Bom dia, boa tarde, boa noite. Vamos falando sobre amor e paixão? Este é o terceiro programa, que está muito longe de encerrar o assunto. Com certeza virão outros sobre o tema. Hoje vamos continuar tratando daquelas relações nas quais aparece um terceiro elemento, sabe como é?
Pra começar, vamos de novo com ele, Nelson Rodrigues:
Sem paixão não dá nem pra chupar um picolé.
O Café Brasil chega pra você com o apoio do Itaú Cultural, que pode até mesmo ser o parceiro que você precisa para apoiar seu projeto ou pesquisa cultural, sabia? Conheça o RUMOS ITAÚ CULTURAL acessando www.itaucultural.org.br. Meu, vai que dá samba?
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E quem ganhou o exemplar de meu livro NÓIS…QUI INVERTEMO AS COISA, além de um kit DKT para apimentar as paixões, foi o Marcelo Rossa, que comentou assim o primeiro programa da série AMOR E PAIXÃO:
Prezado Luciano. O que fizestes no podcast “Amor e Paixão” é o que as pessoas deveriam fazer em suas vidas – nos relacionamentos, no trabalho e até mesmo em relação à espiritualidade. Olhastes para trás e vistes nunca ter feito um programa sobre o tema.
Quantos casais não olham para trás, esquecendo assim de como gostavam um do outro quando se viram pela primeira vez, quando a paixão ainda não era amor acomodado?Quantos trabalhos deixamos de fazer com paixão porque não olhamos para os sonhos da adolescência? Quantas religiões buscamos porque não soubemos olhar para trás e ver o que de bom fez a que seguimos e fracos nos seduzimos pelo discurso da fé que prospera?
Sou seu seguidor católico, que não fica chateado com suas puxadinhas de orelha subliminares, aquele que não acreditou estar trocando emails contigo durante a noite do Natal de 2012 hehehe é… a prova disso, meu caro e destemido apaixonado pela vida, é o texto que deixo abaixo, de René Descartes em ´As Paixões da Alma´:
A admiração é a primeira de todas as paixões!
Quando o primeiro contato com algum objeto nos surpreende e o consideramos novo ou muito diferente do que conhecíamos antes ou então do que suponhamos que ele devia ser, isso faz que o admiremos e fiquemos espantados com ele. E como tal coisa pode acontecer antes que saibamos de alguma forma se esse objeto nos é conveniente ou não, a admiração parece-me ser a primeira de todas as paixões. E ela não tem contrário, porque, se o objeto que se apresenta nada tiver em si que nos surpreenda, não somos emocionados por ele e vamos considerá-lo sem paixão.
Muito bom Marcelo: a admiração é a primeira de todas as paixões. Excelente!
O Marcelo ganhou um livro e o Kit DKT pois escreveu para comentar um programa.
A DKT é uma organização que trabalha com marketing social, distribuindo produtos que ajudam no controle da natalidade e combatem as doenças sexualmente transmissíveis em países como Brasil, China, Egito, Etiópia, Filipinas, Gana, Índia, Indonésia, Malásia, Marrocos, México, Moçambique, Nigéria, Paquistão, República Democrática do Congo, Sudão, Tailândia, Tanzânia, Turquia e Vietnã. Ô loco, meu!!! Acesse: www.facebook.com/dktbrasil
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Então você já sabe: na hora da paixão, use Prudence!
E a Nakata já passou dos 60 mil curtidores em sua página no Facebook, repleta de dicas legais sobre o mundo automotivo, mas com muito mais que isso: acesse o www.facebook.com/componentesnakata lembra: Nakata sempre com K de DKT e dê uma olhada inclusive nos videocasts que preparei para tratar de gestão.
Arriscado é não usar Nakata. Exija a tecnologia original líder em componentes de suspensão.
Tudo azul. Tudo Nakata.
Eu acho que você se lembra muito bem da primeira vez que sentiu uma paixão, não é? Aquela coisa repentina, que deixa o objeto de sua paixão coberto por uma aura brilhante, que mexe com seu corpo, que dá uma dor imensa quando distante.
As primeiras paixões costumam aparecer quando somos muito jovens, incapazes de racionalizar sobre o que acontece. É algo que aparece de surpresa, que faz com que enxerguemos o sexo oposto de forma diferente, claro, quando gostar do sexo oposto era normal, não é?
