Café Brasil 356 – Solto nas ruas

Bom dia, boa tarde, boa noite! Meu, o bicho tá pegando! A estudantada foi às ruas e o povo foi atrás, em manifestações que explodem por todo o país! OU   será que o povo está acordando? Ou será que é tudo mais uma grande manipulação com interesses políticos – eleitorais, como aquelas que fazem parte da história do Brasil? Eu acho que só o tempo dirá, mas to adorando ver que a turma seguiu aquele conselho do Lula: tirem a bunda da poltrona! O programa de hoje vai nessa linha.

Pra começar uma frase do ex presidente norte americano Abraham Lincoln:

Pode-se enganar a todos por algum tempo pode-se enganar alguns por todo o tempo mas não se pode enganar a todos todo o tempo.

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E o exemplar de meu livro NÓIS…QUI INVERTEMO AS COISA, mais o kit especial DKT vai para… para… Zuleide Giraldi, que comentou assim o programa Maioridade Penal 2:

“Então, Luciano… Concordo que a gente tem que exigir o que é dever do estado. Mas como estariam as coisas se o que existe hoje no papel estivesse sendo cumprido? Se crianças e adolescentes tivessem o atendimento estabelecido em lei, se as penitenciárias tivessem a lotação máxima respeitada, se os menores infratores fossem submetidos às medidas sócio educativas desde as menores infrações e não apenas quando o pepino já está torto demais… enfim. Se o que está escrito hoje, nas leis e na própria constituição, estivesse valendo na prática. Será que estaríamos discutindo a redução da maioridade? Eu penso que não. Por isso, não acredito em nenhuma mudança de lei, que não passe pelo cumprimento das outras que continuarão a ser necessárias. (…)

Um jovem que estava pichando o muro da escola na madrugada, na região de Curitiba, ficou a noite toda na sala do delegado e pela manhã, pra não ser “fichado”, teve que pintar o muro da escola. Detalhe: na hora da entrada pro colégio, pra que os amigos dele vissem. Não sei se vai resolver pra esse jovem, mas eu achei ótima a ideia! Uma verdadeira medida sócio educativa! Mas leva tempo e dá trabalho (o policial teve que voltar na escola com o jovem, o delegado gastou um tempo no sermão e deve ter comprado a tinta com o próprio bolso). Não dá pra deixar as questões práticas de lado na discussão. Reduzir a maioridade sem garantir a efetivação das medidas, é aumentar o tamanho do castigo e ficar só na ameaça. Vale enquanto eles têm medo. Mas se a impunidade continua, o medo acaba.”

Pois é Zuleide, fazer valer as leis que já existem! Se fosse assim, nem teríamos que estar discutindo uma porção de assuntos que estão nas primeiras páginas, não é? Esse é o grande nó do Brasil: somos incapazes de cumprir o que dizemos que temos que fazer. O exemplo que você deu no final, do garoto pintando o muro na frente de todo mundo é genial! E eu também tenho certeza que o delegado pagou a tinta e o pincel do bolso dele… Esse é o Brasil que tem que mudar.

A Zuleide ganhou o meu livro e o kit especial DKT. Tá curioso pra saber o que tem no kit?

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Então…o Brasil está em ebulição. Tenho sido cobrado para manifestar minha opinião sobre o movimento, mas me recusei a escrever qualquer coisa antes de entender o que se passa. E eu não entendi ainda. Por todo lado vejo gente que tenta explicar, quebrando a cara. De um lado deslumbrados neo marxistas, de outro enraivecidos ultra conservadores, no meio os…digamos…os sonháticos… Todo mundo quebrando a cara. Então, pra não falar besteira, preferi observar.

