Café Brasil 411 – Amor y odio

Amigo, amiga, não importa quem seja, buenos dias, buenas tardes, buenas noches. Este é o Café Brasil e eu sou o Luciano Pires. E aí, hein? Ainda de ressaca com a copa do mundo? E com el buzinasso de los hermanos argentinos, que quase chegaram lá, aprontaram por aqui, é? Brasil e Argentina cara, um caso de amor e ódio. É por aí que vamos hoje.

Puedo entrar?

El podcast Café Brasil  llega com el apojo de Itaú Cultural e de Auditório Ibirapuera que, como siempre, estan a um solo clic de distância.  www.facebook.com/itaucultural y www.facebook.com/auditorioibirapuera.

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E sabe quem ganhou o exemplar de meu livro NÓIS…QUI INVERTEMO AS COISA, acompanhado do kit DKT nesta semana? Foi o Fernando Clovis, que comentou assim o programa A COPA DO MUNDO É NOSSA:

“(…) O fato importante é que eu deixei de gostar de futebol por sua causa.

É isso mesmo, você é o culpado, resolvi te nomear honorável personificação de todos aqueles que apreciam, em qualquer grau, este esporte, popularizado desde que por aqui desembarcou aquele tal de Charles Miller.

Explico meu profundo desgosto. Eu não consigo entender como pode a Argentina ter ganhado a Copa de 78. A Coreia ter conseguido chegar a semifinal. O Brasil ter perdido para a França. O Flamengo ter se…, sagrado não, logrado campeão Brasileiro em 82. E aquele campeonato do seu Corinthians em 2005, até o Dualib foi flagrado confessando ter roubado o título do Inter. Falar o que do Fluminense que evitou o rebaixamento pela aplicação de penalidade retroativa ao julgamento da sentença, isso não existe é uma aberração jurídica e isto um ano depois de ter ganhado um campeonato brasileiro, no qual foi seguidamente favorecido por erros de arbitragem e pelo incrível desinteresse da CBF em convocar seus jogadores para os jogos da seleção, jogos nos quais, sempre contavam com os principais jogadores de seus adversários diretos ao título.

Vergonha Luciano, é o mínimo que consigo sentir por este esporte. Essa falácia que os erros de arbitragem fazem parte do tempero do futebol, me parece apenas desculpa para manipular resultados e garantir o resultado desejado pelos investidores.

Tal qual no futebol, não lhe parece que assim também, se comportam os eleitores brasileiros, grande parte deles ungiu seus candidatos no altar da verdade de suas simpatias, ou então fantasias ideológicas e simplesmente relevam quaisquer evidências que, por ventura, lhes faça reconhecer erro ou demérito em seu escolhido.

Como no futebol, para estes eleitores os fatos não existem, indícios, evidências, provas, muito menos. No tribunal desta turma vale a mesma regra que usam para torcer por seus times. Eu gosto, logo, é bom. É o meu escolhido, logo, é o melhor e nunca vou trocá-lo por nada. Não importa o que aconteça eu sempre o apoiarei…

Não gosto disto Luciano, gostaria que todos repudiassem qualquer indício de falta de ética e desvio moral em seus times, que toda vez que um juiz marcasse um gol errado o outro time cedesse um gol, em respeito a sua equipe e aos seus torcedores e em nome do aí sim, nobilíssimo, espírito desportivo. Que existisse uma regra que expulsasse da federação, todo jogador que fingisse uma falta. Afinal, seria tão chato assim reconhecer mérito apenas nas vitórias honrosas? E por analogia, que toda vez que um político, reconhecesse o não cumprimento de suas promessas de campanha, se retirasse do cenário político por pura e total vergonha em não cumprir sua palavra. Que qualquer pessoa, político, servidor público ou mesmo um cidadão comum, condenado por um crime, fosse automaticamente proibido, até o fim de suas vidas de exercer quaisquer cargos públicos e muito menos receber do estado. Utopia? Porquê não? Uma sociedade sem escravos, já foi utópica. Voto feminino, idem. Liberdade de expressão e eleições diretas para presidente, há não muito tempo atrás, também eram apenas um sonho. Sonhemos então… Quem sabe, um dia, eu volte a torcer pela seleção. Grande abraço, parabéns e obrigado, mais uma vez, pela dedicação e carinho com que produz este seu cafezinho.”

