Bom dia, boa tarde, boa noite… De quando em quando um e-mail de ouvinte inspira um programa. Hoje é um desses. Mas não é daqueles que eu gosto de fazer. Talvez ao ouvir este programa você se pergunte: Pô, mas porque o Luciano perde tempo com um assunto como esse?. Bom, eu acredito que existe uma função pedagógica no tipo de discussão-manifesto que farei hoje aqui, a partir de uma crítica enviada por um ouvinte, agora ex-ouvinte.
Pra começar, uma frase atribuída a Confúcio, mas que acho que é de outro autor:
Encontre um trabalho que você gosta e você não trabalhará mais nem um dia em sua vida.
Este programa chega até você com o apoio do Itaú Cultural, que sabe muito bem que incentivando quem vive de arte, a ganhar com arte, garante a produção de obras capazes de nos instigar, motivar e inspirar. www.itaucultural.org.br. Acesse o site e dê uma olhada num mundo diferente desse que você vê por aí.
E você, hein? Já acessou o facebook da Nakata para participar da promoção que pode te dar nada menos que um iPad? www.facebook.com/componentesnakata, Nakata com K. Acesse a página e clique no post da promoção. É muito fácil participar. A Nakata é a marca dos componentes de suspensão e freios para seu carro.
Arriscado é não usar Nakata. Exija a tecnologia original líder em componentes de suspensão. E agora também com as bombas d´água e óleo Nakata!
Tudo azul. Tudo Nakata.
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Bem, no programa ou nos programas anteriores, falamos de CRÍTICAS e hoje o livro iria para um ouvinte que escreveu a crítica que vou ler a seguir. Eu dei a ele uma resposta dura e ele não quis o livro. Vou chamá-lo de FULANO. Escute só:
Bem, no programa ou nos programas anteriores, falamos de CRÍTICAS e hoje o livro iria para um ouvinte que escreveu a crítica que vou ler a seguir. Eu dei a ele uma resposta dura e ele não quis o livro. Vou chamá-lo de FULANO. Escute só:
Olá Luciano, tudo bem?
Sou ouvinte assíduo de seu podcast, acho muito legal sua ideia e o programa em si. Parabéns pela iniciativa!
Porém, venho notado ultimamente o crescente número de patrocinadores e após ouvir sua entrevista no Telhacast, notei algo em você que não fica tão evidente no programa convencional do Café Brasil.
Sua causa é nobre e o admiro por isso. Mas acho que antes de tudo você busca dinheiro e auto promoção. Estou te pré julgando, mas outras pessoas que te ouvem concordam comigo. Mesmo se tudo que vou falar estiver errado, me sinto no direito de te falar o que penso e acho, visto que sou um ouvinte de seu programa, presumo que você queira saber o que penso.
Abaixo listo os fatos que me levaram a formar minha opinião:
1 – Resumindo, a empresa que você trabalhava não estava bem
2 – Você buscou outras formas para continuar ganhando dinheiro (nenhum problema nisso)
3 – Surgiu a ideia de dar palestras (o que é muito legal)
4 – Suas palestras deram certo e você expandiu ela até chegar no podcast
5 – Através do podcast você fica conhecido e atualmente ganha dinheiro com todas as mídias que envolvem sua auto promoção
6 – Você criou uma causa nobre para se auto promover e ganhar notoriedade, status e consequentemente dinheiro.
Agora você deve estar se perguntando porque um ouvinte assíduo que admira meu programa esta me criticando por ganhar dinheiro?
Minha resposta é sinceridade. Você gosta do Café Brasil MAS é igual o Luciano Huck ajudando os pobres no programa dele, assistência social barata em prol da auto promoção. O Luciano deve gostar de ajudar, mas não é o que move ele. O que o move é dinheiro e mais nada.
Sinceridade tem o Olavo de Carvalho no Trueoutspeak, diz que precisa da ajuda dos ouvintes e de quem gosta dele, sem ter segundas intenções nem nada. Ele deixa declarado o que é e não existe o espaço para o pré julgamento, não existe espaço para a aparência errada.
Infelizmente Luciano, broxei com seus programas ultimamente. Sinto essa segunda intenção em tudo que você faz. Resumindo, é isso.
Você deve ter sua causa para agir de tal forma nos seus programas, deve ter estudado a melhor forma de fazê-lo e deu certo.