Moda da revolução
Cornélio Pires
Arlindo Santana

A revolta aqui em são paulo
Para mim já não foi bão
Pela notícia que corre
Os revoltoso tem razão
Eu estou me referindo,
A essa nossa situação
Se os revoltoso ganhar
Aí eu pulo e rolo no chão
Quando cheguei em são paulo
O que cortou meu coração
Eu vi a a bandeira de guerra
Lá na torre da estação
Encontrava gente morto
Por meio dos quarteirão
Dava pena e dava dó,
Ai era só judiação

Na hora que nós seguimos,
Perseguindo o batalhão
Saimo por baixo de bala,
Sem ter aliviação
E a gente ali deitado
Sem deixar levantar do chão
De bomba lá de são paulo,
Ai roncava que nem trovão

Zidoro se arretirou
Lá pro centro do sertão
Potiguara acompanhou
Ai prá fazer a traição
Zidoro mandou um presente
Que foi feito por sua mão
Acabaram com potiguara
E acabou-se o valentão

Nós tinha um 42
Que atirava noite e dia
Cada tiro que ele dava
Era mineiro que caía
E tinha um metralhador
Que encangaiava com pontaria
Os mineiro com os baiano
Ai c´os paulista não podia

Que tal a MODA DA REVOLUÇÃO, de Cornélio Pires e Arlindo Santana com Mineiro e Manduzinho? Olha só, esta deve ter sido composta em 1924…

Muito bem. Tenho uma regra de ouro: sempre espero a poeira assentar antes de tirar conclusões sobre os grandes acontecimentos, pois a verdade desaparece sob as cortinas de fumaça e o ruído das ruas. Além disso, centenas de textos são escritos a respeito e eu acabo me sentindo mais um, repisando argumentos que já estão espalhados aos quatro ventos. Mas estão me perguntando o que acho, então vamos lá vai, escolhi um texto que diz exatamente o que penso. É um Editorial do Jornal Análise. No final dou a dica sobre esse jornal. Aqui vão os principais trechos.

“Antes de tudo, há que se questionar a validade ou não do movimento em si, tomando por base suas reivindicações e seu significado, assim como o momento em que surge. (…)

A inquietação das autoridades perante os acontecimentos, demonstrada pela inabilidade com que foram ou são tratados alguns problemas (vide as bombas desnecessárias, ou a proibição em péssima hora das manifestações públicas, assim como a violência adotada – violência negada pelas autoridades – para “deter” os estudantes, etc), é facilmente compreensível. Afinal de contas, quantas vezes houve uma contestação de tal vulto desde os idos de 68? Como aceitar passivamente o risco de uma mobilização popular de consequências imprevisíveis? Como resolver esse problema?

Se levarmos em consideração que o diálogo foi transformado em monólogo, que as vias burocráticas já provaram e comprovaram sua ineficácia (…), veremos que é plenamente justificável a saída às ruas, as concentrações estudantis e populares, como forma de expressar a inquietação popular relativa aos problemas que afligem a nação.

Se não houver a participação agora da classe considerada “pensante” (e portanto “perigosa”) na resolução dos problemas nacionais, não como causadora (como se quer fazer parecer), mas como apresentadora de possíveis soluções, como esperar que mais tarde  aqueles que hoje são impedidos de se manifestar e portanto, de errar e acertar, possam resolver outros problemas, quiçá mais complicados?

São constantes os apelos das autoridades, alertando sobre a infiltração, ou infiltrações no movimento. Não negamos que existam infiltrações de esquerda ou direita, ou mesmo de agitadores em potencial…

Onde não existe? Qual a manifestação popular em que não existe infiltração?

Deve-se deixar claro que, se as infiltrações existem, estas apenas subsistirão se houver condições para tanto, o que, neste caso, não corresponde à realidade. Pelo contrário. É fácil perceber a disposição das lideranças em não permitir a agitação, a conturbação, a inversão de valores, a descambada do movimento para a esquerda ou a direita.

Mas se a desmoralização do movimento não está conseguindo bons resultados, menos ainda está conseguindo a repressão. Será que os responsáveis pela violência contra os estudantes não percebem que os estão transformando em heróis? (…) Será que não percebem para onde está convergindo a opinião pública? Será que não veem a hostilidade com que o aparelho repressivo é recebido pelo povo, mesmo em campos de futebol? Será que não veem que seus próprios filhos podem estar (se não estão ainda) participando da movimentação?

