Bom dia, boa tarde, boa noite. Eu sou um curioso, sabe? Às vezes eu mergulho numas pesquisas que tem como objetivo apenas matar minha curiosidade. Mas esses mergulhos são exercícios de prazer, inestimáveis. E às vezes podem dar samba, como no programa de hoje onde vou praticar uma espécie de arqueologia musical buscando as raízes de duas músicas.
Pra começar, vamos com uma frase do poeta e escritor inglês, Walter Savage Landor:
O presente, assim como a nota musical, nada seria se não pertencesse ao que passou e ao que há de vir.
Este programa chega até você com o apoio de gente que há muito entendeu a importância da cultura para quem quer compreender o mundo: Itaú Cultural. www.itaucultural.org.br. Acesse o site e descubra como quem quer, tem acesso à cultura de forma fácil e barata. Mas só quem quer…
E o exemplar de meu livro NÓIS…QUI INVERTEMO AS COISA desta semana vai para o Alisson Prata, que comentou o podcast STAIRWAY TO HEAVEN assim:
Estava eu assistindo ao tributo ao Legião Urbana em um canal de tv quando vejo um alerta de novo e-mail, passo os olhos lentamente quando me deparo com um novo podcast com o titulo de “stairway to heaven” fico tentando em ouvi-lo mesmo percebendo que já se passa da meia noite e a minha aula pela manhã começa as 8h, porém, o desejo de apreciar o programa vence.
Nunca havia comentando em um programa, mesmo desejando muitas vezes, eu nunca sabia o que escrever, porem quando comecei a ouvir o programa que já começa inspirador relembrando o podcast Bohemian Raphsody percebo que esse seria especial e o que senti durante esses 47 minutos deveria ser compartilhado.
Mesmo tendo apenas 21 anos eu tive ótimos momentos em minha própria mente escutando e sentindo tal obra de arte. A música quando tocada com a alma deve ser escutada com a alma, melodia, harmonia e letra perfeita que me traz uma sensação inexplicável.
O que mais me deixou feliz foi que ao ouvir o podcast percebi que pessoas que admiro sentiram algo parecido com o que eu sinto quando escuto belas canções e percebo que mesmo em um mundo pocotizado há coisas belas a se apreciar, e que o Café Brasil sempre me apresentará estas belas coisas.
Encerro por aqui meu singelo e acanhado comentário agradecendo pelos ótimos momentos de reflexão que o Café Brasil me proporciona, muito obrigado.
É isso mesmo Alisson… a música quando tocada com a alma, deve ser escutada com a alma. E é isso que explica alguns petardos que ficam marcados na vida da gente não é?
A junção da melodia com a sensação daquele momento particular, gravando na memória lembranças que será acionadas pelo gatilho musical. Me dá até frio na barriga, cara…
Quem ganhou o livro desta semana foi o Alisson, que simplesmente escreveu dizendo o que sentiu ao ouvir um programa. Tá vendo como é fácil?
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Todo mundo tem uma trilha sonora. Mas no programa de hoje vou mostrar o resultado de uma pesquisa que realizei buscando as raízes de duas músicas que tem para mim um significado especial.
A primeira música foi um sucesso do conjunto OS CAÇULAS, em 1968. Chama-se A CHUVA QUE CAI.
E é especial pra mim porque minha mãe adorava ouvir. Os Caçulas foi um conjunto vocal surgido em 1963 com o nome de “Os Caçulas da Bossa”.
Inicialmente, com seis componentes, passando depois a ser “Os Caçulas”, formado por Alvinho (Álvaro Damasceno), Vera Lúcia Carvalho, Yara Pereira Mattos, Gilberto Mingrone (mais conhecido como Gilberto Santamaria ). Com esta formação, foram contratados pela RCA Victor e em 1968 gravaram um Lp destacando-se: “A Chuva Que Cai”, “A Volta Do Pic Nic” e “Vai Ser Triste”. Participaram do Movimento da Jovem Guarda com muito sucesso. O conjunto terminou em 1970. OS CAÇULAS, no Café Brasil.
