Edigar Mão Branca é o nome de guerra de Edigar Evangelista dos Anjos, brasileiro, cantador, poeta, radialista e forrozeiro.
Edigar nasceu em 14 de janeiro de 1959, no Lodo das jegas região da Mata Fria distrito de Macarani na Bahia.
Filho de família agricultora, veio para a cidade Itapetinga pela primeira vez com apenas seis anos de idade trazido por sua tia, Dona Zita, que lhe conduziu à escola, da qual fugiu várias vezes, pra brincar no campo, tomar banho de rio, farras de ferra, festas de reisado, noitadas de forró, caçadas de tatu, esperas de macuco, mansas de brabos, etc.
Lidas que hoje contribuem para a autenticidade do que canta o violeiro Edigar Mão Branca, nome-apelido que veio do vitiligo das mãos, mas ao contrário de Michael Jacson que aproveitou a doença para embranquecer de vez, Edigar utilizou para assumir uma identidade forte e original no meio artístico.
Aos 14 anos participou de um concurso de calouro promovido pela Mercearia Moderna.
A partir daí sua carreira deslanchou. Edigar se torna Edigar Mão Branca. A sua mão tornou-se sua marca. A mesma mão que toca o violão, que pega na enxada, que segura o boi, ao lado de sua performance nos palcos, formou-se a sua imagem.
Edigar Mão branca participou de movimentos estudantis, recitais, grupos de teatro e fundou em São Paulo grupos de música regional, ainda no final dos anos 70. A sua experiência como trovador lhe permitiu melhorar cada vez mais sua performance no rádio, veículo no qual atuou durante muitos anos e produziu uma série de programas, sempre privilegiando as canções que falavam da alma de seu povo.
O trabalho no rádio não o impediu de conduzir sua carreira musical e logo ambos cresceram e dez anos depois o fizeram, ter que escolher entre os dois veículos, ele optou pelos dois. Todo profissional do ramo sabe que o Rádio também é uma cachaça, afirma nosso cantador. E para não abandonar esse ‘vício bom’, ele produz para várias emissoras de Rádio no período junino o ‘Programa Pisada Forrozeira’, onde mostra com mais detalhes o seu trabalho e de outros cantores, buscando divulgar nossa cultura e preservar a boa música.
Como forrozeiro, Edigar ampliou sua fama pelos quatro cantos da Bahia e parte do Nordeste. Fortaleceu o forró legítimo e o forró gonzagueiro, que tem na vida e na língua do sertanejo nordestino a sua principal fonte de inspiração. Edigar Mão Branca traçou o caminho entre a poesia cantada com voz e violão e aquela feita com triângulo, sanfona e zabumba.
Poeta de mão cheia, caboclo dotado uma apreciável inspiração, Mão Branca consegue fazer de sua música um veículo de exteriorização dos sentimentos que dormem latentes nos recônditos de cada um de nós.
As entrevistas, opiniões e depoimentos de Edigar Mão Branca trazem sempre uma pitada de ironia para com a política cultural de nosso país. Artista independente, não se importa em desfilar suas idéias e o faz com a certeza de um artista que toca sua obra com verdade e sabedoria.
http://www.maobranca.com.br/release.htm
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