Café Brasil 375 – Régua, compasso e normose 2

Bom dia, boa tarde, boa noite. No programa anterior começamos a tratar da normose, o conjunto de normas, conceitos, valores, estereótipos, hábitos de pensar ou de agir aprovados por um consenso ou pela maioria de uma determinada população e que levam a sofrimentos, doenças ou mortes. Vamos continuar nessa levada hoje.

Pra começar, uma frase de Pierre Weil:

Na realidade não existe nenhuma fronteira em lugar nenhum. Todas as fronteiras são criações da mente humana – logo não existem. E é em cima de fronteiras que não existem que se fazem as guerras!

O Café Brasil chega até você com o suporte sempre muito bem vindo de quem aposta nas ideias que saem da normalidade: Auditório Ibirapuera. Duvida? Então dê uma olhada em www.auditorioibirapuera.com.br para ver o que é que aquela turma anda aprontando. Ei! Não fique de fora. Vá conhecer o Auditório Ibirapuera!

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E o exemplar de meu livro NÓIS…QUI INVERTEMO AS COISA, mais o delicioso kit DKT vai para…para…. o Lázaro Inácio Araújo Rodrigues, que comentou assim o programa OUTROSPECÇÃO:

“Agora ouvindo o Café Brasil tive um insight (até então adormecido na minha mente), talvez colocar-se no lugar do outro seja apenas o começo da jornada! E os tais neurônios espelhos citados sejam mais um passo evolutivo, que já algum tem serve ás teorias da psiquiatria e mais recentemente as pesquisas do nosso ilustre Miguel Nicolelis.

Mas enfim, o que quero refletir e questionar é: será que somos sujeitos cada vez mais empáticos, que seguimos uns aos outros cada vez mais?
Estaria então explicada essa onda global de movimentos por um mundo diferente (esse “Zeitgeist interminável”)!

Ainda me lembro de dois autores sensacionais que questionaram essas mudanças, primeiro em Admirável Mundo Novo (Huxley) propõe a dúvida: se um homem pode lutar contra o sistema e angariar consigo seguidores!

Segundo, Jeremy Rifkins que propõe eem seu livro intitulado Civilização Empática, que todos temos um mesmo ideal, comum e resultante de uma evolução biológica seriada que nos faz querer construir redes (daí talvez o sucesso da internet!).

Assim penso que estamos muito longe ainda da sociedade marxista (que talvez tenha falhado, mas tem grande embasamento na biologia), devemos dessa forma entender um pouco mais sobre o humano que nos rodeia…e não somente ficarmos ligados a denominações patriotistas, corporativistas e partidárias. Fica uma indagação, talvez por isso as religiões tenham dado certo …pra ter fé é preciso conhecer (por mais sem sentido que essa frase pareça!)

No mais meus parabéns pelo podcast que percorreu áreas tão diferentes , desde sociologia, antropologia, neurociências, filosofia, religião. Enfim muito pano pra pouca manga! Até o próximo podcast!”

Obrigado Lázaro. Acho que no programa anterior e neste aqui estamos abordando justamente as questões que você colocou em seu texto. Tenho apenas um comentário, sobre quando você diz que estamos muito longe de uma sociedade marxista, que talvez tenha falhado. Talvez, não. Falhou em todas as tentativas e falhará até o fim dos tempos. Quando a humanidade estiver pronta para o socialismo, não precisará mais dele…

Pô…preciso lembrar quem foi o autor dessa frase.

O Lázaro ganhou um livro e o kit DKT. Você conhece a DKT?

A DKT atua no Brasil desde 1990 e contribui de forma efetiva para conscientizar a população sobre a importância do uso do preservativo em todas as relações sexuais. Em 1997 foi a primeira empresa a comercializar preservativos femininos no país, garantindo segurança e autonomia para as mulheres. Acesse o www.facebook.com/dktbrasil para saber mais sobre o marketing social que eles praticam.

No Brasil, a DKT distribui a mais completa linha de preservativos e géis lubrificantes, com a marca Prudence.

E você já sabe: na hora do amor, use Prudence.

