Bom dia, boa tarde, boa noite! E vamos chegando ao final de mais um ano, pra variar um ano daqueles…e pra comemorar resolvemos fazer um programa de bate papo. Escolhemos algumas cartas que os ouvintes mandaram ao longo do ano e vamos que vamos. E a trilha sonora é um barato!
Pra começar, uma frase ácida de Sir Hob:
Quando te desejarem feliz ano novo, tripudie. É mais do mesmo…
O Café Brasil chega até você com o suporte do Itaú Cultural, que entra ano, sai ano, trabalha para incentivar, motivar, organizar e distribuir ideias de homens e mulheres que tem na cultura sua forma de expressão. É assim, quase sagrado, sabe? Acesse www.itaucultural.org.br, dê uma olhada na infinidade de programas que eles patrocinam. Tem algo ali que vai te conquistar…
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Bem, como vamos usar hoje várias cartas de ouvintes, não tem o sorteio do livro e do kit. Cada um que tiver sua carta lida no programa ganha o exemplar de meu livro NÓIS…QUI INVERTEMO AS COISA, mais o fantástico Kit DKT. É Natal, oras!!!
Lalá, solta o melo da DKT.
E este é o momento de celebrar a DKT Brasil, que no ano que termina começou conosco uma parceria sólida e que já renovou o contrato para 2014 inteirinho! É nóis!
A DKT distribui a mais completa linha de preservativos e géis lubrificantes do Brasil, com a marca PRUDENCE. E eles estão aos poucos conquistando participação de mercado! E para nós tem sido uma satisfação fazer parte dessa história. Acesse o www.facebook.com/dktbrasil e conheça mais sobre uma empresa que pratica o marketing social. Acredite, a DKT ajuda a fazer a diferença no controle da natalidade e no combate às doenças sexualmente transmissíveis.
Na hora do amor, use o quê? Prudence, é claro!
E este ano esteve conosco também a Pellegrino Distribuidora, que fornece os melhores componentes de auto e moto peças do mercado. A Pellegrino tem um página interessantíssima no Facebook, repleta de dicas que não se restringem à automóveis e motos. Tá cheia de curiosidades que você gostará. Visite www.facebook.com/pellegrinodistribuidora, Pellegrino com dois eles, dê uma olhada e deixe lá uma mensagem pra eles.
Pellegrino Distribuidora. Conte com a nossa gente.
Vou começar o programa com um poema. O Poemeu de Natal de Millôr Fernandes, que eu adaptei para o Café Brasil. Ouça:
No Rio a gente sensata
Lutou por uma figueira
Mas não vi um democrata
Sair de sua banheira
Pra ver a causa mortal
Da árvore de Natal.
Dava bolas, não se lembram?
Dava velas multicores
Que iluminavam, na sala,
Uma breve noite sem dores.
Ainda existem, mas poucas
Foram sendo destruídas
Pelo atrito entre as vidas
Foram sendo desprezadas
Pelas relações iradas.
E além disso, que má fé,
Eram banhadas apenas
Com lágrimas de jacaré.
Embora, entrando pelo tubo,
O povo, a todo momento,
Não lhe poupasse adubo
Bosta de ressentimento.
Mas será que interessa
Em nome de uns inocentes
Crescer árvores inventadas
Pela imaginação das gentes
Sem utilidade prática
Frutificando presentes
(Que brotavam das raízes)
Só pra pessoas felizes?
Nunca vi martelo ou pua
Ou uma colher de pedreiro
Frutificar nessa árvore
Fosfatada com dinheiro.
Era uma coisa maldita
Pois a praga da aflição
Crescia mais do que ela
E sem darmos atenção
Foram-se acabando as mudas
Não houve renovação
E cercada de fome e medo
Morreu toda a plantação.
Pode ser, eu não sei não,
Pois há ainda outra versão
Ante a violência urbana
A árvore ficou tristonha
E como não era humana
Morreu mesmo é de vergonha.
Contudo, sou da esperança,
Do “quem espera sempre alcança”
E por isso deixo aqui
Meu voto de confiança
O meu apelo final
À árvore de Natal:
Mais popular, mais comum,
Quero ver-te renascer
Para que, em 2014, ano incomum,
Possam os pobres te comer.
