Bom dia, boa tarde, boa noite. E ai? Já foi pra rua? Fez a sua parte? Fez o seu cartaz? Teve a sensação de participar de um movimento cívico? Ou ainda está desconfiado? Bem…eu to. Eu to muito desconfiado. Por um lado, feliz com a movimentação, com o fim da pasmaceira. Por outro preocupado com o que vem pela frente. No programa de hoje vamos tentar entender o que é que anda acontecendo com o grito das ruas.
Pra começar, outra frase de Mahatma Gandhi:
Temos de nos tornar a mudança que queremos ver.
O Café Brasil chega até você com o suporte do Itaú Cultural, que está interessado em incentivar a produção cultural brasileira. É, cara! É ela, a cultura, que vai ajudar a encontrar os melhores caminhos para o Brasil que queremos ter. Acesse o www.facebook.com/itaucultural e acompanhe os posts. Tem um monte de gente por lá interessada em construir um Brasil melhor, repleto de arte e sem violência.
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E o exemplar de meu livro NÓIS…QUI INVERTEMO AS COISA, além do KIT DKT vai para…para…. a Izabela, que comentou assim o programa SOLTO NAS RUAS:
Luciano, boa tarde. Confesso que fiquei meio desapontada com seu texto.
Em 1977 você escreveu: “Se não houver a participação agora da classe considerada pensante (e portanto perigosa) na resolução dos problemas nacionais, não como causadora (como se quer fazer parecer), mas como apresentadora de possíveis soluções, como esperar que mais tarde aqueles que hoje são impedidos de se manifestar e, portanto, de errar e acertar, possam resolver outros problemas, quiçá mais complicados?”
Confesso que fiquei desapontada porque…você não fez isso…tenho buscado, tenho lido…e poucos têm feito isso! Poucos têm apresentado soluções. O que é normal, já que a realidade é complexa, está em constante transformação e não dá pra olhar pra o presente com o olhar e a lente do passado.
É preciso atualizar e o ritmo está tão acelerado que ninguém dá conta de responder prontamente a ele. É normal, e seria leviano e pretensioso sair apontando soluções.
Mas eu, como parte dessa geração, me sinto cobrada, inclusive por você, quando fala que se orgulha “de ter, de alguma forma, ajudado a fazer a história do Brasil. Agora é a sua vez.”
Me sinto cobrada e sem amparo, sem o amparo que você mesmo viu necessário quando viveu sua vez. Temos recebido críticas, temos sido chamados de vazios, baderneiros, inconstantes, massa de manobra.
O que não temos recebido é cuidado, dessa massa pensante.
Passaram o bastão e estão pagando pra ver. Procurei pelos meus referenciais, mas estou quase pensando como na música:
“Hoje eu sei
Que quem me deu a idéia
De uma nova consciência
E juventude
Tá em casa
Guardado por Deus
Contando vil metal…”
Eu gosto muito dos seus textos, te tenho como referencial, e isso não mudou. Mas eu e minha geração precisamos de algo mais do que ouvir que é nossa vez. A gente já sabe! Com respeito, que sempre tive por você.
Obrigada.
Izabela, neste momento, o máximo que posso dar é alguns conselhos, mesmo assim com o pé atrás. Ainda não consegui entender direito o que está acontecendo. É claro que os indícios superficiais a gente conhece, mas há muito mais por trás dessa movimentação toda do que podemos saber. Como eu disse no programa passado, neste momento, prudência me parece ser o melhor conselho. Não por conservadorismo, por medo ou por falta de iniciativa. É por inteligência mesmo.
A Izabela ganhou o livro e o apimentadíssimo KIT DKT. A DKT distribui a mais completa linha de preservativos e géis lubrificantes do Brasil, com a marca Prudence, além de outros produtos que vão apimentar os momentos calientes de sua vida. Quer saber o que tem no KIT que ela ganhou? Acesse www.facebook.com/dktbrasil. D de dado, K de Nakata e T de tesão. Aproveite para responder a pergunta da semana e concorrer a mais um kit, igual ao que a Izabela ganhou.
Na hora do amor, aja com Prudence.
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Arriscado é não usar Nakata. Arriscado é não usar Nakata. Exija a tecnologia original líder em componentes de suspensão.
Tudo azul. Tudo Nakata.
