Imagine que eu te ofereça agora R$ 100. Ou… te ofereça R$ 120 daqui a um mês. Qual você escolhe, hein?
Se você é como a maioria dos brasileiros, respondeu “100 agora”, parabéns: você é humano. Melhor um pássaro na mão que dois voando, não é?
Mas talvez você precise ouvir este episódio até o fim. Porque o que você acabou de fazer tem nome: desconto hiperbólico.
Não, não é frescura de economista. É um nome pomposo para um fenômeno simples: a gente tende a supervalorizar recompensas imediatas e subvalorizar ganhos futuros. É como se o amanhã fosse um lugar nebuloso, duvidoso, quase místico. Já o agora… ah, o agora é palpável. É sedutor. É a pizza que a gente come mesmo sem ter pago o aluguel. É o iPhone novo comprado em 48 vezes, mesmo com a fatura do cartão gritando.
Agora imagine um homem de terno amassado, segurando a porta de um banheiro público com o pé, tentando proteger o filho pequeno que dorme. Estão sem casa. Sem dinheiro. Mas não sem esperança. Essa é a cena de À Procura da Felicidade, com Will Smith, baseada numa história real. O que esse homem nos ensina ali, naquela cena silenciosa e dolorosa, é que o caminho pra liberdade exige sacrifício. Exige paciência. Exige plantar hoje pra colher amanhã. Exige entender que o tempo pode ser inimigo ou aliado. Depende de como você lida com ele.
Hoje eu quero falar com você sobre o tempo. E os juros. Mas, calma, calma. Nada de planilha do Excel, não. A conversa aqui é sobre comportamento. Sobre escolhas. Sobre a burrice que a gente comete todo dia, achando que está sendo esperto. Sobre o preço que pagamos por não conseguirmos dizer NÃO para o agora. Vai ser um cafezinho amargo, cara… mas necessário.
Bom dia, boa tarde, boa noite, este é o Café Brasil e eu sou o Luciano Pires. Posso entrar?
Existe uma pesquisa muito famosa, conduzida por um psicólogo chamado Walter Mischel, da Universidade de Stanford, que ficou conhecida como o Experimento do Marshmallow — e que virou uma referência mundial sobre autocontrole, gratificação adiada e, no fundo, sobre o valor do amanhã.
Nos anos 60, Mischel reuniu crianças de 4 a 6 anos numa sala. Sentadas diante de uma mesa, cada uma recebia um marshmallow. E o pesquisador então dizia:
“Olha, você pode comer esse marshmallow agora. Mas, se esperar 15 minutos sem comê-lo, eu volto e te dou mais um. A escolha é sua.”
Voce entendeu? Se a criança não comesse aquele, ganharia mais um quando o pesquisador voltasse.
E aí… ele saía da sala.
Imagina a cena: uma criança sozinha, olhando pra um marshmallow macio, doce, cheiroso. Por 15 minutos. Um teste de tortura emocional infantil!
Algumas crianças, não aguentavam, comiam na hora. Outras hesitavam, cheiravam, lambiam, mexiam, mas acabavam cedendo. Mas um grupo conseguiu resistir até o fim e ganhou a segunda recompensa. O segundo marshmallow
Anos depois, Mischel e sua equipe voltaram a procurar aquelas mesmas crianças, agora adolescentes e jovens adultos. E aí veio a surpresa: aqueles que resistiram ao teste e esperaram para ganhar mais um marshmallow apresentaram desempenho significativamente melhor em vários aspectos da vida.
Tinham melhores notas na escola.
Maior autocontrole emocional.
Menor propensão ao vício.
Mais sucesso profissional.
Menos problemas de saúde.
Ou seja: a capacidade de adiar a gratificação imediata — de escolher o valor do amanhã em vez da recompensa do agora — estava associada a uma vida mais bem-sucedida.
– Mas Luciano, o que isso tem a ver com juros?
Tudo.
Walter Mischel mostrou com as crianças que o modo como lidamos com o tempo molda nossas escolhas financeiras, sociais e morais.
Se você não consegue esperar por dois marshmallows, vai querer resolver seus problemas financeiros na base do empréstimo, do parcelamento, da dívida eterna. Vai preferir consumir antes de produzir. Vai ceder ao populismo econômico de quem promete o céu agora… mesmo que o inferno venha logo depois.
O termo técnico pra esse impulso de preferir uma recompensa menor e imediata a uma maior no futuro é desconto hiperbólico. E o que o experimento do marshmallow mostra é que esse impulso está em nós desde cedo — mas pode ser treinado, disciplinado e educado.
