler, eu tenho um artigo também que eu botei um texto legal sobre o Gian Maria Volonté, tem uma fala dele muito legal, ele falando o seguinte, me perguntaram sobre política e ele fala, o que é política? Política é qualquer coisa, política está no filme, você vai assistir um filme, o filme é política, não é possível você tomar nenhuma decisão sem ter o envolvimento político, então quando vem dizer para mim que eu sou um ator político, eu falo, como é não ser? Então você faz essa escolha ali na hora, de definir esses conteúdos.
Sandro É, você sabe que sobretudo nessa, eu até recentemente também escrevi sobre isso, a gente tem que ficar muito atento aos rumos de tudo o que acontece ao nosso entorno para que a gente possa fazer as nossas escolhas e é inegável que a gente vive num contexto onde, por exemplo, hoje existe uma potencialização no maniqueísmo, ele é bom ou ruim, politicamente correto, quer dizer, isso emburrece, isso não te permite ter uma análise crítica sobre a situação, porque no final do dia, também é uma ferramenta de manipulação, ou a potencialização desse maniqueísmo não deixa de ser uma ferramenta de manipulação, então o ponto é: eu não tenho nenhum problema, em nenhum tipo de opinião, eu prefiro que as pessoas a tenham, tem um problema sim se você não está comprometido legitimamente com uma crítica construtiva, você quer falar besteira aí não me diz respeito.
Luciano E eu sei por que, porque você sabe que aquilo vai ocupar teu tempo de vida e você, o Sandro, vai gastar seu tempo de vida numa coisa que não te atrai, então não quero.
Sandro Não quero. Agora, a gente tem que, justamente, e muito do que a gente fala no nosso projeto, no próprio geração de valor que o Flávio Augusto toca, que a gente está aliado de alguma forma, porque o meu projeto “Meu Sucesso.com” saiu do “Geração de Valor”, é justamente trabalhar a questão do protagonismo, alertar as pessoas sobre a necessidade de fazer suas escolhas, seu livre arbítrio de pensar, de fugir do efeito manada, de fugir do coitadismo, de entender que é possível sim assumir as rédeas da sua vida e não ficar escorado na decisão do outro, de assumir que você tem poder sobre alguns elementos que você pode ter influência, aqueles que você não pode ter influência, isola amigo, eu não sei se o dólar vai subir, baixar, o que eu sei é que eu vou trabalhar “pra” caramba, porque se o dólar subir eu vou ter que fazer, ao invés de cinco visitas, se eu sou um vendedor, eu vou ter que fazer dez, ah piorou? É, mas eu vou ter que fazer, eu vou conseguir, agora, o que você pode fazer com o dólar? Então é esse contexto que tem a ver com escolha, tem a ver com livre arbítrio, eu creio que… hoje trabalho com muito empreendedor, Luciano, nosso negócio lá no “Meu Sucesso.com” é contar histórias de empreendedores, então eu estudo e mergulho em profundidade em histórias de grandes empreendedores, trajetórias de vida, eu percebo claramente que está presente, um elemento que está presente sempre, é o poder de escolha, o livre arbítrio, o protagonismo, e isso é o que realmente nos mobiliza e nos motiva, arrisco a dizer, porque se nós tivermos uma sociedade onde mais pessoas almejam, desejam e assumam o seu protagonismo, nós teremos uma sociedade mais próspera, isso é uma visão clara que eu tenho.
Luciano Legal. Vamos falar um pouquinho do teu projeto novo, mas eu quero voltar ali atrás agora, pegar você, de repente na HSM, você está na HSM, você é o diretor comercial da HSM, que é a empresa que produzia e produz ainda os maiores eventos corporativos…
Sandro De gestão.
Luciano … do Brasil, em todos os tempos, em volume de gente, em preço do ingressos, em qualidade dos apresentadores, em qualidade do local…
Sandro Excelência.
Luciano … é maravilhoso, aquilo é fantástico, é fantástico aquilo ali e de repente ali você começa a conviver com luminares, que isso é um puta privilégio…
Sandro Presente.
Luciano … estou com esse cara, estou conversando com ele e ali você conduz o teu projeto durante algum tempo até que de repente, cinco anos atrás, é isso?
Sandro Então, eu primeiro passei por uma agência e depois vim para o projeto, cinco anos atrás.
Luciano Então, aí você sai da HSM e vai para?
Sandro TV1, eu fui ser vice- presidente de clientes e negócios da TV1, uma agência de comunicação, Sérgio Mota Melo e fiquei lá durante dois anos e meio.
Luciano Que era uma produtora?
Sandro É, produtora, são cinco negócios, produtora, agência de publicidade, eventos, digital, enfim, uma agência com 450 pessoas, uma das maiores do Brasil, eu cuidava de negócios lá, foi onde eu tive uma oportunidade legal. Luciano, de novo, se você for olhar a minha carreira, você fala assim, olha o seguinte, no começo eu precisava vender, então desenvolvi habilidades de vendas, habilidades de relacionamento, aí eu vi que o conhecimento é um lance importante, fui para uma empresa de conhecimento, lá eu conheci tudo sobre gestão, interagi com as maiores cabeças pensantes do mundo, mas faltava o digital, faltava comunicação, aí eu fui para uma agência de comunicação onde eu pude conhecer tudo sobre comunicação, o digital por trás, a TV1 tem contas enormes de projetos enormes digitais, então eu conheci tudo, eu estava preparado para fazer o projeto que eu estou fazendo hoje, que envolve tudo isso. Então se fosse contar essa história bonita, o enredo está pronto.
Luciano Deixa eu dizer que eu planejei, cheguei lá…
Sandro Não é verdade…
Luciano … é aquela história né da sorte de novo, ô que sorte. A hora que os caras precisaram de alguém…
Sandro … você foi para a HSM, que sorte.
Luciano … chamaram você e que puta sorte, sorte é, se não tivesse feito isso tudo, não seria eu o escolhido lá. Você está até falando de um outro negócio aí para mim que é interessante, eu tive essa discussão também a semana passada, trouxe alguém aqui para visitar, o cara veio ver, estava comentando negócio do podcast, o cara, eu conheço, eu queria fazer um também mas é difícil porque porra cara, olha o estúdio que você tem, olha aqui, você tem o Lalá que é um puta editor, você tem equipamento, eu virei para o cara e falei, pode pegar tudo isso aqui e fazer, você vai fazer igual? Ah não, não vou fazer igual, por que você não vai fazer igual? Porque você pegou tudo, o que falta aí hein? Ah mas é que você sabe escrever. Eu fui aprender a escrever. Você tem humor. Eu fui aprender a lidar com humor. Ah você sabe falar. Eu fui aprender a falar no microfone. Ah mas você consegue contar história. Eu fui aprender a contar história, porra. Mas você tem história para contar. Sim, eu tenho 60 anos de vida, cara, tudo o que você está falando aí tem a ver com o intelecto, não tem a ver com o preço desse microfone aqui. Não tem a ver com essa máquina que está aqui na frente, então a questão toda não é aquilo que o dinheiro compra, que é o que você está vendo aqui, é o que está dentro da tua cabeça, é aí que você vai fazer diferença, então eu consigo fazer um podcast maravilhoso gravando num Iphone…
Sandro Sem dúvida.
