Café Brasil 383 – Mudança de hábitos

Bom dia, boa tarde, boa noite. Sempre é tempo de revisão de nossos projetos, sonhos e objetivos, não é? E um dos obstáculos mais importantes, se não o mais difícil de todos, com os quais nos deparamos é a necessidade de mudar nossos hábitos. Parece que é só uma questão de força de vontade, não é? Mas será que é só isso? Vamos nessa hoje, mais uma vez falando sobre hábitos no Café Brasil

e começando com uma frase de  Mark Twain:

A gente não se liberta de um hábito atirando-o pela janela: é preciso fazê-lo descer a escada, degrau por degrau.

O Café Brasil chega até você com o suporte do Itaú Cultural, que investe na descoberta, seleção, apoio e distribuição dos trabalhos de gente criativa que usa a cultura para expressar sua visão do mundo. Acesse www.facebook.com/itaucultural, clique no link para RUMOS e conheça um programa que pode servir para você obter os recursos para seu projeto artístico e cultural. Ou então, acesse www.itaucultural.org.br para mergulhar no mundo da cultura.

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E o exemplar de meu livro NÓIS…QUI INVERTEMO AS COISA, mais o já famoso kit DKT vai para…para… para o Douglas Wellington, de Campinas, que comentou assim o programa AINDA SOBRE A NORMOSE:

“Primeiramente adoro seus podcasts e ainda pretendo ler seus livros. É muito bom parar e pensar sobre suas discussões e criar teorias e experimentos na minha cabeça. Meu mundo é do tamanho do meu vocabulário e com certeza o meu está aumentando escutando o Café Brasil. Tive que escutar umas duas vezes para processar todas as informações.

Atualmente o normal é não ser normal, e assim caímos em um paradoxo: para mim o normal quem dita é o grupo. Um exemplo que passei há pouco foi quando decidi praticar uma atividade física. Para muitos eu estava entrando para o grupo dos normais que começaram a fazer atividades físicas porque tem um monte de outras pessoas fazendo. Outros muitos estavam me colocando no grupo dos que desistem. Hoje com um ano de corridas de ruas e muitos quilos a menos, entrei no grupo dos atletas mesmo não sendo um.

Gostaria muito de saber por que o ser humano deseja sempre se agrupar. Será o medo do desconhecido? Será uma forma de odiar e repreender mais alguma coisa?

Uma coisa me faz pensar: às vezes o normal não nos faz pensar de uma forma diferente? A taxa de pessoas obesas cresceu muito nos últimos anos. Se esse movimento pelas atividades físicas estivesse acontecendo há mais tempo, será que as coisas não seriam diferentes?

Tem “haters” que usam o pretexto do normal para criticar ou diminuir outras pessoas. Penso “quem sou eu para repreender alguém que pensa diferente de mim?”.

Pois é, caro Douglas, você fala de coisas importantes: da decisão de mudar, do fazê-lo agrupando-se a outros, da mudança de hábitos. E eu diria que você assim responde à sua própria questão. Nos agrupamos para ter a sensação de proteção, de pertencimento a uma tribo, de motivação ao ver outras pessoas dividindo os mesmos objetivos e obtendo resultados. Fica muito mais fácil mudar certos hábitos quando fazemos parte de um grupo, não é?

Muito bem, o Douglas mudou o hábito de ficar ali caladinho, escreveu para nós a ganhou o livro mais o Kit DKT. Mude esse hábito você também, comente os podcasts que você escuta, pô!

E o KIT que o Douglas vai receber é enviado pela DKT do Brasil, que distribui no Brasil a mais completa linha de preservativos e géis lubrificantes com a marca PRUDENCE. Se seu negócio é prazer, use PRUDENCE. Se seu negócio é proteção, use PRUDENCE. Se seu negócio é controle da natalidade, use PRUDENCE. E seu negócio é isso tudo junto, use PRUDENCE, ora.

Acesse www.facebook.com/dktbrasil para conhecer as ações de marketing social da DKT no Brasil e no mundo.

Na hora do amor, use PRUDENCE.

E a Pellegrino hein? Continua a mil distribuindo informações de primeira em sua página no Facebook. A Pellegrino é uma das mais tradicionais distribuidoras de autopeças do Brasil, há mais de 70 anos contribuindo para que os automóveis, caminhões e pickups circulem com segurança pelas ruas, estradas e rodovias do Brasil.
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Pellegrino Distribuidora. Conte com a nossa gente.