O futuro é como um músculo. Ele precisa ser exercitado.
Você quer um exemplo do mundo real?
A pessoa sabe que fumar faz mal. Mas fuma. Porque o dano é lá na frente, enquanto o prazer é agora.
Sabe que precisa economizar. Mas compra. Porque o alívio é agora.
Sabe que precisa estudar. Mas procrastina. Porque a dor é agora.
Aí entra a pergunta: qual é o seu marshmallow, cara?
E você tá disposto a esperar o segundo?
E é aqui que entra o economista, filósofo, professor e escritor Eduardo Giannetti da Fonseca, que escreveu um livro muito interessante chamado O Valor do Amanhã. Ele começa com uma provocação poderosa: juros são o preço do tempo.
Vou repetir: juros são o preço do tempo.
Ou seja: quanto menos você valoriza o futuro, mais caro ele te cobra. Mais você paga de juros. E é aí que a coisa pega.
Porque o brasileiro médio, coitado, foi educado para viver no improviso. No jeitinho. No “depois a gente vê”. E aí paga juros de cartão de crédito de 400% ao ano e… acha normal. Vai no banco pegar empréstimo pra pagar o outro empréstimo. Troca dívida cara por dívida ainda mais cara. E quando alguém fala em “rentismo”, já solta a corneta: “É um absurdo! Os ricos ganham dinheiro sem fazer nada!”
Não, meu caro. Eles ganham dinheiro porque entenderam o valor do amanhã.
Entenderam que quem planta hoje, colhe amanhã. E que, nesse jogo, quem empresta é rei. Quem precisa, é súdito.
Agora… segura aí meu: vai piorar.
A turma da esquerda — aquela que acha que planilha é instrumento de opressão neoliberal — vive repetindo a ladainha de que os juros altos são culpa dos rentistas malvados. Que o mercado é desumano. Que a dívida pública foi imposta pelo FMI, pelo capital internacional, pelos Illuminati ou sei lá quem mais.
Mas a realidade é bem mais simples — e muito mais dolorida.
Os juros são uma resposta do mercado ao comportamento do governo. Quando o governo gasta mais do que arrecada, imprime moeda, quebra promessas, despreza previsibilidade, sabe o que acontece? A confiança vai embora. E para que alguém continue emprestando dinheiro a esse governo, só pagando juros maiores. Elementar, meu caro. O nome disso é risco.,
Na última reunião do COPOM, o Comitê de Política Monetária, os nove membros — sete deles indicados pelo próprio governo — decidiram subir a taxa Selic. Subir, subir, cara, para inacreditáveis 14,75%.
E daí? Bom, o cartão de crédito virou buraco negro.
Você tem uma dívida de R$ 5.000 no cartão de crédito. A taxa média anual de juros do rotativo já ultrapassa 400% ao ano (sim, 400). Com a Selic a 14,75%, os bancos têm justificativa para manter ou até aumentar essa taxa, pois o custo de captação deles vai subir.
Pergunta: Se você não pagar essa dívida e deixar no rotativo, quanto deve ao final de 12 meses?
Resposta estimada: mais de R$ 25.000. Você emprestou 5 mil e pagou 25 mil. A dívida multiplicou por cinco em um ano.
Você resolve comprar um carro de R$ 50 mil. Dá uma entrada de R$ 10 mil e financia os R$ 40 mil que faltam em 48 parcelas. Aí o banco te oferece uma taxa de 1,8% ao mês — que até parece pouquinho, né? Só que essa parcelinha, que parecia leve, sai por mais de R$ 1.250 por mês. No fim de quatro anos, você pagou mais de R$ 60 mil só na parte financiada. Ou seja: o carro que custava R$ 50 mil virou um de R$ 70 mil. Vinte mil reais só de juros.
Com a Selic mais baixa, esse custo cairia significativamente. Você tá comprando o carro… e quase outro só de juros, cara.
Agora vamos olhar o outro lado. O lado de quem pensa no amanhã. Você tem R$ 10 mil e decide investir no Tesouro Selic, um dos investimentos mais seguros que existem. A taxa Selic tá em 14,75% ao ano — até parece bom, né? E é. No primeiro ano, você ganha algo em torno de R$ 1.253, já descontando o imposto de renda. Ou seja, seus R$ 10 mil viram R$ 11.253.