Chuva Que Cai
Os Caçulas
Nesse mundo cheio de dinheiro e ambição
Tenho andado procurando uma ilusão
Muita gente esquece a vida, faz morrer a esperança
Sem querer acreditar que existe amor
O mundo está mudando,
Sem querer se perdendo
E no céu milhões de nuvens
Já começam a chorar
E a chuva cairá
Neste mundo pequeno
Outro dia eu sozinho
Num lugar que é bem tristonho
Percebi que a esperança é um sonho
Muita gente de lutar está cansada
E não crê mais em nada
E fogem deste mundo
O mundo está mudando
Sem querer se perdendo
O céu está escurecendo,
Até começa a chorar
E a chuva cairá
Sobre o mundo pequeno.
E a chuva cairá
sobre o mundo pequeno
Outro dia eu sozinho
Num lugar que é bem tristonho
Percebi que a esperança é um sonho
Muita gente de lutar está cansada
E não crê mais em nada
E fogem deste mundo
O mundo está mudando
sem querer se perdendo
O céu está escurecendo,
até começa a chorar
E a chuva cairá
sobre o mundo pequeno
E a chuva cairá
sobre o mundo pequeno
E a chuva cairá…
Pois então, a CHUVA QUE CAI é uma versão que Antônio Marcos fez para a música italiana Ela pioggia Che va, composta por Mogol e que fez sucesso na Itália em 1967, na interpretação da banda The Rockes. Olha como era o original:
È La Pioggia Che Va
The Rockes
Sotto una montagna di paure e di ambizioni
c’è nascosto qualche cosa che non muore
Se cercate in ogni sguardo, dietro un muro di cartone
troverete tanta luce e tanto amore
Il mondo ormai sta cambiando
e cambierà di più
Ma non vedete nel cielo
quelle macchie di azzurro e di blu
È la pioggia che va, e ritorna il sereno
È la pioggia che va, e ritorna il sereno
Quante volte ci hanno detto sorridendo tristemente
le speranze dei ragazzi sono fumo
Sono stanchi di lottare e non credono più a niente
proprio adesso che la meta è qui vicina
Ma noi che stiamo correndo
avanzeremo di più
Ma non vedete che il cielo
ogni giorno diventa più blu
È la pioggia che va, e ritorna il sereno
È la pioggia che va, e ritorna il sereno
Non importa se qualcuno sul cammino della vita
sarà preda dei fantasmi del passato
Il denaro ed il potere sono trappole mortali
che per tanto e tanto tempo han funzionato
Noi non vogliamo cadere
non possiamo cadere più giù
Ma non vedete nel cielo
quelle macchie di azzurro e di blu
È la pioggia che va, e ritorna il sereno
È la pioggia che va, e ritorna il sereno
Mas a composição italiana também era uma versão de outra música, de autoria de Bob Lind, de 1966, chamada REMEMBER THE RAIN.
Remember the rain
Bob Lind
Angel that you are
You still remember summer walks
And quiet talks we had before our clouds were broken
In the heaven of your mind
Your hopeful heart has put behind
All the ugly jealous times our hearts were aching
Now that your pain has been mended
You’re only seeing one side
Behind the bright easy laughter
Rivers of tears have been cried
So remember the rain
When you think of the sunshine
You’ve got to try and see
That’s it’s gone for you and me
And there is no way to bring it back again
In a sad unstable way I love you more than I can say
But it’s locked in yesterday and must remain there
The gentle prisoner in the stall
Sometimes forgets the very walls
That gave her shelter in the fall have also chained her
Drink from the spring of tomorrow
Yesterday’s well has gone dry
All the good times are behind us
Whenever you ask yourself why
Just remember the rain when you think of the sunshine
On the ocean of a smile we floated easy for awhile
But now we’re drifted to the shore where beauty dies
It isn’t easy to explain
I never dreamed you felt the same
And even though you’re not to blame we can’t continue
Don’t let yourself pretend that we’ve got something to defend
You’ve got to try to face the end with all that’s in you
I can’t deny that I love you
But my soul can no longer be bound
Fly on the wings of your freedom
But whenever you look to the ground
Just remember the rain when you think of the sunshine
Try to understand that it’s fallen from our hands
And just be thankful that your soul is still your own
E assim vai, de versão em versão, até que as novas gerações perdem a origem e tratam as canções como se fossem criações originais do artista contemporâneo.
