Logotipo da Estada de Ferro Sorocabana
A Estrada de Ferro Sorocabana foi uma companhia ferroviária brasileira.
A Companhia Estrada de Ferro Sorocabana foi criada em 2 de fevereiro de 1870 por empresários sorocabanos liderados pelo comerciante de algodão Luís Mateus Maylasky, cidadão austro-húngaro, com um capital inicial de 1 200 contos de réis, posteriormente elevado para 4 mil contos. Maylasky obteve da então província de São Paulo uma garantia de juros de 7% ao ano sobre o capital que fosse investido na ferrovia.
O primeiro trecho da ferrovia foi inaugurado em 10 de julho de 1875 e era formado por uma única linha, em bitola métrica, entre São Paulo e a fábrica de ferro de Ipanema, passando por Sorocaba.
Inicialmente concebida para transportar as safras de algodão, as receitas geradas pelo transporte desse produto logo se revelaram insuficientes, levando a ferrovia a enfrentar sérias dificuldades financeiras. Em assembleia geral realizada no dia 15 de maio de 1880 Luís Mateus Maylasky foi demitido e substituído por Francisco de Paula Mayrink, que acusou seu predecessor de gestão ilegal, malversação de fundos e inclusive de desfalque.
Mayrink, convencido que o sucesso da ferrovia estava condicionado ao transporte do café, expande seus trilhos na direção de Botucatu, para atingir regiões cafeeiras indo até Assis, onde se localizavam as oficinas da ferrovia, tornando-se uma das principais cidades do interior paulista.
A Sorocabana serviu a inúmeras cidades do oeste paulista. Sua linha tronco expandiu-se e chegou a Presidente Prudente em 1919 e a Presidente Epitácio, às margens do rio Paraná – seu ponto final – em 1922. Antes disso a EFS construiu vários ramais. Em 1909 o ramal de Itararé ligava Iperó a Itararé, conectando a rede ferroviária paulista às estradas de ferro do Paraná, pelo antigo caminho dos tropeiros, que viajavam até o sul do Brasil.
A partir dos anos 20, em seu trecho inicial – primeiro até Mairinque, depois somente até Amador Bueno – passaram a circular, principalmente, trens de subúrbio.
O Ramal Dourados, no oeste paulista, ligava Presidente Prudente a Teodoro Sampaio.
Trens de passageiros de longo percurso trafegaram pela linha-tronco até 16 de janeiro de 1999, quando foram suprimidos pela concessionária Ferroban, sucessora da Fepasa.
A linha está ativa até hoje, para trens de carga.