Não acredito que estão fazendo polêmica com o fato de atletas brasileiros militares estarem prestando continência na hora do Hino Nacional nos jogos Panamericanos.
Por várias razões. Se são militares, esta é a forma de saudação à bandeira e ao hino. E militares também são a sociedade brasileira, se é alguém não sabia, aliás, de relevantes serviços prestados ao país. E se estão prestando continência com o hino sendo tocado numa cerimônia de premiação é porque são vitoriosos e medalhistas.
Estão trazendo orgulho ao Brasil e aos brasileiros. Todos.
Não entender isso é ignorância conveniente ou estúpida. Mas continua sendo ignorância.
O episódio do golpe e da ditadura, que ainda merece ser discutido em outros campos, não pode ser muleta neste caso para esses críticos inflamarem falas polêmicas baseadas em bobagens e desinformações de suposto separatismo entre civis e militares. Já chega o pretenso separatismo social criado por espertos e maniqueístas para ganhar eleições.
Aliás, que joguem a muleta fora e comecem a andar de novo tentando, espero consigam, se apoiar em novos, arejados e inteligentes argumentos porque o país tem muitos outros problemas que requerem iminente solução.
Vivemos numa democracia, os militares são servidores do país e o fazem com orgulho e não querem voltar ao poder porque são comprometidos com o Estado Democrático de Direito. Os lunáticos que defendem isso falam apenas de e com seus egos.
Os militares, atletas ou não, são parte inalienável da sociedade deste país que não pode abrir mão de sua importância, cooperação, conhecimento e poder de defesa.
Deveriam seus compatriotas valorizá-los, compreender melhor a história e olhar para o futuro.
É de expectativa de futuro e de trabalho que estamos precisando.