Entenda esse email apenas como um comentário sobre você e interprete-o como quiser, até mesmo ignorando-o.
Se tudo o que você fez até hoje foi pensado para ser como é, prossiga, cada um age conforme sua consciência e não acho que você esta completamente errado, só não gosto e não concordo, mas errado não.
Continuo admirando sua iniciativa, que na pior das hipóteses traz a cultura e informação para muitas pessoas, inclusive eu.
Obrigado pela atenção e desculpa alguma palavra mais dura, minha intenção não é, nem nunca foi tentar te ofender. Reitero dizendo que te admiro muito.
Putz…imagina se não admirasse… Resumo do email: o Fulano acha minha causa nobre e me admira por isso, considera que posso estar certo, que não estou fazendo nada de errado, que é fã do programa, admira minha iniciativa e diz que na pior das hipóteses trago cultura e informação. Mas acha que tenho uma segunda intenção que é ganhar dinheiro, e com isso ele não concorda.
Vou responder aos que pensam como ele no decorrer deste programa.
Não se trata de não aceitar as críticas, mas colocar as coisas sob a perspectiva correta.
Ah, o Olavo de Carvalho que o Fulano citou como modelo, anunciou o fim de seu podcast True Outspeak. O programa estava tomando tempo de outras atividades que ele considera mais importantes e por isso ele parou. Voltou depois de muita gente pedir, mas agora com um programa mensal. Eu não pretendo parar o Café Brasil, nem deixar de publicá-lo religiosamente toda semana. Pretendo que ele seja a minha atividade mais importante.
E quase ao mesmo tempo recebo um outro comentário, vindo do Japão:
“Querido Luciano,me chamo Tatiana tenho 33 anos e vivo há 5 anos no Japão.
Conheci o Café Brasil há quase 3 anos através do meu marido, um curioso e estudioso de tudo que envolve tecnologia. Ele com entusiasmo me contou sobre você, o programa e claro o que era o ¨tal¨ podcast.
Confesso que desconfiei um pouco, mas a curiosidade foi maior e digo: Me apaixonei por tudo em seu programa!! Sou uma pessoa como dizem, ¨velha¨ pois com 14 anos eu amava ouvir Maria Bethânia, Caetano Veloso (algo fora do normal para a época) e a trilha sonora do seu programa foi arrebatadora. Mas como nem tudo são flores, meus filhos reclamavam quando colocávamos seu programa para escutar.
Tenho dois meninos o Eduardo com 16 e Otávio com 12 anos. Era um tal de ¨esse negócio chato?¨ quanta música ruim!¨ ah! tira isso pai por aí vai. Sabe, Luciano, fui mãe muito nova, mas isso nunca me fez menos que qualquer outra mãe. Na verdade foi ao contrário, sempre tentei ser amiga e ensinar valores aos meus filhos. Com seu programa não foi diferente.
Pacientemente meu marido Márcio e eu dissemos a eles: vocês sabem do que ele está falando? Vocês realmente estão entendendo o que ele quer dizer com brasileiros pocotós? Será que não somos pocotós também? E assim plantamos uma dúvida e fizemos os meninos pensarem. Foi questão de meia dúzia de programas e o silencio reinava absoluto no carro quando eles escutavam o Bom dia, boa tarde e boa noite!!.
Daí pra frente não paramos mais e seus programas passaram a ser da ¨família¨ e depois discutimos os temas, o papo não tem fim. Há muito que desejo lhe escrever mas a preguiça… bom vc sabe né? mas aconteceu algo com meu filho mais velho,o que me motivou a te escrever,se me permite gostaria de dividir com você.
Bem meu filho Eduardo em março deste ano retornou ao Brasil para cursar o colegial. Apesar do coração de mãe apertado, ele está feliz e cheio de amigos e como qualquer adolescente adora mídias sociais. Bem você deve conhecer ASK.fm (local onde os jovens fazem perguntas uns aos outros). Eduardo adora escrever e chega a se arriscar em alguns poemas. Assim sendo se tornou popular nessa ¨coisa. A questão é, como toda mãe preocupada dou uma espiada¨ nas coisas que ele anda fazendo, pra ser sincera monitoro mesmo! E fiquei feliz com o que ele anda respondendo e indicando aos amigos.