Os descendentes
Daniel Galli
Há muito, muito, muito tempo
A felicidade se quebrou
E os milhões de pedacinhos
Foram sendo recolhidos um por um
Por um velhinho que era o nosso
Tatatatatatatatatatatatatatatataravô
Nós somos tatatatatatatata
tatatatatatatataranetos de Noel
Trocamos mimos de felicidade
Que embrulhamos em pedaços de papel
Felicidade pra lá, felicidade pra cá,
É um verdadeiro carnaval
Um presente vira outro presente
E todos juntos um feliz Natal
Daqui a muito, muito, muito, muito tempo
Depois de muitos e muitos natais
E quem sabe os nossos tatatatatatatataranetos
Possam finalmente celebrar a paz
Então pra sempre, sempre no Natal
Pelo mundo afora se ouvirá
Os sinos badalando e as pessoas em uníssono
Cantando e cantando sem parar
E aí? Que tal esse som? É a Rhaissa Bittar, claro, com OS DESCENDENTES, composição de Daniel Galli. Essa música está num CD delicioso chamado É NATAL, que a turma da PANELA PRODUTORA, onde está meu amigo Janjão, produziu como ação de final de ano, provando que é possível fazer música de qualidade com temas como o Natal! Todas as músicas deste programa vem do mesmo CD, que tem 11 canções inéditas. No final do programa dou a dica de como achar o CD.
Vamos então aos emails de alguns ouvintes. O primeiro é do Carlos, que comentou o programa PINGOS NOS IS:
“Luciano
Achei um dos melhores programas sobre política e ideologia que já ouvi. Você sabe muito bem e deve ser um dos motivos que mantém o site e o programa, que você chega onde Olavo, Constantino e Reinaldo Azevedo sequer ousam passar perto. Com teu estilo “água”, como você mesmo já disse, consegue levar ideias e ideologias de direita, liberais e até conservadoras a um público simpatizante do socialismo e progressismo. Só continuo te ouvindo pela clareza e sinceridade que usa, você não vende gato por lebre e não é desonesto com quem vem pegar teus doces e músicas legais: eles estão carregados com seu pensamento e querem fazer o sujeito pensar diferente sim. E aí cabe a ele digerir e como disse, separar a parte indigesta e que entope o coração…..
Ê Carlos, acertou na mosca, hein? É isso mesmo. Quero chegar onde outros não chegam, exatamente pelo estilo que usam: a veemência verbal, a agressividade nos argumentos, por vezes a grossura. Não discordo desses métodos, eu até acho que eles tem um grande mérito de ridicularizar quem tem que ser ridicularizado, mas entendo que muita gente se afasta exatamente pela agressividade. Eu pego mansinho… Não sou atacante nem defensor, jogo no meio campo, distribuindo as bolas, dando cadência ao jogo, ligando a bola que vem de trás com a turma lá da frente. Com educação, leveza e sem a intenção de vender gato por lebre. Mas nem todo mundo entende assim… O comentário mais recente publicado no iTunes, por exemplo, diz assim: Simplesmente ele tenta manipular a audiência com discurso ensaiado e músicas relacionadas.
Olha, só se eu achasse que minha audiência é composta de idiotas. E ela não é…
Mas vamos em frente. Aliás, eu preciso pedir a você que tem conta lá no iTunes que deixe lá uma avaliação e um comentário sobre o Café Brasil. Isso é importante pra gente ter relevância numa das mais importantes plataformas de distribuição de podcasts do mundo. Dá trabalho mas você nos ajuda…
E depois de tudo
Daniel Galli
Depois de mais um ano
Depois de muita chuva
Depois daquela fria
Depois de um belo tombo
Depois da correria
Depois do resfriado
Depois de alguns segundos
Depois desencontrados
Depois de contrapontos
E dos pontos lotados
Depois das loterias
Dos números errados
Depois de alguns sapatos
Depois de mais uns quilos
E de cem mil quilômetros, depois
Quero parar nesse final
Feliz Natal
Depois de tudo que passou
A gente bem que merecia
Um dia assim
Um dia assim especial
Silêncio mundial
Depois de tudo que passou
Feliz Natal
Depois de mais um filho
Depois de de muito berro
Nasceu mais uma estrela
No meio de outra guerra
Depois de tanta falta
De gente que que está fora
De gente aque se fora
Pra gente, antes da hora
Depois de um acidente
Outra edição do óscar
Manchetes de enchentes
A oscilação do dólar
Depois de tanta nota
Depois de dar a volta
Que tal? Você ouve E DEPOIS DE TUDO, composição de Daniel Gallli com Vanessa Trielli. Uma delícia…
E vem a Flavia, que também comentou o PINGOS NOS IS.
