Amigo, amiga, não importa quem seja, bom dia, boa tarde, boa noite. Este é o Café Brasil e eu sou o Luciano Pires. O Brasil está cheio de problemas, não é? É. Mas tem um que, de certa forma, engloba todos os outros. A produtividade. Somos muito ruins em produtividade, você já deve ter ouvido sobre isso. Bem, hoje vamos entrar nessa. Mas só um pouquinho.
Posso entrar?
O podcast Café Brasil chega até você com o apoio do Itaú Cultural e do Auditório Ibirapuera que, como sempre, estão aí, a um clique de distância. www.facebook.com/itaucultural e www.facebook.com/auditorioibirapuera.
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E sabe quem ganhou o exemplar de meu livro NÓIS…QUI INVERTEMO AS COISA, acompanhado do kit DKT desta semana? Foi o Filipe Aprigliano, que comentou o programa ESSE TAL CAPITALISMO. Aliás, já é a segunda vez que o Filipe ganha um brinde por aqui, mas o texto dele é imperdível!
Olá Luciano, eu ando meio sumido dos comentários, mas tenho acompanhado os podcasts religiosamente, na verdade, em paralelo tenho visto muito conteúdo sobre economia e descoberto muitas coisas novas e interessantes.
Sobre o assunto do capitalismo tupiniquim não é nem preciso comentar a relação direta entre o nosso parco crescimento econômico e os impostos abusivos. Da mesma forma, não é preciso aprofundar as teses sobre a incompetência do estado no investimento em infraestrutura e no gasto dos recursos públicos.
Eu sou empresário e sinto na pele a presença desse sócio inútil e indesejado que é o estado. Por outro lado, tem algo que me angustia mais que a inanição da indústria nacional e o descontrole dos preços, é a falta onipresente de qualidade. Eu vejo falta de qualidade em todos os lados, seja no setor público ou no privado e em muitos casos não restam opções razoáveis para os consumidores.
A telefonia é um caso clássico, os serviços são péssimos, todas as operadoras sem exceções vendem muito caro e simplesmente não entregam. Esse no entanto é só um exemplo, sinto que as únicas vezes que fui atendido de forma satisfatória no Brasil foi por pessoas autônomas ou por pequenas empresas, que trazem no seu DNA a mentalidade particular de um ou poucos indivíduos comprometidos com suas funções.
Na minha empresa mesmo, tenho a clara sensação de que tenho um limite para crescê-la, a partir desse ponto a qualidade escapará pelos meus dedos como areia. A mão de obra no Brasil é muito ruim, mas a mentalidade vitimada e subserviente é o que há de pior, são pessoas que simplesmente não estão preparadas para evoluir, mesmo em um ambiente onde haja recursos e incentivos em abundância.
Regularmente você cita as suas experiências positivas como palestrante, fala de pessoas querendo fazer melhor, querendo trabalhar juntas e com objetivos, eu acredito mesmo que existam muitos projetos por aí, mas onde está a capacidade para tornar os projetos realidade, hein?
Acho que temos um problema cultural grave, e sinto que a formação das pessoas que chegam no mercado de trabalho está cada vez pior. Temos muitos jovens por aí, eles podem estar cheios de vontade e esperança, mas estão também mais ignorantes.
Não se trata, no entanto, de uma questão de gap de gerações, eu não estou ficando velho e desanimado apenas. Eu tive uma formação pior que a do meu pai, mesmo tendo estudado no mesmo colégio e na mesma faculdade. E pude constatar como empregador que a coisa continua no mesmo caminho de degradação para as gerações posteriores à minha, as pessoas tem nível superior e não sabem falar português.
Eu sou brasileiro, cresci aqui e aprendi a conviver com as incoerências das relações entre fornecedores e consumidores por aqui, mas não consigo aceitá-las com o rótulo benevolente de “jeito brasileiro”. Estamos errados, fomos mal educados e mal formados, tecnicamente e moralmente.
Acho ótimo que existam pessoas como você, que tentam convidar seus pares para fora da caverna, mas já tendo visto outra forma de fazer as coisas em países mais “maduros” eu fico desanimado.
Enfim, o nosso caminho é tão longo que o destino já se esconde atrás do horizonte. Acreditar no Brasil não é uma questão de opinião, não se pode deduzir nada a respeito do futuro com seriedade, é simplesmente uma questão de fé.
Um grande abraço!