E aí vem a mágica dos juros compostos. Você não torra esse dinheiro. Você reinveste. Ano após ano. Mantendo a mesma taxa, em cinco anos seu dinheiro cresce pra mais ou menos R$ 18 mil. Isso mesmo, cara: sem fazer nada espetacular, só deixando o tempo trabalhar por você, o valor quase dobra. E tudo isso sem loteria, sem aposta, sem milagre.
Ou seja: enquanto o imediatista paga juros, o paciente colhe juros.
Essa é a diferença entre viver como devedor ou como investidor.
“Fala Luciano, bom dia, boa tarde, boa noite. Acabei de ouvir aqui o episódio 978 né? E agora José.
E aí eu na tua alfinetada ali, e agora Luciano, e agora Tiago, deixa eu mandar aqui o áudio né?
A gente, minha visão tá, a gente às vezes quer mandar, tem uma série de episódios aqui, nos últimos episódios tem uma série de sacadas que me chacoalharam, e eu falei não, esse episódio eu vou mandar, não, essa música é fantástica, não esse… e acaba passando.
Então, mais uma vez, mais um ouvinte aí, que pede desculpas por adiar, por não fazer, mas é isso. Então, a alfinetada é necessária também. Estamos aqui ouvindo, agradeço muito pelo episódio, muito bacana como como os demais né? É alto nível, altíssimo nível.
E é isso. Muito obrigado valeu e é bom fazer parte desse grupo.”
Grande Tiago, muito obrigado pela mensagem! Eu acho que aquele meu pequeno desabafo no episódio motivou algumas pessoas a mandar seus áudios sim, viu?
A Ciça me mandou os dois primeiros dizendo assim toda animada: olha, “funcionou”! E eu respondi pra ela que só quando chegassem vinte mensagens eu diria que funcionou. Até agora chegaram oito… mas eu sei o valor do futuro e vou esperar que cheguem mais. Muito obrigado pela mensagem, meu caro.
Cara, você já pensou em ter um negócio funcionando 24 horas por dia, hein? Uma adega autônoma que você instala nteo condomínio sem precisar de funcionários, entregando vinhos top na temperatura ideal? E o melhor, tudo controlado pelo celular, com margem de 80% por venda.
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Muito bem… E o governo na questão dos juros compostos, hein?
Imagine que o Brasil tenha uma dívida pública de R$ 7 trilhões. Essa é uma aproximação, mas é realista. Com a Selic a 14,75%, o custo anual dessa dívida passa dos R$ 1 trilhão. Ou seja, nossa dívida de 7 trilhões implica no pagamento de juros anuais de 1 trilhão.
A pergunta é simples: O que poderia ser feito com R$ 1 trilhão?
Dá pra financiar 4 anos de Auxílio Brasil para 50 milhões de pessoas.
Dá pra triplicar o orçamento da Saúde.
Dá pra cobrir o déficit da Previdência.
Dá pra investir maciçamente em infraestrutura.
Mas… esse dinheiro vai para pagar juros da dívida. Ou seja, o país está pagando pelo seu próprio desconto hiperbólico institucionalizado.
Com a Selic a 14,75%, cada minuto em que a gente prefere o ‘agora’ ao ‘depois’, custa muito caro. Para você, para mim, para o país inteiro. É a matemática cobrando o preço da nossa impulsividade. O preço da nossa cegueira coletiva. A gente paga mais em tudo, do cartão ao crédito consignado. O governo paga mais. O empreendedor paga mais. O pobre paga mais. E o futuro vai ficando cada vez mais caro. Se isso não é um alerta para pensar o amanhã… eu não sei mais o que é.
Mas aí você vai perguntar: por que o Copom aumenta a taxa de juros dessa maneira, hein? Ah! É um complô contra o governo.
Não é, cara. A maioria absoluta dos caras que estão lá são indicados pelo governo. Ele sobe:
- Porque a inflação continua acima da meta.
- Porque o ambiente externo tá instável.
- Porque o governo gasta como se não houvesse amanhã.
- Porque a economia até resiste, mas o otimismo tá escorrendo pelo ralo.
- Ou seja: estamos colhendo o que plantamos. Um país inteiro refém do desconto hiperbólico.
É como se estivéssemos eternamente dizendo assim: “Ah, amanhã eu vejo isso… amanhã eu resolvo… amanhã eu mudo.”
Mas o amanhã chega. E chega cobrando juros. Com correção monetária. Com multa por atraso.