Hábitos são comportamentos que aprendemos e repetimos frequentemente, sem pensar como executá-los. São usos, costumes maneiras de viver modos constantes de se comportar, de agir. Eu vou resumir, no popular: hábito é um comportamento que repetimos sem pensar.  Em geral, ter hábitos é bom, eles nos poupam muita energia ao gerar rotinas eficientes, sistemas de organização e auto disciplina. Mas também são terríveis quando contribuem para compulsões, obsessões e vícios.

Hábitos são automáticos. Não temos que pensar para executá-los, é só repetir mecanicamente aquilo que sempre fazemos. Seres humanos não são apenas criaturas de hábito, somos escravos dos hábitos.

É durante a adolescência que muitos dos hábitos que nos acompanharão por toda a vida são formados. E a maioria dos adolescentes não tem a menor ideia de que os comportamentos aos quais eles se acostumarem no presente, serão provavelmente a forma como agirão no futuro. É pela repetição de formas de agir que os hábitos serão formados.

Existem os bons hábitos e os maus hábitos. Os bons hábitos, como praticar exercícios físicos, planejar as ações, exercitar a curiosidade, são meio que auto motivados. Quanto mais os desenvolvemos, mais queremos desenvolver. Já os maus hábitos, como mentir, a preguiça ou desistir dos desafios, são auto destrutivos. Quanto mais os praticamos, piores ficamos…

 Cotidiano nº 2
Vinícius de Moraes
Toquinho

 Hay dias que no sé lo que me pasa
Eu abro meu Neruda e apago o sol
Misturo poesia com cachaça
e acabo discutindo futebol
Mas não tem nada, não
Tenho meu violão

 Acordo de manhã, pão com manteiga
e muito, muito sangue no jornal
aí a criançada toda chega
e eu chego a achar Herodes natural

 Mas não tem nada, não
Tenho meu violão

 Depois faço a loteca com a patroa
quem sabe nosso dia vai chegar
e rio porque rico ri à toa
também não custa nada imaginar

 Mas não tem nada, não
Tenho meu violão
Mas não tem nada, não
Tenho meu violão

 Aos sábados em casa tomo um porre
e sonho soluções fenomenais
mas quando o sono vem a noite morre
o dia conta histórias sempre iguais

 Mas não tem nada, não
Tenho meu violão

 Às vezes quero crer, mas não consigo,
é tudo uma total insensatez
Aí pergunto a Deus: “Escute, amigo,
se foi pra desfazer por que é que fez?”

 Mas não tem nada, não
Tenho meu violão
Mas não tem nada, não
Tenho meu violão

Olha que delícia, cara…. Toquinho interpreta COTIDIANO Nr. 2,  dele e Vinícius de Moraes. Meu, como cantei essa música quando eu era novinho…

Li num lugar que ocupamos 75% de nosso tempo hoje, repetindo tarefas que fizemos ontem, a maioria delas como hábitos. Sem pensar, mecanicamente. Acordamos do mesmo jeito, tomamos café do mesmo jeito, vamos para o trabalho ou escola do mesmo jeito, etc. Uma infinita repetição que consome três quartos de nossa vida. É mole?

Mas ter hábitos também é um risco, como bem disse Erasmo de Roterdã, 600 anos atrás: Não há nada tão absurdo que o hábito não torne aceitável.

Sabe a dona Maria lá, que há 25 anos apanha do marido? E quando você pergunta indignado até quando ela vai aguentar aquilo, ela diz: “Já estou acostumada”…

Não há nada tão absurdo que o hábito não torne aceitável.

Nos habituamos com o político que rouba, com os marginais que trucidam um ao outro nos estádios de futebol, com os impostos que pagamos e que não voltam como benefícios, com a péssima qualidade dos serviços de telefonia celular, com os congestionamentos… E tudo que conseguimos dizer quando perguntados a respeito é: já estamos acostumados.

Você tem ideia do custo dessa resignação para o Brasil? Não? Seus netos provavelmente terão.

Por isso é muito importante ter consciência dos hábitos, separando os saudáveis, que nos ajudam a gastar menos energia, daqueles que são nocivos, que nos tornam escravos de processos que determinam nossas escolhas, simplesmente por não pensarmos.

Mas como fazer para se livrar de hábitos que estão lá, profundamente enraizados?

Mark Twain deu a dica: Faça todo dia algo que você não quer fazer. Esta é a regra de ouro para adquirir o hábito de fazer suas obrigações sem sofrimento.