Excelente, Fernando Clovis! Mas não foi só a copa de 1978, não, quando os peruanos entregaram o jogo vergonhosamente para os argentinos, o que os colocou no caminho para conquistar a copa. Teve o Maradona marcando gol com a mão em 1986 e depois dizendo “Lo marqué un poco con la cabeza y un poco con la mano de Dios”. E a Argentina foi campeã de novo… Ah, esses argentinos, viu…

Muito bem. O Fernando Clovis ganhou um kit de produtos DKT com a marca Prudence! O kit é composto de produtos distribuídos pela DKT, entre eles a mais completa linha de preservativos e géis lubrificantes do Brasil. A DKT apoia diversas iniciativas de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis. E também ao planejamento familiar! Acesse www.facebook.com/dktbrasil e conheça mais a respeito.

Vamos lá então, atenção! Na hora do amor, use o que? PRUDENCE.

Olhaí o locutor apresentando as torcidas do Brasil e da Argentina numa friendly athmosfere… Ah, meu Deus! Você não entendeu, é? Talvez precise de um curso de inglês pelo Skype, no dia, hora e lugar que você quiser. Com um professor de carne e osso conduzindo a aula com base em acontecimentos do dia a dia, você já pensou? Isso existe! Conheça a LOI ENGLISH, veja os depoimentos dos brasileiros que estão aprendendo inglês com eles. Acesse. www.skypeenglishclasses.com. De novo www.skypeenglishclasses.com

Muy bien. Conflitos entre países fazem parte da história da humanidade e tem suas raízes nos conflitos tribais que começaram quando os homens ainda estavam nas árvores. Há conflitos sangrentos, conflitos comerciais, conflitos culturais, conflitos religiosos e de todo tipo. Especialmente entre vizinhos. Na América do Sul não poderia ser diferente. É esse tema que tratarei no programa de hoje: conflitos entre os vizinhos da América do Sul, especialmente Brasil e Argentina.

A trilha sonora é mais, muito mais que especial. É Mutantes, mas de um jeito que você provavelmente nunca ouviu. Meu amigo Arthur de Faria tempos atrás me presenteou com uma preciosidade, um CD chamado El Justiciero Cha Cha Cha, no qual várias bandas argentinas regravam as músicas dos Mutantes. É maravilhoso.

Hey Boy
Arnaldo Baptista
Élcio Decario

He he he hey boy
O teu cabelo tá bonito hey boy
Tua caranga até assusta hey boy (Tchu aa uu)
Vai passear na rua Augusta tá

He he he hey boy
Teu pai já deu tua mesada hey boy
A tua mina tá gamada hey boy (Tchu aa uu)
Mas você nunca fez na na na

No pequeno mundo do teu carro
O tempo é tão pequeno
Teu blusão importado (úúúa)
Tua pinta de abonado (tuas idéias modernas)

He hey boy
Mas teu cabelo tá bonito hey boy
Tua caranga até assusta hey boy (Tchu aa uu)
Vai passear na rua Augusta tá

A menina e as pernas
Vão aparecer
Nos passos ritmados (úúúa)
No iê iê iê bem dançado (Da cuba libre gelada)

Hey boy
Viver por viver
Hey boy
Viver por viver
Hey boy
Viver por viver

Opa! Primeiro é HEY BOY, com Juanita Rosal.

Os mais desavisados podem imaginar que sempre vivemos num clima de camaradagem aqui na América do Sul, mas nem sempre foi assim. Brasil e Argentina, por exemplo, são eternos rivais… No futebol.  Sempre pensei que só os brasileiros consideravam os argentinos como “arrogantes” e “metidos”, até ver que essa impressão também existia em outros países. E muitas vezes saindo do campo de futebol para as relações de trabalho e sociais. Já viajei bastante para a Argentina, tenho conhecidos por lá e pude experimentar bem de perto a admiração que os argentinos tem pelos brasileiros. E aprendi a admirá-los também. Se há um atributo que sempre se fez presente em meus contatos com os irmãos argentinos foi a cordialidade. Exceto quando tentamos decidir quem foi o maior jogador de futebol de todos os tempos: Pelé ou Maradona…

Mas existem outras rivalidades entre os vizinhos do continente e muito mais sérias que a rivalidade Brasil – Argentina. Bolivianos, paraguaios, peruanos, chilenos, todos possuem motivos históricos para alimentar antipatias e rivalidades que, algumas vezes, levaram até mesmo a guerras, especialmente por territórios. Depois que os países tornaram-se independentes da Espanha, a acomodação territorial na América Latina foi bastante conflitante, deixando sequelas até os dias de hoje.

