Café Brasil 329 – O fim do podcast Café Brasil

Bom dia, boa tarde, boa noite. Bom. Este é um programa que eu não queria fazer. Pois é…

Depois de 328 programas chegou a hora de anunciar: este é o último podcast Café Brasil. Foram cinco anos de diversão, conteúdo, provocação e obtenção de milhares de amigos, que agora chegam ao fim. E esse é o tema do programa de hoje.

Pra começar, uma frase de Richard Bach:

O que a lagarta chama de fim do mundo, o mestre chama de borboleta.

Este programa chegou até você com o apoio de quem sabe que o mundo é muito mais do que aquilo que podemos comprar, ver, tocar e guardar. O mundo tem a arte! Itaú Cultural: www.itaucultural.org.br. Acesse o site e veja quanta coisa ainda há para ser curtida!

E eu aproveito aqui para agradecer ao Itaú Cultural pelo apoio, enquanto durou o programa.

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E o exemplar de meu livro, o último exemplar do NÓIS…QUI INVERTEMO AS COISA deste último programa vai para Grace Kelly Castilho Teles, que comentou assim o programa AINDA O TEMPO:

“ Luciano.

Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu.

Há tempo de nascer e tempo de morrer tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou tempo de matar e tempo de curar tempo de derribar e tempo de edificar, tempo de chorar e tempo de rir tempo de prantear e tempo de saltar de alegria, tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar, tempo de buscar e tempo de perder tempo de guardar e tempo de deitar fora, tempo de rasgar e tempo de coser tempo de estar calado e tempo de falar, tempo de amar e tempo de aborrecer tempo de guerra e tempo de paz.

Eclesiastes Capítulo3, versículos 1 a 8…

A Bíblia aborda poeticamente a questão do tempo… que há muito fascina e intriga o homem!!!”

Pois é querida Grace, tudo tem o seu tempo, até mesmo quando o tempo termina!

A Grace ganhou um livro pois comentou um programa. E se você não ganhou o seu, agora não dá mais tempo.

Mas ainda dá tempo de ganhar um iPad! A Nakata, a marca dos componentes de suspensão para o seu carro continua com uma promoção imperdível: acesse o www.facebook.com/componentesnakata – Nakata com K – e clique no post da promoção para participar. Quem sabe você ganha nada mais nada menos que um iPad, já pensou? Novinho! É. O tempo passa, mas a promoção da Nakata continua!

Arriscado é não usar Nakata. Exija a tecnologia original líder em componentes de suspensão. Ah, uma dica: agora chegaram também as bombas d´água e óleo Nakata! Tudo azul. Tudo Nakata.

O meu agradecimento também à Nakata. Que esteve conosco por pouco tempo, mas foi um tempo muito legal.

Bem, se você odeia o Café Brasil, deve estar feliz com a notícia de que este é o último programa, não é? Mas se você é um dos que ama o programa, deve estar triste, talvez até angustiado. Por isso vai a explicação.

O Café Brasil é um podcast que só tem sentido se tiver ouvintes, coisa que temos conseguido com o passar dos anos. Muitos ouvintes. Medimos o crescimento pelas estatísticas, pelos comentários e pelos contatos que temos com vocês nas viagens feitas pelo Brasil. É muita gente ouvindo o Café Brasil. Mas porquê então o programa vai acabar?

É simples. É porque o mundo vai acabar dia 21 de dezembro, pô. Então o Café Brasil vai acabar junto!!!

Rararararara….assustou, é? Pensou que a gente ia acabar com o programa e você ia continuar aí, feito órfão, órfã, viúvo ou viúva? Pois pode tirar o cavalinho da chuva… O podcast Café Brasil acaba se o mundo acabar. Ponto.

Eve of destruction
Barry McGuire

Eve of Destruction
The eastern world it is explodin’,
Violence flarin’, bullets loadin’,
You’re old enough to kill but not for votin’,
You don’t believe in war, what’s that gun you’re totin’,
And even the Jordan river has bodies floatin’,
But you tell me over and over and over again my friend,
Ah, you don’t believe we’re on the eve of destruction.

Don’t you understand, what I’m trying to say?
Can’t you feel the fears that I’m feeling today?
If the button is pushed, there’s no running away,
There’ll be no one to save with the world in a grave,
Take a look around you, boy, it’s bound to scare you, boy,
And you tell me over and over and over again my friend,
Ah, you don’t believe we’re on the eve of destruction.