De repente aquela menina não parece mais tão chata, tão esquisita, tão desinteressante. De repente ela fica… bonita… mais que isso, ela fica linda! A gente percebe o cheiro peculiar, e bom! A voz dela muda para um som gostoso de ouvir. Você começa a reparar que os olhos dela têm um brilho diferente, que os cabelos são tão bonitos. E quando ela sorri? Parece mesmo que o mundo se ilumina. E você se vê querendo ficar com ela mais do que com seus amigos. E se a coisa rola, você fica bobo. Começa a falar como criancinha… Você que sempre foi um ogro sente vontade de escrever uma carta apaixonada, ou quem sabe um poema! Vai dormir pensando nela e acorda pensando nela… De repente, aquela menina que até outro dia era comum, até invisível, ocupa todos os espaços de seu pensamento. Basta que você desvie a atenção de qualquer outra atividade e pronto! Ela ocupa sua mente.
Isso é paixão. E a sensação é tão boa, mas tão boa, que queremos vivê-la para sempre. Mas um dia ela acaba, se transforma, vira nada. Ou vira amor. E a vida segue…
E sempre que você se lembra daquela paixão, volta o frio na barriga e a vontade de viver aquilo outra vez. Algumas pessoas se contém, seguram a barra a continuam tocando a vida, felizes ou não. Outras precisam da paixão, e deixam-se embarcar nas aventuras, incendeiam tudo outra vez, recobram o brilho, o viço, o tesão. Tem gente que lida muito bem com isso, vive diversas paixões, não se acomoda, não dá tempo ou não se contenta com o amor. Eu admiro essas pessoas, mas não as invejo. Acho que essa sucessão de paixões um dia cobrará a conta, seja sob a forma de comparações, seja sob a constatação, lá no final da vida, de que você devia ter ficado com aquela ou aquele um.
Morrer com o maldito e se? me parece insuportável.
No filme AMOR SEM ESCALAS, George Clooney e Vera Farmiga vivem o papel de dois executivos em constantes viagens. Clooney é o solteirão convicto que só quer saber de aventuras, passa a maior parte do tempo dentro de um avião, até que um dia encontra Vera num bar de hotel. Rola a paquera e os dois terminam a noite no mesmo quarto. No dia seguinte, abrem as agendas e combinam um novo encontro em outra cidade e assim vai. Aos poucos os dois vão se curtindo, até rolar a paixão. O filme é muito legal, não vou estragar o final para quem não assistiu, mas preciso comentar: a coisa complica quando um deles quer mais que uma paixão, quer um relacionamento duradouro. É nesse momento que as expectativas se frustram e… bem, assista o filme.
Paixões evoluem, não ficam eternamente girando em torno de si. Como eu disse no primeiro programa desta série, paixões elevam nosso metabolismo para alta rotação, e não dá pra manter um motor funcionando assim por muito tempo. Por isso a paixão evolui. Para o fim ou para o amor…
Daí a genialidade de Vinícius de Moraes em seu Soneto da Felicidade.
Eu sei que vou te amar
Antonio Carlos Jobim
Vinícius de Moraes
Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente
Eu sei que vou te amar
E cada verso meu será pra te dizer
Que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida
Eu Sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar,
Mas cada volta Tua há de apagar
O que essa ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver a espera
De viver ao lado teu
Por Toda a minha vida.
Soneto de fidelidade
Vinicius de Moraes
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure
Você ouviu o Soneto de Fidelidade declamado por Vinicius de Moraes em meio a EU SEI QUE VOU TE AMAR, composição dele com Tom Jobim, aqui interpretada por Maria Creusa e Toquinho. Aí você dirá: Ah, mas o Vinicius está falando de amor e não de paixão. Pois é… Mas o Vinícius teve oito esposas, sem contar as namoradas. Vinicius de Moraes se alimentava de paixões. Mas o Vinícius era do tempo do Pierrô e da Colombina.