Povo novo
Tom Zé
“A minha dor está na rua
Ainda crua
Em ato um tanto beato, mas
Calar a boca, nunca mais!
O povo novo quer muito mais
Do que desfile pela paz
Mas
Quer muito mais
Quero gritar na
Próxima esquina
Olha a menina
O que gritar ah, o
Olha menino, que a direita
Já se azeita,
Querendo entrar na receita, mas
De gororoba, nunca mais
Já me deu azia, me deu gastura
Essa politicaradura
Dura,
Que rapa-dura!”
Olha só o Tom Zé, com sua POVO NOVO, que acaba de ser lançada… O povo quer muito mais que passeata pela paz…
Muito bem. Depois de 15 ou 20 dias de protestos nas ruas já é possível começar a fazer algumas avaliações. Vejamos o que disse o ex-governador do Rio de Janeiro Cesar Maia:
As eleições de 2012 mostraram números recordes de não voto (abstenção + brancos + nulos), algo em torno de 35% pelo Brasil todo, num crescimento de uns 10 pontos sobre os últimos anos. Era certamente um sinal. No Rio, apenas 14% dos jovens entre 16 e 18 anos com direito a voto se inscreveram para votar. Era outro sinal.
O governo federal – desde Lula – entendeu como paz social cooptar os movimentos sociais (sindicatos, associações, UNE, ONGs e até intelectuais) com generosos – digamos – subsídios. O governo federal resolveu comprar partidos e políticos ideologicamente conflitantes e transformar o Congresso num departamento do executivo ao qual chamou de base aliada. Apoiou e contratou um partido novo (PSD) para minimizar a oposição. Mensalões se espalharam. Externalidade de riqueza de políticos idem. Os respiradouros institucionais de opinião pública foram obstruídos. Era outro sinal.
A onda de desqualificação do setor público e exaltação do setor privado como cogestor dos governos, com consultores substituindo governantes, privatizações, terceirizações, construíram um ambiente autoritário em nome da técnica e da modernidade, reprimindo as manifestações das corporações de servidores. Era outro sinal.
A ideia que o povo era o problema e que os governos deveriam reprimir hábitos e substituir a prevenção pela repressão – apelidando de choques de tudo -, da urina à exponenciação dos pardais de trânsito, foi criando uma sensação de sufoco. Era outro sinal.
O uso e abuso da publicidade pelos governos com gastos bilionários foram gerando a certeza que se tratava tudo de uma fraude, tentando iludir as pessoas. O que se mostrava não correspondia à realidade. Era outro sinal.
A blindagem dos governos que a imprensa – especialmente no Rio – fazia, destacando números e fatos positivos e omitindo tantos outros, sem equilíbrio entre os apologistas e os críticos, apontou na mesma direção de divergência entre a opinião publicada e a opinião pública. Isso foi se esgotando. Era outro sinal.
Sem canalização institucional, tudo isso foi sendo canalizado para as redes sociais. A vaia em Dilma na abertura da Copa das Confederações foi o primeiro ato. O aumento no preço das passagens de ônibus foi a gota d´água. No Rio, a coincidência com a proibição de vans na zona sul no mesmo momento do aumento, foi uma imprudência. Era outro sinal que a reação não seria uma procissão.
A leitura dos dados econômicos por especialistas e pela imprensa não percebe o mundo fora dos mercados. Por exemplo: O IBGE apresenta taxa de desOcupação e não de desEmprego. O subemprego e o emprego precário nas tabelas do IBGE somados aos 5,8% de taxa de desocupação, somam 26% de – aí sim – desemprego.
Jovens são a maioria nas redes sociais. Mas eles têm pais, professores, parentes, amigos, colegas e chefes de trabalho… Jovens são a grande maioria nas ruas, não porque sejam a grande maioria dos Indignados, mas pela característica, até natural, de energia e ousadia. Quem traduzir como movimento jovem apenas, vai se iludir.
Chega ( Não é pelos 20 centavos)
Seu Jorge
Gabriel Moura
Pretinho da Serrinha
“Chega”
Chega de impunidade,
Chega de desigualdade,
Chega, todo mundo tá chegando,
Não é pelos 20 centavos que estamos lutando.
Chega de não ter casa pra morar,
Chega de não ter grana pra pagar,
O povo não está brincando,
Não é pelos 20 centavos que estamos lutando.
Chega, todo vai pra rua,
Você vai ficar na sua,
É uma falta de respeito,
Canta forte pelos seus diretos.