Luciano … gravo num Iphone, ponho do ar e dane-se, o Murilo Gun começou o dele agora, o podcast assim…
Sandro Aliás o Murilo, tem um tema que ele fala no seu Lídercast, no podcast que eu ouvi com ele que é incrível o lance do dom, que ele fica bravo quando falam, mas você tem o dom, eu estudei, extenuantemente como falam os principais artistas de standup comedy, eu li tudo, eu cronometro, que dom? É que é assim, Luciano, aí a gente volta para a escolha, amigo, a melhor forma de… a melhor forma não, perdão, uma das formas mais cômodas que a gente encontra, generalizadamente, de não assumir a sua responsabilidade, não assumir o desafio, é fazer o que? Descredenciar o outro de alguma forma, mas você tem o dom, mas você tem o Lalá, não, toma tudo, você vai fazer? Então o que ele está fazendo? Ele está se desempoderando, ele está jogando para você a responsabilidade que é dele, amigo, então no final de novo a gente fala de livre arbítrio. Não tem escolha.
Luciano Transfere isso para sociedade a gente começa entender o que está acontecendo no Brasil hoje.
Sandro Para a sociedade.
Sandro Ah, mas eles tem nós não temos, mas ele pode eu não posso, eu sou pobrinho ele é rico…
Sandro Isso é uma filosofia perigosa. Você sabe que a gente está contando agora lá no “Meu Sucesso” a história do Tai Nham, o Tai é um vietnamita, ele nasceu no Vietnam, a família dele era rica, com a ascensão do regime comunista perdeu tudo, ele caiu em campo de concentração fazendo lavagem cerebral, saiu, resolveu vir para cá. A família mandou ele sozinho para cá, ele veio num barco de pescadores, quatro dias navegando até ser colhido por um navio da Petrobrás e caiu aqui. Ele cai com 50 dólares na Praça da Sé, sem falar uma palavra em português, esse cara construiu a vida dele assim, agora tem um fato na vida dele que é muito interessante, ele é muito determinado esse cara, ele é tão determinado, quando ele chegou aqui na Praça da Sé sem falar uma palavra em português ele falou, vou procurar um dicionário de vietnamita-português, não existe dicionário, ele fez um dicionário em um ano, porque ele estabeleceu uma meta para ele, todo dia ele tinha que aprender 25 palavras se não ele não comia e aí ele fez um dicionários de 14 mil verbetes, Luciano, tenho o dicionário até hoje e aí um dia ele foi lá na cidade universitária, ele falou, me apaixonei por isso, eu vou entrar na USP, depois de 3 anos no Brasil, o cara sem falar direito o português entrou na USP, matemática da USP aí ele está lá, falou que ele viu o nome dele na lista dos convocados e todo mundo comemorando e tal, ele vira, olha, não tem com quem comemorar, falou que ele caiu num choro porque deu um insight nele, falou porra, eu estou sozinho, por mais que eu trabalhe, por mais que eu batalhe, eu estou sozinho, com quem eu vou comemorar? E chorou, chorou, chorou, aí uma hora ele caiu em si, ele tirou a seguinte lição, que eu achei animal. Eu não posso delegar a minha felicidade para ninguém, ela me pertence, eu sou responsável por ela, esse foi o clic que ele teve, amigo, para continuar assumindo as rédeas da vida dele, então quando a gente fala é a sociedade, é o povo, é o não sei o que, você está fazendo o que? Você está delegando a sua felicidade para o outro, amigão! Eu sempre cito uma frase, o que o outro pensa de você não tem nada a ver com você, você não tem nada a ver com isso, se o outro acha que você é derrotado, perdedor, negro, branco, mulato, azul, verde, amarelo o problema é do outro amigão.
Luciano Eu faço exemplo no presente quando a pessoa vem te dar um presente e você não aceita, o que acontece com o presente? Volta para ela, ela leva embora, eu não quero, a mesma coisa, ah você é um bundão, eu sei que eu não sou, pode chamar, ah porque você é fascista, eu sei que eu não sou, então pega o fascista e leva embora com você…
Sandro Fique com você
Luciano … agora, tem gente que se preocupa muito com isso aí e define a tua vida pelo que os outros vão pensar, alguém está escolhendo por ela, é a síndrome da lista dos 10 mais da veja, que livro eu vou ler agora? Deixa eu olhar os 10 mais, eu vou pegar um dos 10…
Sandro Que está todo mundo lendo.
Luciano … alguém escolheu para mim, alguém escolheu para mim, alguém escolheu para mim e eu perdi a chance de ler coisas maravilhosas porque eu fiquei de olho naqueles 10 que alguém escolheu ali. Então, de novo a escolha, quem vai ser o meu curador? Quem é que é meu curador? Meu curador para ler livro é os 10 mais da veja? Você fez uma escolha. Ah não o meu curador para ler livro sabe o que que é? Aquele blog fantástico que eu descobri, e que tem pouca visita e que o cara um animal e o cara me deu 10 dicas de livro ali que não vende em lugar nenhum, eu tive que encontrar e de repente vem pérolas fabulosas que é uma aula de vida e que nunca vai estar na lista dos 10 mais.
Sandro É, de novo, como a gente estava falando, é o poder da escolha, você veja que o ser humano sempre tende a tomar, sempre, isso baseado em estudos, de neurociência, que o ser humano tende a tomar decisão ais confortável, não a melhor. Tomar decisão mais…
Luciano Você sabe por que? Eu fiz um podcast que eu falava disso, falava isso é economia de energia…
Sandro Economia de energia, cerebral…
Luciano … o teu cérebro procura…
Sandro … isso é comprovado…
Luciano … o teu cérebro procura, claro…
Sandro … isso é provado…
Luciano … o que eu preciso fazer para gastar o mínimo de energia possível…
Sandro … exato, é provado, por isso que eu estou falando, a tendência do ser humano naturalmente é tomar a decisão mais confortável, não a melhor, ah você vai lá para num posto de gasolina que a gasolina está R$ 3,90, você sabe que mais um quilômetro ela é R$ 3,50 mas tem que dar uma viradinha, ah deixa aqui mesmo…
Luciano Economiza energia.
