Uma pesquisa realizada em Londres na época da segunda guerra mundial, quando a cidade era alvo das bombas alemãs de longo alcance, é reveladora. Aquelas bombas eram imprecisas e, embora tivessem como destino o centro de Londres, muitas vezes caiam nos bairros mais afastados. Ao ouvir o alarme, quem vivia no centro tinha certeza que a bomba viria. Os que viviam na periferia não tinham certeza…
A pesquisa mostrou que as pessoas que viviam nos bairros onde havia a incerteza se as bombas cairiam, apresentaram maior índice de distúrbios cardíacos que as pessoas que viviam no centro da cidade, onde havia a certeza que as bombas cairiam. Era a incerteza se a bomba cairia ou não que causava estresse e as doenças cardíacas, sacou?
Diversos estudos sobre estresse concluíram que não é o trabalho em si, mas as respostas das pessoas ao trabalho e sua percepção sobre ele que levam ao esgotamento. Mas isso acontece com uma percentagem pequena dos indivíduos, e menos ainda quando as pessoas encontram seu ritmo. Ou têm um plano.
Planos servem para organizar as coisas, dar direção, dar sentido à suas escolhas. E mesmo que seja um plano furado, ter um plano faz toda a diferença. Quando você tem um plano, mesmo que a bomba venha, você sente a segurança de estar no caminho mais protegido possível. O plano dá o conforto de que você deu o melhor de si, tomou alguma atitude, pensou a respeito.
Sem plano, sem saber onde você quer chegar, qualquer caminho serve, lembra disso? Mas tem gente que, em vez de planos, só tem esperança…
Tomara que bomba não caia aqui.
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