Por isso, e depois de analisar as posições, é que nós (…) estaremos ao lado do movimento enquanto demonstrar maturidade e firmeza de propósito.

Conservamos, porém, a integridade e liberdade de transformar nossa posição de apoio em ferrenho antagonismo diante de qualquer tendência do movimento em deixar a bandeira das liberdades democráticas, da volta ao estado de direito, optando por objetivos tendenciosos, assim como radicalismos e violências, que não coadunam com o espírito estudantil e com as formas de expressão utilizadas até o momento.

Resta-nos, finalmente, trabalhar para que toda essa movimentação atinja seus objetivos, deixando como saldo a ressurreição de uma classe.”

Eu quero é botar meu bloco na rua
Sérgio Sampaio

Há quem diga que eu dormi de touca
Que eu perdi a boca, que eu fugi da briga
Que eu caí do galho e que não vi saída
Que eu morri de medo quando o pau quebrou

Há quem diga que eu não sei de nada
Que eu não sou de nada e não peço desculpas
Que eu não tenho culpa, mas que eu dei bobeira
E que Durango Kid quase me pegou

Eu quero é botar meu bloco na rua
Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua
Gingar, pra dar e vender

Eu, por mim, queria isso e aquilo
Um quilo mais daquilo, um grilo menos disso
É disso que eu preciso ou não é nada disso
Eu quero é todo mundo nesse carnaval…

Eu quero é botar meu bloco na rua
Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua
Gingar, pra dar e vender

Ah…que clássico! EU QUERO É BOTAR MEU BLOCO NA RUA, de e com o Sérgio Sampaio. Meu, já passou da hora de receber um Café Brasil só pra ele…

Então, o texto que eu li é um tanto óbvio, repetindo vários argumentos que temos ouvido e lido por todo lado, não é? Pois é. Mas agora vem a surpresa: o texto que acabo de ler foi escrito por mim mesmo, Luciano Pires, como editorial do Jornal Análise, do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Mackenzie, em Maio de 1977! É, você ouviu certo, 1977! Quando explodia o movimento estudantil que levou milhares de estudantes às ruas com reivindicações de caráter político, como a defesa das liberdades democráticas, o fim das prisões e torturas e a anistia ampla, geral e irrestrita. Aquele movimento, em plenos anos de chumbo, se tornou a grande mobilização inicial do processo de redemocratização do Brasil. Ele abriu caminho para os metalúrgicos do ABC, que iniciaram as grandes greves, angariando a simpatia popular que espalhou pelo país o grito de mudança. Foi nessa época que surgiu um barbudo grosso e nervoso chamado Lula…

Pois é. Eu era o editor do Jornal Análise e estava lá, no olho do furacão, gritando palavras de ordem contra o Coronel Erasmo Dias…

Você prestou atenção no texto? Pensou que tinha sido escrito a semana passada e não quase 40 anos atrás, não é? Pois é. Continuo assinando embaixo do que escrevi quando tinha 21 anos de idade: a energia da moçada me fascina, tem mesmo é que ir às ruas, mas largou a bandeira das liberdades democráticas e partiu para o radicalismo e a violência, to fora!

Minha experiência de 1977 se deu sob uma ditadura. Eram tempos sombrios, sabíamos que as consequências de expressar nas ruas o que verdadeiramente sentíamos, poderiam ser muito sérias. E havia motivo de sobra para odiarmos os “agentes da repressão”. No entanto… não quebramos bancas de jornal. Não incendiamos ônibus. Nossa energia estava canalizada para combater a repressão. E me lembro perfeitamente do cuidado que tínhamos em não deixar que alguns malucos se passassem por estudantes e radicalizassem Era quase uma obsessão e com razão. Estávamos rodeados de gente interessada em usar os estudantes como bucha de canhão… Me orgulho do barulho que fizemos e de ter, de alguma forma, participado de um pouco da história do Brasil.