Sandro … não é a melhor, porque economiza energia, você nem pensa. Então assim, por isso, Luciano, que iniciativas como a de vocês, todo o contexto que a gente trabalha, eu acho fundamental, sabe por quê? Para tirar as pessoas da zona de conforto, nós temos que tirar todo mundo da zona de conforto, porque se não fica de boa. Eu vou ler o livro das 10 mais, eu vou ver o filme que ganhou o Oscar, eu vou fazer tudo de acordo com o status quo, e aí? E você amigão? O que vai acontecer, seguramente, é que em dado momento da sua vida, às vezes mais cedo, às vezes mais tarde você vai se ligar e falar, caraca, quem eu sou, o que eu fiz e agora? Então esse é um aprendizado muito forte e que sabe o que eu acho que traduz isso muito bem, pelo menos é uma lição minha, Luciano? Na questão das referências, hoje eu sou um escravo dessa questão, o que nós temos que construir no Brasil cada vez mais referências positivas, porque existem referências positivas, o problema é que a mídia, ela está tão contagiada com aquela visão de que o que vende é notícia ruim, é desgraça, que acaba não aparecendo, nunca aparece nada, é só lixo…
Luciano E quando aparece vem todo mundo bater, ontem eu publiquei um post no Facebook mostrando uma música que o Marcelo Adnet fez no programa da Globo lá, o Ta lá, Tá legal, como é que é o nome do programa?
Sandro Eu não me lembro do nome, mas eu vi a polêmica dessa música.
Luciano Ele pegou a música do Gonzaguinha e fez uma música tratando das pequenas infrações e da quebra moral de ética do brasileiro no seu dia a dia, a música é muito legal, a letra é um chute no saco, é aquela que você fala, puta, é exatamente isso, o cara que fura a fila, o cara que paga o guarda, aquela coisa toda. E eu peguei aquilo e falei puta que legal, que legal isso está em horário nobre da globo, que puta trabalho legal, peguei e publiquei no Facebook, o primeiro comentário que entra o seguinte: A rede globo, esta emissora vendida, essa emissora agora está tentando isso e aquilo, você fala, é o primeiro comentário que entrou, desmontou a…
Sandro Possivelmente ele nem leu o conteúdo que você falou.
Luciano … nem quer saber, se foi a globo que falou é mentira, se foi a veja que publicou não interessa, então nem se dá a chance de falar, eu vou dar um voto de crédito a esse menino que conseguiu botar dentro da globo algo com esse poder, uma mensagem como essa, que é uma mensagem, ela é subversiva, se você imaginar onde é que ela está sendo veiculada e um cara conseguiu botar isso lá, meu, eu tenho eu dar um beijo no Adnet, não, eu vou meter a boca porque o cara…
Sandro É o maniqueísmo, Luciano, é o maniqueísmo…
Luciano … nós destruímos, então eu chego para você e falo, eu trouxe aqui fulano de tal, trouxe o Sandro, ah, que Sandro, esse cara… … … não há nem mais a chance de você poder admirar a pessoa pelas qualidades que ela tem porque sempre vai aparecer alguém que vai destruir e aí não interessa se aquilo é bom ou ruim, interessa o que veio dele portanto não tem mais…
Sandro O pressuposto…
Luciano … não tem mais mérito nenhum…
Sandro Exatamente.
Luciano … vou usar o exemplo que nós estamos usando aqui agora, não ouço mais nada do Chico Buarque, aquelas músicas do Chico me emocionaram a vida inteira…
Sandro O seu lance do Chico eu acho brilhante, eu uso ele como referência, sabe, porque assim, você admira o artista e as músicas, agora como pessoa você pode não gostar do que ele fala, agora, não significa dizer que ele não tem uma obra que seja desprezível, essa visão ela é emblemática porque ela traduz muito do que está acontecendo, eu detesto isso, eu sempre falo, não pode existir nós e eles, é nós, não pode existir eu estou aqui você está ali, é a pororoca, é todo mundo junto que constrói uma sociedade próspera, claro que nós temos que combater todo tipo de malversação, todo tipo de preconceito, claro que nós temos que combater, é lógico, mas isso é um pressuposto básico, agora não não podemos segregar essa visão, não existe nada mais poderoso, ainda acho, da diversidade, se tem uma coisa que no Brasil é bom é a diversidade, esse cara do Vietnam foi acolhido aqui, virou um grande empreendedor, quer dizer, ele é grato para caramba pelo Brasil, quando a gente começa a, de novo, com essa visão maniqueísta, separar os clãs, você está fazendo o que? A diversidade vai para o saco, só interessa aquilo que eu acho bom, você está justamente fazendo o contraponto a uma das vantagens que você tem proveniente dessa visão que sempre foi próspera.
Luciano Desunindo, é desunião né?
Sandro Desunindo.
Luciano Não é por acaso que o subtítulo do meu livro “Me Engana que eu Gosto” é Dois meio Brasis jamais somarão um Brasil inteiro. Que é o que nós estamos pagando a conta aqui agora, e o pessoal esperneando, eu falo, nós estamos pagando uma conta, isso tudo foi construído, e foi construído ao longo dos últimos 15 anos sim senhor, um processo de colocar um lado contra o outro e agora chegou a hora da conta, a conta tem que ser paga e não adianta reclamar, ah só mete a boca num, não mete no outro, sim senhor, isso foi construído e haveria o momento em que essa conta chegaria, essa conta chegou agora. Espera aí, deixa eu ir lá para a nossa, então de repente você está na TV1 e surge um maluco na sua vida…
Sandro Recebo uma ligação de um amigo, não tinha tanta proximidade mas sempre tive proximidade, que eu conheci na HSM ainda, o Flávio Augusto da Silva, que foi o fundador da Wise Up.
Luciano Um maluco.
Sandro Maluco total.
Luciano É um maluco.
Sandro Louco.
Luciano É um maluco, sim.
Sandro Louco, se orgulha de ser louco.
Luciano E ainda bem.