Quando questionado sobre quem o influenciava sabe qual foi a resposta? Luciano Pires! Sim meu amigo você mesmo! Depois perguntaram qual livro você indica a resposta foi ¨qualquer um do Luciano Pires¨, consegue perceber a transformação? E importância que possui entre os jovens? Pois é meu caro amigo, hoje estou aqui comentando este para agradecer por sempre trazer cultura e valores a estes jovens que estão espalhados por todo Brasil e quiçá o mundo, muito, muito obrigada!
Pois então. Eu prefiro ouvintes como a Tati, muito menos pelos elogios do que por saber que compreende a essência e objetivos do Café Brasil. E age para divulgar o que acha que vale a pena.
Tati, você ganhou um livro, que eu acho que tenho que mandar pro seu filho.
Saudade do Japão
Capitão Furtado
Hiroshi Kurimori
Ai que saudade gostosa
Ponteando meu violão
Lembrei do tempo de infância
A minha recordação
Lembrei a mamãe querida
Ainda lá no Japão
Tão linda me acalentanado
Cantando a doce canção
……..
Mamãe coitada vivia
Com tanta preocupação
De deixar a nossa terra
Aquele lindo torrão
A saudade que eu sentia
Da cerejeira em botão
Me alembro ainda do dia
Do nosso adeus no Japão.
……..
O que Deus faz, tá bem feito
É o ditado que diz
Ganhei a segunda pátria
Este abençoado país
Uma cabocla bonita
O anjo que tanto eu quis
O nenezinho no colo
Cantando muito feliz
Dorme nenê
Que a cuca já vem
Papai foi pra roça
Mamãe vai também
Rararara…você ouve SAUDADES DO JAPÃO, de Capitão Furtado e Hiroshi Kurimori, com os Irmãos Kurimori, dupla formada por Hiroshi e Massashi Kurimori. Os irmãos gravaram o primeiro disco em 78 rpm, (um dia eu conto o que é isso) pela Continental, no final de 1958, mas o disco só foi lançado em 1959. São considerados a primeira dupla nipo-sertaneja do Brasil.
Catzo… eu invisto um baita tempo e dinheiro neste programa e nas coisas que o cercam. No site do podcast, na cafepedia, na rádio web café Brasil, nos videocasts… Tá tudo lá à disposição de quem quiser, horas e mais horas de conteúdo gra-tu-i-to. A única coisa que eupeço é que as pessoas comentem. E aí vem o Fulano dizer estou com segundas intenções? Segundas intenções os cambáu! Eu deixo claro desde o dia que comecei: minha intenção de viver do meu trabalho não é a primeira nem a segunda nem a terceira. É um fundamento que envolve sim senhor, ganhar dinheiro e ter a projeção de minha imagem, de forma honesta e transparente.
Pois quer saber de uma coisa bastante sincera? Ouvintes como o Fulano são broxantes, porque passam a impressão de que eu falhei. Afinal, se são ouvintes assíduos e não entenderam até hoje a minha proposta, apenas deixam claro que o meu esforço é nulo.
Eu aposto como o fulano paga 40 reais pra ver o último filme da Marvel em 3D, mas não escreve pro Robert Downey Jr. reclamando que ele ganhou 3 milhões de dólares para fazer o Homem de Ferro.
Talvez entre na fila para pagar quase 3 mil reais por um iPhone 5 em 24 prestações, mas nunca escreveu para o Steve Jobs pra reclamar que ele ficou bilionário. Pode ser que pague 200 reais pra entrar na balada sertanoja, mas não reclama com o Luan Santana por ele ter ficado rico. Talvez tome litros de cerveja, mas não escreve pro Paulo Lemann, o maior acionista da Ambev, reclamando que ele é o brasileiro mais rico da atualidade.
E sabe por que essa gente age assim? Porque consegue ver valor na cerveja, no IPhone, nos filmes, nas baladas. Paga e cala a boca. Já o produto que eu vendo aqui no Café Brasil vale menos que uma cerveja…
Felizmente existem os ouvintes como a Tatiana, do Japão, que trazem o tesão de volta.