Yeah, my blood’s so mad, feels like coagulatin’,
I’m sittin’ here, just contemplatin’,
I can’t twist the truth, it knows no regulation,
Handful of Senators don’t pass legislation,
And marches alone can’t bring integration,
When human respect is disintegratin’,
This whole crazy world is just too frustratin’,
And you tell me over and over and over again my friend,
Ah, you don’t believe we’re on the eve of destruction.

Think of all the hate there is in Red China!
Then take a look around to Selma, Alabama!
Ah, you may leave here, for four days in space,
But when your return, it’s the same old place,
The poundin’ of the drums, the pride and disgrace,
You can bury your dead, but don’t leave a trace,
Hate your next-door-neighbour, but don’t forget to say grace,
And you tell me over and over and over and over again my friend,
you don’t believe we’re on the eve of destruction.
you don’t believe we’re on the eve of destruction.

Véspera da Destruição

O mundo oriental está explodindo
Violência eclodindo, balas carregando
Você é velho o suficiente para matar, mas não para votar
Você não acredita na guerra, o que é a arma que você está segurando?
E até o rio Jordão tem corpos flutuando,
Mas diga-me mais e mais e mais uma vez meu amigo,
Ah, você não acredita que estamos às vésperas da destruição.

Você não entende, o que estou tentando dizer?
Você não consegue sentir os medos que eu estou sentindo hoje?
Se o botão é pressionado, não há como fugir,
Não haverá ninguém para salvá-lo com o mundo em um túmulo,
Dê uma olhada em torno de você, garoto, sou obrigado a te assustar , menino,
E você me diz mais e mais e mais uma vez meu amigo,
Ah, você não acredita que estamos às vésperas da destruição.

Sim, meu sangue é tão louco, parece que está coagulando,
Eu estou sentado aqui, apenas contemplando ,
Eu não posso torcer a verdade, ele não conhece o regulamento,
Punhado de senadores não passam de legislação,
E marchas por si só podem não trazer a integração,
Quando a relação humana é desintegrada,
Todo mundo é louco, é apenas frustrante demais ‘,
E você me diz mais e mais e mais uma vez meu amigo,
Ah, você não acredita que estamos às vésperas da destruição.

Pense de todo o ódio que existe na China Vermelha!
Então dê uma olhada em volta para Selma, Alabama!
Ah, pode deixar tudo aqui, durante quatro dias no espaço,
Mas o seu retorno é para o mesmo lugar,
O runfar dos tambores, o orgulho e vergonha,
Você pode enterrar seus mortos, mas não sem deixar um rastro,
Odeie seu vizinho, mas não se esqueça de dizer a graça,
E você me diz mais e mais e mais e mais uma vez meu amigo,
Você não acredita que estamos às vésperas da destruição.
Você não acredita que estamos às vésperas da destruição.

E por falar em fim do mundo, você está ouvindo Barry McGuire com um clássico dos anos 60, EVE OF DESTRUCTION, um daqueles hinos que trata do fim do mundo pelas mãos do homem….

Ah, sim, prepare-se agora para ouvir a versão de EVE OF DESTRUCTION gravada por Tommy Stadem , filho de ingleses nascido em São Paulo que nos anos 60 fez carreira como cantor e compositor, gravando 6 discos. Foi em 1966 que ele gravou VÉSPERA DO FIM DO MUNDO. Ouça a letra e imagine se ela poderia ser escrita hoje…

Véspera do fim do mundo
Tommy Stadem

O nosso imenso mundo novamente está explodindo
Violência impera, a todos atingindo
Você pode matar nem que tenha pouca idade
Mas para votar, tem que ter maioridade
Ninguém gosta de guerra, guerra feia e maldade
Então diga se concorda conquista, meu amigo
É coisa assim, estaremos na véspera do fim do mundo

Você compreende o que eu estou dizendo
Você não sente o medo que eu estou tendo
Se todos fazem bombas, gastam rios de dinheiro
Fabricam armas por este mundo inteiro
E se a maldita guerra for estourar
Ninguém sequer no mundo, vai se salvar
Então diga se concorda conquista, meu amigo
É coisa assim, estaremos na véspera do fim do mundo

Eu fico aqui de longe contemplando
A doida confusão, por tudo se espalhando
Neste mundo louco, não há um pingo de respeito
Há muita inveja, muita intriga e despeito
Não há honestidade, caridade ou fartura
E a paz do nosso mundo cai em sua sepultura
Então diga se concorda conquista, meu amigo
É coisa assim, estaremos na véspera do fim do mundo
Pense bem
Estaremos na véspera do fim do mundo

Bom. Não custa lembrar. Essa música é de 1966, cara. Não mudou muito.