Hoje vivemos sob uma democracia. A garotada de 1977 está no comando. Os que tomaram borrachada nas ruas estão no poder, são eles os políticos, os donos de empresas, os empresários, os advogados, os que estão de boca aberta com a força das manifestações atuais. São eles os que fazem as promessas não cumpridas.

O Brasil se transformou numa panela de pressão. Todo mundo está de saco cheio com a imagem de um país de corruptos, incompetentes, ladrões e miseráveis explorados. O governo aposta suas fichas no que um dia foi “luta de classes”, mas que hoje não passa do surrado “dividir para conquistar”. Por outro lado, um discurso triunfalista e nacionalista bocó é utilizado à exaustão, com a copa do mundo sendo o cúmulo da atitude populista que quer fazer com que nos achemos os maiores do mundo, enquanto coisas básicas como educação, saúde e infra estrutura permanecem a miséria que conhecemos.

Mimimi aqui, mimimi ali, mas o povo feliz com o preço da TV LCD 3D de 55 polegadas que não parava de cair. Até que o preço da carne, do pão e do leite começa a subir. É impossível entrar num supermercado sem se escandalizar. Não dá para comer a TV. E a Presidente e o Ministro só repetem: está tudo sob controle! Tá tudo sob controle! Impunidade. Incompetência. Arrogância… Pronto! Chegamos ao ponto em que faltam 20 centavos para corda arrebentar.

A indignação popular com os desmandos, a incompetência, a desonestidade, a corrupção e o descaso dos políticos, nunca teve força para reunir mais que 3000 manifestantes em protestos que se desfaziam em minutos. Eu sei. Participei de pelo menos quatro passeatas ou atos contra os desmandos e a corrupção, só para ver acontecer… nada.

Ah, sim, e tem a imprensa. Que quer saaangueeee….

Faltavam ao menos dois elementos: um objetivo palpável, de alto alcance popular, que não fosse algo difuso como “abaixo a corrupção”. Vinte centavos, por exemplo…

E faltava um claro inimigo comum. A polícia se encarregou disso. Vamos todos às ruas contra a repressão do estado.

Vinte centavos mais o estado repressor. Isso eu compreendo. Isso me indigna. Pronto. Jovens, velhos, ricos, pobres e bebês e cachorros nas ruas.

Pois é… os partidos políticos perderam o bonde da história. Mas…será? Essa mobilização toda nasceu em meio à militância dos PSOL e PSTUs da vida, radicais anacrônicos que pregam ideias do século 19.

Não se engane: eles estão maravilhados com a repercussão e antenados para conduzir as manifestações na direção de seus objetivos. Não deixe!

Acessando as páginas das redes sociais que fazem a crônica do movimento, é possível ver críticas à Dilma, Lula, Haddad, Alckmin, Rede Globo, Estadão, Record, Folha de São Paulo, Felipão, Copa do Mundo, Roberto Carlos, MC Anitta e Madre Teresa de Calcutá. Os vinte centavos ficaram para trás. O movimento é outro. É o “chega de bandalheira”!

Que bom! Dia 17 de Junho de 2013, com manifestações por todo o país, com as bandeiras de partidos políticos sendo impedidas, vai entrar na história. O movimento conseguiu o que queria: mostrou sua força e tem toda a visibilidade do mundo. Botou os políticos na parede. E eu acredito sinceramente que a imensa maioria das pessoas que estão nas ruas quer protestar, não quer vandalizar. Pois agora é hora de usar Inteligência.

