Jacob do Bandolim

 

Maior referência brasileira no instrumento que virou parte de seu nome, Jacob alçou o bandolim a um lugar de honra na música brasileira. Esse trabalho vinha sendo desenvolvido antes por outros instrumentistas, como Luperce Miranda, mas foi Jacob quem colocou definitivamente o bandolim como instrumento solista por excelência. 

São de sua autoria clássicos do choro como Noites Cariocas e Doce de Coco. Alcançou popularidade ao montar o conjunto Época de Ouro, que permanece em atividade.

Apesar de se apresentar tocando em conjuntos instrumentais desde cedo, nunca se profissionalizou totalmente, tendo sempre outros empregos não relacionados à música. Foi vendedor, prático de farmácia, corretor de seguros, comerciante e escrivão de polícia, cargo que ocupou até morrer. Por não depender financeiramente da música, Jacob pôde tocar e compor com mais liberdade, sem sofrer pressões de gravadoras ou editoras.

Uma das últimas apresentações de Jacob, um show com Elizeth Cardoso e o Zimbo Trio em 1968, foi gravado e lançado em LP duplo, mas não foi relançado em CD no Brasil. Outras antologias foram produzidas, da mesma forma, exclusivamente para o mercado externo, onde a arte de Jacob é muito apreciada.
Tinha dois filhos, sendo que um deles, era o jornalista polêmico (O Globo, Última Hora) e compositor Sérgio Bittencourt, já falecido.

Passou a tarde, no bairro de Ramos, com o seu amigo compositor e maestro Pixinguinha. Chegando na varanda da sua casa cansado e esbaforido, caiu nos braços de sua esposa Adília, já sem vida.

http://www.jacobdobandolim.com.br/


Jacob do Bandolim