Fazer todo dia algo que você não quer fazer: pô, não é fácil.

Hail holy queen
Hermann of Reichenau

Hail holy Queen enthroned above,
Oh Maria,
Hail mother of Mercy and of Love,
Oh Maria,

Triumph all ye cherubim!
Sing with us ye seraphim!
Heaven and Earth, resound the hymn!

Salve (salve), salve, salve Regina!

(Clapping Hands)

Hail holy Queen enthroned above,
Oh Maria,
Hail mother of Mercy and of Love,
Oh Maria,

Triumph all ye cherubim!
Sing with us ye seraphim!
Heaven and Earth, resound the hymn!

Salve, salve(salve), salve Regina!

Our life, our sweetness here below,
(Oh-o-o)Oh Maria,
Our hope in sorrow and in woe (woe-oh-oh),
Oh Maria,

Triumph all ye cherubim (cherubim),
Sing with us ye seraphim (seraphim),
Heaven and Earth resound the Hymn!

Salve, salve-salve, salve Regina!

A-le-lu-iah

Mater ad mater inter marata
Sanctus sanctus dominus
Virgo respice mater ad spice
Sanctus sanctus dominus

A-le-lu-iah (A-le-lu-iah)

Our life, our sweetness here below,
Oh-o-oh-o Maria,
Our hope in sorrow and in woe,
Woh-o-oh-o Maria,

Triumph all ye cherubim (cherubim),
Sing with us ye seraphim (sweet seraphim)
Heaven and Earth, resound the Hymn!

Salve, salve-salve, salve Regina! (Salve yeah)
Salve Regina! (woh-o-oh)
Salve Regina!

Salve rainha

Salve Santa Rainha entronizada acima,
Oh, Maria!
Salve Mãe de Misericórdia e de Amor,
Oh, Maria!
Triunfo de todos os querubins!
Canta junto dos serafins!
Céus e Terra ressoando o hino!
Salve (salve), salve, salve Rainha!
Salve Santa Rainha entronizada acima,
Oh, Maria!
Salve Mãe de Misericórdia e de Amor,
Oh, Maria!
Triunfo de todos os querubins!
Canta junto dos serafins!
Céus e Terra ressoando o hino!
Salve, salve (salve), salve Rainha!
(Piano)
Nossa vida, nossa doçura cá na Terra,
(Oh) Oh, Maria! Nossa esperança na tristeza e na dor (oh, oh),
Oh, Maria!
Triunfo de todos os querubins!
Canta junto dos serafins!
Céus e Terra ressoando o hino!
Salve, salve, salve Rainha!
A-le-lu-ia!
Mãe e mãe sobre todas as mães!
Santo, santo Deus!
Virgem e mãe venerável!
Santo, santo Deus!
A-le-lu-ia! (A-le-lu-ia!)
Nossa vida, nossa doçura cá na Terra,
(Oh) Oh, Maria!
Nossa esperança na tristeza e na dor (oh, oh),
Oh, Maria!
Triunfo de todos os querubins (querubins)!
Canta junto dos serafins (doces serafins)!
Céus e Terra ressoando o hino!
Salve, salve, salve Rainha! (Sim, salve!)
Salve Rainha (oh, oh, oh)!
Salve Rainha!

Opa! Lembrou dessa, hein? Você ouve HAIL HOLY QUEEN a canção cantada pelas freiras, numa antológica cena do filme MUDANÇA DE HÁBITO com Woopy Goldberg. Para horror das freiras conservadoras ela bota pra quebrar os hábitos e muda a realidade de um convento…

Temos a tendência a pensar que somos donos de nossas decisões, que temos o livre arbítrio de escolher o que quisermos fazer. Eu mesmo falo sempre isso aqui no programa. Mas não é bem assim. Na verdade, nosso pensamento consciente determina apenas uma parte do nosso processo de tomada de decisão. Muito da nossa conduta está atrelada aos hábitos, à repetição do que sempre fazemos, à ação automática, aquilo que é familiar. Não importa se é sobre a forma como comemos, como tomamos banho, como fazemos nossa higiene pessoal, como lidamos com nossos sentimentos: na maior parte do tempo repetimos padrões, sem pensar.

Minha filha, por exemplo, perde a hora toda a manhã. Desde que nasceu. Não importa se tem um despertador, ela simplesmente desliga, vira pro lado, dorme outra vez e perde a hora. Só levanta da cama quando os pais vão ao quarto dela, tiram a coberta, acendem a luz, abrem as janelas, fazem cócegas ou jogam um copo d´água. E ela sabe disso, por isso não se preocupa em mudar de hábito. Sabe que os pais vão agir quando necessário.