Lalá: a Nakata parou…..

Opa, e quem vem pra cá agora é a Pellegrino, que é uma das maiores distribuidoras de auto e motopeças do Brasil. Aí você vai perguntar: o que é que uma distribudora de auto e motopeças quer aqui no Café Brasil? Vender amortecedores? Na verdade, o que a Pellegrino quer é te convidar para visitar o www.facebook.com/pellegrinodistribuidora, Pellegrino com dois “eles”. Dê uma olhada na infinidade de dicas legais sobre gestão e umas curiosidades deliciosas por lá.

Já sabe então: www.facebook.com/pellegrinodistribuidora.

Pellegrino Distribuidora. Conte com a nossa gente.

Bem, no programa anterior eu apresentei a você Pierre Weil, um dos criadores do termo “normose”.

Hoje quero contar a vocês como foi que Pierre se descobriu um normótico, com um depoimento dele mesmo. Talvez muita gente se identifique com ele…

Se eu quiser falar com Deus
Gilberto Gil

Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós
Dos sapatos, da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus

Se eu quiser falar com Deus
Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração

Se eu quiser falar com Deus
Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus
Sem cordas pra segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar
Decidido, pela estrada
Que ao findar vai dar em nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Do que eu pensava encontrar

Que bonito isso… é o paulistano Caê Lacerda interpretando Se eu quiser falar com Deus de Gilberto Gil. Que interessante…as trilhas para estes programas sobre o normose tem passado por Gil a todo momento. Por que será?

Vamos então ao texto do Pierre Veil.

“(…) A maneira mais simples de fazê-los entender do que se trata será contando um pouco do que se passou comigo há algumas décadas. Isso nos levará, ao mesmo tempo, aos aspectos pessoais e sociais que levaram à criação do conceito de normose. Lembro-me da crise existencial pela qual passei aos trinta e três anos de idade. Com o conhecimento que tenho hoje, identifico-a como consequência de uma normose. Foi, tipicamente, a crise de um normótico que ainda não sabia nada a respeito da normose. Fazia prosa sem o saber, como diz um jargão popular.

Por que afirmo que eu era normótico?

Minha crise ocorreu por eu ter procurado ser normal, de ter realizado o que uma sociedade recomendava e recomenda até hoje sobre o que é ser um homem bem sucedido. A sociedade, por meio dos meus pais, moldara um ser humano bem sucedido aos trinta e três anos. Um homem de sucesso porque eu tinha tudo: tinha a minha residência, tinha a minha casa de campo, tinha a minha piscina, tinha meu cargo na universidade, tinha o meu cargo junto ao presidente do maior banco da América Latina, tinha o meu consultório, tinha o meu livro best seller, tinha entrevista na televisão, tinha, tinha, tinha, tinha… E minha normose era, justamente, ter. Havia introjetado toda uma civilização do ter. Eu tinha, tinha tudo e estava muito infeliz, não era um homem realizado. Conformado a este contexto, eu acabei tornando-me normótico.

Por quê? Porque eu segui a norma que me levou à patologia: a patologia moral – era profundamente infeliz, a patologia social – me divorciei porque, quando se está infeliz, culpam-se os outros e uma patologia orgânica – a separação me levou a fazer um câncer. Então, já temos o conceito da normose: é o conjunto de hábitos considerados normais e que, na realidade, são patogênicos e nos levam à infelicidade e à doença. Embora resumida, é a definição que eu tenho seguido até hoje, muito útil e clara. Para sair da normose, deitei no divã do psicanalista e resolvi aprender e praticar ioga. Foi numa sessão de ioga que descobri a relatividade do conceito de normalidade. Vou contar a história, pois é muito ilustrativa.

