Café Brasil 956 – Cega obediência

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Hoje vamos explorar um dos experimentos mais impactantes da psicologia social, conduzido por Stanley Milgram. O trabalho de Milgram é um dos experimentos mais famosos na história da psicologia social. Realizado na década de 1960, na Universidade de Yale, o “Experimento da Obediência à Autoridade” buscava investigar até que ponto as pessoas são capazes de obedecer a ordens de uma figura de autoridade, mesmo quando essas ordens contradizem seus valores morais.

Milgram descobriu algo surpreendente: 80% das pessoas seguem ordens, não importa quão ilegítimas sejam. Apenas 20% conseguem questionar e resistir. E o que é que isso revela sobre nós, hein? E, mais importante, como é que podemos desenvolver nosso pensamento crítico para escapar dessas armadilhas?

O trabalho de Stanley Milgram continua relevante, sendo frequentemente citado em estudos sobre comportamento humano, conformidade e moralidade. Ele nos desafia a refletir sobre como as estruturas de autoridade moldam nossas ações e até que ponto somos capazes de resistir a ordens injustas.

Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência…

Bom dia, boa tarde, boa noite. Você está no Café Brasil e eu sou o Luciano Pires. Posso entrar?

“Fala Luciano. Bom dia, boa tarde, boa noite.

Passando aqui pra doar um pouquinho do meu tempo, algo que você faz aí em uma proporção muito maior junto com a equipe pra produzir esse conteúdo tão importante e tão rico pra entregar pra gente.

Sou ouvinte do Café Brasil há mais de dez anos, talvez quase quinze anos e agora também ouvinte do Café com Leite. Uso pra poder refletir sobre algumas coisas junto com as minhas filhas e com a minha esposa.

Então, o meu agradecimento pra vocês é em dobro.

Através desses anos, Luciano, você foi muito importante junto com a equipe, com o trabalho que vocês conduzem, para minha formação como profissional, como pai, como marido e como pessoa de uma maneira geral.

Gosto muito da maneira como vocês se posicionam, como vocês trazem essa justiça, de mostrar vários lados do mesmo cenário, pra que a gente consiga ter uma visão mais ampla e tomar decisões mais justas sobre determinados assuntos. Isso também é algo que refletiu bastante na minha vida ao longo desses anos.

Eu trabalho com produção de conteúdo também, Luciano. Só que não um conteúdo igual ao que vocês produzem. Eu trabalho com desenvolvimento de sistemas, e você quer ver a gente ficar chateado, ficar ‘p’ da vida é quando alguém desvaloriza o nosso trabalho.

Então, Luciano, eu te entendo e sou assinante aí da Confraria já há alguns anos e mesmo que eu não consuma o conteúdo que vocês entregam de imediato, eu faço questão de contribuir, porque é uma forma de fazer parte desse projeto tão bonito e tão importante que vocês fazem ao longo desses anos. Então, hoje eu resolvi tirar esse tempinho pra agradecer e dizer pra você que mais do que nunca, vida longa ao Cafezinho.

Sei que, faça chuva ou faça sol, você estando bem ou estando aí com uma gripezinha, uma dor na garganta, rouco, você vai estar aí sempre disponível pra poder trazer esse conteúdo riquíssimo pra gente.

Então, ‘bora’ assinar a Confraria e vida longa ao Cafezinho.”

Grande Leonardo, muito obrigado pelo comentário, meu caro. É isso mesmo, a sua participação ativa como o ouvinte que manda o áudio, o pai que mostra para os filhos, o fã que indica para outros e, principalmente, o assinante que nos ajuda a manter este projeto, é absolutamente fundamental. Mas, infelizmente, a maioria não pensa como você. Muito obrigado por estar aqui ao nosso lado!

O comentário do ouvinte agora é patrocinado pela Livraria Café Brasil, e o Leonardo ganhará um exemplar de meu 11º. Livro, o Mínimo Sobre o Medo. Vou mandar pra ele rapidinho. É só entrar em contato mandando o endereço, viu? É um livrinho para ser lido em menos de  uma hora. Está à venda na livrariacafebrasil.com.br, junto com mais 15 mil títulos muito especiais. De novo: livrariacafebrasil.com.br.

E agora é o momento do episódio que eu sempre faço um chamado para cada um de vocês que me ouvem, aliás, vocês não, você que me ouve aí, cara.

Se você gosta do Café Brasil, curte, acha que ele traz algum tipo de valor pra você, que tal se mexer e se tornar um assinante, cara?