E quando a conta chega, ninguém quer pagar. E aí vem o discurso messiânico: “Vamos fazer a auditoria da dívida!” “Vamos baixar os juros na canetada!” “Vamos parar de pagar os rentistas!”
É como tentar emagrecer quebrando a balança.
Veja a Argentina. Sim, a Argentina! Que tem inflação galopante, pobreza, fuga de cérebros, um histórico de calotes internacionais — e mesmo assim, neste exato momento, tem uma taxa real de juros de 3,92%. E o Brasil? 8,65%.
Isso não é coincidência não, cara. É comportamento.
A nossa relação com o tempo é infantilizada. Queremos prazer imediato. Quero meu marshmallow agora. Queremos recompensa sem esforço. Queremos colheita sem plantio. E o resultado é esse: pagamos caro. Muito caro.
E, se você está achando isso tudo muito técnico, muito econômico, eu vou trauzir:
- É o carro mais caro porque você financia em 60 vezes.
- É o aluguel que você paga porque não conseguiu guardar pra entrada da casa própria.
- É a aposentadoria miserável porque você nunca pensou no futuro.
- É a dependência do Estado porque você não conseguiu construir independência.
Tudo isso tem um nome: falta de visão de longo prazo.
E o remédio, hein? Ah, meu amigo… o remédio é amargo. É reaprender a pensar no futuro. É cultivar disciplina. É ensinar pros nossos filhos que o que importa não é só o “agora”, mas também o “depois”.
O valor do amanhã começa com pequenas escolhas. Guardar um pouco. Dizer não pro supérfluo. Investir em educação. Planejar. Ser chato com planilhas. É… chato. Mas é necessário.
E, principalmente, é entender que tempo é riqueza. E que quem sabe esperar, colhe.
Se o amanhã tem valor, por que estamos sempre vendendo ele tão barato, hein?
Muito bem, se você é assinante do Café Brasil agora vem o nosso conteúdo extra. Vou fazer uma comparaçãozinha entre Brasil e Japão…
Se você não é assinante, que pena, vai para a reta final do programa.
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Muito bem, vamos à mágica dos juros compostos. Uma aulinha de economia básica.
Imagine que você tenha R$ 100 guardados. E que alguém te diga: “Eu te pago 10% ao ano por esse dinheiro.” Isso quer dizer que, depois de um ano, você vai ter os seus R$100, mais R$ 10. R$ 110. Fácil, né?
Agora vem a mágica. No ano seguinte, esses 10% não vão ser calculados só sobre os R$ 100 iniciais. Eles vão ser calculados sobre os R$ 110. E aí você vai ganhar mais R$ 11. Na primeira vez você ganhou R$ 10. Agora ganhou R$11 e ficou com R$ 121. E no terceiro ano, 10% sobre R$ 121… dá R$ 12,10. E aí vai.
Percebeu? O dinheiro cresce em cima dele mesmo. É como uma bola de neve que vai rolando ladeira abaixo. Vai pegando mais neve, vai ficando maior, mais pesada, mais rápida. Juros compostos são isso: juros sobre juros.
Albert Einstein dizia que os juros compostos são a força mais poderosa do universo. E olha que ele entendia de força, cara.
Agora, pra ficar mais claro, vamos fazer um desafio mental:
Você prefere ganhar R$ 1.000 por dia durante 30 dias… ou começar com 1 centavo e dobrar o valor a cada dia, hein?
Pensa aí. R$ 1.000 por dia parece bom. No final de 30 dias, você teria R$ 30.000. Uma bolada.
Mas vamos ver o outro lado.
- No dia 1, você tem R$ 0,01
- No dia 2, ele dobra: R$ 0,02
- No dia 3, ele sobra de novo: R$ 0,04
- No dia 4, ele dobra outra vez: R$ 0,08
- No dia 5, ele dobra de novo : R$ 0,16…
E assim segue. Parece pouquinho, né?
Mas sabe quanto dá no final do 30º dia? Mais de R$ 5 milhões. Sim. Cinco milhões de reais. Tudo por causa do crescimento exponencial dos juros compostos.
É por isso que quem entende juros compostos investe…
E quem não entende… paga.
Aí vem a vida real.
Quando você deixa de guardar dinheiro e vive no cartão de crédito, pagando o mínimo, rolando a dívida, sabe o que acontece? Você vira escravo dos juros compostos. Porque a dívida vai crescendo sozinha. Vai virando cria. É como se você tivesse alimentando um monstro — e depois reclamasse que ele te engoliu.