Todas as quartas feiras à noite nosso grupo se reunia e o professor nos fazia relaxar, com música, e meditar. Depois, cada um relatava a sua experiência. Um dizia: eu vi um ser. Outro: eu vi cores. Outro ainda dizia: eu vi formas. Mais um: eu tive uma inspiração maravilhosa. E, quando chegou minha vez, eu disse: gente! Eu estou tapado. Eu não estou vendo nada! Isso transcorreu durante um ano. Foi aí que comecei a observar a relatividade do conceito de normalidade: nesse grupo, todo mundo tinha visões e eu não. Então, o grupo era normal e eu era anormal. Mais lá fora, nos dois milhões de habitantes de Belo Horizonte, quase ninguém tinha visões. Então, eu era normal e aquele grupo da ioga era anormal. Foi quando comecei a cogitar sobre a relatividade do conceito de normalidade.

O estudo da ioga me levou ao hinduísmo, ao budismo e ao conceito de maia. Constatei que essa nossa maneira de ver as coisas é uma fantasia. Mais tarde, eu a denominei de fantasia da separatividade.
Quando criamos a Universidade Holística, ao fazer o estudo da gênese da destruição da vida no planeta, descobrimos que sua raiz está em que consideramos a ilusão como normal. É um conceito provido de consenso social, que pode levar ao suicídio da humanidade. A isso se acrescentou, então, a noção de consenso: uma crença partilhada por uma maioria.

Os estudos de ioga me levaram a fazer um retiro com lamas tibetanos.

Fui para esse retiro especialmente para entender por que os tibetanos insistiam em Maia: termo sânscrito, que significa ilusão, em seu sentido mais geral. Tanto no caráter do sonho em nossa vida cotidiana. Ou seja, a semelhança entre o estado de consciência de vigília e o onírico. E lá eu aprendi, por mim mesmo, por meio do sonho lúdico, que a nossa vida cotidiana é como se fosse um sonho. Não tem muita diferença não. E todos acreditam nesse sonho. Voltamos à noção de normose e de consenso.”

Ninguém é igual a você
Ivo Meirelles

Tanto tempo eu tive
Pra falar
Que o seu corpo é um templo
Pra adorar
Segui teus passos
Eu te vi chorar
Mas foi tudo em nome
Do amor
Vou gritar seu nome
eu não posso mais errar
Ele é igual a você
Vou seguir seu caminho
Vou gritar seu nome
Eu não posso mais errar

Olha que legal… o carioca Ivo Meirelles, que até outro dia era presidente da Estação Primeira da Mangueira, que andou sujando a biografia participando daquele A Fazenda da TV Record, mas ele é muito bom, aqui com NINGUÉM É IGUAL A VOCÊ. Acredite nele. Ninguém é igual…

Voltemos então ao Pierre Weil

Um dia, em 1986, (…), proferi uma palestra sobre as anomalias da normalidade. Então, surgiu a ideia de que a normalidade podia ser patológica e patogênica. Todo o seminário versou sobre a definição do que é normal, tarefa nada fácil. O que é normal, afinal? De qualquer forma, a criação do conceito de normose nos força a buscar definir o que não o é.

Fiz uma experiência em que procurei colecionar todas as atribuições que se costuma fazer às pessoas julgadas anormais. Por exemplo: você é um idiota você é um irresponsável você é maligno, etc. Fiz uma coleção de uns trinta ou quarenta epítetos. Em seguida, traduzi-os ao seu contrário, pensando que, talvez dessa forma, poderia definir o que é normal. Para surpresa minha, saiu uma lista do que é um santo. Por esse procedimento empírico, um ser normal seria um santo. Será?

Depois disso, o conceito de normose ficou me trabalhando porque um conceito novo nos trabalha. De vez em quando, eu o usava nas palestras. Notei que, a cada vez que pronunciava a palavra normose, as pessoas riam muito. E, percebi, então, que a reflexão estava mexendo com alguma coisa fundamental. Inquietava as pessoas. Pouco a pouco me dei conta, entretanto, que esse é um conceito fundamental em psicologia, em sociologia, em antropologia, em educação e nas demais disciplinas e áreas de atuação humana. Mais ainda: evidencia um processo psicossociológico que ameaça a humanidade e as outras espécies vivas no planeta terra. Uma verdadeira fonte de sofrimentos e de tragédias, das mais diversas proporções. Foi quando realizei uma primeira classificação das normoses. E continuo descobrindo outras em minhas reflexões cotidianas.”

