Então… mais um Cafezinho.
Aliás, bom dia, boa tarde, boa noite. Tá no ar mais um Cafezinho.
Hoje não tem texto pra ler nas redes sociais. Hoje é papo reto com você, sobre um tema que tem aparecido cada vez mais por aqui — e por aí também.
Se você tá me vendo no YouTube, já sabe: desce aqui, deixa o joinha, segue o canal. Impressionante como tem gente que assiste, curte o vídeo, mas… não curte o vídeo. Assiste quando aparece, mas não segue o canal. Cara, custa nada. Segue aí, compartilha. A meta é chegar nos 100 mil. Tá crescendo devagar, mas com a tua ajuda, a gente acelera. Aqui o papo é honesto. E os temas… esses precisam mesmo ser falados.
Vamos ao assunto.
Muita gente tem me procurado — e alguns, inclusive, pagam o almoço [risos] — pra conversar sobre um ponto de virada da minha vida: a minha transição de carreira.
Eu fiz isso aos 52 anos.
Em 2008, eu completava 26 anos como executivo numa multinacional. Era diretor de comunicação corporativa, diretor de marketing, sempre na área de comunicação. Uma baita carreira. Comecei lá com 26 anos, como desenhista de catálogo. E cheguei a diretor. Legal, né?
Mas a empresa passou por mudanças brutais. Sofreu um Chapter 11, foi vendida aos pedaços… e eu percebi que não havia mais espaço pra mim naquela estrutura. Em abril de 2008, com 52 anos, fiz um acordo e saí.
A pergunta foi: “E agora? Pra onde eu vou?”
Pego meu currículo parrudo e tento outra multinacional? Volto pro setor de autopeças? Espaço tinha, inclusive recebi propostas. Mas começou a coçar uma pulga atrás da orelha: “Vai ser só mais do mesmo?”
Pra tentar um cargo do mesmo nível, teria que começar tudo de novo. Provar tudo de novo. Voltar pra engrenagem. E, se desse certo… no final seria só mais do mesmo. De novo.
E aí tinha uma outra opção: mergulhar no escuro. “Into the void”, como diriam.
O escuro era assumir o Café Brasil Editorial, minha empresa, que eu havia fundado lá em 2001. Uma editora de conteúdo. Nem sabia que era isso naquela época. Mas já fazia: escrevia livros, criava conteúdo, fazia palestras — tudo fora do expediente, porque, como executivo, não dava pra divulgar muito.
Eu brincava: de dia, Clark Kent; à noite, Super-Homem.
E aí eu olhei pro cenário e pensei: “Cara, já tem demanda. Já faço palestras. Se eu tocar meu negócio e virar consultor, palestrante, acho que tem espaço. Pode ser até maior que o da multinacional.”
Foi aí que decidi abandonar o mundo CLT depois de 26 anos. Pra virar empreendedor.
Ser dono do próprio nariz.
Mas aí vem o choque de realidade: “Ah, vou ser meu chefe, trabalhar no meu tempo, ter liberdade!” Balela. Isso é papo de quem nunca empreendeu.
A realidade é: acabou CLT. Se der ruim, não tem pra onde correr. Não tem salário no dia 30. Não tem 13º, férias, carro da empresa, celular, nada.
Mas eu pesei tudo. E pensei: “Financeiramente, pode até ser melhor. Mas o risco é gigante.”
Foi uma decisão que levou tempo. Não foi de um dia pro outro. Desde 2001, depois da minha viagem ao Everest, já estava com isso na cabeça: mais uns quatro anos e eu sairia. Em 2004, pensei: “Quando o presidente sair, eu saio também.” Ele saiu. Eu fiquei. Só em 2008 chegou o ponto final.
Assinei a saída numa segunda-feira. Na terça, sentei na mesa do Café Brasil Editorial e comecei a batalha. Era 2008, as redes sociais estavam engatinhando, tudo no início.
Aí veio o baque: em setembro, estoura a crise do subprime nos EUA. O mercado de palestras desaparece. Comecei a pagar pra trabalhar. Foram dois anos tirando dinheiro do bolso pra sustentar um sonho.
Mas segui. E aqui estou. 17 anos depois. Vivo, ativo, com empresa rodando, podcasts, cursos, livros, palestras.
Olho pra trás e vejo: fiz cagadas. Muitas. Mas também fiz acertos que me trouxeram até aqui. E sobrevivi à economia brasileira. Isso já é um feito.
A grande questão é o momento da transição.
Aquele instante em que você sente: “Cheguei no meu limite.” Não de crescimento. Eu podia crescer na empresa. Mas não queria mais trilhar aquele caminho. Não era a minha trilha. Tinha outro chamado.
Aos 52, pensei: “Quero colocar minha energia em algo com propósito.” Algo que trouxesse satisfação além do dinheiro. Que impactasse as pessoas. Que fizesse sentido pra mim.
E mergulhei no Café Brasil.
Quem me acompanha sabe o que aconteceu desde então.
E hoje, gente daquela época me procura pra conversar. Diz:
“Luciano, tô com 30 anos de empresa. Pensando em sair.”
Ou jovens: “Tô numa encruzilhada, não sei o que fazer.”
Ou empreendedores: “Tô exausto, pensando em voltar pro corporativo.”
Aí a gente senta, toma um café, troca ideia.
Foi tanta gente que me procurou, que resolvi montar uma mentoria sobre transição de carreira.
Um projeto com encontros online, em grupo, pra discutir os temas centrais dessa virada:
– Onde você está?
– Onde quer chegar?
– O que te atrai nessa mudança?
– Quais são os seus medos?
– Que erros eu cometi?
– Que providências eu deixei de tomar?
E vou convidar gente que também fez essa transição. Pra dividir suas experiências com o grupo.
Essa mentoria vai acontecer no dia 17 de maio, das 10h às 11h30. Em breve coloco o link aqui nos comentários. E também lá no mundocafebrasil.com, que é onde você pode acompanhar tudo o que eu faço hoje.
Se você tá naquele momento de dúvida, se chegou numa encruzilhada, cara… vem comigo.
Esse primeiro papo não tem custo. É só conversa. Mas tem uma promessa minha: não vai ser aula enlatada.
Nada de professor com PowerPoint e fórmula mágica.
Vai ser do jeito que a vida é: imprevisível, caótica, provocadora. Do meu jeito.
Se você gosta do podcast, curte minhas provocações — mesmo que não concorde —, se topa colocar minhoquinhas na cabeça, vem junto.
Talvez essa conversa acenda uma luz que você tá precisando. Talvez te ajude a amadurecer uma decisão. Ou simplesmente pensar com mais clareza.
E, no mínimo, a gente vai se divertir.
Link aqui nos comentários. Vem conversar. Vamos falar de transição de carreira.
Tá na hora de mudar?
Então… vem comigo.