Não acho que isso seja necessariamente ruim, mas acho que perdemos assim uma fantástica oportunidade de entender como evoluímos baseados nas ideias de quem veio antes de nós.
É… a vida é assim
Bom. Exemplos como esses existem milhares. Mas, há uns oito anos atrás, eu acabei me envolvendo numa garimpagem deliciosa sobre uma outra música muito conhecida. Guardei comigo e disse: um dia eu vou fazer um programa. Chegou a hora.
Eu vou trazer pra vocês o que aconteceu lá em 2004, quando eu pesquisei pesquisei THE LION SLEEPS TONIGHT, que foi um tremendo sucesso de um grupo norte-americano chamado THE TOKENS, que estourou em 1961 no mundo todo.
Então deixa eu contar pra você de onde veio essa que é uma das músicas mais gravadas de todos os tempos
Muito bem. Embarcando na nave do Café Brasil e começando uma daquelas viagens ao tempo, outra vez.
Voltamos aos anos 30, na África do Sul, com um compositor e cantor chamado SOLOMON NETSELE, mais conhecido como SOLOMON LINDA (linda era o nome da sua tribo).
Solomon talvez seja o principal criador do estilo musical que hoje faz sucesso com grupos como o Ladysmith Black Mambazo, combinando as vozes graves com o falsete.
Solomon escreveu uma música baseado em suas memórias de infância, quando caçava um leão que estava matando o gado da sua família. A música, escrita no idioma Zulu, chamava-se MBUBE. A letra original, no idioma Zulu, dizia assim: Toda manhã você nos traz boa sorte sim boa sorte leão você é um leão E a letra continua a repetir: hey, hey, hey, você é um leão
Em 1939 Solomon ele gravou a música com seu grupo, que se chamava EVENING BIRDS e a canção tornou-se um tremendo sucesso. Bem, prepare-se você está ouvindo a gravação original de 1939:
Foram feitos pelo menos três takes da música, e os historiadores puderam assim comprovar que foi uma improvisação em falsete, do próprio Salomon Linda, que criou um trecho imortal, que talvez explique o sucesso da canção. Foi no finalzinho da gravação que Solomon fez assim: http://www.youtube.com/watch?v=dbgJcXIz1L0
Não é fascinante? Imaginar o que se passa pela cabeça do artista, qual a faísca criativa, que faz com que ele, numa fração de segundo, crie um meme imortal, que depois serviu de inspiração para a gravação original de THE LION SPEEPS TONIGHT. Quer ver só. Lalá, compara ai pra gente
Então. O Solomon não fez a menor ideia do que viria acontecer com aquele improvido dele.
A música fez tanto sucesso na África, que acabou dando nome ao estilo musical com que foi cantada, que passou ser conhecido como MBUBE MUSIC.
A música chegou até os Estados Unidos no meio de um lote de discos de 78 rotações com músicas folclóricas que uma companhia de gravação da África do Sul enviou para a gravadora DECCA lá pelos anos 1950.
A gravadora não se interessou, mas um folclorista e musicologista chamado Alan Lomax, sim. Ele levou o disco até Pete Seeger, do grupo THE WEAVERS, que ficou encantado com uma canção chamada MBUBE.
Ninguém por lá falava zulu, então cantaram o refrão do jeito que ele soava, algo como awimboee ou awimoweh. Na verdade, era uyimbube em Zulu, que quer dizer você é um leão.
Njalo Ekuseni Uya Waletha Amathamsanqa
Yebo!
Amathamsanqa
Mbube
Uyimbube
Uyimbube
Uyimbube
(repeat 2 times)
(Lead vocal repeats the following against another two repeats of the chorus above)
Uyimbube
Uyimbube Mama We
(Multiple voice lead repeats the following against another two repeats of the chorus above)
He! He! He! He!