Pierrô apaixonado
Noel Rosa
Heitor dos Prazeres
Um pierrô apaixonado
Que vivia só cantando
Por causa de uma colombina
Acabou chorando, acabou chorando
A colombina entrou num butiquim
Bebeu, bebeu, saiu assim, assim
Dizendo: pierrô cacete
Vai tomar sorvete com o arlequim
Um grande amor tem sempre um triste fim
Com o pierrô aconteceu assim
Levando esse grande chute
Foi tomar vermute com amendoim
Que tal, hein? …esse é o Grupo Rumo com o Pierrô Apaixonado de Noel Rosa, impagável…
Pois é… Mas a paixão entre duas pessoas que não tem compromissos, solteiras, separadas, é legal, é desejável, é saudável. Mas e quando existe um terceiro no jogo? Ele ou ela são casados, mas tem um namorado ou namorada, tem, enfim, um amor? É aí que o bicho pega.
A sociedade há muiiiiito tempo rotulou essas pessoas. Aliás, um dos dez mandamentos diz: não cobiçar a mulher do próximo. Que vale também para não cobiçar o marido da próxima. Esse talvez seja um dos dilemas morais e éticos mais antigos da humanidade.
Na sociedade, rotulamos o ato de ficar com outra pessoa quando já se tem um companheiro ou companheira, como traição. Infidelidade e, tcham tcham tcham tchaaaammmm… adultério.
Infidelidade é a quebra de um acordo, de um contrato. Quando me junto com alguém, caso com alguém, namoro alguém, existe um contrato implícito que prevê a fidelidade: eu sou seu e você é minha, e somos só de nós dois, de mais ninguém. Até que a morte nos separe, nos casos de casamento na igreja. Um contrato assumido em comum acordo, no qual um tem fé que o outro cumprirá sua parte.
Quando essa fé não é correspondida, temos a infidelidade, que não é o mesmo que adultério.
Adultério vem do latim ad alterum torum, que significa: na cama do outro. Simplificando, então: adultério é a infidelidade que foi para a cama. É de adultério que vem o termo adulterar, o que dá a dimensão da coisa…
Por muito tempo o adultério foi punido, em algumas sociedades com a morte. Especialmente quando praticado por mulheres. Aliás, ainda existem países, principalmente muçulmanos, que tratam de forma rigorosa o adultério. Nas sociedades ocidentais, no entanto, não existem mais punições rigorosas como antes, embora o adultério ainda seja suficiente para um divórcio ou anulação de casamento. No Brasil, a prática do adultério já foi crime no artigo 240 do Código Penal, que foi revogado em 2005.
Do ponto de vista moral, a janela de Overton do adultério saiu do proibido veementemente para o proibido com exceções, depois caminhou para o neutro, onde chegará em breve. Adultério não é mais aquele escândalo, mas ainda é visto com maus olhos, especialmente pelas igrejas. Ser chamado de adúltero ou adúltera ainda é uma vergonha, embora esteja cheio deles por aí.
Mas para esta nossa reflexão a lei não interessa. Lembra do filósofo Kant que mencionei no programa anterior? O valor moral de uma ação não está em suas consequências, mas em sua intenção. O que importa é o motivo. Se você precisa ser proibido por uma lei para não partir para uma aventura extraconjugal, já incorreu numa falha moral, pois o motivo está lá. Você já é infiel, sacou? Só falta a oportunidade…
Depois é cuidar do estrago…
Gago apaixonado
Noel Rosa
Mu-mu-mulher, em mim fi-fizeste um estrago
Eu de nervoso estou-tou fi-ficando gago
Não po-posso com a cru-crueldade da saudade
Que que mal-maldade, vi-vivo sem afago
Tem tem pe-pena deste mo-moribundo
Que que já virou va-va-va-va-ga-gabundo
Só só só só por ter so-so-sofri-frido
Tu tu tu tu tu tu tu tu
Tu tens um co-coração fi-fi-fingido
Mu-mu-mulher, em mim fi-fizeste um estrago
Eu de nervoso estou-tou fi-ficando gago
Não po-posso com a cru-crueldade da saudade
Que que mal-maldade, vi-vivo sem afago
Teu teu co-coração me entregaste
De-de-pois-pois de mim tu to-toma-maste
Tu-tua falsi-si-sidade é pro-profunda
Tu tu tu tu tu tu tu tu
Tu vais fi-fi-ficar corcunda!