Obrigado pelo comentário instigante Filipe! Você precisa entrar em contato conosco pelo contato@lucianopires.com.br para escolher um outro livro. Olha só, o Filipe já ganhou dois livros por comentar nossos programas! Tá afins, hein? Vai comentando aí, ô!
Muito bem. O Filipe ganhou um kit de produtos DKT com a marca Prudence! Aliás, eu acho que é o segundo kit que ele ganha. Haja fôlego, cara! A DKT distribui a mais completa linha de preservativos e géis lubrificantes do Brasil, e também apoia diversas iniciativas de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis. E também ao planejamento familiar! Acesse www.facebook.com/dktbrasil e conheça mais a respeito.
Por isso você já sabe! Na hora do amor, use PRUDENCE.
(gravação Steve Jobs)
Sabe quem é esse, hein? Steve Jobs! E esse discurso dele é famoso e maravilhoso! Você não entendeu? Mas dá pra entender, sabia? Dá para fazer um curso de inglês pelo Skype, no dia, hora e lugar que você quiser. Com um professor de carne e osso conduzindo a aula com base em acontecimentos do dia a dia, já pensou, hein cara? Isso existe! Conheça a LOI ENGLISH, veja os depoimentos dos brasileiros que estão aprendendo inglês com eles. Acesse. www.skypeenglishclasses.com. De novo www.skypeenglishclasses.com.
Depois volte para ouvir o discurso de Steve Jobs. Esse cara entendia de produtividade. E de vida.
Muito bem… o Filipe tocou num tema importante, que me parece ser fundamental para o Brasil do futuro: Ele falou de produtividade. Ele falou bastante de qualidade, mas qualidade está dentro da produtividade. Produtividade. Esse termo sempre foi muito comentado, mas parece que voltou à ordem do dia em face dos acontecimentos do nosso dia a dia. O dia a dia dos brasileiros.
Meu amigo Rafael Baldresca publicou um vídeo, naquele seu famoso Hipnodrops, no qual descreve uma curiosa sucessão de fatos. Ouça e veja se é familiar a você:
(gravação de Rafael Baldresca)
Ra ra ra…Você ouviu o barulho do martelo caindo no piso, cara?
Então… Já passou por isso? Qualquer pessoa que já tentou reformar a casa sabe o inferno que é, cara. Se você já passou por isso, então você teve o exemplo do que é baixa produtividade.
Tudo tem que ser refeito, tudo é meia boca, as coisas não encaixam, o tom da tinta é diferente, o documento tem que ser autenticado no cartório, o carro tem que voltar para a oficina, o bolo não ficou pronto na hora combinada, o caminhão não fez a entrega quando devia, a peça de reposição não é encontrada à venda, o vôo muda quatro vezes de portão de embarque e sai atrasado, o exame não pode ser feito pois o equipamento está quebrado e não avisaram, os móveis que deviam chegar na quarta não chegam, o instalador da tevê a cabo que combinou na segunda feira não aparece e não dá satisfação, a conexão banda larga de 30 megas só entrega um mega e dane-se, a conta do telefone celular chega errada e você é que tem que ficar pendurado no telefone por horas para resolver…, o que é mais que você quer colocar na lista, hein?
Esse chorinho delicioso ao fundo é TRABALHOSO, de Altamiro Carrilho e Fernando Ribeiro, com o próprio Altamiro. Não é uma delícia, hein?
Ah! Como é duro trabalhar, cara! Trabalho, trabalho, quem que inventou o trabalho hein?
Bom. O Oscar da Penha, que entrou para a história como Batatinha, fez uma música deliciosa chamada INVENTOR DO TRABALHO. É uma delícia.
Inventor do trabalho
Batatinha
O tal que inventou o trabalho
Só pode ter uma cabeça oca
Pra conceber tal ideia
Que coisa louca
O trabalho dá trabalho demais
E sem ele não se pode viver
Mas há tanta gente no mundo
Que trabalha sem nada obter
Contradigo o meu protesto
Com referência ao inventor
A ele cabe menos culpa
Por seu invento causar pavor
Dona Necessidade que é senhora absoluta da minha situação
De trabalhar e batalhar por uma nota curta
Bem, vamos então à aula de hoje do seu Café Brasil Educacional… Produtividade.
Uma trilha de respeito: esse é o gaúcho Geraldo Flach Quarteto com a Orquestra São Pedro tocando CORAÇÃO VAGABUNDO de Caetano Veloso. É jazz de primeira no Café Brasil…
Muito bem: produtividade é a soma de efetividade, que é fazer a coisa certa, com eficiência, que é fazer certo a coisa. Entendeu, hein? Produtividade é a soma de efetividade com eficiência. Ou, como diria meu avô lá em Bauru, produtividade é fazer a coisa certa do jeito certo, pô.