Uyimbube Mama
(Multiple voice lead repeats the following against another two repeats of the chorus above)
We We We We We We
Uyimbube
Uyimbube
(Multiple voice lead repeats the following against another three repeats of the chorus above)
Kusukela Kudala Kuloku Kuthiwa
Uyimbube
Uyimbube Mama
(Some of the choruses above are then repeated)
Every Morning You Bring Us Good Luck
Yes!
Good Luck
Lion
You’re A Lion
You’re A Lion
You’re A Lion
(repeat 2 times)
(lead vocal repeats the following against an additional two repeats of the chorus above)
You’re A Lion
You’re A Lion, Mama!
(multiple voice lead repeats the following against another two repeats of the chorus above)
Hey! Hey! Hey! Hey!
You’re A Lion, Mama
(multiple voice lead repeats the following against another two repeats of the chorus above)
Oh Oh Oh Oh Oh Oh
You’re A Lion
You’re A Lion
(multiple voice lead repeats the following against another three repeats of the chorus above)
Long, Long Ago People Used To Say
You’re A Lion
You’re A Lion, Mama
Em 1952 o THE WEAVERS lançou a música WIMOWEH, que basicamente era um instrumental com o grupo cantando apenas o refrão. E com a autoria atribuída a um tal de PAUL CAMPBELL, um pseudônimo do grupo.
Em 1957, o THE WEAVERS fez uma apresentação no CARNEGIE HALL, de onde saiu um album Ouça:
O próprio Pete Seeger teve a música como um de seus grandes sucessos. Ouça aqui uma gravação dele ao vivo e preste atenção na platéia
Todo mundo entregue à música enquanto isso. o Solomon, coitadinho, lá na África.
E ali pelos anos sessenta a cantora africana Mirian Makeba também gravou a música, com grande sucesso:
E então entra em cena um grupo chamado THE TOKENS, nascido no Brooklyn e que tinha em sua formação original como cantor principal ninguém menos que Neil Sedaka.
Quando Neil saiu para a carreira solo o grupo separou-se, retornando em seguida numa nova formação e em 1961. Jay Seagal, um dos integrantes do THE TOKENS escutou a música WIMOWEH no album THE WEAVERS AT CARNEGIE HALL e ficou encantado com ela.
Mas os produtores decidiram que ela precisava de uma letra e acabaram compondo THE LION SLEEPS TONIGHT, que provavelmente, é a versão que você conhece.
The lion sleeps tonight
he lion sleeps tonight
In the jungle, the mighty jungle
The lion sleeps tonight
In the jungle, the mighty jungle
The lion sleeps tonight
(Chorus)
Auimbaué, Auimbaué, Auimbaué…
Near the village, the peaceful village
The lion sleeps tonight
Near the village, the peaceful village
The lion sleeps tonight
(Chorus)
Hush, my darling, don’t fear, my darling
The lion sleeps tonight
Hush, my darling, don’t fear, my darling
The lion sleeps tonight
(chorus)
Near the village, the peaceful village
The lion sleeps tonight
Near the village, the quiet village
The lion sleeps tonight
(Chorus)
My little darling
Don’t fear, my little darling
My little darling
Don’t fear, my little darling
O Leão Dorme Hoje À Noite
Na selva, a selva poderosa
O leão dorme hoje à noite
Na selva, a selva poderosa
O leão dorme hoje à noite
(Refrão)
Auimbaué, Auimbaué …
Próximo à aldeia, a aldeia pacífica,
O leão dorme hoje à noite
Próximo à aldeia, a aldeia pacífica,
O leão dorme hoje à noite
(Refrão)
Acalme-se, meu bem, não tema, meu bem
O leão dorme hoje à noite
Acalme-se, meu bem, não tema, meu bem
O leão dorme hoje à noite
(Refrão)
Próximo à aldeia, a aldeia pacífica,
O leão dorme hoje à noite
Próximo à aldeia, a aldeia calma,
O leão dorme hoje à noite
(Refrão)
Meu pequeno querido,
Não tema, meu pequeno querido,
Meu pequeno querido,
Não tema, meu querido.