Igual a ti não há ninguém
Rita Pavone

Igual a ti não há ninguém
não existe no mundo
dos teus olhos profundos me vem
tanta tristeza
Igual a ti não há ninguém
tu es timido e sozinho
se tens medo da maldade do mundo
aceite os meus carinhos
amor me diga
o que posso fazer por ti
se tu pensas comigo vir
pois eu quero ajudar te e amar e amar
Igual a ti não há ninguém
é por isso que eu te amo
e jamais amarei outro alguem
com tanta ternura

Igual a ti não há ninguém
tu es timido e sozinho
se tens medo da maldade do mundo
aceite os meus carinhos
amor me diga
o que posso fazer por ti
se tu pensas comigo vir
pois eu quero ajudar te e amar e amar
Igual a ti não há ninguém
é por isso que eu te amo
e jamais amarei outro alguem
com tanta ternura

Igual a ti não há ninguém
não há ninguém, ninguém

Oba! Que tal a Rosemary em 1964, com IGUAL A TI NÃO HÁ NINGUÉM, versão de Come Te Non C’e Nessuno, da Rita Pavone? O que? Não sabe quem é Rita Pavone? Pô pergunta pro teu pai, tua mãe, teus avós… Manda a Rita aí Lalá.

Come te non c’e nessuno
Rita Pavone

Come te non c’è nessuno
Tu sei l’unico al mondo;
Nei tuoi occhi profondi io vedo
Tanta tristezza.

Come te non c’è nessuno
Così timido e solo,
E se hai paura del mondo rimani
Accanto a me.

Amore dimmi
Cosa mai posso fare per te?
I pensieri dividi con me.
Io ti voglio aiutare, amore amor.

Come te non c’è nessuno
E per questo che t’amo
Ed in punta di piedi entrerò
Nei tuoi sogni segreti

Come te non c’è nessuno
Nessuno… nessuno…

Então? O que você achou do processo de descoberta de Pierre Weil? Mas tem mais sobre normose, olha só:

A característica comum a todas as formas de normoses é seu caráter automático e inconsciente. Podemos falar, no caso, do espírito de rebanho. A maior parte dos seres humanos, talvez por preguiça e comodidade, segue o exemplo da maioria.

Pertencer à minoria é tornar-se vulnerável, expor-se à crítica. Por comodismo, as pessoas seguem ou repetem o que dizem os jornais já que está impresso, deve estar certo! Quantas pessoas aderem a uma ideologia, religião ou partido político só porque está na moda ou para ser bem vista pelos demais?

Uma maneira disfarçada de manipular as opiniões e mudar os sistemas de valores é anunciar que são adotados pela maioria da população. Nesse sentido, toda normose é uma forma de alienação. Facilita a instalação de regimes totalitários ou sistemas de dominação, olha só!

A tomada de consciência da normose e de suas causas constitui a verdadeira terapia para a crise contemporânea.”

Hummmm…. Tomar consciência sobre as normoses e suas causas… Que interessante… Não consigo deixar de pensar no Café Brasil 362 – A JANELA DE OVERTON. Porque será?

Eu sei de mim
Sérgio Humberto

Eu sei de mim, sei o que é bom,
Talvez não estejamos sempre certos
Quem falou que não se pode errar
se a água é salgada, pode ser o mar
ou podem ser lágrimas
Há mistérios debaixo do céu,
Você olha pro céu, se dá conta
Que o sonho acabou

Eu sei de mim, sei o que é bom,
E o sol ilumina a caminhada.
Chega a noite e quem não sabe sonhar
Se perdeu numa grande sombra
Aventura
Há mistérios debaixo do céu
Você olha pro céu, se dá conta
Que o sonho acabou

Eu sei de mim, sei o que é bom,
E o sol ilumina a caminhada.
Chega a noite e quem não sabe sonhar
Se perdeu numa grande sombra
Aventura
Há mistérios debaixo do céu
Você olha pro céu, se dá conta
Que o sonho acabou

Que tal hien?. Essa é EU SEI DE MIM, com o grupo baiano BANDA DE BOCA que toca sem instrumentos musicais…ué, pensou que na Bahia só tinha axé é?