Quem faz a coisa certa do jeito errado não é produtivo. Vamos ao exemplo que o Rafael falou lá atrás: o vidraceiro que coloca o vidro na janela e destrói a pintura da parede não é produtivo.
Quem faz a coisa errada do jeito certo também não é produtivo! Exemplo? Quando terminaram as obras da casa onde moro há 16 anos, fui tomar meu primeiro banho na baita banheira de hidromassagem que foi impecavelmente instalada no meu banheiro. Ficou uma semana cheia de água para ter a certeza de que não havia vazamentos. E eu descobri, depois de pronta, que o encanador ligou os canos de forma invertida. Eu teria que quebrar o banheiro inteiro para arrumar a cagada. É claro que não fiz isso, a banheira está lá até hoje e não serve para nada.
Produtividade é fazer a coisa certa do jeito certo.
Mas porque a produtividade é tão importante, hein? Ouça isto que legal: algumas estatísticas realizadas nos Estados Unidos demonstram que um trabalhador nos dias de hoje tem que trabalhar apenas 11 horas para produzir o mesmo tanto que um trabalhador levava 50 horas para produzir em 1950. A evolução tecnológica tanto nas técnicas de produção quanto nos equipamentos proporcionou esse ganho de produtividade fenomenal. No entanto, nenhum de nós trabalha menos do que nossos pais ou avós trabalhavam em 1950, não é?
Veja só: poderíamos trabalhar metade do que trabalhamos hoje para manter o mesmo padrão de vida que a turma mantinha em 1950, cara! Mas… quem é que quer manter o padrão de vida de 60 anos atrás? Acho que ninguém, não é? Queremos mais conforto, mais lazer, mais curtição…e para isso nos matamos.
Essa é a história da humanidade: a gente evolui. As conquistas de uma geração são atropeladas pelas da próxima geração, exigindo sempre mais esforço, mais trabalho, mais dedicação.
Olha só: cerca de seiscentos anos atrás, os poucos livros que existiam eram produzidos por monges que pacientemente escreviam um a um, à mão, num processo penoso, caríssimo e demorado.
Então o alemão Gutenberg inventou a prensa tipográfica, que atropelou os monges e mudou a história da humanidade. Aquela indústria artesanal dos monges que criava riqueza foi destruída pela nova tecnologia que reinou por quase 300 anos.
Até um outro alemão, Ottmar Mergenthaler inventar o linotipo, uma máquina maluca que atropelou o processo manual de Gutenberg. E aquela indústria tipográfica manual de Gutenberg perdeu a capacidade de gerar riqueza, atropelada pela nova tecnologia.
No começo do século passado surge o processo de impressão off set, que aos poucos destrói a capacidade de gerar riqueza do sistema da linotipia. E então surgem as impressoras digitais. E hoje… bem, hoje…
Eu acabo de voltar de um almoço com o Daniel Marun, presidente da DKT. Ele me recomendou um livro interessante. Imediatamente, tirei meu celular do bolso, entrei na Amazon e em 3 minutos o livro estava comprado e baixado para meu celular, computador e iPad. Os monges, Gutenberg, Mergenthaler e mais um monte de gente virou no túmulo, cara.
É assim que funciona, percebeu? Cada sistema que surge com a evolução tecnológica destrói a capacidade do sistema anterior de gerar riqueza, amplia enormemente a produtividade e exige novas habilidades e conhecimentos dos operadores. Pense na secretária eletrônica, depois no voice mail e agora olha o whatsapp aí no seu celular.
É preciso manter um ganho contínuo de produtividade para continuar a criar riqueza.
E como é que isso se traduz para suas ações? Você ai, que está me ouvindo. Bem, você vive pressionado a desempenhar cada vez mais com aquilo que você empenha. Deixe-me melhorar Essa explicação, olha só.
Empenhar é algo de fora para dentro. Você está empenhando quando está estudando, praticando, treinando, obtendo experiência, desenvolvendo habilidades. E você faz isso o tempo todo, buscando recursos. Matricula-se num curso, compra um livro, ouve um podcast, assiste uma palestra, faz um estágio. Com tudo isso você está empenhando conhecimento e experiência.