Entre 1879 e 1883, por exemplo, Chile, Bolívia e Peru envolveram-se na Guerra do Pacífico nas disputas por territórios, em especial no deserto de Atacama, região rica de minérios.

Temendo que a Argentina entrasse no conflito o Chile cedeu a ela a região de Ushuaia, o extremo sul do continente, onde está a Terra do Fogo, o que acabou facilitando que o Chile vencesse o conflito. Peru e Bolívia perderam territórios, tendo sido a Bolívia a mais prejudicada. Ao perder a província de Antofagasta a Bolívia ficou sem acesso ao mar, o que nunca foi digerido pelos bolivianos. Basta conversar um pouco com bolivianos, peruanos e chilenos para sentir que existe um mal estar até hoje.

Mas Chile e Argentina também andaram às turras, quase chegando à guerra. A divisa entre Argentina e Chile foi definida no século 19, após a independência da Espanha, tendo como uma espécie de linha natural de divisão a cordilheira dos Andes. São quase 5 mil quilômetros de fronteiras, mas na região sul do continente, onde estão a Terra do Fogo, o Estreito de Magalhães e o canal de Beagle, o consenso não foi obtido. Por quase 150 anos foram feitas conversações na tentativa de uma solução, que quase levou à guerra nos anos 80 quando a junta militar que governava a Argentina decidiu endurecer. A coisa só acalmou quando o Papa João Paulo II entrou no conflito em dezembro de 1980, com uma proposta de paz que confirmava a soberania do Chile sobre as ilhas ao sul do Canal de Beagle. Se os Argentinos tinham uma ditadura militar, no Chile não era diferente. Augusto Pinochet dirigia o país com mão de ferro e aceitou a proposta do Papa, mas os argentinos não. Só depois de um plebiscito, durante o governo civil de Alfonsín, em 1984, a proposta do Vaticano foi aceita pelos argentinos. Um tratado de paz encerrou as disputas entre os dois países, mas as faíscas saem até hoje…

O Brasil tem algumas peculiaridades quando comparado a seus vizinhos. O país é gigantesco, não tem diferenças culturais abissais, de idiomas, de religiões, de culturas. Em 1808, quando a família real portuguesa chegou ao Brasil fugindo das tropas de Napoleão Bonaparte, a então colônia adquiriu um status inesperado e uma série de negociações internas aconteceu entre os aristocratas portugueses e a oligarquia nativa.

Um grande arranjo político conseguiu uma aliança entre a família real e os grandes proprietários rurais. O Brasil tornou-se um reino e assim os focos de rebelião internos foram combatidos e preservou-se intacta a unidade política e a integridade territorial do império. Depois das grandes redes de televisão, então, essa unidade só foi reforçada e o Brasil tornou-se uma imensa ilha dentro da América do Sul, separado dos vizinhos pelo Oceano Atlântico ao leste e pela floresta Amazônica ao Oeste. Foi no sul e sudoeste, nas fronteiras com Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia que focos de conflito permaneceram.

Entre 1825 e 1828 tivemos a Guerra da Cisplatina entre o Reino do Brasil e as Províncias Unidas do Rio da Prata, pela posse da região que hoje é o Uruguai. Na Argentina esse conflito é chamado de Guerra do Brasil ou Guerra contra o Império do Brasil, olha que luxo! Foi o primeiro de quatro conflitos armados internacionais em que o Brasil lutou pela supremacia sul-americana. O segundo foi a Guerra do Prata, o terceiro a Questão Uruguaia e o último a Guerra do Paraguai.