Agora… se você começa cedo, guarda um pouquinho todo mês, investe com sabedoria… essa mesma força trabalha pra você. Enquanto você dorme, o dinheiro cresce. Enquanto você estuda, ele se multiplica.
Vou te dar um exemplo real, cara. Parece bobagem, olha só.
Imagina que todo dia você gasta R$ 7 num cafezinho, um salgadinho, uma besteirinha qualquer. Parece pouco, né? Mas e se, em vez de gastar, você guardasse esse dinheiro todo santo dia, hein?
Sete reais por dia dá mais ou menos R$ 210 por mês. Mas agora segura essa: se você pegar esse valor todo mês e investir num lugar que rende 1,16% ao mês — que é mais ou menos o rendimento do Tesouro Selic com a Selic em 14,75% —, no final de um ano você vai ter mais de R$ 2.700 guardados.
No final de dois anos, esse valor passa de R$ 5.800.
Três anos? Mais de R$ 9.400.
Seis anos? Já são R$ 23.700.
E no final de dez anos… segura essa: R$ 54.770.
Tudo isso economizando só R$ 7 por dia. Um cafezinho. Um salgadinho. Uma bobagem. Mas para isso, vai ter de abrir mão de um cafezinho diário…
Outro exemplo: Se você tivesse começado, aos 14 anos, a guardar R$ 100 por mês — só cenzinho! — e investir com uma rentabilidade de 0,8% ao mês (o que é perfeitamente possível), quando fizesse 60 anos, 46 anos depois, teria mais de R$ 1 milhão. Sem precisar fazer nada espetacular. Só guardar 100 reais por mês. De pouquinho em pouquinho.
Esse é o valor do amanhã.
Vamos então ao nosso merchan? O Café Brasil é uma produção independente, sem ligação com sites poderosos, com editoras, com milionários, com bilionários, com jornais, com qualquer organização poderosa. Aqui é nóis por nóis, nóis cocês.
Sem você a gente não consegue ir muito longe, né? A gente precisa muito de quem gosta do nosso trabalho, mas que faça mais do que simplesmente ouvir e dar tapinhas nas costas, dizer que é muito bom, mandar um audiozinho. Não cara, tem que ir além.
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Amanhã
Guilherme Arantes
Amanhã será um lindo dia
Da mais louca alegria
Que se possa imaginar
Amanhã, redobrada a força
Pra cima que não cessa
Há de vingar
Amanhã, mais nenhum mistério
Acima do ilusório
O astro rei vai brilhar
Amanhã a luminosidade
Alheia a qualquer vontade
Há de imperar, há de imperar
Amanhã está toda a esperança
Por menor que pareça
O que existe é pra vicejar
Amanhã, apesar de hoje
Ser a estrada que surge
Pra se trilhar
Amanhã, mesmo que uns não queiram
Será de outros que esperam
Ver o dia raiar
Amanhã ódios aplacados
Temores abrandados
Será pleno, será pleno
E é assim então, ao som do clássico Amanhã, de Guilherme Arantes, numa versão deliciosa do Mindu Áudio Criativo, que vamos saindo… esperançosos.
Cara: Amanhã é um hino sobre esperança, paciência e construção. A letra é praticamente uma carta de amor ao conceito do “valor do amanhã”.
Então, imagine-se dizendo: “Hoje eu não gasto com bobagem. Hoje eu planto. Porque eu sei que o futuro vai chegar. E quando chegar, eu quero estar pronto.”
O tempo é seu aliado. Os juros compostos são seu exército. Use os dois com inteligência… e você nunca mais será refém do sistema.
Mas se você preferir viver no agora, sem pensar no depois, eu te desejo sorte. Vai precisar. Porque a conta sempre chega.
E, quando ela chega, vem com juros. Compostos.
Acalma aí… espera o outro marshmallow.
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O Café Brasil é produzido por quatro pessoas. Eu, Luciano Pires, na direção e apresentação, Lalá Moreira na técnica, Ciça Camargo na produção e, é claro, você aí, que completa o ciclo.
De onde veio este programa tem muito mais. E se você gosta do podcast, tem que imaginar uma palestra minha ao vivo. Eu, lá no palco, falando pro teu povo, cara! Olha, já são mais de mil e duzentas palestras. Eu acho que aprendi a fazer. Conheça os temas que eu abordo no mundocafebrasil.com.
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Para terminar, a frase do Giannetti da Fonseca que dá o tom desse episódio:
“O futuro tem valor. E é o valor que damos a ele que determina nosso destino.”