Dzi Croquettes

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Eles eram Wagner Ribeiro, Lennie Dale, Cláudio Tovar, Cláudio Gaya, Ciro Barcellos, Bayard Tonneli, Rogério de Poli, Carlinhos Machado, Paollete, Roberto Rodrigues,  Jorge Fernando, Eloy, Bene, Reginaldo.

Esses rapazes surgiram em 1972 num cenário de total repressão política em plena ditadura militar. Jovens, bonitos, gostosos, irreverentes, polêmicos e com uma absoluta necessidade de expressão estreiaram na Boite Ton Ton em Sampa e seguiram pro mundo.

A meu ver, eles deram inicio a uma nova linguagem teatral-musical causando furor, surpresa e encantamento. Foram inspiração pra muita gente. Vide “As frenéticas”, Ney Matogrosso.

Criaram uma comunidade com afinidades artísticas e de vida. No palco usavam um visual exagerado abusando do feminino com o vigor e a virilidade masculina, criando moda no auge dos anos 70. Desbunde total!
 
Os Dzi Croquettes  despertavam paixões. Chamavam a atenção pelo novo, pelo diferente, unindo a dança com o teatro com absoluta descontração, irreverência e muita alegria. O humor   improvisado oriundo da simplicidade (“Oriundo é ótimo, né gente?”).

Wagner Ribeiro, a Mammy, era uma espécie  de “cabeça” do grupo (criador dos textos) e Lennie Dale dançarino norte americano, teve  influência muito importante dentro da cultura brasileira, era o Pappy, “o corpo” do grupo (pela expressão corporal e as coreografias).

Eram rapazes ensolarados dispostos a curtir a vida com arte aproveitando o momento da melhor forma possível. A androginia intrigava e exercia uma enorme atração. O Sexo borbulhava. Suas apresentações pelo  Brasil e Europa nos anos 70 eram a mais pura manifestação de criatividade e sensualidade.

Quanto aos cenários e figurinos eram feitos por eles com sobras de fantasias de escola de samba, restos de alegorias, achados e artigos que encontravam no lixo. Transformavam as coisas com bordados e pinturas que viravam o LUXO do lixo, assim diziam.

Um show de purpurina, brilhos, escrachos  além da maquiagem inspirada nos clowns, roupas de couro criadas por eles, muitas cores contrastando seus corpos masculinos com o glamour feminino.
Sinônimo de impacto visual.  “A força do macho e a graça da fêmea”.                

Faziam tb um truque com a voz que ficava finissima para imitar o timbre feminino, além das expressões de vocabulário típicas criadas por eles.  Era um jeito DZI de ser. “Assim… né?”

http://www.bia-sion.com/blog/?p=34

http://va.mu/WtYy – Dzi Croquettes, gays e revolucionários

http://va.mu/WtZM – Os Dzi Croquettes remanescentes lembram o grupo performático que chega aos cinemas e ganha livro

http://va.mu/WtZb – Dzi Croquettes na Enciclopédia Itau Cultural

http://pt.wikipedia.org/wiki/Dzi_Croquettes – o filme

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