Guarânia

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Harpa – instrumento comum nas guarânias

uarânia é um gênero musical de origem paraguaia, em andamento lento, geralmente em tom menor. Foi criada em Assunção pelo músico José Asunción Flores, em 1925.

Flores fez uso de ritmos e melodias lentos e melancólicos para as canções. Em algumas delas, se deduz a natureza heróica do povo paraguaio.

A primeira foi guarânia uma versão lenta da polca paraguaia Ma’erápa Reikuaase.

Desde a sua criação, a Guarânia tornou-se o mais importante fenômeno musical do Paraguai no século XX através de temas como Índia, Ne rendápe aju, Panambi Vera, Paraguaýpe, Jejuí, Kerasy, Arribeño Resay, o que gerou imediata aceitação e afeto.

O gênero seduz especialmente as populações urbanas. Isto é devido, provavelmente, ao interesse destas pessoas por estilos mais rápidos como a Polca paraguaia o purahéi.

Há canções criadas em modo sinfônico, baseadas em poemas orquestrais, têm acompanhamento sinfônico.

Acredita-se que a Guarânia tenha sido introduzida no Brasil pelos próprios paraguaios, especialmente na divisa com o Mato Grosso do Sul, quando vieram para o Brasil a trabalho, durante o Ciclo da Erva Mate. Há naquele Estado traços predominantes na música folclórica, que se enquadram perfeitamente à harmonia da Guarânia.

A Guarânia foi introduzida na música popular brasileira através do trabalho de pesquisa realizado por Raul Torres, Ariovaldo Pires, Mário Zan e Nhô Pai, em sucessivas viagens ao Paraguai.

Torres foi responsável por uma das guarânias de maior sucesso no Brasil, “Colcha de Retalhos”, gravada por Cascatinha e Inhana. A mesma dupla fez um mega-sucesso com outra guarânia, “Índia”, de José Asunción Flores e Manuel Ortiz Guerrero, em versão de José Fortuna.

A partir da década de 1940 tornou-se um dos gêneros mais utilizados pelos compositores da música sertaneja como mais uma forma de fazer sucesso. Ganhou mais popularidade a partir da gravação, em 1951, do disco 78 rpm “Índia” (de José Asunsión Flores e Manoel Ortiz Guerrero), que trazia como segunda música a canção também paraguaia “Meu Primeiro Amor” (“Lejanía”), ambas com versão de José Fortuna.

Milionário e José Rico também fincaram o ritmo no Brasil, onde a maioria de suas canções são no ritmo de guarânias e huapango, ritmo também latino com influências indígenas.

Na biblioteca do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, da Universidade Estadual Paulista – UNESP, de São José do Rio Preto-SP, há uma dissertação de mestrado, “Cascatinha e Inhana: uma história contada às falas e mídia”, de autoria de Alaor Ignácio dos Santos Júnior, cujo tema é abordado com propriedade.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Guarânia

http://blognejo.terra.com.br/textos-especiais/guarania-cult-e-imortal

http://maragato.net/guaranias-a-cultura-paraguaia-musica-brasileira/