Brasil, tá na sua hora.
Brasil, tem que ser agora.
Não é pelos 20 centavos que estamos lutando.
Brasil, pinta sua cara.
Brasil, é uma chance rara.
Não é pelos 20 centavos que estamos lutando.
Chega todo mundo quer saúde.
Chega vamos mudar de atitude.
Não estamos aguentando.
Não é pelos 20 centavos que estamos lutando.
Chega de violência
Chega de vandalismo
É pela paz no país que estamos marchando.
Chega, precisamos de escola.
Não vivemos só de bola.
É o povo brasileiro que sustenta o país inteiro.
Brasil, tá na sua hora.
Brasil, tem que ser agora.
Não é pelos 20 centavos que estamos lutando.
Brasil, pinta sua cara.
Brasil, é uma chance rara.
Não é pelos 20 centavos que estamos lutando.
Você está muito enganado se é isso que está pensando.
Chega de blah…blah…blah….Chega…blah…blah…blah
Que bom ouvir o pessoal gritando CHEGA! Você está ouvindo, CHEGA (NÃO É PELOS 20 CENTAVOS), de e com Seu Jorge, Gabriel Moura e Pretinho da Serrinha. Que tal?
O sociólogo espanhol, Manuel Castells também falou sobre os protestos que tomaram as principais cidades do Brasil. Ouça:
Todos estes movimentos, como todos os movimentos sociais na história, são principalmente emocionais, não são pontualmente indicativos. Em São Paulo, não é sobre o transporte. Em algum momento, há um fato que traz à tona uma indignação maior. O fato provoca a indignação e então, ao sentirem a possibilidade de estarem juntos, ao sentirem que muitos que pensam o mesmo fora do quadro institucional, surge a esperança de fazer algo diferente. O quê, hein? Não se sabe, mas seguramente não é o que está aí.
Porque, fundamentalmente, os cidadãos do mundo não se sentem representados pelas instituições democráticas. Não é a velha história da democracia real, não. Eles são contra esta precisa prática democrática em que a classe política se apropria da representação, não presta contas em nenhum momento e justifica qualquer coisa em função dos interesses que servem ao Estado e à classe política, ou seja, os interesses econômicos, tecnológicos e culturais. Eles não respeitam os cidadãos. É esta a manifestação. É isso que os cidadãos sentem e pensam: que eles não são respeitados.
O que muda atualmente é que os cidadãos têm um instrumento próprio de informação, auto organização e automobilização que não existia. Antes, se estavam descontentes, a única coisa que podiam fazer era ir diretamente para uma manifestação de massa organizada por partidos e sindicatos, que logo negociavam em nome das pessoas. Mas, agora, a capacidade de auto-organização é espontânea. Isso é novo e isso são as redes sociais. E o virtual sempre acaba no espaço público. Essa é a novidade. Sem depender das organizações, a sociedade tem a capacidade de se organizar, debater e intervir no espaço público.
Nunca serão
Gabriel O Pensador
Eu caminhava no meu Rio de Janeiro quando alguém me parou e falou:
“Aê parceiro, me dá tua mão que eu quero ver se tá com cheiro
Porque eu sou um cara honesto e detesto maconheiro”
Eu tinha acabado de sair do banheiro e dei a mão pra ele cheirar
Mas foi uma cena bisonha
Ele cheirou a minha mão por um tempo e eu disse:
Espera, tu não é o Capitão Nascimento?
Que vergonha, meu capitão
Procurando maconha no calçadão
Qual é a tua missão?
Eu vi teu filme mas não me leva a mal
Não me tortura assim não que eu sou um cara legal
Em certas coisas eu concordo contigo
Mas não é assim que você vai achar os grandes bandidos
Esse país tá fodido
Ele falou: ‘Eu sei disso
Quando eu entrei na PM, eu assumi um compromisso, eu luto pela justiça’
Eu também
Sem justiça não tem paz e sem paz eu sou refém
A injustiça é cega e a justiça enxerga bem
Mas só quando convém
A lei é do mais forte, no Bope ou na Febem
Na boca ou no Supremo
Que justiça a gente tem, que justiça nós queremos?
Os corruptos cassados?
Nunca serão!
Cidadãos bem informados?
Nunca serão!
Hospitais bem equipados?
Nunca serão! Nunca serão!! Nunca serão!!!
