A eleição de 2018 marcará a estreia do Partido Novo em uma corrida eleitoral para cargos federais. E eles criaram um processo bastante curioso para seleção de candidatos a candidatos. Primeiro o interessado deve pagar uma taxa de inscrição de 600 reais, não é pra qualquer um. Depois deve mandar um vídeo de apresentação e fazer uma prova online sobre os conceitos e valores que regem o Novo. Em seguida, passa por uma sabatina feita por cinco membros do Novo e precisa da aprovação de ao menos três deles. Depois, o candidato deve participar ativamente do dia a dia do partido e se engajar na atração de novos filiados. É como um ensaio para a campanha eleitoral. A última fase, que acontecerá em dezembro, consistirá na preparação dos candidatos para a campanha e para uma eventual pós-vitória.
Na primeira etapa, 460 pessoas se inscreveram em 13 estados e só 284 foram aprovadas. Os caras não chegaram para brincar e os selecionados estão lá no novo.org.br para todo mundo ver. É um processo muito diferente daqueles aos quais estamos acostumados, que por si só eliminará muitos desqualificados. Não garante que o candidato seja santo, mas dificulta o acesso dos demônios. Não é legal isso? Pois é. Mas eles estão com um problema.
Como a tradição de participação das mulheres na política é praticamente inexistente, o partido está encontrando muitas dificuldades de montar uma lista de candidatas nas várias regiões onde tem representação. As mulheres estão acanhadas. No Congresso hoje elas representam cerca de 10% dos eleitos. No Judiciário e no Executivo não deve ser diferente. Mas mesmo sendo tão poucas, você já viu o barulho que elas têm feito? Dilma, Janaína, Gleisi, Simone, Vanessa, Carmen Lúcia, Raquel, Ana Amélia… Elas estão agitando, para o bem e para o mal, muito mais que muitos barbados que há anos estão lá. Mas ainda são poucas.
Moça, o Partido Novo tem uma pegada liberal, foi fundado por não políticos e está com uma proposta muito interessante e séria. Mas se o Novo, se o liberalismo, não for sua praia, não faz mal. Entre noutro! Faça crescer a participação feminina na política.
O Brasil não chegará muito longe só com aqueles Orcs que hoje habitam Brasília.