Samba de graça
Comunidade Azougue
É minha nega, é minha nega,
É minha nega do samba
É minha nega
É minha nega do mundo
É minha nega, é minha nega
É minha nega, vem cá
É minha nega de samba
É minha nega do mundo
É minha nega, é minha nega
É minha nega
Quás, quás rás quá rás
É minha nega de samba
Quás, quás rás quá rás
É minha nega do mundo
É seca, catinga,carcaça,
É mentira, é desgraça
É reza, é certeza
É poeira em cabaça
É choro e vela
É virgem de graça
O homem agradece
A poeira que passa
Você está ouvindo aí ao fundo, mais uma daquelas novidades que vem de Pernambuco, misturando o samba com o mangue-beat, o Comunidade Azougue, banda que trafega pelo samba-rock, sambalanço e gafieira. Essa aí, chama-se SAMBA DE GRAÇA. (Infelizmente não foi possível captar todo o sentido da letra)
Pois então. Guerrilha em nome da honra. Eu não. Eu sou como Bruce Lee, fluido como água. Lembra do programa que eu falei de água e fogo? Pois é.
O fulano acha legal o trabalho que eu faço, mas não admite que eu ganhe dinheiro com ele. Talvez ache que só vale se for hobby, e tem gente que defende isso mesmo: podcast tem que ser hobby.
Bom, o Café Brasil não é. Hoje ele é o meu trabalho, parte de um projeto ambicioso que envolve diversas mídias. O podcast é apenas um dos canais para distribuição do conteúdo que produzo e trabalho insanamente para transformá-lo num negócio, felizmente um negócio que me dá prazer e que carrega em si um conteúdo que muito me orgulha. A alternativa seria anunciar que não dá mais e tentar voltar a ser executivo de empresa multinacional.
Bem, o tal fulano deve ter por volta de 25, 27 anos. Eu tenho 56. Vejo o mundo de outro ângulo, menos impetuoso e entendo a sua confusa revolta. Torço para que ele faça sucesso. Respondi ao email de forma dura e ele ficou bravo, respondendo assim:
Ok, Luciano. Não me envie o livro e não comente no podcast. Agora nem ouvinte serei mais. Sua resposta só consolidou minha opinião. Abs e boa sorte. Fulano.
Ok, Fulano. Eu só posso dizer muito obrigado.
Quem lucrou fui eu
Monarco
Quem lucrou com a separação fui eu
Se fui eu, que lucrei quando esse amor morreu
Eu vivia magoado como um pobre coitado
Mas isso de mim já desapareceu
Deus olhou a terra e um dia assistiu
Como eu tanto padecia
Me deu força e coragem, me livrando das maldades
Do amor que me traía
Me deu força e coragem, me livrando das maldades
Do amor que me traía
Vão se os anéis, ficam os dedos
Descobrir um bom segredo o desprezo e bem melhor
Quem no mundo não tinha alegria
Não cantava, não sorria e a vida era pior
Deus acatou o meu apelo, me deu amor com zelo
E com mais dedicação
Tirando do meu peito a agonia
Expulsando a nostalgia que morava no meu coração.
Opa! Maria Creuza no Café Brasil! Eu acho que é a primeira vez! Com QUEM LUCROU FUI EU, do carioca Hildemar Diniz, o Monarco.
Eu sou um sujeito ambicioso. Sempre fui. Sempre mirei mais acima, mais à frente, mais fundo, mais alto, mais longe do que eu poderia alcançar. E por isso consegui atingir certos objetivos que muita gente parecida comigo nunca conseguiu. No processo, levei comigo um monte de gente. Minha família, amigos, colegas de trabalho, clientes, fornecedores e até leitores e ouvintes.
Na minha ambição cabe todo mundo. E quem se aproxima do meu barco sabe exatamente quem eu sou, o que ofereço e para onde estou indo. Se entra no barco é porque minha proposta o atraiu e não tem depois o direito de dizer-se enganado.
Mas nunca fui ganancioso. Viu a diferença? Ambiciodo de um lado, ganancioso do outro. Perdi, e continuo perdendo, estupendas oportunidades de ganhar mais, tirar mais vantagens, por achar que o que eu havia obtido era justo e suficiente. É assim que eu ajo, é assim que espero que meus filhos ajam e é assim que quero que meus ouvintes me entendam.