Os impostos bem usados?
Nunca serão!
Os menores educados?
Nunca serão!
Todos alfabetizados?
Nunca serão! Nunca serão!! Nunca serão!!!
Capitão, não sei se você soube dessa história
Que rolou num povoado peruano se não me falha a memória
Um político foi morto pelo povo
Um corrupto linchado por um povo que cansou de desrespeito
E resolveu fazer justiça desse jeito
Foi um linchamento, foi um mau exemplo
Foi um mau exemplo mas não deixa de ser um exemplo
Eu sou contra a violência mas aqui a gente peca por excesso de paciência
Com o “rouba mas faz” dos verdadeiros marginais
Chamados de “doutor” e “vossa excelência”
Cujos nomes não preciso dizer
A imprensa publica, mas tudo indica que a justiça não lê
Diz que é cega, mas o lado dos colegas ela sempre vê
Capitão, isso é um serviço pra você!
Deputado! Pede pra sair!
Pede pra sair, deputado!
Sabe o que você é? Um muleque, é isso que você é
Senador, pede pra sair!
(Desisto!)
Mais alto senador!
(Desisto!)
Vagabundo, cadê o dinheiro que você desviou dessa obra aqui?
(Eu não sei não!)
Fala, Vossa Excelência, é melhor falar!
(Eu não sei!)
Cadê a verba da merenda que sumiu?
02, o corrupto não quer falar não! Pode pegar o cabo de vassoura!
(Tá bom, eu vou falar, eu vou falar!)
Os corruptos cassados?
Nunca serão!
Cidadãos bem informados?
Nunca serão!
Hospitais bem equipados?
Nunca serão! Nunca serão!! Nunca serão!!!
Os impostos bem usados?
Nunca serão!
Os menores educados?
Nunca serão!
Todos alfabetizados?
Nunca serão! Nunca serão!! Nunca serão!!!
Conversei com o Nascimento que não pensa como eu penso mas pensando nós chegamos num consenso
Nós somos vítimas da violência estúpida que afeta todo mundo, menos esses vagabundos lá da cúpula corrupta hipócrita e nojenta
Que alimenta a desigualdade e da desigualdade se alimenta
Mantendo essa política perversa
Que joga preto contra branco, pobre contra rico e vice-versa
Pra eles isso é jogo, esse é o jogo
Se morre mais um assaltante ou mais um assaltado, tanto faz
Pra eles não importa, gente viva ou gente morta
É tudo a mesma merda
Os velhos nas portas dos hospitais, as crianças mendigando nos sinais
Pra eles nós somos todos iguais
Operários, empresários e presidiários e policiais
Nós somos os otários ideiais
Enquanto a gente sua e morre
Só os bandidos de gravata seguem faturando e descansando em paz
Enquanto esses covardes continuam livres, nós só temos grades
Liberdade já não temos mais!
Nunca serão!
Nunca serão!
Nunca serão! Nunca serão !! Nunca serão !!!
Nunca serão!
Nunca serão!
Nunca serão! Nunca serão !! Nunca serão !!!
Boa 06, também atirando com o meu fuzil fica fácil, né?
Caveira!
Uau, Gabriel o Pensador, com NUNCA SERÃO… A minha esperança, cara, é que depois dessa aqui, um dia serão…
Perplexidade. É esse o termo: perplexidade. Passei por algumas das mais importantes manifestações populares deste país, do movimento estudantil de 1977 às Diretas Já e depois o Fora Collor. E eu nunca vi nada igual. Algumas reflexões:
1.A emoção dos que estão nas ruas em busca de um país melhor. Não há o que pague ver o entusiasmo de meu filho mostrando as fotos do protesto, contando da emoção de ver pessoas sinceramente em busca de um país melhor. Do alívio de finalmente soltar o grito! Se não houver nenhum outro mérito na sucessão de protestos, esse amadurecimento político da garotada já terá valido a pena.
2. Me lembro de uma frase de Washington Olivetto que cabe como uma luva neste momento: Se ninguém se incomoda, todo mundo acha que está tudo correto, tudo certinho, a chance de não acontecer nada é muito grande. Esse tem sido o papel do governo: insistentemente nos lembrar que está tudo bem. Mas não está. E uma hora a paciência acaba. Parabéns a você que levou seu grito legítimo às ruas.