Bem, passado o susto e a piadinha sem graça, vamos ao que interessa. Essa loucura toda em torno do fim do mundo aconteceu por causa de um tal calendário Maia, que aquele filme chamado 2012 fez questão de marquetear.  Mas é preciso considerar algumas coisas.

Os maias registravam o tempo em uma escala própria, diferente da que conhecemos. Durante o apogeu do império, eles inventaram a Grande Contagem – um calendário circular que “transplantava as raízes da cultura maia desde a criação do mundo em si”.

Uma característica importante desse calendário é que ele é zerado a cada 1.872.000 dias, cerca de 5.125 anos. E adivinha quando é que os cálculos dizem que o calendário vai zerar outra vez? 21 de dezembro de 2012.

Pra começar, temos que entender um fenômeno astronômico chamado solstício, que vem do latim SOL e sistere, que quer dizer “que não se move”. A inclinação do eixo da terra em relação ao eixo da translação – o movimento do planeta em torno do sol, faz com que os raios solares se distribuam de forma desigual entre os hemisférios norte e sul. Por isso, ao longo do ano, o tempo de duração dos dias em relação às noites é variável. O solstício é quando a diferença de duração entre o dia e a noite alcança o máximo. Solstício de inverno é quando temos a maior noite do ano em relação ao dia. E Solstício de verão é quando temos o maior dia em relação à noite. E é exatamente entre os dias 21 e 22 de dezembro que acontece o solstício de verão no hemisfério sul e de inverno no hemisfério norte. Ente 21 e 22 de junho é o solstício de inverno, quando acontece o oposto.

Resumindo: entre os dias 21 e 22 de dezembro teremos o maior dia do ano no hemisfério sul e a maior noite do ano no hemisfério norte. E esse acontecimento tinha uma importância muito grande para várias culturas, inclusive os Maias.

Pois é durante o solstício de inverno de 2012, que se encerra a era atual do calendário da Grande Contagem Maia, que começava no que os maias viam como o último período da criação do mundo: 11 de agosto de 3114 a.C. Os maias escreveram essa data, que precedeu sua civilização em milhares de anos, como o Dia Zero. Em dezembro de 2012, a longa era termina e o complicado calendário cíclico volta ao Dia Zero, iniciando outro grande ciclo.

A ideia geral é que o tempo se renova, que o mundo se renova.

Mas alguém entendeu essa renovação como fim do mundo….

Até o fim do mundo
Edson Cordeiro

Através desta janela
Tem o céu e a terra
Mas só vejo você
Já tentei de tudo
Mas vem do coração
Então respeito e não mudo

Vem pra mim
Nem que seja por um só segundo
Vem pra mim
Nem que seja até o fim do mundo

Nas minhas veias corre muito sangue
E eu não sei usar a chave
Para que o amor se tranque

Esse é o Edson Cordeiro, com ATÉ O FIM DO MUNDO….

O fim do mundo sempre fascinou a humanidade. Especialmente quem viu nessa possibilidade uma fonte imensa de riqueza. Pô, esse tema vende livros de montão. Vende filmes de montão. Vende previsões… Quem sabe lucrar com o medo dos outros tem então todo o interesse em nutrir esse pavor. E se conseguir nutrir em escala global, aí a grana é da pesada!

Temos dezenas de exemplos recentes. Lembra do Bug do Ano 2000? Ou das epidemias de doenças misteriosas que surgem a cada ano? Recentemente quando foi inaugurado o Grande Colisor de Hádrons, o acelerador de partículas lá na Suíça, saíram dizendo que ele criaria um buraco negro que engoliria o planeta. Quanta grana se fez e se faz a partir do medo nosso de cada dia? Pois é…

E a coisa segue assim: já que se estabeleceu um credo, vamos aos indicadores que podem mostrar que as previsões estão certas!

