Bárbara: Babica, você sabia que tem gente que fica tão grudada no celular que sente medo ou ansiedade só de pensar em ficar sem ele? Isso tem até um nome engraçado: nomofobia.
Babica: Nomofobia? Nunca ouvi falar! O que é isso?
Bárbara: A palavra nomofobia vem do inglês “nomophobia”, que é uma abreviação de “no-mobile-phone phobia”. Significa “fobia de ficar sem telefone móvel”.
Babica: Medo de ficar sem o celular?
Babica: Isso mesmo. É disso que vamos falar hoje!! Mas antes, quem são os ouvintes de hoje?
Babica: Hoje são o Giovani e o Eduardo.
Comentário do ouvinte: Oi Bárbara, oi Babica, tudo bem? O meu nome é Giovane, eu tenho 10 anos moro aqui em Luz Eduardo e eu gosto muito de ouvir o café com leite durante viagens quando eu estou perto da minha família. Eu gosto muito de ouvir, tem vezes que eu até peço para ouvir lá em casa que eu vou lá no YouTube e começa a ouvir, mas enfim, eu gostaria muito de mais ideias, vocês têm ideias muito boas, porque o áudio ele é, eu acho uma ideia melhor do que o vídeo, porque o vídeo não dá tanta criatividade, porque já o áudio, a criança imagina o que está acontecendo, entendeu? Ela imagina e eu vou passar para o meu irmão para ele poder falar o que ele acha, tá? Oi gente, eu sou o Eduardo, oi, oi Babica, oi Bárbara, então, eu moro na cidade de Luz Eduardo. E eu adoro ver o café com leite e babica eu quero te contar uma novidade você sabia que eu também tenho um avatar e se quiser você pode brincar com ele então fica bem atento aí no mundo dos avatares porque porque você pode ver o meu avatar também ok tchau tchau babica vida longa café com leite tchau bárbara também desejo vida longa café com leite até mais.
Babica: O Eduardo tem um avatar!!! Ah, que legal! Será que vou encontrar com ele?
Bárbara: Ahahahahah eu acho que logo você vai se encontrar com muitos ouvintes, todo mundo vai ter seu avatar.
Babica: E vamos brincar juntos! Ebaaaaaaaaaaa. Olha, se você gostou do nosso Café Com Leite, mande uma mensagem de voz para o nosso WhatsApp: 11915670602. Se sua mensagem for escolhida, ela será publicada em um próximo episódio, e você também ganhará uma camiseta muito especial!
Bárbara: Babica, o termo nomofobia foi criado em 2008 por uma equipe de pesquisadores lá da Inglaterra. Eles fizeram um estudo sobre ansiedade causada pela separação de dispositivos móveis.
Babica: Nossa, mas isso é tão sério assim?
Bárbara: Cada dia mais sério, Babica. Os pesquisadores descreveram o medo ou a angústia de não ter acesso ao celular, seja por esquecimento ou falta de sinal ou bateria.
Babica: Ahahahaha eu morro de medo de ficar sem celular!
Bárbara: Claro, né? Você vive dentro dele!
As duas: Ahahahahahah
Bárbara: Desde então, a palavra nomofobia tem sido usada para descrever a doença de quem depende exageradamente de celulares e as emoções negativas associadas a essa separação.
Babica: Doença? Mas isso é doença, Bárbara?
Bárbara: É uma doença da mente, Babica. Tem gente tão apegada aos aparelhos que até leva para o banheiro!
Babica: Ué? Mas eu acho que todo mundo leva o celular no banheiro.
Bárbara: Hoje em dia, né Babica? Mas lá em 2008 isso era novidade.
Babica: Mas por que será que as pessoas, principalmente as crianças, ficam tão fascinadas pelas telas?
Bárbara: Acho que é porque o celular é como uma “máquina de diversão” portátil. Ele tem jogos, vídeos, mensagens, tudo num só lugar. É como se fosse um videogame, um livro e uma TV juntos.
Babica: É mesmo. Vamos fazer um jogo de adivinhação?
Bárbara: Vamos! Sobre o quê?
Babica: Sobre as coisas que o aparelho celular substituiu. Por exemplo, bússola. Ninguém mais precisa de uma bussola pra saber onde fica o norte ou o sul, o leste ou o oeste.
Bárbara: Boa. Lanterna.
Babica: Máquina fotográfica.
Bárbara: Filmadora.
Babica: Relógio.
Bárbara: Agenda.
Babica: Caderno de anotações.
Bárbara: Despertador.
Babica: Jogo de baralho.
Bárbara: Jogo de baralho?
Babica: Ué? Muitos jogos, como o baralho, dominó, ou até jogos de tabuleiro, agora podem ser jogados diretamente no smartphone.
Bárbara: Tá bem. Gravador de voz.
Babica: Aparelho de TV, videocassete.
Bárbara: Livros e revistas.
Babica: Telefone fixo.