Acesse lá, vai: canalcafebrasil.com.br, pula pro nosso barco aqui, cara! Para de assinar NET, Veja, essas merdas todas aí, pega esse dinheiro que você bota lá, que é um monte de dinheiro, tire uma fraçãozinha e venha assinar coisas como o Café Brasil. Você vai ajudar independentes a fazerem um barulho gigantesco aí e muito mais gente a receber este conteúdo aqui gratuitamente. Tá bom?

Dá uma paradinha aí, acesse canalcafebrasil.com.br e torne-se um assinante. A gente espera.

Stanley Milgram recrutou voluntários para participar de um estudo sobre “memória e aprendizado”. Cada participante era designado como “professor”, enquanto um cúmplice do experimento (um ator) desempenhava o papel de “aluno”. O “professor” era instruído a aplicar choques elétricos no “aluno” toda vez que este cometesse um erro em uma tarefa de memorização. Os choques aumentavam em intensidade a cada erro, indo de níveis leves até faixas perigosas e potencialmente letais.

Mas o “aluno”, lembre-se, era um ator contratado por Milgram, não recebia realmente os choques. Era mentirinha, mas ele simulava reações de dor, como gritos e pedidos para parar, seguidos por um silêncio perturbador em níveis mais altos de choque. O “professor” achava que ele estava recebendo um choque e era incentivado a continuar pelo experimentador, que se apresentava como uma figura de autoridade, usando frases como “Por favor, continue”, “O experimento exige que você prossiga” ou “Você não tem escolha”.

Chocante, não é? Rarararrara não resisti, cara…

Os resultados foram surpreendentes: cerca de 65% dos participantes continuaram aplicando choques até o nível máximo (450 volts), mesmo quando acreditavam que o “aluno” estava inconsciente ou morto. Apenas uma minoria se recusou a continuar antes de atingir os níveis mais altos.

Milgram concluiu que a obediência à autoridade é uma característica profundamente enraizada no comportamento humano, muitas vezes superando julgamentos éticos e morais individuais.

O experimento de Milgram revelou o potencial de indivíduos comuns cometerem atos cruéis sob ordens de uma autoridade legítima. Essa descoberta teve grande impacto na compreensão de eventos históricos, como o Holocausto, onde muitas pessoas justificaram ações imorais com o argumento de que “estavam apenas seguindo ordens”.

Você tem ouvido isso por aí, é?

Milgram também destacou que o contexto social e a proximidade da figura da autoridade são fatores cruciais para o nível de obediência. Quando os participantes estavam mais distantes da autoridade, ou quando outras pessoas se recusavam a obedecer, a taxa de obediência caía significativamente. Você entendeu? Se alguma voz se levantasse contra as ordens das autoridades, o nível de obediência aos comandos caía…

Embora revolucionário, o experimento recebeu críticas éticas devido ao alto nível de estresse psicológico imposto aos participantes. Alguns argumentaram que ele explorava os voluntários de forma inadequada. Apesar disso, Milgram defendeu que o estudo era necessário para compreender a obediência em contextos sociais.

Vários outros estudos semelhantes ao experimento de Stanley Milgram foram realizados para explorar questões relacionadas à obediência, conformidade e a influência da autoridade sobre o comportamento humano. Eu vou relacionar aqui alguns exemplos notáveis:

  1. O Experimento de Conformidade de Asch (1951)

Conduzido por Solomon Asch, o objetivo era estudar até que ponto as pessoas ajustam suas opiniões para se conformarem com o grupo, mesmo quando o grupo está claramente errado.

Os participantes eram colocados em uma sala com cúmplices do experimento e solicitados a identificar qual linha em um conjunto tinha o mesmo comprimento que outra linha de referência. Os cúmplices davam respostas erradas intencionalmente, e cerca de 75% dos participantes conformaram-se com o grupo pelo menos uma vez, mesmo sabendo que a resposta estava errada.

Conclusão: A pressão social pode levar as pessoas a ignorar seus próprios julgamentos para se alinhar ao grupo.

  1. O Experimento da Prisão de Stanford (1971)

Conduzido por Philip Zimbardo, tinha como objetivo explorar como as pessoas assumem papéis sociais de autoridade (guarda) e submissão (prisioneiro) em um ambiente simulado.

Voluntários foram divididos aleatoriamente em “guardas” e “prisioneiros” em uma prisão simulada. Os “guardas” rapidamente começaram a abusar de sua autoridade, submetendo os “prisioneiros” a humilhações e torturas psicológicas. O estudo foi interrompido após apenas seis dias, devido ao impacto emocional nos participantes.