Sandro Tem um baita orgulho, e foi engraçado, Luciano, porque eu sempre falei com o Flávio, mesmo porque o Flávio eu conheci na Wise Up, me impressionei muito por aquele jovem, nós temos uma idade, ele é um ano mais novo que eu mas me impressionei demais, falei esse cara tem o forrobodó e me aproximei dele, porque achei que ele tinha tanta pegada, eu consegui de alguma forma ter percepção do que seria aquele negócio que era a Wise Up até então e depois que ele vendeu a Wise Up, ele vendeu a Wise Up por 1 bilhão de reais e eu continuei o contato com ele. Ele morou primeiro nos EUA, depois na Europa, eu continuei falando com ele pelo Skype e tal, chega lá, há uns 3 anos, me liga e fala, quero falar com você, ele falou Sandro, nem foi no Skype, ele estava aqui no Fasano, ele falou vamos tomar um café da manhã juntos? Vamos, claro. Eu fui lá, ai Luciano, ele falou, estou com um negócio aqui que é um negócio de ouro, chama geração e valor, eu comecei a compartilhar conhecimento, isso daqui não tem fins lucrativos, é você compartilhar conhecimentos, pensamentos meus, primeiro eu fazia no Youtube, depois veio o Facebook, comecei a fazer no Facebook, começou a crescer uma enormidade e aí ele pegou, ele falou, olha, pô você vê, hoje nós temos 20 mil fãs, quando eu vi aquilo eu falei, o que o Flávio está falando, 20 mil fãs, eu não alcancei, Luciano, eu não alcancei, não alcancei e ficou, então isso aqui acho que tem alguma coisa na mesa, Sandro. Eu falei, legal Flávio, sabe o que é legal, eu tenho isso anotado, eu tenho um Word onde eu anotei, porque eu não peguei, depois de seis meses ele me procura de novo, dai ele falou, Sandro, lembra que eu te falei? Eu falei lembro. Pois é, hoje nós temos mais de um milhão e meio de fãs, a página alcança, na época eu acho que era mais de cinco milhões de pessoas, enfim, pegou, e agora só o que eu percebo Sandro? A gente está mobilizando os caras, eu estou mobilizando, estou incentivando os caras a pensar. É o seguinte: às vezes o cara que está mobilizado quer construir o seu projeto de vida, quer empreender mas não tem o ferramental, então eu decido que eu vou construir uma plataforma onde nós vamos oferecer conhecimento necessário para que esse cara seja um cara bem sucedido, é uma plataforma digital onde vai ter cursos e tal, eu quero, eu vou fazer isso, estou começando a procurar o CEO para tocar isso, a primeira pessoa que eu pensei foi você, se você topar eu nem procuro mais ninguém. Eu falei, está topado, nem conversei com ele de salário, de nada, falei estou dentro, Flávio, porque puxa, é a perspectiva, primeiro está baseado em muito das minhas crenças, como que te falei, se eu fosse desenhar meu plano de carreira, no projeto, esse projeto ele envolve todo o meu escopo de conhecimento que eu desenvolvi, meu apreço pelo conhecimento, a visão digital que eu fiz lá na TV1, a visão da comunicação, a visão das vendas, juta tudo.
Luciano E o desafio de tirar do chão essa máquina…
Sandro Zero… eu sempre tive esse desejo, com um cara incrível, eu sou muito baseado em referências, esse é um ponto que toda a minha vida, se você for olhar, se tem algum eixo, eu sempre tive, de alguma forma, ligado a referências, então eu tenho referências fortíssimas que até hoje são muito importantes para mim, cada uma dessas trajetórias que eu tive e é evidente que estar ao lado do Flávio que tem uma capacidade incrível de pensar, inclusive uma filosofia muito parecida com a que você trabalha, que a gente acredita, de tirar da zona de conforto e protagonizar incrível e alia a isso um outro elemento que foi a cereja do bolo, um alcance da mensagem, quer dizer, ao me aliar a esse projeto, eu diria que eu era muito feliz dando aulas, sempre fui muito feliz em dar as minhas aulas, administrar as minhas aulas em NBA, falava com 40, 50 pessoas por turma, hoje em dia a minha palavra tem um alcance exponencial e aí quando você percebe que você está criando valor numa pessoa que você nunca conversou, você sabe melhor do que eu do que eu estou falando, quer dizer, aquilo te traz um benefício pessoal, te traz muitas vezes as pessoas falam, puta eu não tenho como te agradecer, eu sempre digo, você não está certo, eu não tenho como te agradecer…
Luciano Você não precisa mais. O fato de você ter parado para escrever para mim, muito obrigado por tal insight, já está pago.
Sandro … eu falo assim, você não sabe, eu que tenho que te agradecer porque isso me revigora, é fato, e aí nós tiramos o projeto do zero, que é uma experiência, tem sido, faz dois anos e meio, tem sido uma experiência, três anos, tem sido uma experiência, não, dois e meio, tem sido uma experiência incrível, porque você vê uma coisa que é do zero, se consubstanciar num produto e esse produto aumentar a sua influência e aí você vê aquilo que você idealizou, que você esteve envolvido desde a ideia, ser falado por pessoas que você nunca viu, você vai num evento as pessoas, quem conhece aqui, todo mundo conhece, isso é incrível. Mais incrível ainda é apercepção de que só está começando essa onda.
Luciano Pois é, é isso que eu queria comentar com você, o que acontece? É que de repente um projeto de um lado geração de valor, de outro o “Meu Sucesso.com”, os dois independentes já são, você está com o “Meu sucesso” e está com o que? Com 10 mil, 15 mil.
Sandro Hoje tem alguns dados interessante, Luciano, a gente tem mais de 70 mil pessoas fizeram alguma aula do “MeuSucesso.com”, nós temos mais de 120 mil, 130 mil inscritos na nossa base, quer dizer, tem mais de 150 horas, quer dizer, você percebe, nada…
Luciano Isso é um volume gigantesco…
Sandro … grandes, cara, grandes…
Luciano … independente disso, pega o “Geração de Valor” que é aquela coisa, você fala por milhões ali, são, é um milhão disso, uma milhão daquilo.
Sandro … a gente estava com uma média, no “Geração de Valor”, o Flávio, com uma média de 15 milhões de audiência por semana, na semana passada, ou semana retrasada, não me recordo qual, chegou a 28 milhões, Luciano, e os caras falam que internet é mídia segmentada.
Luciano Isso que eu ia falar para você, isso é mais do que audiência da maioria dos programas de televisão, TV aberta inclusive, da maioria absoluta dos programas de rádio, da maioria absoluta de jornal, revista, isso é muito mais que isso tudo, ou seja, um indivíduo, no caso o Flávio, ele monta um sistema por iniciativa própria que hoje tem um alcance maior do que as mídias fabulosas em cima de grandes grupos etc e tal e com isso ele tem, de novo, a liberdade de tocar no tema que ele quiser, da forma como ele quiser, do jeito que ele quiser, sem ter rabo preso com ninguém fazer uma coisa impressionante, aí eu, Luciano Pires do Café Brasil, olho para aquilo e falo assim, 5 “milhão” meu e eu aqui com meus 100 mil, porra, mas é que o Flávio vendeu a Wise Up, o Flávio tinha 1 bilhão na mão, esse cara é um milionário, esse cara pensa em fazer um negócio, ele constrói um estúdio…
Sandro É um Midas.
Luciano … 1 milhão de vezes maior, mais fodido, ele faz porque ele pode, porque ele tem dinheiro na mão, mas espera um pouquinho, traz essa referência para os nossos níveis aqui, eu falo o seguinte, eu não tenho bilhão que o Flávio tem e eu acho que eu vou precisar de umas 12 encarnações para chegar numa fração disso, mas com o dinheirinho que eu tenho, eu estou construindo um pequenino império aqui e que muda a vida, eu tenho consciência disso, muda a vida de pessoas…
Sandro Não tenho dúvida sobre isso.