Mas quando fora de casa a coisa muda de figura. Sem os pais, ela tem que acordar na hora, e é aí que o bicho pega. Tivesse ela treinado essa mudança de hábito enquanto os pais estavam por perto, seria muito mais fácil abraçar novas rotinas. Mas você sabe como são os jovens…

Só quando saem de casa é que trombam com a realidade dos maus hábitos. A preguiça, a mania de deixar tudo para a última hora, os gastos além da conta, as horas diante da televisão ou do computador…

Tudo isso se apresenta diante deles de forma dura, como barreiras a serem vencidas. E dá um trabalho…

É no final da adolescência e começo da idade adulta que os jovens compreendem que os bons hábitos são difíceis de serem criados e os maus hábitos difíceis de serem eliminados. Estamos habituados a funcionar de um jeito que nos é familiar. Mudar isso é difícil. E aí continuamos como somos…

Muito bem, votando aos hábitos, pense aí naquela dieta. Estou tão acostumado a comer meu macarrão, tomar meu chope, meu sorvete, que mudar é um horror! E mesmo quando consigo a disciplina para regular a comida, sei que será no curto prazo. É piscar o olho, e o velho hábito está de volta. É assim com você também?

Pois é…

Pois então, é muito difícil mudar de hábito pois quando você combate um hábito, ele se defende, luta pela sobrevivência. O cartunista Walt Kelly disse uma frase genial: “Encontramos os inimigos, e eles são nós”. E na batalha contra nós, o velho nós, o comportamento habitual, geralmente vence.

Mudar hábitos é como decolar com um avião. O piloto alinha na pista e acelera as turbinas ao máximo para ganhar velocidade e sair do chão. É o momento do voo em que a maior quantidade de energia é gasta. Com a mudança de hábitos é assim também: a largada precisa de uma injeção desproporcional de energia. Ouvi uma vez de um amigo que ele colocava o tênis do lado de fora da porta de casa, pois sabia que se conseguisse chegar até lá, teria forças para fazer sua caminhada matinal. O difícil era sair da cama, sair de casa. Precisava de uma energia a mais.

Existem muitos métodos para ajudar na mudança de hábitos, criando novos ou livrando-se de velhos. Um deles é o método dos seis rês:

Reconhecimento: para compreender as consequências negativas do velho hábito ou as boas do novo hábito.

Responsabilidade: para assumir o compromisso de mudar.

Recordação: o lembrete diário para ativar regularmente o hábito.

Repetição: para estabelecer consistência da prática.

Revezamento: para encontrar um comportamento alternativo quando a velha tentação surgir.

Recompensa: para reconhecer o cumprimento da meta.

Reconhecimento, responsabilidade, recordação, repetição, revezamento e recompensa. Parece fácil, não é?

O mundo muda
André Abujamra
Eduardo Cabello

O mundo muda
A gente muda
O mundo muda
A gente muda
O mundo muda

Eu era pobre, andava de chinelo
Hoje sou rico, ando de pajero

Eu era rico, nadava na piscina
Hoje sou pobre, pão com margarina

Eu perdi tudo
Achei você
Eu tenho tudo
Tenho você

Eu era pobre e hoje eu sou rico
Eu era feio e hoje sou bonito

Eu eura rico e hoje sou pobre
Eu era escravo e hoje eu sou nobre

Eu perdi tudo
Achei você
Eu tenho tudo
Tenho você

Ah, que delícia! Faz tempo que eu não tocava o Karnak por aqui, não é? Eu não canso de ouvir esses caras… aqui é um clássico, que eu já toqui aqui umas dez vezes: O MUNDO MUDA.

Então vamos à experiência própria. Desde criança tenho o péssimo hábito de roer unhas. Existem várias explicações para o hábito, mas o fato é: eu roo unhas desde que me conheço por gente. E num adulto, é muito feio. E realmente me incomoda, estou sempre escondendo as mãos e com complexo. Não fica bem… Tentei de tudo, de passar pimenta a usar luvas, e não tem jeito. Algum tempo atrás fui tomar aulas de viola caipira e consegui algum sucesso, mas foi a agenda impedir que eu tivesse as aulas e lá veio a roeção de unha de novo.