Conclusão: Papéis sociais e contextos institucionais podem levar pessoas comuns a se envolverem em comportamentos cruéis.

  1. O Experimento de Robbers Cave (1954)

Conduzido por Muzafer Sherif, tinha como objetivo: Investigar como o conflito e a cooperação surgem entre grupos.

Dois grupos de meninos foram colocados em um acampamento de verão e incentivados a competir uns contra os outros em atividades que criavam rivalidades. Posteriormente, foram introduzidas tarefas que exigiam a cooperação entre os grupos para alcançar objetivos comuns.

Conclusão: O conflito entre grupos pode surgir de rivalidades superficiais, mas a cooperação pode ser incentivada através de metas compartilhadas.

  1. O Experimento do Bystander Effect (1968)

Conduzido por John Darley e Bibb Latané, tinha como objetivo entender porque as pessoas não ajudam em situações de emergência quando há outras pessoas presentes.

Voluntários participavam de um estudo onde uma pessoa simulava uma emergência, como um ataque epiléptico, enquanto outras pessoas (também cúmplices) permaneciam passivas. Quanto maior o número de pessoas presentes, menor a probabilidade de alguém ajudar. Isso se chama difusão de responsabilidade. Você lembra daquele jogo de vôlei, quando todo mundo acha que o outro vai pegar a bola e ela acaba caindo no chão?

Conclusão: A presença de outros diminui a responsabilidade percebida de agir, levando à inação em situações críticas.

  1. O Estudo de Hofling sobre Obediência em Contextos Médicos (1966)

Conduzido por Charles Hofling tinha como objetivo testar a obediência à autoridade em profissionais de saúde.

Enfermeiras receberam instruções por telefone de um médico desconhecido para administrar uma dose perigosa de um medicamento fictício a um paciente. A maioria (21 de 22) obedeceu à ordem sem questionar, mesmo violando protocolos hospitalares.

Conclusão: A obediência à autoridade é extremamente forte em ambientes hierárquicos, como o hospital.

  1. O Experimento de Chave de Choque de Meeus e Raaijmakers (1986)

Conduzido por Jaap Meeus e Quinten Raaijmakers, tinha por objetivo replicar e estender o experimento de Milgram em um contexto mais realista.

Participantes receberam instruções para assediar verbalmente um candidato durante uma entrevista de emprego simulada. Mais de 90% dos participantes seguiram as instruções.

Conclusão: A obediência à autoridade persiste mesmo em contextos menos extremos do que o experimento original de Milgram.

  1. O Estudo de The Third Wave, a Terceira Onda (1967)

Conduzido por Ron Jones, tinha como objetivo demonstrar como regimes totalitários podem emergir.

Em uma escola secundária, o professor Ron Jones criou um experimento social em que implantou uma disciplina rígida e ideologias autoritárias entre os alunos. O experimento rapidamente levou a comportamentos conformistas e um aumento do autoritarismo entre os estudantes.

Conclusão: Sistemas autoritários podem ser criados facilmente, mesmo em democracias, com uma combinação de disciplina, conformidade e propósito coletivo. Então, cara…

Esses estudos ilustram como forças sociais e contextuais podem influenciar profundamente o comportamento humano, muitas vezes desafiando nossas percepções sobre moralidade, livre-arbítrio e responsabilidade individual.

E foi exatamente para tratar do livre arbítrio e da responsabilidade individual que criei um círculo de honra e confiança: o MLA – Master Life Administration.

Vai agora pra sua quinta edição em 2025, onde nós teremos doze encontros ao longo do ano. Seis serão encontros online, seis serão presenciais com convite a palestrantes sensacionais.

No próximo, que acontece na semana que vem, a gente está trazendo gente como a jornalista Paula Schmitt, o filósofo Denis Xavier e já veio gente de montão pra grandes debates e reuniões sensacionais.

Você quer fazer parte é? Olha, entre no mundocafebrasil.com e clique no link MLA, MLA pra saber mais.

E se você é assinante do Café Brasil agora vem o conteúdo extra. Falarei sobre os diversos filmes que abordaram a questão da obediência cega à autoridade.

Se você não é assinante, vamos para a reta final do programa.

The sound of silence
Paul Simon

Hello darkness, my old friend,
I’ve come to talk with you again,
Because a vision softly creeping,
Left its seeds while I was sleeping,
And the vision that was planted in my brain
Still remains
Within the sound of silence.