Bárbara: Mapa das estradas…
Babica: Nossa! Mas é muita coisa! Tudo dentro de um aparelhinho que cabe no bolso!
Bárbara: Por isso é tão atraente. Babica, nosso cérebro adora novidades. Sabe quando você fica curioso para saber o que vai acontecer no próximo capítulo de um filme ou livro? O celular faz isso o tempo todo!
Babica: É verdade… É como quando eu assisti “Frozen” e queria saber se a Elsa ia conseguir controlar os poderes dela. Mas isso é perigoso, né?
Bárbara: Pode ser, sim. Quando a gente passa muito tempo no celular, acaba deixando de lado coisas importantes para o corpo e a mente. Por exemplo, brincar ao ar livre é muito importante porque ajuda a gente a gastar energia, a fortalecer o corpo e até a se conectar com a natureza. E com a vitamina D que o sol nos proporciona.
Babica. É mesmo. E conversar com amigos pessoalmente é algo que melhora nosso humor e nos deixa mais felizes. Podemos ver as expressões deles, ouvir as risadas e até dar um abraço, né?
Bárbara: É mesmo. E tem o sono, não é?
Babica: Sono?
Bárbara: Ah, o sono é muito importante! Quando a gente usa o celular à noite, a luz azul que ele emite pode enganar o nosso cérebro. Essa luz faz o cérebro achar que ainda é dia, mesmo que já seja de noite. Aí, o corpo demora mais para produzir melatonina, que é o hormônio que ajuda a gente a sentir sono. Isso pode fazer a gente dormir menos ou até ter um sono de pior qualidade.
Babica: Nossa, então usar o celular antes de dormir pode ser bem ruim?
Bárbara: Pode, sim! E o problema não é só com o sono. Quando a gente passa muito tempo no celular, às vezes deixamos de fazer coisas criativas, como desenhar, inventar histórias, ou até aprender algo novo. A vida real é cheia de aventuras que a gente pode perder se ficar só olhando para a tela.
Babica: Me lembrei agora de um filme da Pixar!
Bárbara: Eu sei qual!
Babica: Qual?
Bárbara: Wall-e!
Babica: É mesmo! Mas como você acertou?
Bárbara: Ah, Babica, quem não lembra do Wall-e andando na cidade, e as pessoas todas muito gordas, nas cadeiras voadoras, sem tirar os olhos das telas? Ninguém se exercitava, ninguém se mexia, todo mundo gordo, hipnotizado pelas telas.
Babica: É mesmo. Só quando as pessoas caíam das cadeiras é que percebiam como era o mundo em volta. Que horror.
Bárbara: Que horror mesmo.
Babica: Mas o que a gente pode fazer para não ficar assim?
Bárbara: Tem várias coisas que ajudam! Por exemplo, dá para criar regras em casa, como deixar o celular longe da cama na hora de dormir. Ou combinar horários para usar as telas e fazer outras atividades nos intervalos. Que tal a gente pensar em coisas divertidas para fazer sem o celular?
Babica: Boa ideia! Tipo o quê?
Bárbara: Que tal montar um quebra-cabeça gigante com a família? Ou ler um livro juntos, como “O Pequeno Príncipe”? Também dá para fazer uma caça ao tesouro no quintal, assistir a um filme clássico, como “Procurando Nemo”, ou até brincar de faz de conta.
Babica: Nossa, adorei! Eu podia ser uma princesa, e você minha conselheira real!
Bárbara: Ahahahahaha, perfeito, Babica! Outra coisa legal é combinar um “detox digital”.
Babica: Um o quê?
Bárbara: Detox digital. Desintoxicação digital. Todo mundo na casa deixa o celular de lado por um tempinho, tipo uma tarde inteira. Nesse tempo, dá para inventar histórias, desenhar ou até cozinhar algo gostoso juntos.
Babica: E os pais? Eles também têm que participar dessas regras?
Bárbara: Com certeza! Não adianta nada os pais pedirem para as crianças largarem o celular se eles mesmos estão grudados nos deles. É como em “Os Incríveis”, sabe? Todo mundo precisa trabalhar em equipe para dar certo.
Babica: Entendi! Então, o segredo é usar o celular de forma equilibrada e aproveitar outras coisas que também são divertidas.
Bárbara: Isso mesmo, Babica! O celular é ótimo, mas não pode substituir o mundo real. Afinal, as melhores aventuras, como nas histórias de heróis, acontecem quando a gente se desconecta e vive o momento!
Bárbara: Muito bem! Eu sou a Bárbara Stock…
Babica: E eu sou a Babica! O avatar da Bárbara que mora no celular dela.
Bárbara: Somos suas companheiras neste Café Com Leite, que é feito com muito carinho pela turma do Podcast Café Brasil. A edição é do Senhor A e o texto e direção são do Luciano Pires.
Babica: Torne-se um assinante do Café Com leite você também! É só acessar o podcastcafecomleite.com.br!