Aqui no Café Brasil ninguém vai bater sua carteira. Ninguém vai vender lebre e entregar gato. Ninguém vai te enganar. Muito menos te obrigar a ouvir o programa…
O Café Brasil não é uma aventura de alguém que quer curtir um hobby ou alimentar sua vaidade. O Café Brasil é uma empresa. Tem funcionários, paga salários, paga honorários, tem contratos com fornecedores, tem clientes e tem que dar lucro sim senhor. E quanto mais lucro der, mais orgulhoso eu ficarei de ter conseguido vencer com um produto que não apela para as baixarias quotidianas para se dar bem. Se vencer, vencerei de forma honesta, oferecendo cultura, sacou? Cultura! Estamos no Brasil, meu caro. Você tem a dimensão do que significa neste país vencer vendendo cultura?
Pois é.
Então… pra mostrar que os patrocinadores do Café Brasil não estão aqui só pra dar um dim dim pro Luciano, a Pellegrino, uma das maiores distribuidoras de peças para veículos automotivos do Brasil premia todo mês 5 ouvintes com uns baita prêmios. Acesse www.facebook.com/pellegrinodistribuidora, Pellegrino com dois eles, e participe da promoção que dá iPads, GPS e MP3 automotivos todo mês. É muito fácil participar e você ainda contribui com ideias para melhorar o trânsito nosso de cada dia.
Pellegrino Distribuidora. Conte com a nossa gente.
Bem, com este manifesto eu encerro os diálogos com os que acham que é errado ganhar dinheiro com trabalho honesto. E encerro também com os que não entenderam nada. Mas ainda vou fazer um Café Brasil pra tratar de como funciona a cabeça dessa gente.
Sem Cobiça
Edvaldo Santana
Um homem ponderado
Sem pressa e sem cobiça
levava sua vida
Apreciava a coragem a ousadia
O respeito a alegria
Que sua tribo cantava
Acreditava que ninguém acabaria
Que apenas mudaria
Por uns tempos de lugar
Até que um dia um sujeito enciumado
Com dinheiro e deslumbrado pelas luzes do poder
Comprou o radio a tv e o mercado
Espalhou pra todo lado até pra quem não quer ver
Um passo em falso um boato criou perna
Que o homem era mesmo da baderna
Que gostava de fumar um chá
Se não bastasse disse não pra uma balzaca
Filha de um burocrata pós regime militar
Daí em diante é que a corda foi ruindo
Gente que o achava lindo não quer nem ouvir falar
E aquele cara que tinha uma cara rara
De herói virou a mala que ninguém quer carregar
É evidente cada mídia tem um lado
Ela escolhe o convidado e o que ele vai falar
E de repente o pião tá dominado
Não consegue se expressar
Mas nego veio que andava recuado
Vendo seu nome queimado resolveu contra-atacar
Caiu na estrada cantou Soul na vaquejada
Fez da vida a namorada e do Sol seu habitat
Um passageiro sem futuro e sem ponteiro
Sabe pelo marinheiro onde é bom pra descansar
Um candeeiro paulistano forroqueiro
Não se ilude com dinheiro nem tem ouro pra mostrar
E é assim então, ao som de Edvaldo Santana com SEM COBIÇA, aliás, você tem que prestar atenção na letra inteira. Procura lá no texto deste programa, que este Café Brasil que quer crescer, frutificar, agregar mais gente, ouvintes, fornecedores e amigos, vai saindo de mansinho.
Com o proletário Lalá Moreira na técnica, a explorada Ciça Camargo na produção e eu, este porco capitalista Luciano Pires na direção e apresentação.
Estiveram conosco os ouvintes Fulano e Tatiana, Comunidade Azougue, Irmãos Kurimori, Maria Creuza e Edvaldo Santana.
Este programa tem o apoio do Auditório Ibirapuera, um lugar criado para disseminar o trabalho de uma porção de gente que faz arte e que pretende ganhar dinheiro para viver disso. Nada mais nobre, não é? Acesse o www.auditorioibirapuera.com.br e dê uma olhada na programação. Você conhecerá centenas de pessoas que estão fora das grande redes de televisão, jornais e revistas, mas que constroem suas vidas oferecendo à sociedade arte e cultura. E ninguém reclama disso.
Pra terminar, uma frase de Carlos Drummond de Andrade:
Necessitamos sempre de ambicionar alguma coisa que, alcançada, não nos torna sem ambição.
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