Desculpe babe
Arnaldo Baptista

Desculpe, babe
Não vou brincar com você
Desculpe, babe
Não vou mais ser joão-ninguém
Eu vou correndo
Buscar a glória, minha glória

Desculpe, babe
Mas eu já me decidi
Desculpe, babe
Eu vou viver mais pra mim
Eu vou correndo
Buscar a glória, minha glória

Você ouve agora DISCULPE BABY, com Silvia Pérez.

A Guerra do Paraguai marcou profundamente as relações entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai entre 1864 e 1870. O Paraguai foi o perdedor e essa situação deixou um gosto amargo que provoca conflitos até hoje. Na fronteira entre Brasil e Paraguai, por exemplo, são crescentes as disputas por territórios, com a presença dos chamados “brasilguaios” na região, fazendeiros brasileiros cujas terras distribuem-se entre os dois países. Os sem-terra paraguaios acusam os brasileiros de exploradores e vira e mexe estamos às voltas com invasões de terras e ameaças.

Com o domínio de governos de esquerda nos últimos 20 anos as coisas ficaram ainda mais complicadas. O narcotráfico tornou-se uma das mais poderosas forças da região e países como Bolívia e Paraguai tem na plantação e produção de entorpecentes uma grande parte de sua economia, com as conseqüências esperadas: o Brasil tornou-se o grande mercado consumidor e caminho de passagem das drogas produzidas por seus vizinhos para todo o mundo.

Sem contar as FARC colombianas com seus esquemas de tráfico de entorpecentes e de armas que abastecem as facções criminosas nas grandes cidades brasileiras.

Mas vamos focar mais na relação Brasil x Argentina, aproveitando a copa do mundo, não é isso? Após as duas Guerras Mundiais a Argentina experimentou um período de exuberância econômica sob a gestão de Juan Domingos Perón, mas não demorou para que seu modelo de desenvolvimento se esgotasse. Enquanto isso o modelo brasileiro começou a render frutos, com o país expandindo-se. Se em 1930 a economia argentina era o dobro da brasileira, 50 anos depois, nos anos 1980, a economia brasileira tornara-se o quádruplo da argentina. Essa diferença caiu ao longo dos anos 90 e 2000, mas a Argentina jamais conseguiu recuperar o brilho de seus áureos tempos.

Muito bem… enquanto a Argentina estava com a bola toda, a visão europeia das elites argentinas considerava o Brasil um país inferior do ponto de vista político, étnico e cultural. O grande escritor José Ingenieros, por exemplo, dizia que a superioridade racial argentina deveria levar a uma hegemonia da Argentina sobre a América do Sul, em especial sobre Brasil e Chile.

Rômulo Naón, Ministro da Justiça e Instrução Pública argentino, incentivava o país a conservar a “supremacia moral e material” no continente. E assim era em todos os círculos.

Vem daí essa impressão dos brasileiros de que os argentinos são arrogantes.

Vida de cachorro
Rita Lee
Sérgio Baptista
Arnaldo Batista

Vamos embora companheiro, vamos
Eles estão por fora do que eu sinto por você

Me dê sua pata peluda, vamos passear
Sentindo o cheiro da rua

Me lamba o rosto, meu querido, lamba
E diga que também você me ama

Eu quero ver seu rabo abanando
Vamos ficar sem coleira

Vamos ter cinco lindos cachorrinhos
Até que a morte nos separe, meu amor!

Aqui ao fundo você está ouvindo essa delícia de Aterciopelados com VIDA DE CACHORRO.

No começo do século XX a Argentina era o grande país da América do Sul, com uma economia vibrante, tornando-se grande exportadora de carne, couro e trigo. Às vésperas da Primeira Guerra Mundial a Argentina era responsável pela metade da capacidade econômica e pela terça parte do comércio exterior de toda a América Latina. O capital inglês controlava as ferrovias e frigoríficos argentinos, representando 80% dos investimentos estrangeiros no país. A Argentina era considerada o “sexto domínio” do Império Britânico, que importava 76% da carne e 34% do trigo produzidos naquele país. Mas no Brasil, o Barão do Rio Branco, considerado até hoje o maior diplomata que o país possuiu, deslocou as relações comerciais brasileiras da Europa para o Estados Unidos.