Luciano … e uma coisa eu sempre brinco com o pessoal, falo ah, mas cara, para que perder isso e falo, você já pensou se um dia, um dia, um desses caras vira presidente da república e sobre lá e o dia que ele senta na coisa ele fala o seguinte, meu, eu vou começar a implementar um negócio aqui que eu ouvia aquele louco falar, o cara do Brasileiros Pocotó, sabe aquele negócio do pocotó, aquela bobajada toda, ele falou uns negócios legais lá. Eu vou implementar umas coisas aqui, eu tenho uma visão de mundo que está moldada por coisas que eu ouvi naquele bate papo daqueles dois malucos naquele podcast, você fala, de novo, timing, vamos dar tempo ao tempo, isso é a pedra no lago, essa coisa acontece de tal forma então eu não preciso ser bilionário, eu não tenho que ter ah porque deu a sorte disso, eu tenho que pegar as ferramentas que eu tenho na mão e fazer e se for para começar como mini blog, pequenininho, foi assim que eu comecei há 10 anos, eu comecei mandando e-mail para uma lista de 300 nomes, usando o que? Usando o outlook, que nem o outlook era, usando um treco lá que foi assim e de repente chega até aqui, quer dizer, é a escolha e a iniciativa própria.
Sandro É, e aí tem algum, na sua fala tem algumas referências importantes para a gente usar, o primeiro, a gente convenciona muito o sucesso a uma única métrica, que é a métrica financeira, então a gente avalia que o cara é bem sucedido porque ele é bilionário, não é verdade, essa é uma consequência de um trabalho que foi desenvolvido, agora, o sucesso está muito relacionado ao seu protagonismo, á busca pelo seu protagonismo, pelos seus projetos pessoais, pela sua felicidade, então não existe uma métrica de sucesso de acordo com a grana que a pessoa tem, eu conheço um monte, um monte de gente milionária financeiramente que é pobre, pobre de espírito, é triste, primeira referência, então e eu, porra, eu tenho uma história, nesses dois anos e meio aí com o Flávio, eu estou do lado do cara e você percebe que isso não influenciou ele em nada, nada assim, simples e é aí que é o mérito do cara.
Luciano É o mesmo de vendedor de relógio paraguaio.
Sandro Mesmo jeito. Mesmo jeito, assim, ele adora, tanto que ele comprou de volta a empresa que ele vendeu, ele ama isso, ele gosta do game, é um cara legítimo. O segundo diz respeito ao poder de alcance da palavra, aí você está falando num trabalho de um cara que, pô, sozinho, inclusive outra referência importante, ele nunca, inclusive isso é importante, sabe Luciano, quando eu via que bombou o Facebook, eu falei, Flávio, quanto você gastou? Ele falou, como quanto eu gastei? Ah, você deve ter comprado likes. Não gastei um centavo para comprar like, cresceu tudo organicamente, quer dizer, legitimamente. Você pega um projeto como esse, pega o seu, agora eu trago para o mínimo denominador comum, tem uma das histórias que a gente contou lá no “Meu Sucesso.com”, que o modelo do “Meu sucesso.com” é estudo de caso, é contação de história, é do Robson Shiba, do China In Box e o Shiba tem uma passagem que é incrível. O Shiba fala, eu só sou o que eu sou, eu era um universitário, devia ser da pá virada, mas meu pai toda hora chegava para mim e falava, fica de olho, eu acredito em você, eu acredito. A mãe falou, o pai falou, eu acredito no moleque, foi graças a esse eu acredito, ele fala, eu acreditei em mim e deu no que deu. Hoje o China In Box é a maior rede de fast foods oriental da América Latina, o Shiba é um cara incrível. O que eu quero dizer com isso? Você tem um alcance grande, o “Geração de Valor” tem um alcance grande, agora a reflexão que eu faço é, como nós podemos criar valor na vida do próximo seja um amigo, colaborador, fornecedor, seja quem quer que seja, quando você se dirige a ele dá uma palavra de apoio, você traz uma mensagem, tira ele da zona de conforto, quanto nós podemos criar valor que é o contrário da inveja, é o contrário daquilo que você falou da crítica pela crítica, mas esse cara aí pode, ele nasceu em berço esplêndido, ele nasceu rico, esse cara ai, meu, quando a gente pode criar valor para o outro, quando a gente olha legitimamente para o outro, que é o que, é óbvio que você almeja, o seu sustento vem desse projeto, agora no fundo, no fundo não é por isso que você trabalha nisso, você não começou fazendo isso por isso, quando você começou a mandar os emailzinhos lá, então essa é uma reflexão que sempre que eu tenho oportunidade eu faço para qualquer um, o poder que a gente tem de mudar a vida das pessoas, às vezes com uma palavra, com um olhar, com foco e o contrário é verdadeiro, quando você pode destruir ao falar, ih, esse daí cara, a inveja tem a ver com a arrogância, enquanto que a admiração tem a ver com humildade, quando você admira o outro é que você tem humildade suficiente para, pô, que legal que esse cara está fazendo, não importa se ele é melhor que você, não importa se ele é mais rico, se ele tem um carro mais bonito, pô, evidencia, olha o que ele tem de bom, aí quando você tem inveja você está destruindo, aquele terreno fica árido.
Luciano Contamina.
Sandro Contamina, é do mal.
Luciano E isso quando o Facebook me ensinou de uma forma dura e de uma forma assim como eu nunca tinha imaginado que pudesse ser, que é você entrar numa área de, você fazer um post bem intencionado aguardando que os comentários fizessem ali um contrapondo àquilo que fosse legal, entra um cara ali e ele sozinho ele contamina aquilo tudo e destrói…
Sandro A discussão muda
Luciano … muda, acabou tudo porque o cara…
Sandro Você percebe que os comentários em dado momento, eles não dizem mais respeito ao post e sim à contrapartida do comentário e estragou tudo.
Luciano … estragou e o que era para ser uma discussão produtiva vira troca de acusações e tudo mais.
Sandro Eu acho que o que leva, o que a boa notícia, Luciano, que via de regra é uma minoria e o que sempre me leva como salvaguarda e que se reflete no seu negócio de uma forma cristalina, a maior parte gera valor, a maior parte recebe aquilo e se transforma.
Luciano Mas ela é refém dessa minoria, então vamos lá, o que me interessa aqui? Saber o seguinte: se essa mídia está aqui na mão da gente, eu tenho o poder de chegar aqui, convidar você, a gente senta aqui, eu montei o negócio, gastei para isso, vou botar no ar e sei lá, 130 mil pessoas vão ouvir essa nossa conversa aqui, vão sair pensando a respeito, algumas vão falar, meu que puta papo legal, que delícia. Esse momento do “que delícia, que puta papo legal”, é o momento em que esse cara pode se transformar no propagador, porque ele olha e fala, meu, isso é tão legal que eu vou contar para todo mundo e aí eu vou usar a mágica que o Facebook tem que é o botãozinho do “compartilhe” e que a gente usa muito mal, puta eu vi um puta filme, eu quero contar para todo mundo do filme e antigamente eu falava para dois amigos, hoje em dia eu boto ali, eu alcanço os três milhões da página do Facebook.