Até que em algum momento você vai resgatar o que foi empenhado. É o momento do desempenho. Des empenho. Teoricamente, quanto mais você empenhou, mais você teria para desempenhar. Quanto mais experiência, maior a chance de ter um excelente desempenho.
Produtividade é aumentar constantemente a qualidade e quantidade de seu desempenho em relação ao que foi empenhado.
E para ficar na moda: produtividade é conseguir obter cada vez mais com menos…
Já ouviu isso antes?
Por isso é fundamental que, se você está preocupado com sua produtividade, foque no resultado que você quer obter e não nas horas que você trabalhou.
Qual é o resultado que o encanador, o pedreiro, o vidraceiro, o eletricista, o mecânico quer obter, hein? Fazer a instalação ou conserto da forma mais correta possível no menor tempo possível, sem ter que voltar para corrigir a cagada. Assim ele pode partir para um novo trabalho. Dizer que trabalhou 40, 60, 120 horas em algum projeto não quer dizer nada! Dizer que fez bem feito, na primeira vez, da forma mais rápida possível é que é o bicho.
Produtividade então é isso: fazer bem feito, com a melhor qualidade, no menor tempo possível, acertando na primeira vez.
Quanto vale isso?
Ai que delícia, cara… Essa é CAPRICHOS DO DESTINO, de Pedro Caetano e Claudionor Cruz, com Yamandu Costa e Valter Silva. Essa está num daqueles CDs maravilhosos, o Yamandú Valter, que é pra ouvir ajoelhado.
Quantas histórias você conhece de quem escolheu o mais baratinho, o mais simplesinho, o mais rapidinho e depois teve que pagar para desfazer e fazer tudo outra vez?
Pois esse é o drama do Brasil. PRODUTIVIDADE.
Nossa produtividade é vergonhosa por causa de vários fatores.
BUROCRACIA: Somos escravos de uma burocracia burra, que aumenta prazos, dificulta os processos e encarece as coisas.
PLANEJAMENTO: Somos muito ruins em planejamento. Taí a copa do mundo: sete anos para fazer e deixamos tudo para última hora, pagando muito mais caro e com o risco de fazer nas coxas.
DISCIPLINA: somos horríveis em cumprir prazos, em entregar o que prometemos, em assumir compromissos.
IGNORÂNCIA: não preciso falar muito sobre isso, não é? Desde a educação formal até a educação informal… somos horrorosos.
PERCEPÇÃO DE VALOR: somos péssimos nisso. Aceitamos pagar três ou quatro vezes o preço de um bem, desde que cada uma das 354 parcelas caiba no nosso orçamento mensal. Nos recusamos a pagar mais caro por um produto de melhor qualidade. Só vemos o aqui e agora. E depois, hein? Ah, depois a gente se vira…
COITADISMO: isso é a morte. Fui jantar em uma de minhas viagens. No final pedi um sorvete. Três bolas. O garçom me disse os sabores e eu pedi: uma de creme, uma de chocolate e uma de flocos. Cinco minutos depois chega o garçom com uma de chocolate, uma de creme e uma de morango. E o que eu fiz? Escuta, pedi flocos e não pedi morango.. O garçom então fez aquela expressão bem brasileira: Ah…. E eu disse Tudo bem vai deixa assim. Afinal de contar, coitadinho, é um pobre garçom… e eu coloquei mais um tijolinho na mediocridade que assola o país.
Morremos de pena dos coitadinhos, mesmo aqueles que ganham para fazer uma tarefa, são treinados para isso, só fazem isso e fazem mal feito. Se forem humildes trabalhadores, são coitadinhos…e continuarão a fazer malfeito. Estenda esse raciocínio para todas as esferas de negócios que você conhece.
CONFORMISMO: primo do coitadismo. Nos conformamos com o que é mais ou menos, meia boca, baratinho… nos conformamos com o quase. Quase deu… quase foi…quase serve…quase bom….
DEUS ESTADO, DEUS SANTO: já falei disso no programa OS DOIS DEUSES DO BRASIL. Tudo aqui é se Deus quiser, Deus é quem sabe, foi obra de Deus, me ajude Prefeito, o governador não fez e assim vai…
Olha, dava para ficar aqui algumas horas falando de produtividade no Brasil, mas a intenção hoje foi apenas introduzir o assunto. Esse tema abre espaço para discussões sobre capacidade de julgamento e tomada de decisão, sobre ética, sobre justiça, sobre inteligência, sobre iniciativa individual, sobre liderança, sobre os grandes temas que estão aí, flutuando à nossa volta.