O resultado é que, falando português num continente que fala espanhol e com uma influência cultural muito norte-americana o Brasil fechou-se culturalmente para seus vizinhos.
Por isso as artes produzidas na América do Sul jamais entraram com força no Brasil, que – com honrosas exceções – desconhece a música, a literatura, o teatro, o cinema, a pintura produzidos por seus vizinhos. Mas sabe tudo sobre as artes produzidas pelos norte americanos.

Com a globalização e, especialmente, a chegada da internet, esse cenário tem mudado. Argentinos, brasileiros, bolivianos, paraguaios, peruanos, colombianos, venezuelanos, chilenos, equatorianos, guianenses, uruguaios, os que nascem no Suriname, que eu não sei como é que chama, tem entrado em contato cada vez mais, num intercâmbio cultural que aos poucos une os países. Até o portunhol surgiu! Y hoy somos todos hermanos… Exceto em el fútbol…

Panis et circensis
Caetano Veloso
Gilberto Gil

Eu quis cantar
Minha canção iluminada de sol
Soltei os panos sobre os mastros no ar
Soltei os tigres e os leões nos quintais
Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer

Mandei fazer
De puro aço luminoso um punhal
Para matar o meu amor e matei
Às cinco horas na avenida central
Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer

Mandei plantar
Folhas de sonho no jardim do solar
As folhas sabem procurar pelo sol
E as raízes procurar, procurar

Mas as pessoas na sala de jantar
Essas pessoas na sala de jantar
São as pessoas da sala de jantar
Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer

… y morir…que charme…Que tal esse PANIS ET CIRCENCES, com a Pequena Orquestra Reincidentes…

Antes mesmo da invenção do futebol, portanto, já sabemos que existia uma rivalidade entre Brasil e Argentina. Foi no início do século 20 que aconteceram os primeiros jogos de futebol entre as seleções dos dois países. O primeiro jogo foi em 20 de setembro de 1914, um amistoso que terminou em 3 x 0 para os argentinos. Mas apenas uma semana depois, na final da Copa Roca o Brasil deu o troco, marcando 1 x 0 e comemorando a conquista do título na frente da torcida argentina. Percebeu onde tudo começou?

Em 1920, quando o selecionado brasileiro chegava a Buenos Aires para um jogo, um jornal argentino publicou uma charge de conteúdo racista, onde os brasileiros eram representados como macacos desembarcando em solo argentino, por terem em sua seleção quatro jogadores negros. Ao saberem do fato, os brasileiros foram até o jornal tomar satisfações com o chargista. Só 8 jogadores brasileiros se dispuseram a entrar em campo e a seleção argentina aceitou disputar a partida, realizada em 12 de outubro no campo do Sportivo Barracas, com apenas oito jogadores. Venceram os argentinos por 3 a 1. A mesma ofensa racista se repetiu em 1996, nas semifinais do torneio olímpico de futebol e durante a Copa América 1999.

A primeira briga para valer aconteceu na decisão do Campeonato Sul Americano de 1925. O Brasil ganhava por 2 a 0, gols de Friedenreich e Nilo, quando o primeiro se estranhou com o argentino Muttis, dando início a uma confusão. O jogo acabou 2 a 2 e o Brasil ficou com o vice campeonato.

De lá para a frente, nunca mais houve futebol entre Brasil e Argentina. O que existe é guerra. E a coisa piorou quando surgiu Diego Maradona, que os argentinos teimam em dizer que é mais jogador que Pelé.

Minha menina
Jorge Ben

Ela é minha menina
Eu sou o menino dela
Ela é o meu amor
E eu sou o amor todinho dela
A lua prateada se escondeu
E o sol dourado apareceu
Amanheceu um lindo dia
Cheirando a alegria
Pois eu sonhei
E acordei pensando nela
Pois ela é minha menina
E eu sou o menino dela
Ela é o meu amor
E eu sou o amor todinho dela

A roseira já deu rosas
E a rosa que eu ganhei foi ela
Por ela eu ponho o meu coração
Na frente da razão
E vou dizer
Pra todo mundo
Como eu gosto dela
Pois ela é minha menina
E eu sou o menino dela
Ela é o meu amor
E eu sou o amor todinho dela