3. A presença dos vândalos. De cada 10 manifestações, 8 acabam em vandalismo. Isso coloca por terra a explicação de que são exceções, são minorias. Podem ser minorias entre os que vão às ruas, mas estão longe de ser exceções. O vandalismo é coisa de bandidos ou de gente interessada em radicalizar as manifestações. Qualquer que seja a intenção, a resposta tem que estar na ponta de um cassetete. Não existe argumento que justifique incendiar uma concessionária, um ônibus, uma banca de jornal. Isso é coisa de bárbaros, que só entendem a linguagem da porrada. Rezo diariamente para a polícia perder o medo da imprensa e baixar o cassetete nos vândalos.
4. A perplexidade dos políticos, do governo. Atarantados. Desapareceram. E só quem aparece é Dilma Roussef para dizer que está ouvindo o grito das ruas e oferecer como solução um programa requentado do PT publicado em 2007 e que faz parte de sua estratégia para manter-se indefinidamente no poder. Lula desapareceu. E a bagunça é tão grande que o porta voz do governo passa a ser Aloizio Mercadante, o Ministro da Educação com seu lero lero costumeiro. A única coisa que o governo mantém é a pose. Infelizmente pose não resolve crises.
5. Nada como um bafo na nuca, não é? O Executivo, o Legislativo e o Judiciário já fizeram em uma semana mais do que em dez anos. A classe média nas ruas despertou o senso de urgência e melhor ainda, destruiu a sensação de onipotência, de impunidade dos políticos. Pensarão duas vezes antes de defender os absurdos costumeiros. E olha que os pobres ainda não saíram às ruas…
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Então… estamos vivendo um momento histórico. Eu fiquei preso em congestionamentos, tive que mudar minha rotina e acho que haverá um prejuízo imenso ao Brasil por conta das manifestações. Mas eu já pensei bastante sobre o tema e acho que não havia outra forma. Tudo que aconteceu nos últimos dias foi necessário. Era o choque que faltava para o grito de BASTA ser ouvido. E repito o que eu disse no programa anterior:
Já mostramos que queremos mudanças, acuamos os políticos. Agora é hora de usar a inteligência, cirurgicamente, atingindo quem tem a responsabilidade de fazer e não faz. A caminho de um novo Brasil.
Espero que melhor…
Brasil em cartaz
Thiago Corrêa
Saí do Facebook para mostrar como se faz
Tem tanta coisa que não cabe em um cartaz
O Brasil era um país muito engraçado, não tinha escola, só tinha estádio
Ninguém podia protestar não, porque a PM sentava a mão
O Brasil é o país do futebol porque o futebol não se aprende na escola
Mas agora colocaram Mentos na geração Coca-Cola
E olha só, que coincidência, não tem polícia não tem violência
O transporte público é pior que a Tim
Me chama de Copa e investe em mim
Vem pra rua, vem comigo
Mas seu guarda, seja meu amigo
A bomba sobe, a gente abaixa
Me manda um Halls, odeio bala de borracha
‘The jiripoca is going to pew pew’
Queremos formatar o Brasil
É uma vergonha, a passagem está mais cara que a maconha
Então é assim, ao som de BRASIL EM CARTAZ, que o músico Thiago Corrêa fez com os dizeres dos cartazes das manifestações, que este Café Brasil ainda perplexo vai saindo de mansinho.
Com o manifestante Lalá Moreira na técnica, a agitadora Ciça Camargo na produção e eu, o sempre perplexo Luciano Pires, na direção e apresentação.
Estiveram conosco a ouvinte Izabela, Tom Zé, Gabriel o Pensador, Thiago Corrêa, Seu Jorge, Gabriel Moura e Pretinho da Serrinha.
O Café Brasil chega até você com o suporte do Auditório Ibirapuera, um lugar planejado para receber todos os tipos de ideias e manifestações relacionadas á cultura, mas que no fundo tratam de como vemos e queremos nosso país. Visite www.facebook.com/auditorioibirapuera, dê uma olhada na programação e vá até lá. Você tem que conhecer!
Este é o Café Brasil. De onde veio tem muito mais, e a gente gostaria de saber o que você pensa! Comente! Em www.portalcafebrasil.com.br
E para terminar, uma frase dela:
A voz das ruas precisa ser ouvida e respeitada. E ela não pode ser confundida com o barulho e a truculência de alguns arruaceiros.
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