Terremotos, furações, epidemias, crises econômicas, crises morais, guerras, mudanças climáticas, comportamento estranho de animais, um asteroide, explosões solares, a lua chegando perto… E dá pra ir mais longe. Tem gente que jura que estamos para enfrentar uma mudança dos polos magnéticos!  Meu, eu consigo achar sinais de que o mundo vai acabar até na casca de uma tangerina…

Tudo passa a servir como um indicador de que o fim está próximo. E a turma vai ganhando grana com isso… a começar por Hollywood.

Pode o mundo se acabar
Hermínio Belo de Carvalho
Maurício Tapajós

Eu juro que nem penso no que vou dizer
Eu bem pouco me incomodo com o que vão falar
Pode o mundo desabar então cair
Eu não vejo a minha vida ter sentido longe de você
Se por acaso você me largar, me deixando
Sabe Deus numa complicação
Que mentiras pra essa gente eu vou pregar
Liberdade tão doída vou ter que amputar

Mas não, me recuso a pensar
Mas não, como pude acreditar
Pra que, pra que fico pensando nessa coisa tola
Que nem mesmo de leve pode acontecer
Se bem que há muita gente só pra comentar
Tomara que essa gente venha a se enganar
Tomara que essa gente venha a se enganar

Rararara…que delícia… Nossa grande diva Elza Soares de volta ao Café Brasil Você ouve PODE O MUNDO SE ACABAR, de Hermínio Belo de Carvalho e Maurício Tapajós. Olha o balanço! Essa é de 1967!

E então vem as outras previsões. Maias não servem? Bem, tem Nostradamus, Isaac Newton, o I Ching e lendas hindus. E tem a  Bíblia… a Bíblia.

Muita gente acha que o fim do mundo é o momento do retorno de Jesus Cristo. Mas a igreja católica é inteligente. Ela sabe que não é possível marcar data para o fim do mundo, então prega a seus fiéis para que vivam como se o mundo fosse acabar em 10 minutos, fazendo aos outros aquilo que gostariam que fizessem a si mesmos.

Putz… se eu botar religião na conversa aí é que a coisa vai longe. Melhor deixar pra lá.

Essa noite eu queria que o mundo acabasse
Silvinho

Esta noite
Eu queria que o mundo acabasse
E para o inferno o Senhor me mandasse
Para pagar todos os pecados meus

Esta noite
Eu queria que o mundo acabasse
E para o inferno o Senhor me mandasse
Para pagar todos os pecados meus

Eu fiz sofrer a quem tanto me quis
Fiz de ti meu amor infeliz
Esta noite eu queria morrer

Perdão!
Quantas vezes tu me perdoastes?
Quanto pranto por mim derramastes?
Hoje o remorso me faz padecer

Esta é a noite da minha agonia
É a noite da minha tristeza
Por isso eu quero morrer.

Rarararraa…que tal? Você ouve o carioca Silvio Lima, o Silvinho, um dos grandes vendedores de discos nos primeiros anos da década de 1960. Esta é sua composição ESTA NOITE EU QUERIA QUE O MUNDO ACABASSE.

O quê? Tá achando que este programa tá com muita música velha? Tá bom. Então veja como é que a dupla Bruno e Marrone gravou essa música…

Pois é… Bruno e Marrone inaugurando a presença dos sertanejos pop no Café Brasil… É o fim do mundo…

Então vou dizer o que é que penso. Não vai acabar mundo nenhum. Não vai ter alinhamento planetário, tempestade solar, passagem pelo centro da galáxia, colisão com cometa, cinturões de fótons, mudança de polos, instabilidade no núcleo do planeta ou coisa que o valha. E tem mais: se isso ocorrer, o que é que tem para ser feito? Um buraco no chão? Aliás, se isso ocorrer, a humanidade for dizimada, vale a pena continuar vivo para enfrentar o que virá em seguida?

Mas vá lá. Digamos que alguma coisa importante ocorresse, um cataclisma considerável. Pelos modelos estudados, dizem que entre 10 e 20% da humanidade sobreviveria. E que quem restasse seriam pessoas iluminadas que começariam uma nova era, diferente da atual, com mais amor, mais respeito, etc e tal. Eu não sei…pra mim, se sobrarem 10 a 20%, essa turma vai se matar a paulada em busca de comida e água. E se bobear ainda pintam uns zumbis!