Caro Luciano Pires, boa tarde.
Antes de começar, Voltaire é o autor da frase “não concordo com o que dizes….”. Tenho isso colado na geladeira para não esquecer.
Sou ouvinte do programa há pouco tempo e depois que me habituei ao formato, me tornei uma ouvinte assídua. Antes de tudo, gostaria de te parabeniza pelo teu posicionamento polítido ideológico no podcast “pingos nos is”, que foi bastante elegante.
Essa elegância no posicionamento me fez pensar em algo que tem me incomodado há tempos. Já tive os meus tempos de ideologia de esquerda na época de faculdade, muito mais por seguir um alinhamento educacional do que pelas minhas próprias ideias e na medida que pude ir aumentando o meu repertório acabei me tornando uma liberal, tanto no sentido político econômico, mas principalmente nas questões humanas. Hoje acho que vivemos uma espécie de ditadura do politicamente correto, ditadura das virtudes, que acabam amordaçando o livre pensamento e censurando as discussões, o que me deixa muito angustiada, pois sem discussão, sem troca de ideias, não se fazem acordos e sem acordos, como viveremos com as diferenças?
Outro dia li em algum lugar, que essas novas ferramentas “inteligentes” de rede social, acabam entendendo o que as pessoas gostam de ler, ver e ouvir e para supostamente facilitar a vida das pessoas, acabam mostrando o que mais está de acordo com esses gostos. Fico pensando nisso e confesso que me sinto um pouco incomodada. Qual o sentido de só se falar e ouvir os que pensam como você? Será que ouvir ou ler o que é diferente pode abalar tanto assim as nossas ideias? E se for o caso, não é porque elas deveriam ser abaladas? Fico pensando que quando temos que defender tão veementemente o nosso mundo, talvez ele não seja assim tão consistente.
Enfim, foram alguns devaneios e não vou me alongar mais, escrevi por isso, para te parabenizar por abrir um canal de comunicação, que apesar de um posicionamento claro do autor, abre espaço para críticas e outros pontos de vista.
Um abraço,
Flávia
Obrigado Flavia. Quero chamar atenção para um trecho do seu email: Já tive os meus tempos de ideologia de esquerda na época de faculdade, muito mais por seguir um alinhamento educacional do que pelas minhas próprias ideias, e na medida que pude ir aumentando o meu repertório acabei me tornando uma liberal, tanto no sentido político econômico, mas principalmente nas questões humanas.
Pois é… Não conheço ninguém que fez o caminho contrário, de liberal para esquerdista. Se tiver alguém assim eu gostaria de receber um email contando como foi o processo…
25
Felipe Trielli
Dia 24 de dezembro
Eu fui lá na 25
Pra comprar uns “badulaque”
Foi lá que eu achei aquele brinco
Fiz um pacote bonito
Cravejado de brocal
Pra te dar na noite de Natal
Botei a mesa, acendi uma vela
Pus luzinha na janela
Tasquei um cd do Roberto
Fiz pernil com farofa amarela
Tento manter a esperança
Mas o negócio tá feio
Meia noite e meia
E você ainda não veio
Já cansei de jingle bell
Eu não sou papai noel
Mas já tô de saco cheio
Que delícia! Essa é 25 de Filipe Trielli, com interpretação de Paulo Padilha. Como é rica a música popular brasileira…
E então chega um comentário de um ouvinte do programa pelo rádio! E vem incisivo. É o Luiz Mauro Ré, que escreve assim:
Olá Luciano. De início e logo após ouvir o último programa pela rádio Mundial, comecei a pensar em te escrever um e-mail chamando tua atenção de como os premiados no programa Café Brasil têm opiniões “aderentes” à do apresentador/ idealizador, ou seja, às tuas opiniões e comentários.