Até que aprendi um método genial de tão simples num livro publicado nos EUA. Preste atenção e relacione com os seis rês, reconhecimento, responsabilidade, recordação, repetição, revezamento e recompensa.

O método diz para colocar um elástico num dos pulsos e a cada vez que levar um dedo à boca para roer, ou simplesmente quando se pegar mexendo nas unhas ou então pensando nelas, puxar o elástico e soltar no pulso. Dar uma elásticada daquelas de doer… É pensar em roer, elasticada.

A lógica é a seguinte: meu cérebro acha roer unha uma coisa legal, que dá algum prazer, sei lá porque. Por isso repito o hábito. Com a elasticada, vou dizer ao cérebro que não é prazer. Cada vez que ele quiser roer unha, vai levar uma elasticada. Roer unha, em vez de prazer, será fonte de dor. E preciso fazer isso toda vez que pensar em roer unha. Assim vou treinar o cérebro a abandonar o hábito, pois terei desprazer.

Adivinha se não tentei? É claro que sim!

O elástico ficou no meu pulso algumas horas. Levei umas cinco elasticadas e percebi uma coisa: eu não precisava do elástico. Precisava era da consciência de que estava para roer unha. Substituí o elástico por um piparote, sabe o que é um piparote, hein? É quando a gente impulsiona o dedo médio ou indicador na face interna do polegar e solta com força na orelha do colega? Eu paassei a fazer isso no pulso. Pensou em roer, piparote.

Durou um dia.

Percebi que a partir do momento em que passei a ter consciência de que estava para roer a unha, poderia pensar: não! Sem precisar do piparote.

Bem, dois meses depois, estou com cada unhão de dar gosto. Cresceram todas, exceto duas que ainda são roídas, mas eu achei que era normal São as que estão poupando as outras…  E logo mais eu vou tratar delas.

Você rói unhas? Bem, taí o truque.

Mudou
Taiguara

Mudou
Mudou o tempo e o que eu sonhei pra nós
Mudou a vida, o vento, a minha voz
Mudou a rua em que eu te conheci
Mudou
A ilusão da paz do nosso amor
Mudei as rimas do meu verso cru
E o sol mudou de cor meu corpo nu
Mudou
O impulso aflito de dizer que não
A lua é nova e a nova informação
Muda meu céu e vai mudar meu chão
A terra ardeu e o céu desmoronou
E há o que fazer e a flor não me ensinou
E há o que saber e o sonho não mostrou
Mudou
E vai mudar enquanto eu não morrer
E vai mudar pro amor sobreviver
Vê se me entende eu mesmo não mudei
Eu sou o mesmo livro, podes ler
Eu sou o mesmo livre pra dizer:
Que eu amo ainda
Que eu quero ainda
Te espero ainda
Pro amor!

Sabe o que dá quando você junta um compositor fantástico com uma cantora excepcional? É isso que você está ouvindo. É Célia, cantando MUDOU, de Taiguara.

Muito bem. Eu parei com o hábito de roer as unhas quando usei o reconhecimento: o problema de roer unhas estava mais do que reconhecido. Responsabilidade: só eu poderia resolver, o problema é meu e decidi que ia resolver. Recordação: pratiquei a atenção constante para perceber quando estava praticando o velho hábito. Repetição: toda vez repeti o uso do elástico, do piparote ou mesmo da percepção e da ordem ao cérebro para parar com o velho hábito. Revezamento: quando aparecia a vontade de roer unha eu partia para outra coisa. Manipulava algo com as mãos, botava uma bala na boca, colocava as mãos no bolso, sei lá. E por fim veio a recompensa: o prazer de ver uns unhões, de coçar a perna com gosto, de pegar a moeda no chão, de não ter vergonha de mostrar as mãos.

Seis rês. Bote pra funcionar. Não garanto que dá certo, mas pelo menos é um método, né?

Se você quer mudar um mau hábito, não tente fazê-lo de uma hora para outra. Planeje, pratique, vá aos poucos. Lembra da frase de Mark Twain que abriu este programa? A gente não se liberta de um hábito atirando-o pela janela: é preciso fazê-lo descer a escada, degrau por degrau.