Sandro A pessoa quando gosta dá o like, quando na realidade ela devia dar o share também.
Luciano´ É o share, mas aí é que está, esse é o grande lance, quer dizer, eu estou compartilhando coisas legais. Eu estou acostumado a compartilhar merda e aí isso é história, é o marketing 1.0, você lembra que os caras falavam, olha, quando alguém não gosta conta para quinze, quando alguém gosta conta para dois, isso é antigo e traz para o nosso dia a dia, então cai na mão da gente aqui um certo poder, quer dizer, você que está ouvindo a gente conversar, está sentado num busão, indo trabalhar, aquele trabalho maldito que você odeia e que está pensando em arrumar um jeito de sair de lá, você tem um poder, porque você deve ter uma página no Facebook, você deve ter o seu Twitter e talvez você tenha no Facebook 200 curtidores, 200. 200? Não é nada, 200 é… como é que é, é o cocô do cavalo do bandido, é pouca coisa, mas 200 pessoas, 40 anos atrás nós, nós 40 anos atrás, como é que eu falava com 200? Quantos eu conseguia falar? Eu conseguia mandar uma carta para dois amigos, três amigos, eu pegava o telefone e ligava para quatro ou cinco. Hoje você aperta um botão, tem 200. Outro tem 1500. Quer dizer, aí você começa a somar, fala, espera um pouquinho, 10 ouvintes com 1000 seguidores, são 10 mil caras, que se gostarem daquilo vão mandar para a frente, são mais 100 mil, olha o tamanho que esse negócio pode… a tal da viralidade. Então para mim essa consciência de fazer o que vocês estão fazendo no “Meu Sucesso”, então eu vou pegar um puta case legal e vou contar para todo mundo, transforma isso num negócio, ganha dinheiro com isso, teu ganha pão está lá, mas a tua função é a seguinte, eu vou contar para as pessoas coisas legais que as outras pessoas estão fazendo.
Sandro É isso, é tão simples quanto isso e assim, é óbvio que a gente tem um país, óbvio que não dá para tampar o sol com a peneira, a gente tem problemas sérios, estão enraizados aí na nossa cultura, porém também é inegável que a gente tem um complexo de vira lata que também está muito presente na sociedade. Nelson Rodrigues já dizia isso e nós temos coisas incríveis acontecendo, nós temos coisas incríveis acontecendo nesse Brasil, eu vejo a todo momento, o meu amigo Geraldo Rufino, que era catador de lixo, que tem hoje uma empresa que vale 200 milhões de reais, você pega a Sofia Esteves lá, que começou como secretária lá na periferia, em Itaquera, que depois transformou na maior empresa de recrutamento de jovens do país, tudo isso licitamente, com transparência, o próprio Sheba que eu te falei, o Caito Maia, você começa a olhar e fala, tem um negócio aí, e vou te falar, Luciano, eu tenho um problema, não é de achar caso não, eu tenho um problema de escolher caso, quem eu vou colocar lá, então não se trata de ser Poliana, de tampar o sol com a peneira e montar aqui uma utopia de país, nada disso, porém eu tenho que ser também, eu tenho que valorizar aquilo que tem valor, para que, ao valorizar aquilo que tem valor, esse cara que está indo no busão apertado, que está olhando, puxa, o que eu faço da minha vida, ele vai olhar um cara e falar, pô, não é que tem jeito? Não é que dá? Se deu para aquele negão ali, por que não dá para mim? Se deu para aquela moça ali, por que não dá para mim? Não é assim? Então assim, eu creio que ao evidenciar essas histórias sem as utopias, quer dizer, eu não posso também falar que esse cara é um deus, esse cara é um cara perfeito, tanto que nosso projeto, você sabe que eu tenho sempre uma parte que eu dedico a falar o que deu errado, o que deu errado, aliás, se você pegar de todos o que deu errado, 90% deu errado quando o cara foi arrogante, parêntesis, sempre dá errado quando o cara é arrogante, é incrível, então sem idealizar esse cara, tem coisa interessante que pode mudar a vida do outro.
Luciano E tem mais um outro ponto importante, Sandro, que é o seguinte, você tem uma utopia de um lado que é transformar esse cara no deus e dizer que ele é o rei da cocada preta e tem uma outra utopia que é uma pessoa dizer, qualquer um pode chegar onde ele chegou, não, a maioria absoluta não vai chegar onde esse cara chegou, outro dia eu fui ver um evento, estava lá o Abílio Diniz fazendo a palestra e ele fala, eu nunca tinha visto o Abílio falar, falei, deixa eu ver o que ele vai falar e ele começa a palestra dele, ele chega lá na frente e diz assim: “se eu estou aqui em cima hoje, você também pode chegar” e aí eu ouvindo ele falar aquilo, eu com 59 anos, sentado na plateia falei, só tem um jeito de eu chegar ai onde você está, eu fazer aquela mega sena de final de ano e ganhar, aí acho que eu chego perto de você, caso contrário, não há a menor chance de eu chegar aonde você está e eu não vou me matar por isso, não vou. E tem um outro ponto importante que é o seguinte, a mídia só dá holofote para os bem sucedidos, ela mostra Neymar, Neymar, Neymar, viva o Neymar e de repente o Neymar é o paradigma e aqueles 2 milhões de jogadores de futebol que se ferraram e que nunca vão ser um Neymar na vida e que vão quebrar a cara lá na ponta. Então você fala, mas para que serve o Neymar? Bom, ele me dá um paradigma, ele bota um patamar, fala eu quero ele lá, naquela direção que eu vou, eu quero chegar onde aquele cara está, se eu não conseguir chegar, pelo menos na direção certa eu fui e eu andei um pouquinho, eu avancei, é diferente de eu olhar para um outro modelo que está fracassado.
Sandro Então, meu amigo, muito boa a sua colocação porque é o seguinte, eu não vou chegar onde o Abílio Diniz vai chegar, agora, aonde você quer chegar? Não é não? Qual é a sua utopia? O que você quer? O que é sucesso para você? Porque de repente, Luciano, você se encontrou aqui, talvez você pudesse ter continuado a ser um executivo bem sucedido e hoje pudesse ser presidente de uma multinacional, três secretárias, bacana, aquilo não é a sua utopia de vida, não é a sua felicidade, não é o seu sucesso, para outro não, para outro é isso, não tem problema nenhum, depende… para o Abílio Diniz é aquilo, o que a gente sempre preconiza é que é assim, a felicidade está ao alcance de qualquer um, você tem que fazer as suas escolhas e ir atrás da sua felicidade, até porque, se você almejar aquilo que é daquele cara e aquilo não diz respeito a você, não ser um chamamento para você, você pode até chegar lá, não vai adiantar nada, você vai chegar lá e vai falar, tá e agora. Então eu acredito que no final do dia é um caminho muito pessoal, pessoal e intransferível, não dá para ninguém.