Tome ai então, mais um Noel Rosa clássico, o Gago Apaixonado com uma interpretação deliciosa do sempre genial João Bosco…. Se você reparar, até o violão é gago…
Pois é… só falta a oportunidade, o que um dia foi o ou a amante e que hoje é o namorado ou namorada. As coisas vão se acomodando, sabe como é? Ter um namorado ou namorada, mesmo sendo casado ou casada, hoje parece não ser mais um escândalo. Parece… Mas tem três jogadores nesse jogo. Dois estão curtindo e um está sendo traído. E daí, como é que fica?
Bom, nesta altura estamos até o pescoço numa discussão sobre moral e ética, naquela definição clássica de que alguém está fazendo à outra pessoa o que não gostaria que fosse feito para si.
Putz… Vou precisar de outro programa…
Volto então ao comentário sobre o filme do George Clooney e a Vera Farmiga: as expectativas. Que expectativas você tem em relação a seu parceiro, digamos, oficial? Passa em algum momento por sua cabeça que as mesmas ideias que você tem, ele ou ela também tem? Que o mesmo sorriso daquela moça deslumbrante que despertou seus mais profundos instintos, está no rosto daquele instrutor da academia ou colega de trabalho que encontra todo dia com a tua namorada, tua noiva, tua esposa? E vice versa? Que aquele sonho que te fez transpirar, ela ou ele também tem? Que aquela cena tórrida, digna de 9 ½ semanas de amor, que você imaginou, seu companheiro ou companheira também pode ter imaginado? Mas não com você… Com outra pessoa?
Vixe…
Muito bem… Você está acomodado com seu companheiro ou sua companheira, virou amor, ambos se respeitam, se gostam, construíram uma vida juntos, vai ver até tem filhos e planos para o futuro. Mas a paixão virou amor e você sente falta dela. Precisa dela. Começa a reparar em outras pessoas interessantes, aos poucos vai flexibilizando aquele contrato…
Dizem os estudos que o homem trai mais que a mulher, até por uma questão animal. O homem não precisa estar atrás de uma paixão. Homens não escolhem uma companheira para reprodução, escolhem uma fêmea para comer, qualquer uma que se adapte a um determinado padrão, do tipo: ter mais que 40 quilos, ter entre 18 e 60 anos de idade, qualquer tamanho e cor e, dependendo de quantos chopes o fulano tem na cabeça, ser simplesmente simpática, o que na maioria das vezes quer dizer: feia.
O homem parece ter menos conflitos internos com relação a ser infiel.
Para a maioria das mulheres, não parece ser assim. É claro que existem as exceções de praxe para confirmar a regra, mas as mulheres são muito mais seletivas na escolha do macho. Talvez por isso traiam menos. Não fiz nenhuma pesquisa, mas me parece que as mulheres são muito mais suscetíveis à paixão do que os ogros que só querem comê-las. E entram em conflito interno mais que os homens.
Mas isso são apenas suposições que eu faço considerando basicamente as mulheres da minha geração e o meu olhar machista. A moçada mais nova parece que tem mais flexibilidade nos contratos… Sei lá. Vou esperar os comentários.
Hummmm…que chorinho bom, não é? Você ouve ATRAENTE, com o Grupo Vou Vivendo.
Pra resumir: as paixões são coisas boas que nos fazem bem. Precisamos de paixões para dar colorido às nossas vidas. Conforme amadurecemos as paixões vão se tornando avassaladoras ou então tomando rumos inesperados. Paixões acabam quando evoluem para o amor. Algumas pessoas não cumprem os contratos que fazem com seus companheiros e companheiras e assim praticam a infidelidade.
E o que eu acho disso tudo? Olha, não dá para ser o juiz de ninguém. Não sei como é o contrato que você fez com seu companheiro ou sua companheira, não sei como você lida com os conflitos morais, não sei que consequências uma paixão pode causar quando existem três ou mais elementos na equação. Só sei que dessas aventuras, a chance de alguém sair machucado é muito grande. Cabe a você definir se vale ou não o risco.
Resumindo, o que eu acho é simples: cada um cada um.
Enquanto você pensa em suas paixões, aproveite para conhecer a página da Pellegrino no Facebook. Tem uma porção de dicas por lá sobre gerenciamento, negócios e coisas parecidas. A Pellegrino é uma das maiores distribuidoras de auto e motopeças do Brasil. Acesse www.facebook.com/pellegrinodistribuidora. Pellegrino com dois eles.
Pellegrino Distribuidora, conte com a nossa gente.