A convergência é quase total, o que estatisticamente não se justificaria. Seu público é de cabeças-pensantes e, portanto, a unicidade filosófica não deve ser absoluta. Lembro-me de apenas uma vez ter ouvido a leitura de um e-mail completo ao início do Café Brasil com comentário retificador à sua fala anterior.
Admito que o e-mail estava muito bem estruturado e parecia que o ouvinte (acho que de alguém da USP) sabia do que falava. Depois, refletindo melhor e de forma mais construtiva, gostaria de te sugerir um programa dedicado ao puxa saquismo que prolifera em nosso mundo, principalmente nos ambientes corporativos. É um tema que interessa a muitos de teus ouvintes. O que move o bajulador, o puxa saco ou o popular baba ovo ? Por que age tão descaradamente e sem nenhuma preocupação de identificado? E, principalmente, por que o beneficiado, o alvo do apoio irrestrito, ou seja, o dono do “saco” valoriza, e incentiva tal comportamento ? E mais … por que nossa mídia se transformou em palco para interessados emitirem depoimentos, sem nenhum questionamento? É o puxa-saquismos midiático a tônica do século XXI? Até quando nós – carneirinhos – seremos induzidos e orientados por caminhos pré-definidos pelos lobo ? Seria nossa sociedade sínica a tal ponto, compactuando com comportamento tão vil? Não temos nenhuma pretensão a relações íntegras e sinceras? Temos celulares e foguetes que chegam à estratosfera mas nos comportamos como indefesos lobotômicos? Bem, é uma sugestão …. sem pretensão e sem puxa-saquismo. Abraço, Luís Mauro
O quarto rei
Felipe Trielli
No império romano, no ano zero,
Um anjo sinceero me apareceu do além
Mudou meu destino, falou que um menino
Franzino e divino iria nascer em Belém
Com muito zelo, arrumei o cabelo,
Peguei o mais belo camelo pra ver o guri
Pus cravo e canela num bolso da sela
Segui a primeira estrela cadente que vi
Eu sou o rei do cardamomo
Da salsa e da erva chá
O rei da pimenta do reino
Quem é que vai levar
Eu sou o mago do cravo da índia
Do reggae e do cha cha cha
Pimenta da Jamaica
Que é que vai levar
Era meio dia minha estrela guia
Deixou-me ali na baia do Guarajá
Tirei a casaca, montei a barraca,
Embaixo da placa “bem vindo a Belém… do Pará”
Por que eu fui parar no Pará se eu não gosto de praia?
Por que eu fui parar no Pará se eu não gosto de sol?
Segui a estrela errada e peguei um ciclone tropical
E fui parar lá no Pará antes do carnaval
Passava da hora de eu ir embora
Vi uma senhora (lá fora não tinha ninguém)
Falei qaue queria encontrar o messias
Trazia especiarias pra dar pro neném
A moça era sábia e cheia de lábia
Me disse que lá “prás Arábia” ou até mais além
Que eu não fazia ideia, mas na Galiléia
Havia uma aldeia que tinha o nome de Belém também
Hoje minha vida é simplória, mas satisfatória
Não entrei pra história nem fiquei famoso, eu sei
Mas no Na tal eu rezo com velas acesas
E no ver o peso, na véspera eu viro rei
Eu viro o rei do cardamomo
Da salsa e da erva chá
O rei da pimenta do reino
Que é que vai levar?
Eu viro o mago do cravo da índia
Do reggae e do cha cha cha
Pimenta da Jamaica
Quem é que vai levar?
Que tal? Essa espécie de reggae abrasileirado? É O QUARTO REI, de Filipe Trielli, com interpretação de Maxado…
Vamos então à resposta ao Luís. Acho que muito mais gente deve pensar como ele. Deixe-me começar explicando como é que escolho as cartas que vou ler no programa.
Primeiro defino o tema do programa, que vem de uma inspiração qualquer. Pode ser uma música que ouvi (como nos programas UM DIA ÚTIL, BOHEMIAN RHAPSODY, STAIRWAY TO HEAVEN ou ARQUEOLOGIA MUSICAL). Pode ser um filme ou programa de televisão (como no DIE GEDANKEN SIND FREI ou CHOREI, CHOREI). Pode ser uma carta de um leitor (como nos programas GRANA, JOÃO BRASILEIRO MÉDIO ou PINXADO NO MURO). Pode ser um artigo que escrevi na semana (como a maioria dos programas). Pode ser um acontecimento (como SOLTO NAS RUAS ou NUNCA SERÃO ou ORAÇÃO DA MAÇANETA). Podem ser temas em discussão na sociedade (como MAIORIDADE PENAL ou ESFRIANDO O AQUECIMENTO GLOBAL).