Ela é minha menina
Eu sou o menino dela
Ela é o meu amor
E eu sou o amor todinho dela
A lua prateada se escondeu
E o sol dourado apareceu
Amanheceu um lindo dia
Cheirando a alegria
Pois eu sonhei
E acordei pensando nela
Pois ela é minha menina
E eu sou o menino dela
Ela é o meu amor
E eu sou o amor todinho dela

A roseira já deu rosas
E a rosa que eu ganhei foi ela
Por ela eu ponho o meu coração
Na frente da razão
E vou dizer
Pra todo mundo
Como eu gosto dela
Pois ela é minha menina
E eu sou o menino dela Ela é o meu amor
E eu sou o amor todinho dela
Minha menina,
Minha menina…

Yes, o Fito Páez não poderia faltar, não é? Aqui com MINHA MENINA…

Apesar da rivalidade, o Brasil e Argentina se enfrentaram apenas quatro vezes em Copas do Mundo. Em 1974, o Brasil venceu por 2 a 1. Quatro anos depois, na Argentina, as duas seleções empataram em 0 a 0 num jogo ficou conhecido como “A Batalha do Rosário” — por causa da violência das jogadas. Em 1982, o time de Maradona foi derrotado pela equipe de Zico, Sócrates e Falcão por 3 a 1. Eliminado e inconformado, Maradona agrediu o brasileiro Batista e foi expulso. A Copa de 1990 é a que nós queremos esquecer. Fomos desclassificados justamente pelos argentinos.

Para você ver como era a rivalidade, depois de 12 anos, devido à interrupção por causa da Segunda Guerra Mundial, a Copa do Mundo voltou a ser disputada em 1950, e desta vez no Brasil. A Argentina, que achava que deveria ser ela a anfitriã da segunda Copa do Mundo na América do Sul, não participou em protesto.

Sentiu a coisa?

Pois então, agora que você já sabe de onde vem a antiga rixa entre brasileiros e argentinos, eu preciso dizer uma coisa: já fui diversas vezes para a Argentina, fiz amigos lá e aqui, trabalhei, passeei e até me atrevi a tentar escalar o Aconcágua pelo lado argentino. E sempre fui muito, muito bem tratado, por gente interessante e boníssima. Mas basta um clima de emoção para que a rivalidade e, porque não, os preconceitos, voltem à tona..

Viu só, hein? Eu tenho pra mim que essa rivalidade Brasil e Argentina é artificialmente alimentada por gente que ganha muito dinheiro com isso, especialmente no futebol.

Adoro a carne argentina, os vinhos argentinos, as cidades argentinas, os amigos argentinos, as montanhas argentinas… quer saber, hein? Eu amo a argentina!

Mas, Maradona, nem fu……………..

E é assim então, ao som de AQUARELA DO BRASIL, de Ari Barroso, em ritmo de tango, que este Café Brasil que homenageia uma relação interminável de amor e ódio, vai saindo de mansinho.

Com el hermano Lalá Moreira na técnica, la revolucionária Ciça Camargo en la producción y yo, este brasileño hermano de los argentinos, Luciano Pires en la dirección y presentacción .

Estuvieran conosco Fernando Clóvis, Rosal, Silvia Pérez, Aterciopelados, Pequena Orquestra Reincidentes e Fito Páez. Que tal?

Y entonces? Que tal conoscer la pagina de Pellegrino em el Facebook? Pellegrino ES uma de las mayores distrbibuidoras de auto y motopartes em Brasil. Em su pagina tansmite conscimiento sobre gestión, comunicación y vida profesional.  Ai esse meu espanhol….

Conheça a Pellegrino acessando www.facebook.com/pellegrinodistribuidora  e experimente.

Pellegrino distribuidora. Conte com nuestra gente.

Este es Café Brasil, que llega hasta usted com apoyo del Itaú Cultural y Auditório Ibirapuera.

De onde veio este programa tem muito mais. Visite para ler artigos, para acessar o conteúdo deste podcast, para visitar nossa lojinha… www.portalcafebrasil.com.br.

Pra terminar, a frase escrita no ônibus da Argentina durante a copa do mundo no Brasil:

No somos um equipo, somos um país.

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