Pois então. Nas empresas, o autômato normótico não toca o alarme quando é necessário. Como burocrata, segue as normas e os regulamentos ainda que estes ameacem levar o negócio à falência. Nas religiões, o normótico é, muitas vezes, um excelente praticante de rituais e leis, mas permanece cego e não sabe o que faz.

É por isso que é importante alertar os educadores a propósito de sua responsabilidade. Em suas mãos se encontra a possibilidade de formar autômatos normóticos ou seres humanos plenamente lúcidos.

Os automatismos se dissolvem mediante a tomada de consciência.

A tomada de consciência da normose e de suas causas constitui a verdadeira terapia para a crise contemporânea. Trata-se, também, do encontro com a liberdade. Seguir cegamente as normas é tornar-se escravo. Quando aprendemos a escutar a voz interior, da verdadeira sabedoria, nos tornamos livres.

Então que tal uma normoterapia, hein? Uma terapia para deixar de ser um autômato? Bem, de certa forma é isso que venho fazendo aqui no Café Brasil, não é?

Pois então meu caro, minha cara… Quer saber mais sobre a obra de Pierre Weil? Acesse http://www.pierreweil.pro.br. O Weil é w e i l.

Resignar-se ou sair fora na normose? Bem, a escolha é sua. Se decidir deixar como está pra ver como é de fica, aconselho que você assuma o que disse o iluminado, visionário e genial Marx, não o Karl, o Groucho: “Estes são meus princípios. Se você não gostar, tenho outros.”

Viu só? No fim é sempre ela… a escolha.

Não tenha medo não!
Sérgio Sampaio

Suje os pés na lama
E venha conversar comigo
Comigo
Chore, esqueça o drama
E venha aliviar
O amigo
Vem, não tenha medo
Não tenha medo
Não tenha medo, não
Vem, não tenha medo
Não tenha medo, não
Vem, não tenha medo
A barra está pesada
Vem, não tenha medo
A barra pode aliviar
As pessoas são uns lindos problemas
Eu posso até acreditar
Eu acho tudo isso uma grande piada
Ou então eu não posso achar
Não me espera pra beber seu veneno
E nem pra ver você chorar
Demoro o tempo que for necessário
Eu moro longe
Eu posso nem chegar
Demoro o tempo que for necessário
Eu moro longe
Eu posso não voltar
Demoro o tempo que for necessário
Eu moro longe
Eu pó…

Então ficamos assim, ao som de NÃO TENHA MEDO, NÃO, com o genial Sérgio Sampaio, vamos encerrando este nosso programinha que falou um pouco mais sobre normose, sobre a armadilha de ser normal de acordo com a  definição de normal… dos outros. Fique frio. É confuso mesmo.

Com este guerrilheiro contra a normalidade Lalá Moreira na técnica, esta socialista démodé Ciça Camargo na produção e eu, que SOU NORMAL, Luciano Pires, na direção e apresentação.

Estiveram conosco o ouvinte Lázaro Inácio, Caê Lacerda, Ivo Meirelles, Rosemary, Rita Pavone, Banda de Boca e Sérgio Sampaio. Fala a verdade…este programa é normal?

O Café Brasil chega até você com o apoio sempre fundamental do Itaú Cultural. Fundamental com Itau Cultural. Rimou! O Itaú Cultural, que está interessado em encontrar, selecionar, apoiar e divulgar quem tem uma visão que é tudo, menos normótica. Acesse o www.itaucultural.org.br e dê uma olhada na infinidade de oportunidades por lá! Mas só pra quem quer, não é?

Este é o Café Brasil. De onde vem, tem muito mais, inclusive espaços para você se manifestar: www.portalcafebrasil.com.br.

Pra terminar, uma frase de Salvador Dali que precisa ficar ecoando na sua cabeça:

É preciso provocar sistematicamente confusão. Isso promove a criatividade. Tudo aquilo que é contraditório gera vida.

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