Definido o tema, eu vou ao arquivo dos programas anteriores e procuro um que tenha no tema algum tipo de afinidade com o programa que vou montar. E busco nas cartas dos ouvintes alguma que seja adequada ao tema do programa. Não escolho pelo estilo de escrita, pelos elogios ou críticas, mas sim pelo conteúdo, para que ele agregue mais conteúdo ao programa. Felizmente, 95% dos comentários que recebemos são de gente que gosta do programa e todos estão publicados nas páginas do programa no site, www.portalcafebrasil.com.br. A maioria deles, no entanto, faz questão de dizer que concorda com muitas, mas não concorda com todas as minhas opiniões e ainda bem que é assim. Fosse o contrário, eu abriria a Igreja dos Pocotós dos Últimos Dias e ficaria milionário.
Gosto de receber emails com elogios, sim senhor. Mas aprecio aqueles que vem com críticas educadas e não canso de repetir: quem dedica tempo para escrever criticando de forma educada, está dizendo nas entrelinhas algo como eu me importo com você. Como não receber algo assim com carinho, hein?
Luís, não existe qualquer manipulação para publicar apenas elogios ou evitar críticas.
Quanto à sua sugestão de fazer um programa com o tema puxa sacos, já está anotada. Vai dar um programa legal!
Você me deu um beijo na noite de Natal
Felipe Trielli
Você me deu um beijo
Na noite de Natal
Na noite de Natal
Meu bem
Ficamos até tarde no trabalho
Cansados pra caramba
Esperando o trânsito caótico
E tímido você me disse
Entre pinheirinhos reluzentes
Que o papai noel tinha um presente pra me dar
Então eu
Olhei em volta e só tinha sobrado
Nós dois e mais ninguém
Fui ficando palido, trêmulo
Os óculos embaçados
Um silêncio pelos corredores
Só as mesas e os computadores
Vão saber que você
Não conseguia abrir meus olhos
Não conseguia respirar também
Concentração
Conta até cem
O meu coração batia maius que o sino de belém
Você me deu um beijo na noite de Natal
E nunca mais deu sinal
E agora é VOCÊ ME DEU UM BEIJO NA NOITE DE NATAL, de Filipe Trielli, com ele mesmo… Ficamos até tarde no trabalho, cansados pra caramba…que susto…
E tem também o comentário curtinho que o José Braga fez pelo Facebook no programa PINGOS NOS IS. Um detalhe: o Braga está no meu extremo oposto em termos de ideologia e política. É pior que a Ciça.
É um crítico consistente, que rebate cada ideia, cada post, cada opinião que coloco no ar contra a esquerda, especialmente a que está no poder. E comentou assim o programa PINGOS NOS IS.
Desde 2008 me alimento bem aqui. Descartando as gorduras da picanha e reclamando com o chef. Educadamente. Me vi um pouco nesse podcast.
Viu que legal? O Braga é um perdido ideológico, mas é inteligente…rararara. Errr, Lalá…
E já que estamos falando de comentários elogiosos, vamos então com o José Lages, que comentou o DIE GEDANKEN SIND FREI assim:
Prezado Luciano,
Sou carioca do Rio de Janeiro, mas moro já há algum tempo no interior de São Paulo, bem pertinho da sua querida Bauru. Deste modo, faço frequentemente a longa viagem de carro até minha cidade natal, levando 10 demoradas horas. Em casa, me perguntam como eu consigo viajar sozinho por tanto tempo. Sempre respondo que também não sei.
Até um dia que topei com seu programa e fui ouvindo no rádio do carro. Acabou este programa maravilhoso, no 339, e parei rapidamente num posto de gasolina para baixar outros, e assim fui ouvindo os diversos programas rodando pela estrada…
Quando me dei conta, a placa já dizia: Bem vindo ao Rio de Janeiro! Quem diria, a viagem já estava acabando e nem tinha percebido o tempo passar!