Foco. Agir como sombra dos políticos. Organizadamente e sem violência, ocupar as galerias das Câmaras de Deputados e de Vereadores durante as sessões abertas ao público. E se as sessões forem fechadas, que as manifestações aconteçam do lado de fora. Ocupar a frente da Prefeitura e do Palácio do Governo. Sem quebrar vidros. Ocupar os espaços nos quais os políticos fazem seus discursos marqueteiros. Sem tacar pedras. Fazer um corredor de manifestantes entre a residência do político e seu local de trabalho. Sem agredir. Inundar os órgãos de imprensa com emails. Aliás, como a imprensa não dá destaque para protestos pacíficos, fazer as manifestações na frente das sedes dos jornais, rádios e emissoras de televisão. Sem incendiar os veículos. E especialmente, ser absolutamente intolerante com quem tentar descambar o protesto para a violência,para o quebra-quebra. O movimento precisa de uma milícia radical contra os radicais. A radicalização só serve a quem quer deixar as coisas como estão.

Ah, sim! E marchar para Brasília, não é? É muito confortável para eles assistir a movimentação pela televisão.

O mais difícil foi feito. Agora é hora de fazer o inteligente.

O som aí embaixo é o instrumental de COME TOGETHER dos Beatles…

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Muito bem… Depois das batalhas campais de 1977, mudamos a história do Brasil duas vezes, com o Movimento diretas jaá e com os carapintadas, colocando centenas de milhares – se não milhões – de pessoas nas ruas de todo o país. Sem queimar ônibus, sem depredar. Sem sangue. Dá pra fazer de novo. É preciso que seja feito de novo. Começou a ser feito de novo. Mas tem que ser feito com inteligência, cirurgicamente, atingindo quem tem a responsabilidade de fazer e não faz.

Você sabe quem são e onde eles estão.

Um leão está solto nas ruas
Rossini Pinto

Um leão está solto nas ruas
Foi descuido do seu domador
Sei que ele está faminto
Não come desde ontem
Preciso encontrar o meu amor

Um leão está solto nas ruas
Já faz um dia que ele fugiu
A turma está aflita
Pra vê-lo outra vez
Na jaula de onde ele saiu

Você, que está em casa, um conselho vou dar:
Feche as janelas, tranque bem o portão
Pois num dado momento sem ninguém esperar
Pode aparecer o tal leão, ha

Mas um leão está solto nas ruas
Calamidade igual nunca vi
Jamais terá problemas
De alimentação
Se ele encontra o meu broto por aí

Você, que está em casa, um conselho vou dar:
Feche as janelas, tranque bem o portão
Pois num dado momento sem ninguém esperar
Pode aparecer o tal leão, ha

Um leão está solto nas ruas
Calamidade igual nunca vi
Jamais terá problemas
De alimentação
Se ele encontra o meu broto por aí
Se ele encontra o meu broto por aí

Então é assim, ao som de UM LEÃO ESTÁ SOLTO NAS RUAS, na versão original que Roberto Carlos gravou em 1964, que este Café Brasil que vale mais que vinte centavos, vai saindo de mansinho.

Com o ativista Lalá Moreira na técnica, a revolucionária Ciça Camargo na produção e eu, que acho que nestes momentos a prudência é sinal de inteligência, Luciano Pires na direção e apresentação.

Estiveram conosco a ouvinte Zuleide Giraldi, Mineiro e Manduzinho, Rildo Hora, Sérgio Sampaio, um finalzinho da Rita Lee, Roberto Carlos e… Os Beatles!

O Café Brasil chega até você com o apoio do Auditório Ibirapuera, por onde passam alguns dos maiores revolucionários culturais do Brasil e do exterior. Música,dança, interpretação…são atrações semanais que estão muito longe dos enlatados que você está acostumado a degustar. Experimente. www.facebook.com/auditorioibirapuera! Veja a programação e apareça por lá!

Este é o Café Brasil. De onde veio, tem muito mais. Eu gostaria de saber o que você acha. Deixe seu comentário na página deste programa em www.portalcafebrasil.com.br.

E pra terminar, uma frase de Aristóteles:

As revoluções não concernem a pequenas questões, mas nascem de pequenas questões e põem em jogo grandes questões.

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