In restless dreams I walked alone
Narrow streets of cobblestone,
‘Neath the halo of a street lamp,
I turned my collar to the cold and damp
When my eyes were stabbed
by the flash of a neon light
That split the night
And touched the sound of silence.

And in the naked light I saw
Ten thousand people, maybe more.
People talking without speaking,
People hearing without listening,
People writing songs
that voices never share
And no one dared
Disturb the sound of silence.

“Fools” said I, “You do not know
Silence like a cancer grows.
Hear my words that I might teach you,
Take my arms that I might reach you.”
But my words like silent raindrops fell,
And echoed
In the wells of silence

And the people bowed and prayed
To the neon god they made.
And the sign flashed out its warning,
In the words that it was forming.
And the sign said,
“The words of the prophets are written on the subway walls
And tenement halls.”
And whisper’d in the sounds of silence

O som do silêncio

Olá escuridão, minha velha amiga
Eu vim para conversar com você novamente
Por causa de uma visão que se aproxima suavemente
Deixou suas sementes enquanto eu estava dormindo
E a visão que foi plantada em minha mente
Ainda permanece
Dentro do som do silêncio

Em sonhos sem descanso eu caminhei só
Em ruas estreitas de paralelepípedos
Sob a áurea de uma lamparina da rua
Virei minha gola para o frio e a umidade
Quando meus olhos foram esfaqueados
pelo flash de uma luz de neon
Que rachou a noite
E tocou o som do silêncio

E na luz nua eu enxerguei
Dez mil pessoas talvez mais
Pessoas conversando sem estar falando
Pessoas ouvindo sem estar escutando
Pessoas escrevendo canções
que vozes jamais compartilham
E ninguém ousou
Perturbar o som do silêncio

“Tolos,” digo eu, “vocês não sabem
O silêncio é como um câncer que cresce
Ouçam as palavras que eu posso lhes ensinar
Tomem meus braços que eu posso lhes estender”
Mas minhas palavras como silenciosas gotas de chuva caem
E ecoaram
Nos poços do silêncio

E as pessoas se reverenciaram e rezaram
Para o Deus de neon que elas criaram
E um sinal faiscou o seu aviso
Nas palavras que estavam se formando
E o sinal disse: “As palavras dos profetas
estão escritas nas paredes do metrô
E nas salas dos cortiços
E sussurraram no som do silêncio”

Cara, que fantástico! Você está ouvindo The Sound Of Silence, o clássico de Paul Simon que fala da indiferença social e o silêncio diante de injustiças, que contribuem para a perpetuação de sistemas injustos.

“Tolos,” digo eu, “vocês não sabem
O silêncio é como um câncer que cresce
Ouçam as palavras que eu posso lhes ensinar
Tomem meus braços que eu posso lhes estender”
Mas minhas palavras como silenciosas gotas de chuva caem
E ecoaram
Nos poços do silêncio

Essa versão que você está ouvindo é do disco de 1973, Live Ritm’ e o Paul Canta acompanhado do grupo africano Urubamba e Jessy Dixon Singers. Esse disco é absolutamente sensacional….

A partir dos experimentos de psicologia social e suas representações no cinema, fica evidente que a obediência cega à autoridade, a conformidade ao grupo e a influência de papéis sociais podem levar indivíduos a agir contra seus próprios valores e convicções. Esses fenômenos mostram que, muitas vezes, o comportamento humano é moldado mais pelo contexto do que pela moral individual, levando pessoas comuns a cometerem atos extraordinariamente negativos sob pressão.

Cara, a gente viu isso de montão durante a pandemia, tá vendo isso agora, como as atitudes da Policia Federal, que são incompreensíveis, cara!

No entanto, existem maneiras de nos proteger dessas influências, várias delas que tem tudo a ver com o trabalho que a gente desenvolve aqui no Café Brasil. Vamos a elas?

Desenvolver pensamento crítico: Questionar ordens, refletir sobre suas implicações éticas e não aceitar cegamente a autoridade. Esse hábito pode ser incentivado pela prática da dúvida saudável e pelo diálogo com perspectivas diferentes.

E a autoridade vai reagir, ela vai prender, ela vai dar pancada, ela vai colocar em primeiro plano, ela vai jogar um holofote em cima de quem ela castigou. Pra que você tenha medo de reagir. Ela vai prender as pessoas e dizer: se eu fiz isso com eles, olha o que eu vou fazer com você. Cale a sua boca. E a gente cala.