Oh! Happy day
Phillip Doddridge
JA Freylinghausen
Eduardo F. Rimbault

Oh happy day (oh happy day)
Oh happy day (oh happy day)
When Jesus washed (when Jesus washed)
When Jesus washed (when Jesus washed)
Jesus washed (when Jesus washed)
Washed my sins away (oh happy day)
Oh happy day (oh happy day)

La, la, la, la, la, la, la, la, la

Oh happy day (oh happy day)
Oh happy day (oh happy day)
When Jesus washed (when Jesus washed)
When Jesus washed (when Jesus washed)
When my Jesus washed (when Jesus washed)
He
washed my sins away

La, la, la, la, la, la, la

He taught me how (oh, He taught me how)
To wash (to wash, to wash)
Fight and pray (to fight and pray)
Fight and pray
And he taught me how to live rejoicing yes, He did (and live rejoicing)
Oh yeah, every, every day (every, every day)
Every day!

Oh happy day (oh happy day)
Oh happy day, yeah (oh happy day)
When Jesus washed (when Jesus washed)
When my Jesus washed (when Jesus washed)
When Jesus washed (when Jesus washed)
My sins away (oh happy day)
I’m talking about that happy day (oh happy day)

He taught me how (oh yeah, how)
To wash (to wash)
Fight and pray (sing it, sing it, c’mon and sing it)
Fight and pray
And to live, yeah, yeah, c’mon everybody (and live rejoicing every, every day)
Sing it like you mean it, oh
Oh happy day (oh happy day)
I’m talking about the happy days (oh happy day)
C’mon and talk about the happy days (oh happy day)
Oh, oh, oh happy days (oh happy day)
Ooh talking about happy day (oh happy day)
Oh yeah, I know I’m talking about happy days (oh happy day)
Oh yeah, sing it, sing it, sing it, yeah, yeah (oh happy day)
Oh, oh, oh
Oh happy day!

Oh, Dia Feliz

Oh, Dia feliz, (dia feliz)
Quando Jesus lavou (quando Jesus lavou)
Quando Jesus lavou (quando Jesus lavou)
Jesus lavou (quando Jesus lavar)
Levou meus pecados embora (oh dia feliz)
Oh dia feliz, (oh dia feliz)

Oh dia feliz, (oh dia feliz)
Oh dia feliz, (oh dia feliz)
Quando Jesus lavou (quando Jesus lavou)
Quando Jesus lavou (quando Jesus lavou)
Quando meu Jesus lavou (quando Jesus lavou)
Levou meus pecados embora

Ele me ensinou como (me ensinou como) Como observar (observar)
Lutar e orar (lutar e orar) lutar e orar
(e me ensinou como viver louvando)
E viver louvando cada, cada dia, cada dia

Oh dia feliz, (oh dia feliz)
Oh dia feliz, (oh dia feliz)
Jesus lavou (quando Jesus lavou)
Quando Jesus lavou (quando Jesus lavou)
Quando Jesus lavou (quando Jesus lavou)
Meus pecados embora (oh dia feliz)
E ensinou como cada dia pode ser feliz (oh dia feliz)

Ele me ensinou como (me ensinou como)
Como observar (observar)
Lutar e orar (cante, cante, venha e cante)
Lutar e orar E viver louvando cada, cada dia, cada
E viver louvando cada, cada dia, cada
(cante comigo, yeah) todo dia

 Oh dia feliz, (oh dia feliz)
Oh dia feliz, (oh dia feliz)
Oh dia feliz, (oh dia feliz)
Oh dia feliz, (oh dia feliz)

E é assim, ao som de OH HAPPY DAY, que está no filme MUDANÇA DE HÁBITO 2 que este Café Brasil que abordou de leve a questão dos hábitos, vai saindo como de hábito.

Com o maníaco Lalá Moreira na técnica, a obsessiva compulsiva Ciça Camargo na produção e eu, o Zé das unhas Luciano Pires na direção e apresentação.

Estiveram conosco o ouvinte Douglas Wellington, Toquinho, Karnak, Célia, e a turma do filme Mudança de Hábito.

Este é o Café Brasil, que habitualmente chega até você com o suporte do Auditório Ibirapuera. Olha só: esse é um hábito excelente, ir no Auditório Ibirapuera, conhecer os programas que eles tem por lá, fazer parte do grupo de pessoas que tem a mania de ir lá. Visite o www.auditorioibirapuera.com.br e dê uma olhada no que te espera. Habitue-se à cultura, meu!

Este é o Café Brasil. De onde veio, tem muito mais. E se você não sabia, o texto completo deste programa está publicado no www.portalcafebrasil.com.br. Apareça.

Pra terminar, a frase ferina de Erasmo de Roterdã:

Não há nada tão absurdo que o hábito não torne aceitável.

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