Amor e paixão. Este assunto não acabou ainda. Vou esperar o seu comentário e em breve fazer mais um programa continuando com essa reflexão.
Trepadeira
Emicida
Margarida era rosa, bela, cheirosa e grampola,
pique casa das camélia, gostosa!
Bromélia, toda prosa, á me enlouquecer
bela tipo um ipê, frondosa.
É um lírio, causa delírios, mire-a,
vicio é vigiar, chique como orquídeas.
Cabelos como samambaia e xaxim flor,
perto dela as outras são capim pô.
Girassol, violeta, beleza violenta,
passou aqui como se o mundo gritasse:
ARRASA BI!!!
Flor de laranjeira ou primavera inteira,
são flores e mais flores, todas as cores da feira, irmão.
(Ô, essa nega é trepadeira hem)
Minha tulipa, a fama dela na favela enquanto eu dava uma ripa.
Tru, azeda o caruru.
E os mano me falava que essa mina dava mais do que chuchu.
(Eita nóis, aí é problema hem, cê é louco)
(Wilson das neves)
Você era o cravo e ela era a rosa,
e cá entre nós gatinha, quem não fica bravo
dando sol e água, e vendo brotar erva daninha.
Chamei de banquete era fim de feira,
estendi tapete mas ela é rueira.
Dei todo amor, tratei como flor,
mas no fim era uma trepadeira.
Mamãe olhou e me disse:
Isso aí é igual trevo de três folhas,
quer comer, come, mas não dá sorte.
Vai, brinca com a sorte.
Bem me quer, mal me quer,
ó, nosso amor perfeito amargou,
tipo um jiló, Maria sem vergonha.
Eu burro, chamei de trevo de quatro folhas
e o love enraizou, fundo.
Mas você não dá, ou melhor, dá, mas pra todo mundo!
Eu quis te ver no jasmim, firmeza, no altar,
preza, “branquin”, olha, magnólia, beleza,
vitória régia, brincos de princesa,
azaleia pura, Madre Tereza.
Mas não, cê me quis salgueiro chorão,
costela de Adão, raspou os cabelo de Sansão.
E tu vem, meu coração parte e grita assim:
ARRASA BI…SCATE!!!
Merece era uma surra de espada de São Jorge,
um chá de comigo ninguém pode.
(É, eu vou botar teu nome na macumba viu?! se segura!)
(Wilson das neves)
Você era o cravo e ela era a rosa,
e cá entre nós gatinha, quem não fica bravo
dando sol e água, e vendo brotar erva daninha.
Chamei de banquete era fim de feira,
estendi tapete mas ela é rueira.
Dei todo amor, tratei como flor,
mas no fim era uma trepadeira.
Tas vendo aí parceiro?! (o quê?)
Fui dar assunto aí, virou bagunça.
Me esculachou, haha, ô sorte. (que sorte hem)
Também agora sai fora, xô xô. (vai embora pode descer a ladeira. Vai, sai, sai andando, não merecia nem esse rap, gastando tinta com isso aí, tá louco!)
Mas que era bom, era. (verdade)
E é assim então, ao som de TREPADEIRA, de Emicida, com ele e a participação mais que especial de Wilson das Neves, que este Café Brasil vai saindo de mansinho.
Com o sátiro Lalá Moreira na técnica, a esvoaçante Ciça Camargo na direção e eu, perdido no meio dos dois, Luciano Pires na direção e apresentação.
Estiveram conosco o ouvinte Marcelo Rossa, Maria Creusa, Toquinho e Vinicius de Moraes, Grupo Rumo, João Bosco, Grupo Vou Vivendo e Emicida com Wilson das Neves, que tal?
O Café Brasil chega até você com o apoio sempre muito bem vindo do Auditório Ibirapuera. Cara, é muito fácil se apaixonar por ele, sabia? Visite o www.auditorioibirapuera.com.br, escolha um show, programe-se para ir até lá num sábado ou domingo a noite e prepare-se. Você descobrirá que a paixão pode aparecer e diversas formas…
Este é o Café Brasil. De onde veio tem muito mais, inclusive espaços para você dizer o que pensa. www.portalcafebrasil.com.br.
Pra terminar, acho que é muito conveniente chamar o poeta português Fernando Pessoa:
Não existem amores perfeitos, mas amantes acomodados.
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