Na verdade, Luciano, isso que é o seu programa: uma grande viagem. Uma viagem que nos leva à música, à poesia, à filosofia, enfim, à reflexão, que é a maior de todas as viagens, pois nos leva ao infinito mundo dentro de nós mesmos.
Minhas viagens não são mais as mesmas. Hoje já não vou rodando pela estrada. Hoje vou voando nas ideias, nas emoções. Hoje vou pela estrada, realmente, viajando.
Hoje, quando, em casa, me perguntam como consigo fazer com tanta frequência uma viagem tão longa já sei qual resposta dar:
– Nem percebo o tempo passar, porque vou viajando, viajando, viajando….
Obrigado por ser tão boa companhia em minhas viagens. Viajemos, juntos então?
Grande abraço, José Lages
Rarararra…o que é que eu posso dizer, José? Muito obrigado, né? Este programa é realmente uma viagem e fico feliz em saber que tem gente que vem junto…
Ele já vem
Daniel Galli
Ele já vem… ele já vem…
Ele já vem… ele já vem…
Ele já vai nascer
Em pin pin pin pin
Pindaminhangaba, Taubaté
Até em Tatuapé
Em Irajá já já
Logo logo em Trinidad e Tobago em Togo
Em todo globo
Em Berlim lim lim lim
Viena, Roma, Rotterdam
Nas ilhas Cauman
No Iraque, no Irã
Noa noa no Haiti na Etiópia
Em Chipre, no Tibet
Em Nazaré
Jerusalém, Belém, Belém e além
Das linhas, dos limites, das divisas
Das feronteiras de ninguém
Ele já vem… ele já vem…
Ele já vem… ele já vem…
Ele já vai nascer
Em Pequim quim quim quim quim
Dudinka. Alaska. Hum, Cancún
Em Alexandroupoli, Cracóvia, Budapeste.
Timor Leste, em Hobart, qualquer lugar
Pra lá de Marrakesh
Enfim fim fim fim fim
No fim do fim do mundo
Polo Norte, Polo Sul, Israel e Istambul
Nagasaki, Uzbequistão. Butão, Sudão, Gabão e Maranhão
Itororó
Itanhaém, Xerém, Tracunhaém
Em todos os lugares
Que imaginares
Ele vem
Ele já vem… ele já vem…
E você ouve ELE JÁ VEM, de Daniel Galli com Rodrigo Régis….
Olha só, eu, a Ciça e o Lalá queremos agradecer a cada um dos ouvintes, que concordam, que discordam, que me amam, que me odeiam, mas que de alguma forma se importam, por estar conosco aqui no nosso cafezinho ao longo do ano. Vamos encarar o próximo ano com muitas novidades, sempre buscando levar você numa viagem conosco. E eu vou repetir: não quero que você concorde nem discorde.
Quero que se importe. E pense. Parece pouco, não é?
Não. Não é.
E é assim então, ao som de JINGLE BELL com a BANDA PARALELA, que vamos saindo de mansinho com este Café Brasil de final de ano.
Com o natalino Lalá Moreira na técnica, a noelesca Ciça Camargo na produção e eu, este duende trabalhador Luciano Pires na direção e apresentação.
Estiveram conosco Millôr Fernandes, os ouvintes Carlos, Flavia, Luís Mauro, José Braga e José Lages, além de Rhaissa Bittar, Vanessa Trielli, Maxado, Filipe Trielli, Rodrigo Régis, Paulo Padilha e Banda Paralela.
A trilha deste programa é do CD É NATAL. Acesse www.discodenatal.com.br ou busque por PANELA APRESENTA no Youtube e saiba mais.
O Café Brasil chega até você com o apoio do Auditório Ibirapuera, que enriquece nossas vidas com as manifestações de artistas brasileiros. Ou não. Se você, apesar do tanto que eu falo aqui, nunca foi lá, azar seu. Não sabe o que está perdendo. Acesse o www.auditorioibirapuera.com.br, dê uma olhada na programação, escolha uma atração e vá lá. Aposto que você vai se emocionar.
Este é o Café Brasil. De onde veio, tem muito mais. Acesse www.portalcafebrasil.com.br.
Pra terminar, para horror da Ciça Camargo, uma frase de Paulo Coelho:
O mundo muda com seu exemplo, não com sua opinião.
Feliz Natal!
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