A música foi gravada por centenas de artistas, até mesmo pelo R.E.M. nos anos 80
É ruim assim porque é uma passagem de som…
Mas talvez a mais fantástica versão que eu já ouvi foi feita pelo grupo LADYSMITH BLACK MAmBAZO junto com o grupo feminino THE MINT JULEPS, que está num documentário maravilhoso chamado DO IT A CAPELLA, do Spike Lee. Ouça só .
Fantástico, não? Pois é mas saiba que o Salomon Linda, que foi o criador disso tudo, vendeu os direitos da música para a gravadora logo que ela foi gravada, por menos de dois dólares dois dólares, cara! E ele morreu com um saldo de 25 dólares no banco.
Em 2004, seus descendentes processaram a Walt Disney pelo uso da música no musical e filme O Rei Leão, sem pagamento de royalties.
Estima-se que a música teria gerado 15 milhões de dólares apenas pelo uso no filme e na peça.
Em 2006 houve um acordo e ao que consta os herdeiros de Salomon vão ficar ricos
Então você deve estar se perguntando, mas que raio de inspiração fez o Luciano ir atrás dessa história? Bem, é simples eu também faço parte dela.
Em 2004 lancei a MELÔ DA ELEIÇÃO, que escrevi e que o SERGIO SÁ transformou numa das mais novas versões do MBUBE. Quem ouviu vai lembrar…
Melô da eleição
Desde o Collor vou perguntando
Meu Deus, em quem vou votar?
Se eu vacilo e escolho alguém
Que só quer sacanear
Um voto lá, um voto cá
Eu voto sim, não voto não
Eu voto assim, não voto só
Desato o nó, sem pocotó
Meu voto eu não achei no lixo
Por isso eu vou pensar
Vigaristas, enganadores,
A cara vão quebrar
Um voto seu, um voto a mais
Eu voto aqui meu voto faz
Mais votos traz, votamos nós
Limpando o pó, sem pocotó
Sei que posso eleger alguém
Que governe pra valer
Chega junto, que dessa pizza
Não vamos mais comer
Tirando o Zé, mudando o Lu
Dançou Valé, pegou Malu
Cassando o Col, saiu Genô
Votar sem dó, sem pocotó
Cada voto faz diferença
Pra mudar o Brasil
Vamos mandar os picaretas
Pra puta que o pariu
Honesto sim, malandro não
Limpeza sim, bandido não
Clareza sim, mutreta não
Certeza só, sem pocotó
Você acha que o Brasil está ficando burro?
RESISTA!
Rararara . É assim, meu caro, que o Café Brasil também faz parte da história
E daí? Gostou do programa de hoje? Diferente, né? Histórias como a que contamos aqui hoje existem às centenas, sempre vale a pena dar uma pesquisada pra ver de onde veem os sucessos que a gente canta como se fossem de hoje.
A versão aí ao fundo é com o grupo sul africano MAHOTELLA QUEENS, que traz para nossos dias a versão exata do Mbube original… é uma delícia….
Pô, sabe que eu gostei da brincadeira? Vou pensar em outros programas como esse…
Com Lalá Moreira, animado na técnica, Ciça Camargo, dançando na produção e eu, Luciano Pires, na direção e apresentação.
Estiveram conosco o ouvinte Alisson Prata, Solomon Linda com o Evening Birds, Pete Seeger, The Weavers, Mahotella Queens, The Tokens, The Rockes, Bob Lind, Miriam Makeba, R.E.M., Ladysmith Black Mambazo com The Mint Juleps e Os Caçulas!
Este programa chega até você com o apoio do Auditório Ibirapuera, uma daquelas entidades indispensáveis que alimentam com o melhor da música o nosso espírito. Acesse www.auditorioibirapuera.com.br e conheça a proposta deles. Dê um presente para seus olhos e ouvidos.
Se você não é de São Paulo, tem a obrigação de visitar o Auditório Ibirapuera e dar um presente para seus olhos e ouvidos.
Este é o Café Brasil, um programa feito por gente curiosa, pra gente curiosa, o que hoje em dia é motivo de curiosidade, não é? Vem pra cá: www.portalcafebrasil.com.br.
Pra terminar, uma frase de nosso grande escritor Mario de Andrade:
O passado é uma lição para se meditar, não para se reproduzir.
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