Vou ter que voltar ao tema em breve.
Vai Vadiar
Monarco
Ratinho
Eu quis te dar
Um grande amor
Mas você não
Se acostumou
À vida de um lar
O que você quer é vadiar
Vai Vadiar! Vai vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
(Vai Vadiar!)
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
Agora!
Não precisa se preocupar
Se passares da hora
Eu não vou mais te buscar
Não vou mais pedir
Nem tão pouco implorar
Você tem a mania
De ir prá orgia
Só quer vadiar
Você vai prá folia
Se entrar numa fria
Não vem me culpar
Vai Vadiar!
Vai Vadiar! Vai vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
(Vai Vadiar!)
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
Quem gosta da orgia
Da noite pro dia
Não pode mudar
Vive outra fantasia
Não vai se acostumar
Eu errei quando tentei
Lhe dar um lar
Você gosta do sereno
E meu mundo é pequeno
Prá lhe segurar
Vai procurar alegria
Fazer moradia na luz do luar
Vai Vadiar!
Vai Vadiar! Vai vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
Agora!
Não precisa se preocupar
Se passares da hora
Eu não vou mais te buscar
Não vou mais pedir
Nem tão pouco implorar
Você tem a mania
De ir prá orgia
Só quer vadiar
Você vai prá folia
Se entrar numa fria
Não vem me culpar
Vai Vadiar!
Vai Vadiar! Vai vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
(Vai Vadiar!)
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
Quem gosta da orgia
Da noite pro dia
Não pode mudar
Vive outra fantasia
Não vai se acostumar
Eu errei quando tentei
Lhe dar um lar
Você gosta do sereno
E meu mundo é pequeno
Prá lhe segurar
Vai procurar alegria
Fazer moradia na luz do luar
Vai Vadiar!
Vai Vadiar! Vai vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
(Vai Vadiar!)
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
E é assim então, ao som de VAI VADIAR, de Monarco e Ratinho, com Marina Aydar que este Café Brasil vai saindo de mansinho.
Com o produtivo Lalá Moreira na técnica, a enrolada Ciça Camargo na produção e eu, este Steve Jobs de araque que não sabe o que é vadiar, Luciano Pires na direção e apresentação.
Estiveram conosco o ouvinte Filipe Aprigliano, Altamiro Carrilho, Batatinha, Geraldo Flach Quarteto e Orquesta São Pedro, Mariana Aydar, Yamandú Costa com Valter Silva e… Steve Jobs!
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Este é o Café Brasil, que chega a você com o apoio do Itaú Cultural e do Auditório Ibirapuera. De onde veio, tem muito mais. Visite para ler artigos, para acessar o conteúdo deste podcast, para visitar nossa lojinha… www.portalcafebrasil.com.br.
Pra terminar, eu vou quebrar o seu galho. Lá vai a tradução daquela parte do discurso de Steve Jobs:
Pelos últimos 33 anos, eu olhei no espelho toda manhã e perguntei a mim mesmo: se hoje fosse o último dia de minha vida eu iria querer fazer o que estou para fazer hoje? E sempre que a resposta fosse não por muitos dias seguidos, eu sabia que tinha que mudar alguma coisa. Lembrar que estarei morto em breve tem sido a mais importante ferramenta que encontrei para me ajudar a fazer as grandes escolhas em minha vida. Porque quase tudo: todas as expectativas externas, todo o orgulho, todo medo de passar vergonha ou falhar… essas coisas se vão diante da expectativa da morte, deixando apenas aquilo que é realmente importante. Lembrar que você vai morrer é a melhor forma que eu conheço de evitar a armadilha de achar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não existe razão para não seguir o seu coração.
Cerca de um ano atrás fui diagnosticado com câncer. Fiz um exame às 7:30 da manhã e ele mostrou claramente um tumor no pâncreas. E eu nem sabia onde ficava o pâncreas. Os doutores disseram que esse era quase com certeza um tipo incurável de câncer e que eu não deveria ter a expectativa de viver mais que três a seis meses. Meu médico aconselhou que eu fosse para casa e colocasse minhas coisas em ordem, que é o código que os médicos usam para preparar você para a morte. Significava dizer para seus filhos em alguns meses tudo aquilo que você achava que tinha 10 anos para dizer. Significava ter certeza que tudo está arranjado para tornar as coisas mais fáceis o possível para sua família. Significava dizer o seu adeus.
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