Pô, parece filme de Hollywood…

O que o calendário Maia diz é que passaremos pelo fim de uma era, e não pelo fim do mundo. E a humanidade já passou pelo final de várias eras. A idade da pedra, a idade das trevas, a era industrial, a era da informação…ou se você é mais, digamos, esotérico, era de aquário, e assim vai.

E aqui eu volto à frase de Richard Bach: O que a lagarta considera o fim do mundo, é a transformação numa borboleta.

Muito bem. Enquanto eu escrevia este programa, passaram por minha mente diversas cenas sobre o fim do mundo, a maioria delas reproduzindo coisas que assisti no cinema. E fui aos poucos imaginando como seria o depois do fim do mundo.

Vi uma paisagem caótica de destruição. Algo parecido com aquelas imagens que vemos na TV após a passagem de furacões pelos Estados Unidos. No meio dessa desolação, vi pessoas vagando, como zumbis, sem saber o que fazer, aonde ir. Gente maltrapilha, suja, sem esperança, com olhares perdidos.

Vi também bandidos tirando proveito da situação, roubando comida, matando e ameaçando os mais fracos.

E então cheguei a uma praia. Ao longe vi uma fogueira, com um grupo de pessoas em volta. Gente que se reuniu para sobreviver. Pude perceber que havia no grupo alguma harmonia. Me aproximei, eu precisava me juntar a eles, e conforme eu chegava mais e mais perto, percebi que um deles segurava um violão, e que no meio daquele caos, da tragédia, o grupo cantava. Então eu corri na direção deles.

Era aquilo: gente capaz de cantar em meio à tragédia que eu precisava! Era a demonstração de que existia ainda um resquício de humanidade…

E faltando alguns metros para chegar ao grupo ouvi a cantoria…

Nossa, nossa assim você me mata ai se eu te pego, ai ai se eu te pego…

Então tive certeza. O mundo acabou.

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Bem, mas onde é que a coisa pega de verdade? Essas mobilizações em massa são perigosas. Você pode ter a cabeça no lugar, mas tem gente que não tem.

Tem gente que, diante de um clima generalizado de fim de mundo, é capaz de se matar. Pessoas podem morrer, e aí a coisa não tem mais graça. Existem já registros de gente que tirou a própria vida, angustiada pelas notícias.

Se você quer saber mais, acesse o www.2012hoax.org. O site é em inglês, mas tem coisas lá em espanhol. Tudo que você precisa saber sobre o fim do mundo está lá.

Bem, você pensou que o Café Brasil ia acabar? Fique tranquilo….nosso pograminha só acaba se o mundo acabar junto!

E o mundo não se acabou
Assis Valente

Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar
Por causa disso a minha gente lá de casa começou a rezar
E até disseram que o sol ia nascer antes da madrugada
Por causa disso nessa noite lá no morro não se fez batucada
Acreditei nessa conversa mole
Pensei que o mundo ia se acabar
E fui tratando de me despedir
E sem demora fui tratando de aproveitar
Beijei na boca de quem não devia
Peguei na mão de quem não conhecia
Dancei um samba em traje de maiô
E o tal do mundo não se acabou
Chamei um gajo com quem não me dava
E perdoei a sua ingratidão
E festejando o acontecimento
Gastei com ele mais de quinhentão
Agora eu soube que o gajo anda
Dizendo coisa que não se passou
Vai ter barulho e vai ter confusão
Porque o mundo não se acabou

E é assim, ao som de Ney Matogrosso com E O MUNDO NÃO SE ACABOU de Assis Valente,

com o apreensivo Lalá Moreira na técnica, a esperançosa Ciça Camargo na produção e eu, que pretendo continuar com o podcast Café Brasil nem que seja no inferno, Luciano Pires, na direção e apresentação, que o Café Brasil de hoje vai saindo de mansinho.

Estiveram conosco a ouvinte Grace Kelly, Barry McGuire, Tommy Staden, Edson Cordeiro, Elza Soares, Silvinho, Ney Matogrosso e…. Bruno e Marrone!

Este programa chega até você com o apoio de quem sabe muito bem que o mundo pode acabar, mas se depois um ET chegar até o planeta destruído, achará milhões de registros sobre a arte do homem. Auditório Ibirapuera, um templo que trabalha para que a arte seja eterna. www.auditorioibirapuera.com.br.

E pra terminar, a frase que Lula dirá se o mundo acabar:

Nunca antes na história deste país…

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