Luciano Eu vi uma publicação recente, eu estava até preparando um programa a respeito disso ai, que fala dessa história do pessoal mostrar a startup dos jovens bilionários, o cara montou startup ficou bilionário, e as starup’s que não geraram bilionários? Mais que isso, eu não estou me referindo a startup’s que quebraram, não é isso, eu não quero os dois extremos, um virou bilionário o outro quebrou e é um merda, entre o milionário e o merda tem um monte de gente que está vivendo a vida dignamente, está feliz da vida, não ficou bilionário, não vai ficar bilionário, está fazendo acontecer, pago as minhas contas no final do mês, não tenho dinheiro para torrar que nem um maluco, mas o meu negócio deu certo, entendeu? Só que deu certo não a tal ponto que eu vou ser levado a um patamar de ícone do sucesso empresarial, mas eu estou tocando a minha vida e estou dando certo na medida em que eu estou conseguindo meu básico aqui.
Sandro Isso que eu defini para mim como meu modelo de sucesso, como minha visão, por isso que a gente é “Meu Sucesso”, o sucesso é de cada um, você sabe que isso é tão verdadeiro que a gente entende que no final do dia nosso principal objetivo é extrair lições dessas trajetórias, lições que podem ser replicadas para qualquer caso, desde o, tem lá um cara como o Carlos Luiz que vendeu a Wizard por 2 bilhões e tem um cara como o vietnamita, o Tai, que tem um negócio hoje que deve faturar 30 milhões, 20 milhões, não sei nem quanto fatura o Tai, mas as lições são tão valiosas quanto, não é não? A minha provocação é sempre essa, quem tem que construir, pensamento, massa crítica, quem está nos assistindo, quanto mais diversidade a gente trouxer, melhor. Agora, eu tenho que apontar caminho, pelo menos trazer referência para esse cara ter uma visão clara para ele, para começar a construir isso, vou pensar, vou refletir, vou ver qual é…
Luciano E isso fica claro quando você chega aqui, dá uma pausa e fala o seguinte, uma coisa ficou clara para mim, todo mundo quebrou a cara quando foi arrogante. Quando você fala isso, não me interessa se o cara é um bilionário ou é um zé mané, é um puta jogador de futebol, é um grande músico, não importa, a arrogância é um atributo que eu preciso olhar para ele com cuidado, dá lá muito bem, vou botar isso no meu dia a dia, tá? Então a arrogância é algo que eu tenho que prestar atenção.
Sandro E, Luciano, isso é uma armadilha danada, é um vício, é uma cachaça danada. Hoje você impacta com a sua palavra 500 mil, 600 mil pessoas, um milhão de pessoas, você talvez há alguns anos, como você disse, você impactava 1000, quer dizer, de repente você sai na rua, as pessoas começam a te conhecer, você fala uma coisa, gera mil comentários, você tem que ficar muito atento e centrado na sua causa, porque isso é uma cachaça, para você perder o foco, a figura que eu uso, não figura de linguagem, mas o desenho que eu uso para transmitir isso, eu sempre na HSM eu viajava muito, tinha muitos clientes fora de São Paulo, é aquela figura do cara que sai do avião no aeroporto, pega o celular e sai dando ordem, falando, aquele cara é o super homem para ele, Luciano, ele se acha o máximo, calma, os problemas estão aí, os desafios são os mesmos, a gente não pode se iludir, então pode parecer chover no molhado, mas essa questão da humildade é algo que a gente tem que exercitar todos os dias da nossa vida, porque como eu disse, a armadilha da arrogância, isso é uma cachaça, o poder, quer dizer, você fala com muita gente…
Luciano A gente estava na hora do almoço, nós comentamos, nessa cadeirinha que você está sentado aí sentou o Osires Silva e nós batemos um papo tremendo e eu vou contar uma coisa aqui que o pessoal que ouviu o programa não sabe dessa história toda mas, eu terminei o programa, foi fantástico, foram 2 horas e 40 de entrevista, só terminou porque eu cortei, porque se não ia para 3, 4 horas, ele é uma figura, é impressionante aquela figura. Bom, estou lá trabalhando, no dia seguinte entra um e-mail dele para mim dizendo mais ou menos assim: “bom Luciano, quando eu cheguei para a entrevista, eu quero te agradecer, eu cheguei eu estava meio down com alguns problemas que eu estava aí, não estava legal, eu estava meio caído, mas conforme a gente foi conversando, aquilo foi me…. eu pude refletir sobre algumas coisas, eu saí daí da entrevista eu estava super animado, eu estou te escrevendo para e agradecer pelos momentos que eu pude trocar com você”. Aí você para e fala, meu, ele não precisava ter escrito isso, ele não tinha nem que responder o meu e-mail para dizer ah, muito obrigado por me tratar bem, não tinha que fazer nada disso e no entanto o cara vai e faz, o que ele vai receber em troca de mim? O que eu tenho para dar para ele? Nada, o programa já foi gravado, já foi para o ar, para que ele vai mandar? E ele manda aquilo por quê? Porque aquilo é o Osires Silva, entendeu?
Sandro Isso, a essência dele.
Luciano E é o cara que senta aqui na frente da gente, ele vem aqui, vem até aqui, senta nessa cadeira…
Sandro 85 anos.
Luciano … ele não me exigiu nada, não veio especular. Outro dia eu derrubei uma pauta aqui, uma mulher aí, advogada que fala de direito autorais, eu vi um tema legal, entrei em contato, estou falando com a assessoria de imprensa e cada dia entra uma pergunta diferente, aí quando entrou a quinta pergunta, a dona fulana está questionando se esse assunto dá uma hora de conversa, aí eu respondi, falei desculpa, olha eu vou delicadamente eu vou mandar a senhora tomar no cu, entendeu? E vou continuar a minha vida que porra cara, que merda, que mané, aí o outro vem aqui, senta aqui, a diferença de um para o outro é água e vinho.