Educar sobre os perigos da conformidade: estar ciente de como a pressão social e os papéis institucionais podem nos levar a ações que, isoladamente, consideraríamos erradas. A educação, em casa e na escola, pode preparar as pessoas para resistir à pressão do grupo.

Estabelecer valores éticos sólidos: Fortalecer a capacidade de tomar decisões com base em princípios morais claros, mesmo em situações de pressão. Isso ajuda a criar um senso interno de responsabilidade que pode se sobrepor a pressões externas.

Exercitar a coragem moral: Resistir à influência da autoridade ou grupos opressores exige coragem. Pequenos atos de resistência cotidiana, como discordar educadamente de opiniões ou ordens injustas, podem ajudar a fortalecer essa habilidade.

Reconhecer a manipulação emocional: Muitas vezes, a autoridade ou o grupo usa o medo, a culpa ou a sensação de dever para influenciar as decisões. Aprender a identificar e resistir a essas táticas pode ser crucial para manter a autonomia.

Valorizar a individualidade em vez do conformismo: Embora a cooperação seja importante, é essencial lembrar que a discordância e a diversidade de opiniões muitas vezes levam a soluções mais éticas e criativas.

E por fim, construir resiliência psicológica: Fortalecer a autoconfiança e a capacidade de lidar com pressões externas ajuda a reduzir a dependência de figuras de autoridade para orientação.

Que tal?

Blowin’in the wind
Bob Dylan

Quantos caminhos um homem deve andar
Pra que seja aceito como um homem
Quantos mares uma gaivota irá cruzar
Pra poder descansar na areia
Quanto tempo as balas dos canhões explodirão
Antes de serem proibidas

The answer my friend
Is blowing in the wind
The answer is blowing in the wind
The answer my friend
Is blowing in the wind
The answer is blowing in the wind

Quantas vezes deve um homem olhar pra cima
Para poder ver o céu
Quantos ouvidos um homem deve ter
Para ouvir os lamentos do povo
Quantas mortes ainda serão necessárias
Para que se saiba que já se matou demais

Quanto tempo pode uma montanha existir
Antes que o mar a desfaça
Quantos anos pode um povo viver
Sem conhecer a liberdade
Quanto tempo um home deve virar a cabeça
Fingindo não ver o que está vendo

É assim então, ao som de Blowing In The Wind, o classico de Bob Dylan, aqui numa intepretação de Diana Pequeno em seu álbum de estréia de 1978.

Essa gravação foi marcante. Até hoje.

Essa versão conecta-se ao tema da obediência cega à autoridade ao questionar a passividade e a conformidade diante das injustiças. A música critica a indiferença humana e incentiva a reflexão e a resistência contra sistemas opressores. Foi gravada no contexto do regime militar brasileiro, sua interpretação reforça a mensagem de questionar e desafiar a autoridade injusta.

Então… Em última análise, defender-se contra a influência negativa da autoridade ou grupos requer autoconhecimento, educação e prática constante de independência de pensamento. Exatamente aquilo que marca nosso trabalho aqui no Café Brasil.

Filmes como “A Onda” e estudos como os de Milgram e Zimbardo não apenas nos alertam para os perigos do comportamento conformista, mas também nos inspiram a cultivar a força moral e a consciência para resistir ao que está errado, mesmo quando a pressão para obedecer é grande. O mundo melhora quando indivíduos comuns têm a coragem de questionar e agir com integridade.

Reitero aqui meu convite: para de dar desculpas, junte-se aos conspiradores do Café Brasil. Vem, cara! Acesse canalcafebrasil.com.br. Escolha escolha um plano e torne-se um assinante.

O Café Brasil é produzido por quatro pessoas. Eu, Luciano Pires, na direção e apresentação, Lalá Moreira na técnica, Ciça Camargo na produção e, é claro, você aí, que completa o ciclo.

De onde veio este programa tem muito mais. E se você gosta do podcast, imagine só uma palestra ao vivo. Comigo, que já tenho mais de mil e duzentas no currículo. Conheça os temas que eu abordo no mundocafebrasil.com.

Mande um comentário de voz pelo WhatSapp no 11 96429 4746. E também estamos no Telegram, com o grupo Café Brasil.

Pra terminar, uma frase atribuída a ninguém menos que Leonardo da Vinci:

“Nada fortalece mais a autoridade do que o silêncio de quem deveria resistir.”