Bárbara: Isso mesmo! Além de ter um conteúdo a mais, você nos ajuda a continuar a fazer este podcast com muito carinho! E hoje como vamos encerrar o episódio?
Babica: Vou trazer uma frase do humorista Bill Hicks:
“A tecnologia não vai salvar você. Na verdade, ela vai afastar você das pessoas ao seu redor. Estamos todos em nossos próprios mundinhos de tela.”
Bárbara: Vamos ao conteúdo extra?
Babica: Vamooosssss.
Bárbara: Babica, você já parou para pensar por que a gente deve tomar cuidado com o tanto de tempo que passamos no celular e no tablet?
Babica: Humm, pensei muito sobre isso. A gente usa tanto! Mas tem algo de errado com isso?
Bárbara: Pois é, e é importante saber. Quando a gente usa muito a tela, isso pode afetar o nosso cérebro. Sabia que crianças de 8 anos ou menos estão passando em média 2 horas e 15 minutos por dia só em telas? E isso pode fazer mal para o cérebro delas!
Babica: Uau, 2 horas e 15 minutos todo dia?! Isso é muito tempo! Mas o que acontece com o nosso cérebro?
Bárbara: Então, estudos mostram que crianças que ficam muito tempo nas telas podem ter dificuldades para aprender a falar e se comunicar. Quando uma criança usa muito o celular, ela deixa de brincar com brinquedos ou de conversar com outras pessoas. E isso dificulta muito no aprendizado.
Babica: Ah, então se eu fico olhando para a tela, posso deixar de aprender a conversar direitinho?
Bárbara: Exatamente, Babica! E mais, crianças que passam mais de duas horas por dia nas telas podem ter dificuldades para resolver problemas. Por exemplo, para aprender a empilhar blocos, a criança precisa pegar os blocos, sentir como eles são, tentar várias vezes até conseguir. Isso é aprendizado de verdade!
Babica: Nossa, então a tela não ensina as coisas de verdade, né?
Bárbara: Isso mesmo! A tela pode até ser divertida, mas ela não ajuda a criança a aprender com as mãos, com o corpo, e a entender as coisas ao redor dela. E outra coisa: a linguagem das crianças também fica mais devagar se elas passarem muito tempo vendo vídeos no celular. Elas aprendem muito mais rápido quando estão conversando com as pessoas, jogando com os amigos ou com os pais.
Babica: Eu adoro conversar! Então é melhor brincar e conversar do que ficar no celular o tempo todo!
Bárbara: Com certeza! E também tem outra coisa importante: como dissemos no programa, a luz da tela pode atrapalhar o sono. Se a gente ficar olhando para o celular antes de dormir, o nosso corpo pode demorar mais para descansar, porque a luz da tela impede a produção de uma substância chamada melatonina, que ajuda a gente a dormir.
Babica: Você já falou da Melatonina antes…
Bárbara: Sim, a melatonina é uma substância que o nosso corpo faz para nos ajudar a dormir. Ela é chamada de “hormônio do sono”. Quando começa a ficar escuro, o corpo começa a produzir melatonina, e isso faz a gente sentir sono.
Babica: Ah, então ela ajuda a gente a dormir? Isso é como uma mágica do corpo!
Bárbara: Sim! E ela começa a agir principalmente à noite, quando está mais escuro. Mas, se ficarmos olhando para luzes fortes, como a tela do celular, a produção de melatonina diminui, e fica mais difícil pegar no sono.
Babica: Uau, então se eu ficar na frente da tela do celular à noite, não vou conseguir dormir tão rápido?
Bárbara: Exatamente! Por isso é bom evitar telas antes de dormir. Assim, a melatonina vai ajudar o seu corpo a se preparar para descansar direitinho.
Babica: Ah, então vou tentar não usar o celular antes de dormir! Quero dormir bem!
Bárbara: O descanso é muito importante para o nosso corpo e o cérebro crescerem bem. E tem mais: quando as crianças passam muito tempo nas telas, elas acabam comendo mais fast food e menos frutas e verduras, e também se exercitam menos.
Babica: O que fast food tem a ver com celular?
Bárbara: Então, quando passamos muito tempo na frente das telas, como no celular ou no tablet, muitas vezes esquecemos de prestar atenção no que estamos comendo. Fica mais fácil escolher fast food, porque é rápido e não exige muita atenção. Além disso, as telas nos distraem, e a gente acaba comendo sem perceber o que estamos realmente ingerindo.
Babica: Puxa, tem muita coisa que eu não sabia! Então é bom diminuir o tempo na tela, né?
Bárbara: Isso mesmo, Babica! A chave é achar um equilíbrio. É legal usar o celular e o tablet de vez em quando, mas também precisamos brincar, conversar, comer bem, e dormir bem para o nosso corpo e cérebro crescerem saudáveis!
Babica: Vou tentar passar menos tempo no celular e brincar mais com meus brinquedos! Obrigada pelas dicas, Bárbara!
Bárbara: De nada, Babica!
As duas: Tchaaaaaaauuuuuu!!!