“O que é o que é: Tem dois quilômetros, e no final você compra um quilo de batatas pelo preço de vinte? Fila do açougue em país comunista.”
A piada é tão velha quanto certeira. Quem duvidar, que vá à Venezuela, enquanto ainda existe. E, se a razão e a democracia não voltarem àquele lugar, o fim está próximo – isso se, numa falta aguda de final feliz pra essa novela macabra, o estúpido Nicolás Maduro não lançar seu país (não é figura de linguagem, o país é dele mesmo; dele e de sua quadrilha animalesca) numa guerra para esconder a miséria ou culpar algum incauto. Nós, por exemplo.
Essa gente não aprende. Não quer. Trata-se, positivamente, de uma doença. Não há alternativa razoável para diagnóstico. Junte-se todas as guerras do século XX e XXI, somadas a todas as desgraças naturais ocorridas no mesmo período, e chegar-se-á (agora pode-se usar mesóclise novamente, ufa, e escrever “presidente” também) a um número inferior à totalidade de mortes causadas pelo comunismo; tanto de morte matada (guerras, execuções, genocídios, julgamentos sumários) quanto de morte morrida (fome, doenças, miséria, privações). Raspe-se (ênclise também tá liberada, o Dilmês acabou) toda a geopolítica histórica contemporânea em lugares dominados por essa doença, como a antiga Albânia, Romênia, a ex-URSS, os satélites soviéticos, a imunda e podre Cuba, a pior ainda Coreia do Norte, e tantos outros lugares onde não havia liberdade, democracia ou direitos civis, e só restará um século de boçalidade sem limite, morte, tortura, agonia, e um legado zero em tecnologia ou qualquer outro ramo aproveitável. Isso foi (é) o comunismo. Mas a luta continua, camarada. O inferno é o limite.
No Brasil temos uma coisa muito parecida, um ornitorrinco sócio-político de cunho psicótico: O lulismo. Quem dessa seita participa não pode – jamais! – esquecer um de seus dogmas mais preciosos: A culpa é sempre dos outros. Não importa que tenhamos pastado com essa gente por 13 longos anos, vendo implantada sua ideologia comprovadamente insustentável. Não só implementaram seus planos absolutamente insanos como, ao colher o previsível desastre final, culparam todos os que dele não participaram.
Novidade? Nenhuma. Em 1989, logo em seguida à queda do Muro de Berlim e à bancarrota humilhante da União Soviética, Roberto Campos disse que, para essa gente, a queda do Muro e da URSS não foi um fracasso, mas apenas um sucesso mal explicado.
O preâmbulo, até aqui, foi mais longo que o cerne da questão. Grave, tanto quanto indecente, ou mesmo criminoso, que veio das páginas do site O Vermelho, espécie de porta-voz (involuntariamente cômico) do PCdoB. Em texto recente, o site veiculou “artigo” culpando os judeus pelos problemas brasileiros. Não, não é brincadeira. O texto, aparentemente, foi retirado do site, mas não calou as bocas que, com toda razão, reclamaram dessa calculada maluquice.
Como lembrou Carlos Brickmann, repetindo o texto original da indecência racista, “O portal Vermelho, do PCdoB, Partido Comunista do Brasil, fiel apoiador dos governos petistas, descobriu os responsáveis pelo afastamento de Dilma Rousseff da presidência da República: os judeus, naturalmente, lado a lado com os Estados Unidos. “Israel passou a controlar, com seus sionistas, três setores-chave do governo golpista: Defesa (Raul Jungmann), Inteligência (Sergio Etchegoyen) e BC (Ilan Goldfajn)”.Goldfajn é presidente do Banco Central, judeu. O general Sérgio Etchegoyen e Raul Jungmann são cristãos, sem ligação com Israel, judaísmo ou sionismo. E o portal do PCdoB mostra os ideais do partido.”
Pois é. A missão do atual governo interino, e dos vindouros, é curar o País disso. Lembrando que os judeus, caçados, mortos às centenas de milhares por Stalin (só seu ex-sócio Adolfinho levou fama de antissemita genocida, olha que coisa interessante), ficariam muito felizes com algumas batatas mofadas para alimentar seus filhos meio mortos de fome.
E essa gente se intitula “progressista”. Taspariu, pelamor.