Em quem votar?

Moro em São Paulo e nas eleições terei que escolher entre nove candidatos a Presidente, nove a Governador, 15 a Senador, 1.162 a Deputado Federal e 1.771 a Deputado Estadual. Que desafio… Pois hoje quero contar como fiz minhas escolhas usando o conceito da “motivação”.

Sabe o goleiro famoso que está sendo acusado de mandar matar a amante? E o advogado suspeito de matar a ex-namorada advogada afogada na represa? Qual é a coisa mais importante que os detetives encarregados de solucionar esses crimes buscam? A motivação. Encontrada a motivação para o crime, as evidências encadeiam-se para apontar o culpado. No caso do goleiro Bruno, a motivação apareceu quando foram comprovadas ameaças da vítima de contar o que sabia… No caso da advogada a motivação não convenceu a justiça e o suspeito continua livre.

Motivação é o processo físico e psicológico que nos impulsiona em direção a um objetivo definido. Se a motivação vem de dentro da gente, é um impulso. Vindo de fora, é um incentivo.

Por exemplo, sua vontade por sexo é o impulso que levará você a sair esta noite para a balada, à caça de alguém que ajude a satisfazer essa necessidade. E a visão da Mulher-Melancia dançando será o incentivo para que você a aborde… Quem sabe dá samba, né? Pois é. Para chegar ao objetivo que buscamos, tanto o impulso como o incentivo se somam, provocando a ação.

Bem, mas esse é um assunto para psicólogos. Quero é contar como usei esse conceito do “impulso + incentivo = motivação” para decidir em quem votarei.

Comecei eliminando os partidos que defendem bandeiras contrárias a meus valores e convicções. Depois eliminei os candidatos que considerei apenas ferramentas para conquistar votos, como artistas, jogadores de futebol, palhaços, etc. Em seguida, botei fora os candidatos oportunistas ou sem histórico de vida que indique que possam fazer da política uma atividade séria. E por fim, dei adeus aos candidatos que não tinham um site com suas propostas escritas. Bem escritas.

Só com essas medidas os candidatos a presidente, governador e os dois senadores surgiram naturalmente. Restaram cerca de cinco federais e seis estaduais.

Parti então para uma reflexão sobre o que os motivou a seguir a carreira de político. Quais seriam seus impulsos? A vontade de fazer o bem aos semelhantes? De impedir que bandidos pintem e bordem? De ser reconhecido? De “se arranjar”?

E o incentivo? O exemplo de um parente político? O convite de um partido político? Um network poderoso?

Conversei com alguns candidatos e com quem os conhece. Li suas propostas. Dei uma busca no Google sobre eles. Investi tempo no processo e quando me convenci de que encontrara as motivações dos candidatos, a lista ficou pronta.

Mas o mais legal é: estou feliz, pois votarei consciente!

Seguro de ter feito as melhores escolhas, eu gostaria sinceramente de saber qual foi a sua receita para escolher seus candidatos. Comente em www.portalcafebrasil.com.br .

Putz, só agora percebi que juntei crime, sexo e política no mesmo texto!

Foi sem querer…

Luciano Pires