Sandro E aí você veja, vamos falar da consequência disso tudo, a consequência que você está falando agora para milhares, dezenas de milhares de pessoas sobre Osires Silva, que quem conhece fortalece mas quem não conhece vai ver quem ele é, para perceber o legado que esse cara deixa, você sabe que a gente fez o estudo de caso do Osires e a nossa tradução do Osires é o legado, vou te contar um história do Osires que é animal, não sei se ele abordou isso aqui no Líder Cast, que eu ainda não ouvi. Ele com 82, 83 anos, ano passado, a neta dele falou, inclusive ela se emociona quando ela fala isso, ela fala, sabe o que me impressiona no meu avô? 84 anos ele está preocupado, ele está envolvido com um projeto que vai discutir, refletir sobre educação no Brasil daqui a 20 anos, ele tem 84, então assim, você percebe o legado, ele está pensando lá na frente, dane-se que ele não vai estar aqui, ela até fala, eu acho que o que o meu avô está pensando não é nem para mim, nem para os meus filhos, isso não é espetacular? Então esse cara está deixando um legado incrível. Em contrapartida, a outra pessoa, que não precisamos né, o que ela está deixando? O que ela vai deixar? Qual vai ser a percepção de valor dela? Se vira com os seus negócios, amigo, não tem problema, como eu disse, eu sou a favor do livre arbítrio, você quer ser isso que seja, não atrapalhando a vida de ninguém, não cometendo nenhum ato ilícito, não matando, faça, agora eu vou me aproximar, estar perto, eu vou buscar referências positivas para a minha vida, referências que eu creio que criam valor para mim e para todo mundo que me cerca, vou te falar, ao longo de todos esses anos eu só tenho a agradecer essa escolha que eu fiz quando eu era moleque, você entendeu? Porque você só cresce, é isso. Então eu acho que isso é essência e, de novo, o exercício da humildade, o Osires Silva seguramente, de todos os caras que eu conheci esse para mim é um ícone, ele assim, você conversa com ele como você ficou, quer dizer, tem coisas dele que são, ele faz parte da história do Brasil e ele está aqui na rua, está ali, essa é a beleza dele, essa legitimidade é o que cria valor para ele.
Luciano Eu conheci outro assim que foi Orlando Villas Boas, eu convivi com Orlando Villas Boas, fiz um livro junto com ele, era a mesma coisa, aí você olha, esse cara impactou profundamente na história do Brasil, deixou um legado fantástico e não tem porque essa humildade e talvez por causa dessa humildade que esse cara constrói essa coisa quando quem está perto ama o cara.
Sandro Exatamente.
Luciano Quem está perto dele fala, quero estar perto desse cara, por onde ele passa ele deixa todo mundo gostando dele…
Sandro aumenta a influência dele.
Luciano … isso é cada vez mais raro, isso é cada vez mais raro porque hoje em dia, quando aparece alguém com esse talento, já começa a ser bombardeado, já começa então é aquela história o pessoal pergunta, quem são suas referências? Eu tenho até medo, outro dia eu dei uma entrevista o cara falou quem é? Bicho eu tenho até medo de falar porque se eu disser para você que a minha referência na música brasileira é o Chico Buarque eu vou tomar porrada, até o Caetano, vou apanhar também, é o Lobão, eu vou apanhar dobrado ainda, então vamos falar, então fala futebol, é o Rivelino, pronto, Rivelino não tem como falar, então é complicado isso, mas legal. Sandro, porra esse papo aqui dava para ir longe, mas já estamos aqui com nossa uma hora e pouquinho, acho que valeu, valeu a conversa, espero que você tenha gostado, essa proposta de não ter estrutura no Líder Cast é o que mais me atrai, porque eu boto um convidado na minha frente, eu nunca sei para onde vai a conversa, tanto que eu não consigo escrever a….
Sandro Roteirizar?
Luciano … nem roteirizar, é explicar o que é a entrevista sem fazer a entrevista, agora terminou eu falei, bom agora eu consigo entender o que aconteceu aqui, porque até você sentar aqui na frente, dali eu não sei o que vai sair.
Sandro Acho que essa é a beleza desse projeto.
Luciano Isso. Então isso aqui é uma coisa que não é combinada, o que aparece aqui na hora aparece por improviso, nós estamos fazendo um embolado aqui nós dois, falei embolado é um improviso, acho que isso é essa maravilha, quando você tem conteúdo, e eu faço questão também de trazer um pouco para cá essa troca nossa aqui que tem uma terceira coisa que é maior que você, é maior que eu: os dois juntos produzindo alguma coisa que tem um valor.
Sandro Não há dúvida, Luciano, eu quero te agradecer muito, já comento com você, sempre fui um admirador do seu trabalho mesmo antes de nos conhecermos pessoalmente, então estar aqui com você é uma grande honra e sempre que você puder, sempre que você necessitar, eu sou um incentivador do seu trabalho…
Luciano Obrigado.
Sandro … isso está baseado, primeiro numa afinidade que eu tenho com o que você faz, não necessariamente somos concordamos com tudo, o que é ótimo, mas isso acho que é a grande graça do negócio, eu admiro piamente porque eu acredito que o que você faz, faz parte da nossa missão e talvez da minha missão de vida até, que é justamente contribuir com o outro lá e fazer o cara pensar, então sempre que você precisar de mim pessoalmente, você conta comigo porque essa é uma batalha, eu quero, inclusive, aproveitar e convidar quem está nos ouvindo, procure inclusive pesquisar os outros podcasts, os outros Líder Cast que a gente mencionou aqui como referência, porque como eu disse, um processo de formação de massa crítica, formação de mentalidade passa por essas referências e você é uma referência, nós falamos aqui vários, falamos aqui diversos conteúdos incríveis que eu tenho certeza que ajudam a construir esse pensamento, então sempre que você precisar, do fundo do coração, estou aí.
Luciano Quem quiser tomar contato com o Sandro, com o “Meu Sucesso”, diga aí para onde vai.
Sandro É muito fácil, quer dizer, eu tenho, é só me procurar no Facebook, Sandro Magaldi, tenho uma atuação bem ativa no Facebook, o “Meu Sucesso” é o meusucesso.com, também lá a gente tem uma proximidade muito grande com o assinante, então vocês me acham muito facilmente.
Luciano E aqui vai a minha recomendação, você, a última coisa que você vai perder com o “MeuSucesso.com” é o teu tempo, ninguém perde tempo lá, o máximo que pode acontecer ali é você ver uma história com a qual você talvez não se identifique mas todas elas trazem lições preciosas que se você olhar com os olhos de quem quer aprender, aquilo é uma fonte inesgotável de inspiração e de histórias…
Sandro Não dá para sair ileso.
Luciano Exatamente, é isso aí.
Sandro O Osires Silva me ensinou uma lição forte na vida dele que é a do poder de transformação da educação e eu estou comprometido com essa visão e tenho certeza disso, se existe uma coisa que transforma, que pode transformar o nosso país, não é a pátria educadora não, é a educação na veia, educação de verdade.
Luciano Dentro da escola, fora da escola, no seu dia a dia…
Sandro Onde quer que seja.
Luciano … até o dia que você chegar no último dia você tem que estar aprendendo com isso aí. Meu amigo, um abraço, obrigado.
Sandro Obrigado velho.
Transcrição: Mari Camargo